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Capítulo Nove

Cheguei em Nova York e rapidamente subi com Michael no prédio em que moraríamos. Passaríamos a primeira noite como casal ali, e logo amanhã cedo, viajaríamos para a Califórnia.

—Vou levar as malas com suas coisas pro nosso quarto. — diz ele quebrando o silêncio que se estabeleceu durante a viagem e só agora havia terminado. —Pode ficar à vontade, agora aqui é sua casa também.

—Obrigada. — me sento pesadamente no sofá.

Fico ali alguns minutos, absorvendo toda aquela mudança e observando o meu novo lar. Levanto-me e caminho pela sala, vou até a sacada e fico extasiada com a bela vista que eu teria de Manhattan e a ponte do Brooklyn. Michael me contou que aquele prédio antigamente era um galpão de armazenamento, porém uma construtora e uma empresa de arquitetura transformou aquele lugar numa bela construção sofisticada. A cidade brilhava pela noite, e eu me sinto feliz por pelo menos aquela vista me acalmar.

—Já levei suas coisas para o quarto. — ele se aproxima de mim, interrompendo meu momento a sós comigo mesma. — Quer ver como ficou por lá?

—Ah, claro.

Sou levada por ele até lá e me surpreendo com o tamanho e com a mobília. Havia uma cama queen, que contrastava com uma decoração bem simples e arrumada em tons pastéis. De cada lado da cama havia um criado mudo com um abajur, e para completar o visual, havia uma pequena sacada no quarto, separada por uma porta de vidro.

—Ficou lindo, Michael. —sorrio e olho em volta. —Você tem bom gosto.

—Bom, minha mãe ajudou em grande parte. Não sou tão bom com decorações. E então, quer comer alguma coisa? Quer tirar esse vestido? Digo, não quis dizer para tirar de uma maneira imprópria, quis dizer que talvez esteja cansada e queira trocar de roupa, já que está desde manhã cedo com ele.

—Tudo bem, eu entendi. — rio com a confusão dele. —Vou tomar um banho e trocar de roupa. Mas antes, você pode me ajudar com isto? — aponto para a enorme fileira de botões nas costas.

Vejo-o engolir em seco e dizer.

—Claro.

Eram quase quarenta botões no total, sinto as mãos dele desfazer cada botão. O toque rápido dos dedos dele em minha pele me deixava arrepiada. Eu ainda pensava no beijo e na maneira como me senti, e agora sentindo ele ali, perto de mim e bem atrás de mim, eu me senti tentada a me virar e a beijá-lo. Porém me contive.

—Já terminei. — diz ele já se afastando de mim.

—Obrigada. — agradeço enquanto seguro a parte da frente de meu vestido.

Tomei um banho, retirei toda a maquiagem, desfiz o penteado e coloquei um vestido leve. Eu sentia o cansaço já tomar conta de mim, e naquele instante, Alice se mexia mais do que nunca.

—Fica quietinha, filha. — aliso a minha barriga e volto a pentear meus cabelos.

Ouço a porta do quarto se abrir, era ele.

—Bem, eu não comprei comida suficiente essa semana. Pedi uma pizza.

—Perfeito, era tudo o que eu queria. — me sento na cama, sentindo uma leve falta de ar e pondo a mão na barriga.

—Está se sentindo bem?

—Estou. É só ela que não para quieta.

Michael se aproxima de mim e se senta ao meu lado, ele acaricia a minha barriga e fica parado logo após, sentindo as mexidas da bebê.

—Eu não quero que você me odeie, Michael. — seguro a mão dele.

— Eu não a odeio,Elena.

—Mas ainda está chateado comigo, não está? — pergunto com a voz chorosa.

— Um pouco. Mas já passou.

— Eu quero que nossa convivência seja harmoniosa,Michael. Pelo nosso bem e pelo bem da nossa filha.

— E ela será,Elena. Apenas deixe de ser tão fria comigo.

— Realmente me ama? Realmente me ama tanto a ponto de ter assumido tudo isso?—sinto vontade de chorar.

