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Capítulo Dezenove

Após aquele jantar desastroso, eu mau tinha coragem ou ânimo para continuar a lutar por meu casamento. Michael e a sua bipolaridade de sempre arruinou qualquer resquício de esperança que ainda havia em mim. Desfazendo a mesa do jantar com muita tristeza e amargura de alma, eu penso no que farei daqui para a frente. Continuaria tentando? Desistiria? Naquele momento só Deus mesmo sabia como estava o meu coração.

Sem sono e ainda triste, resolvo escrever, como minha mãe havia me sugerido. Peguei um velho caderno rosa que eu possuía e dali transformei em um diário, onde eu relataria tudo o que estivesse vivendo naqueles dias. Comecei a escrever sem parar, e quando fui me dar conta das horas, já era 23:30! Bocejando, guardei o caderno e resolvi ir dormir.

Entrando no quarto bem devagar, vejo Michael dormindo profundamente. Como eu queria que ele me amasse de novo e soubesse o quanto aquelas oscilações de humor estavam me afetando! Porém eu não podia fazer nada, apenas aguardar o tempo de Deus quanto à isso.

Após ter me trocado e colocado um pijama leve, me deitei ao lado dele dando-lhe as costas. Eu questionava a Deus até quando eu viveria assim, será que Michael jamais se lembrará das coisas e de mim? Com lágrimas silenciosas e chorando baixinho, eu adormeço, sentindo pelo menos o consolo do Senhor em minha alma ferida.

MICHAEL

Eu sabia que havia a magoado.

Porém agora não havia mais volta, Elena nesse momento deveria estar me odiando e agora iria desistir de mim de vez. Não tive a intenção de tê-la ferido, é só que quando eu cheguei em casa e vi a mesa posta e toda aquela arrumação, algo dentro de mim fez com que eu a repelisse e a afastasse de mim.

Eu vi quando ela entrou no quarto, porém fingi que estava dormindo. Não queria encará-la e ver a decepção em seu rosto por eu não ter conseguido cumprir com a minha promessa de tentar conhecê-la melhor.

Desde que Elena me contou a verdade sobre a gravidez e o fato de eu ter assumido um bebê que não era meu para a livrar da fúria do pai, mil e uma dúvidas rondavam a minha mente vazia e sem lembranças. Será mesmo que eu era este tipo de pessoa antes do acidente? Eu seria esse alguém que se sacrificaria pelo outro?

Sentindo o cansaço bater, resolvi ir dormir, não sem antes pedir a Deus que eu pudesse melhorar e tentar compreender mais a minha situação.

Na manhã seguinte, acordei no meu horário de sempre e não a vi em meu lado. Bocejando e ainda acordando, fiz a minha transferência da cama para a cadeira e resolvi ir tomar um banho. Talvez mais um longo dia no trabalho mantivesse a minha mente ocupada e me fizesse esquecer a decepção que cometi ontem. Após ter me arrumado, saí do quarto em busca de um café, e para a minha surpresa, me deparo com Elena na cozinha, fazendo panquecas e cantando. Será que nada a abalava?

—Bom dia! — ela me cumprimenta ao me ver com um sorriso largo.—Estou fazendo panquecas, já tem algumas aí na mesa, pode se servir.

—Obrigado. — respondo um pouco envergonhado e pego um pouco de café da cafeteira.

Ela estava sorridente e cantando, e eu gostava de ouvi-la cantar. A voz dela era como um tranquilizante para mim. Porém depois do que eu fiz ontem, como que Elena encontrava ânimo pela manhã?

—Também tem os cookies que ficaram do jantar de ontem. — ela põe mais panquecas à mesa e também traz a travessa com os cookies. —Eu guardei para que você os comesse hoje.

—Não, obrigado. Quero só o café, e além disso, estou saindo já.

—Mas já? Ainda está cedo. — o sorriso dela murcha. —Não quer nem provar as minhas panquecas?

—Não quero chegar atrasado.—respondo de um modo mais ríspido que eu gostaria.

—Por favor, podemos pelo menos tomar um café da manhã juntos como uma família? —ela envolve a barriga de seis meses nessa hora e me lança um olhar suplicante que me lembrou até aquele gatinho do desenho Shrek.

Chateado com aquela insistência dela, acabo por me explodir.

—Olha, não sei que droga você tá querendo com isso tudo! — eu grito, exaltando meu tom de voz, e a vejo ficar assustada. —Acha que vai fazer com que eu aceite tudo isso que estamos vivendo assim num passe de mágica? Acha mesmo que jantares românticos ou café da manhã alegre vai fazer com que eu ame você de novo?!

Elena não responde, a expressão facial dela permanece impassível e indecifrável. Eu continuo a esbravejar toda a raiva que eu sentia e estava guardando nestes últimos dias desde que acordei sem memória e sabendo que eu seria paraplégico.

—Droga, eu nem me lembro de você ou mau sei quem eu sou! Você me joga toda aquela história de eu ter salvo a sua pele e assumido esse bebê e acha que agora eu vou amá-la da noite pro dia?! — eu a encaro firmemente, meu peito explodindo de tanta raiva. —Quer saber mesmo o que eu sinto? Eu olho para aquelas fotos nossas de casamento, de formatura ou seja lá de onde tiramos e não sinto qualquer ligação com aquilo dali, não sinto nenhuma emoção! Apenas sinto a minha mente se confundir cada vez mais quando tentam enfiar na minha cabeça de que sou casado!

Acabo por chorar ao pôr tudo aquilo para fora, eu estava sofrendo com tudo aquilo e não sabia como me expressar, e ao ver a tristeza no olhar de Elena, soube que eu me expressei da pior maneira, a ferindo de novo. Porém quando pensei que ela fosse me responder à altura ou chorar, vejo-a se aproximar de mim e me dar um forte abraço.

—Eu entendo como se sente. —murmura ela, perto de meu ouvido.—Saiba que estou aqui, para ajudá-lo no que precisar.

Depois de todas aquelas palavras cortantes e mau ditas, como que ela ainda me tratava bem? Eu não entendia, simplesmente não entendia o porquê dela não ter revidado.

—É melhor eu ir. — me afasto dela e seco minhas lágrimas com a manga da camisa social.

—Tudo bem, tenha um bom dia. Esperarei você para o jantar. — ela me beija na testa carinhosamente, e aquele simples beijo me acalmou por dentro. —Eu amo você.

Não a respondo de volta. Eu nem sabia quem ela era de verdade, então porque responder que a amava também? Dando-lhe as costas, saio dali sem olhar para trás.

No escritório com o meu pai, o dia não rendeu bem. Me concentrei pouco, por várias vezes me peguei pensando em Elena e na atitude dela que me pegou de surpresa hoje. Qualquer pessoa teria enfrentado e respondido à altura todas aquelas palavras, porém ela não, agiu com calma e carinho, mesmo o seu olhar demonstrando estar triste. Quando o final do expediente chegou, resolvi ficar por lá até mais tarde, mesmo sabendo que não havia muito a se fazer ali, até que a voz de meu pai surgindo na porta de minha sala me acorda dos meus devaneios.

—Michael, vá para casa! — ordena ele, com firmeza na voz.

—Não, pai. Vou adiantar mais alguns processos e...

—Vá para casa, agora! — insiste ele.—Vá jantar com a sua esposa.

—Pai, não consigo a enxergar como a minha esposa. Para mim ela está sendo como uma colega de quarto que divide o apartamento comigo.

—Sabe, você devia dar uma chance à Elena. Deveria voltar a conhecê-la melhor, a tentar se lembrar do porquê se casaram. Você sempre foi louco de amor por ela, porque não tenta de novo?

Fecho os olhos e tento lembrar de algo, mas minha mente não ajuda. Nada sobre Elena e o fato de eu ser louco de amor por ela antes de perder a memória vinham, era como se tivesse um enorme borrão em meu cérebro. 

—Não consigo me imaginar louco de amor por ela.

—Posso dizer que era, e muito! Passou a adolescência e metade da vida adulta esperando por ela. — diz meu pai com um sorriso.—Anda logo, vai para casa.

—Está bem, já vou! — levanto as mãos em rendição, gerando uma expressão de satisfação em meu pai.

Quando estaciono o meu carro, penso logo que talvez eu não fosse ser recebido com um jantar bonito ou sorrisos da parte de Elena. Era merecido, afinal eu tenho agido como um completo idiota.

Pegando o elevador de acesso e entrando em seguida no meu apartamento, entro na sala e sou recebido por Elena, que estava muito bonita em um macacão jeans para grávidas e com os cabelos soltos.

—Boa noite! Que bom que chegou! — ela me beija na bochecha, me pegando de surpresa. —O jantar está servido.

Pensei em mentir e dizer que estava sem fome, porém não resisti com a forma que ela me convidou para jantar e o beijo recebido no rosto.

—Ótimo, estou com fome. — dou um sorriso torto, me sentindo encabulado.

A acompanho até a mesa e logo sou surpreendido por uma bela refeição que parecia apetitosa e com um aroma ótimo.

—Nossa, parece tudo muito bom. Fez tudo isso sozinha?