— A amo. E nunca neguei isso.— ele se afasta de mim.— Vamos comer. Eu estou cansado.

— Tudo bem.

Depois de termos comido a pizza, eu coloco um pijama e resolvo ir me deitar. Eu também estava cansada, e todo aquele estresse e aquela agitação haviam me deixado com os nervos à flor da pele. Sinto quando Michael se deita ao meu lado, porém ele havia deixado uma distância considerável entre nós e havia me dado as costas. No fundo eu não queria aquilo para o nosso casamento, não queria me imaginar o resto da vida convivendo numa relação sem contato físico e com toda aquela frieza. Se ele me amava, porque eu não poderia fazer o mesmo? Se o amor era um aprendizado constante, eu poderia amá-lo,não poderia? Eu orei à Deus naquela manhã angustiante pedindo para aprender a amar o meu marido, porém eu sei que o Senhor não iria me fazer ficar simplesmente apaixonada por ele num passe de mágica, até porque Deus não é nenhum mágico ou papai noel que nos concede tudo rapidamente e como queremos. Se eu queria aprender a amar o Michael, eu mesma teria que dar meu primeiro passo. Eu teria que quebrar aquela barreira física e emocional existente entre nós dois. Respirando fundo e me virando, me aproximo mais perto dele e o abraço pelas costas. Senti a bebê mexer levemente nessa hora, porém ela logo sossegou. Michael não se vira, porém sinto quando ele segura uma de minhas mãos e a entrelaça na dele. Era isso, eu dei meu primeiro passo. E após estar ali, quentinha e abraçada a ele, eu adormeço.

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No dia seguinte, acordei cedo, me arrumei, ajudei Michael com as malas mais leves e partimos para o aeroporto, rumo à nossa lua de mel. Eu sentia que as coisas iriam mudar naquela uma semana que passaríamos juntos e a sós como um casal. Porém os enjoos da gravidez e os estresses retornaram com toda a força, eu fazia o possível para me manter calma e não transparecer aquilo para meu marido. Sento-me em minha poltrona de avião e procuro relaxar, Michael ainda colocava mais algumas malas no compartimento que ficava acima de nossos assentos.

— Tudo certo aí? Quer alguma ajuda?

— Não,meu amor. Já encaixei tudo.

Ele havia voltado a me chamar de meu amor. Nunca me senti tão feliz por dentro. Era um sinal de que as coisas estavam voltando a se encaixar. Michael senta-se ao meu lado e pega seus fones de ouvido e um livro,pensei que quisesse ir conversando comigo na viagem,mas vi que estou enganada. Eu precisava trabalhar melhor essa parte da comunicação em nosso casamento, como iríamos nos amar se ele se fechasse comigo?

— Sabe,estou ansiosa para conhecer a Califórnia. — comento animada, e vejo ele deixar os fones de lado,o que me anima. — Já visitou Newport Beach antes?

— Claro. Eu aprendi a surfar lá.

— O quê? Você surfa? — fico surpresa.

— Sim. O surfe e a academia me ajudou a perder bastante peso. E também me ajudou a ter mais equilíbrio no corpo e a acabar com meu trauma de água.

— Sério? Que legal! — não consigo esconder minha animação e surpresa. — Acho surfe um esporte tão maneiro. Você me ensina um dia? Quer dizer, quando a Alice nascer.

— Claro. Confesso que estou um pouco enferrujado no esporte,porém ainda me lembro do básico.

— Não conhecia esse seu lado praiano e surfista.

— Talvez hajam bastante coisas sobre mim que você não conheça. — diz ele enquanto põe os fones de ouvido e fecha os olhos.

O avião já decolava. Eu observava a paisagem sumir abaixo de mim conforme íamos pegando altura. Ao meu lado,Michael ouvia música e folheava seu livro. Como eu pude ser tão egoísta com ele durante esse tempo todo? Eu sou casada com um homem incrível e cheio de surpresas e jamais prestei atenção nesses detalhes. Durante todos estes meses que convivemos eu só pensei em mim, jamais dei espaço à ele para que o conhecesse melhor. Fiz uma anotação mental para melhorar isso em mim.

Resolvo pegar o livro que minha mãe me deu sobre gravidez para lê-lo durante o vôo. Após alguns minutos de leitura, começa o serviço de bordo. A comissária passa em nossos assentos com o carrinho e perguntando o que queríamos. Apenas pego um chá gelado, pois estava enjoada e tampouco sentia fome. Na vez do Michael percebi que ela o tratou diferente, e eu via isso na forma como lhe perguntava o que queria, os sorrisos maliciosos que dava ao meu marido, a forma como ela se inclinava no carrinho para pegar algo afim de fazer com que ele tivesse uma visão de seus seios. Aquilo já estava me inflamando por dentro, e eu via que Michael não fazia nada,na verdade parecia até que não percebia. Percebendo que eu a olhava, a comissária muda a expressão de animada para formal, perguntando.

— Deseja algo mais senhora?

— Ah claro. Gostaria que parasse de dar em cima do meu marido, sua descarada. — digo e imediatamente vejo Michael me olhar boquiaberto e surpreso.

— Desculpe, eu...

— Não sou sonsa. Eu vi muito bem a forma com que o tratou.— aumento um pouco o tom de voz. — Toda cheia de sorrisos,olhares, se inclinando propositalmente para ele ver seus seios. Que eu saiba, estou no avião, não em um bordel. Peço respeito, ele é meu marido e eu estou grávida!

A comissária fica vermelha de vergonha, ela nada responde, apenas baixa a cabeça e sai dali com o carrinho. Quando ela se afasta, ouço Michael me dizer.

— Elena, o que foi isso?

— E você ainda pergunta? — ergo uma das sobrancelhas, ante a pergunta dele. — Aquela comissária safada estava dando em cima de você. Vai dizer que não percebeu?

— Percebi, mas não dei bola para ela. — ele me encara surpreso, os olhos verdes brilhando. —O que mais estou chocado é com você.

— E porque o choque?

— Você está com ciúmes,de mim.

Somente quando ele fala aquilo é que me dou conta do que fiz. Meu rosto queima de vergonha na hora.

— Desculpa.

— Não,está tudo bem. Eu só fiquei surpreso, afinal você não me ama.

— Mas fiquei incomodada.

Eu estava um turbilhão de emoções naquele momento. Aquela cena de ciúmes só provou algo que talvez eu estivesse negando a mim mesma. Se eu me importava com ele, é porque eu o amava.

Meu Deus, eu o amava! E fui descobrir isso logo hoje, em um vôo de avião e fazendo aquela cena de esposa ciumenta.

— Você está bem? — ele me acorda de meus devaneios.

— Estou. Desculpe, vou ver se tiro uma soneca. — bebo um pouco de meu chá gelado e viro a cabeça pro lado, encarando a paisagem das nuvens e tentando dormir.

Chegamos na Califórnia pela tarde. Ainda estava fazendo sol, porém era um leve calor. Enquanto isso, Nova York estava se afundando em gelo e neve. Michael e eu aguardávamos as malas na esteira, minha mente e coração estavam pura confusão. Descobrir que você ama seu marido não é algo fácil de se admitir, ainda mais para mim, Elena teimosa.

— Nosso carro chegou. — ele me chama. —Você parece distraída.

— Ah, não é nada. É só o cansaço e enjoo. Quando chegarmos a casa de praia irei dormir.

Entramos em nosso carro alugado com as malas e partimos para a casa. Pelo caminho, vejo mais belas casas de praia. O vento balançava meus cabelos e eu sentia minha pele ser beijada pelo sol. Michael dirigia tranquilo, seus cabelos também se esvoaçavam e ele usava óculos escuros, o que o deixava mais atraente ainda. Que droga, eu estava parecendo uma adolescente do ginásio apaixonada por um cara do ensino médio.

— É tudo tão lindo. — eu digo enquanto observo a paisagem pela janela. — Sente falta disso?