—Tive uma pequena ajuda de sua mãe.— ela começa a me servir a salada de legumes e o purê de batatas. —Estou aprendendo ainda, um passo de cada vez.

A costela ao molho barbecue estava deliciosa e apetitosa à primeira vista, logo me sirvo de um pedaço generoso dela e dou a primeira garfada. A refeição estava divina e saborosa!

—Está tudo delicioso e ótimo! — eu sorrio, a elogiando.

—Que bom que gostou! — ela sorri empolgada e também termina de se servir.

Aquele jantar foi simplesmente perfeito! Eu me fartei naquela refeição e ainda comi duas vezes a sobremesa feita por ela, que foram mini cheesecakes com calda de morango. Tudo delicioso!

—Bem, agora quero te mostrar uma coisa. — ela segura a minha mão carinhosamente. —Mas terá que prometer fechar os olhos para não estragar a surpresa.

Resolvi obedecê-la e a segui até o quarto que seria da bebê. Antes dela abrir a porta, fechei os olhos e fiquei aguardando a ordem dela me mandar abri-los.

—Pode abrir.

Quando abro os olhos, me deparo com o quarto mais fofo e meigo do mundo. As paredes foram pintadas de um lilás suave, que combinava com várias florzinhas pelas paredes. Na parede em que o berço estava encostado, haviam letras fofas e coloridas com olhinhos e bocas formando o nome ALICE de maneira delicada e bem infantil.

—Ficou perfeito! Você fez tudo isso?—pergunto enquanto adentro o quarto e observo detalhadamente os objetos e as decorações de ursinhos e bonecas de pano.

—Tive ajuda da Melissa. — ela sorri de maneira doce ao me responder. —Foi trabalhoso,mas valeu a pena. Tudo por nossa filha.

Me sinto mau por eu não ter cumprido aquele papel de ajudá-la com a decoração do quarto e a arrumação. Mesmo que minha nova condição fosse mais complicada, eu tentaria ajudar de alguma forma.

—Era para eu ter feito isso com você.—digo de uma maneira tristonha.

—Fica tranquilo. Você não estava em condições boas de me ajudar hoje. — ela acaricia meus ombros, sorrindo.

Droga, porque em vez dela brigar comigo estava sempre me tratando bem e vindo com aquele sorriso doce que de certa forma mexia comigo?

De repente, vejo-a se encostar num dos móveis e respirar de forma ofegante, pondo a mão na barriga.

—O que foi? Está sentindo algo?—pergunto um pouco aflito.

—Não é nada. — ela ri. —Ela apenas está chutando. Quer sentir?

—Quero. — eu respondo, meio hesitante.

Elena pega a minha mão e a põe sobre sua barriga, na região em que Alice estava chutando. Foi tão maravilhoso senti-la se mexer, mesmo que ela não fosse a minha filha, pude sentir uma ligação especial com aquela criança.

—Elena. — eu começo dizendo, sem tirar a mão da barriga. —Quero me desculpar por hoje de manhã, eu disse coisas grosseiras e sei que a magoei. Perdoe-me por tudo. Eu tenho sido um fardo para todos.

—Está tudo bem, você não é um fardo.—ela acaricia meu rosto com carinho.—Apenas precisa de paciência e calma.

Uma lágrima solitária rola em meu rosto. Porque eu não me lembrava dela? Ela parecia ser uma mulher tão maravilhosa e com atributos bons, porque minha mente não queria se lembrar dela? Mais lágrimas rolam, eu estava sentindo um misto de raiva, tristeza, ódio por tudo isso que vinha acontecendo. Até que sem que eu esperasse, sinto as mãos delicadas de Elena enxugando minhas lágrimas delicadamente.

—Com a ajuda de Deus, tudo dará certo, Michael. — ela se abaixa e me abraça com carinho. —Aos poucos iremos vencer todas essas barreiras que estão atrapalhando nosso casamento.

Eu nada digo, apenas me afasto dela um pouco e percebo nossos rostos bem próximos. A olhando bem fundo nos olhos seguro firme seu rosto e a beijo nos lábios, pedindo a Deus para que me fizesse lembrar dela.

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*Oi gente, tudo bom? Michael e suas oscilações de humor terríveis... Ainda bem que Elena foi sábia e não deixou se levar pelas palavras dele e não revidou, derretendo um pouco o gelo que cerca o coração de nosso mocinho rsrs. Próximo capítulo será explicado como que ela conseguiu se controlar e se manteve calma em vez de dar uma voadora nele.
*Votem, comentem, é importante saber o que estão achando.
*Desde já, desejo a todos que leem e me acompanham, um feliz natal de muita paz e que Deus os abençoe grandemente. Amo cada um!

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