— Um pouco. Já estou me acostumando à Nova York.

— Como é lá pela praia?

— É o paraíso.

Sorrio. Eu estava feliz apesar de tudo. Me encontrava em um lugar lindo, com um homem maravilhoso e começando uma nova vida. Naquele instante eu percebi que talvez já o amava antes daquilo tudo. Eu já o amava quando ele resolveu assumir um filho que não seria dele, já o amava desde a noite do baile quando dançamos juntos, já o amava desde aquele jantar após minha formatura em que eu queria beijá-lo. E como não queria ter admitido aquilo a mim mesma naquela época,fiquei me corroendo com aquela frieza e dureza de minha parte. Enquanto pensava nisso tudo, a voz dele me acorda de meus pensamentos.

— Adivinhe onde nós estamos.— ele encosta o carro em uma rua.

— Não sei, onde?

— Newport Beach, nosso destino. — ele sorri.— Quer ir a praia antes de irmos a nossa casa?

—Claro!

Meus olhos brilham de emoção. Eu iria conhecer uma praia e um mar pela primeira vez. Eu estava tão sem reação que nem sabia o que fazer.

— Vem, vamos até lá.

Michael tira seus sapatos antes de ir para a areia e sobe a barra de sua calça, eu também retiro minhas sapatilhas e caminho até a areia, afundando pouco a pouco meus pés lá.

— E então? Quer chegar mais perto?

— Claro! — digo dando um sorriso animado.

Michael me pega pela mão e caminhamos juntos até a beira da praia. O céu estava límpido e sem nuvens, o sol estava ameno. A brisa do mar bagunçava meus cabelos e era inspirada por mim.

— Eu nunca saí de Nova Jersey para ir à praia. — digo. — Meu pai sempre foi ocupado demais com o trabalho no tribunal e a igreja.

— Então é a primeira vez na praia, certo?

— Primeira vez. E está sendo como imaginei.

— E como foi que imaginou?

— Sempre me imaginei que na primeira vez que fosse à praia, eu iria com alguém importante para mim. — meu coração estava aos pulos. — Eu me imaginava em caminhar de mãos dadas com aquela pessoa pela praia, sentindo a água fria do mar molhar meus pés e ouvindo o vai e vem das ondas.

— Bom, estamos aqui, de mãos dadas, caminhando na beira da praia, sentindo a água fria molhar nossos pés e ouvindo as ondas quebrando. — a voz dele sai um pouco rouca.—Agora eu pergunto, sou importante para você?

Aquela pergunta me pegou em cheio. O que eu respondesse iria mudar todo o rumo daquela história e daquele casamento. Eu estava me apaixonando por Michael, estava descobrindo que o amava. Então porque continuar fugindo?

— Sim. Você é importante.— eu digo o encarando e sentindo as lágrimas chegarem aos meus olhos. — Sou grata a você por tudo,Michael. Por livrar a minha pele assumindo um bebê que não é seu, por ter enfrentado meus pais e os seus pais comigo, por ter feito o possível e impossível para me agradar mesmo eu sendo uma chata e egoísta as vezes. Você é mais que importante para mim.

Michael nada diz, ele apenas tira os óculos escuros e me encara com aquele seu olhar que parecia examinar minha alma. Eu esperava que ele fosse me dizer algo, porém ele não disse, apenas demonstrou. Foi tão inesperado que nem tive tempo de processar, quando dei por mim, eu estava nos braços dele, recebendo o beijo mais profundo e sincero de um homem apaixonado.

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*Gente, que capítulo mais fofíneo! Elena com ciúmes, eu vivi para ver isso! rsrsrs

*Será que agora a relação desse casalzão vai para a frente? Deixem seus comentários abaixo!

*Não se esqueçam de votar na estrelinha e de interagir, amo responder os comentários de todos...

*Um abração, bom fim de semana e até o próximo capítulo...

*PS: Já vão preparando os corações porque nos próximos a autora aqui vai começar com a tensão rsrsrsrs

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