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Capítulo • 7

Quem é a verdadeira, Angel?

Me sinto completamente obsessivo querendo ficar a todo momento perto dela, lutando para espantar toda aquela dor que parece obscurecer seus olhos. Em alguns momentos ela parece estar a vontade perto mim, em outros uma sombra surge e suas ações se tornam hesitantes, como se ela lembrasse de algo muito ruim.

O ataque de pânico me pegou de surpresa, em um momento ela estava bem e no outro parecia presa dentro da sua mente. Nunca me senti tão impotente ao ver o sofrimento explícito em seus olhos e não conseguir fazer nada para espantar essa dor.

Isso me leva à questão inicial: quem é a verdadeira, Angel?. Talvez ela tenha sido feliz antes de ter acontecido algo ruim, mas agora enxergo uma moça que qualquer tipo de ato de felicidade é estranho para ela. Como se não conseguisse reagir à esses momentos.

Uma simples afirmação. Uma maldita afirmação despertou um ataque de pânico. O pai do bebê. Cerro as mãos com raiva, ele deve ter feito alguma coisa, pois sua reação foi explícita. Medo e dor. Minha cabeça segue em várias direções, nenhuma é bonita e isso apenas alimenta a raiva que estou sentindo desse homem que nem ao menos conheço. Pode ter acontecido alguma tragédia com ele ou...

Não, não pense nisso, Dominic.

Pressiono os olhos com o polegar e indicador, uma dor de cabeça ameaça surgir. Angel é um mistério para mim. Isso apenas atiça meu lado McDemott protetor e curioso. Quando a chamei de minha, nunca uma palavra pareceu tão certa e errada ao mesmo tempo. Certa por meu coração sentir conforto ao imaginá-la como minha mulher, e errada por não saber nada direito sobre ela, apenas que está grávida e se mudou tem pouco tempo para Washington. Não posso esquecer que tem dois irmãos pequenos, gêmeos. Tirando essas informações, não sei de mais nada, enquanto isso ela sabe quase tudo sobre minha família.

Conversar sobre meu trabalho e família foi tão bom... Não me lembro quando foi a última vez que conversei com uma mulher sobre situações corriqueiras da minha vida. Pensando bem, acho que nunca. As mulheres que surgiram na minha vida não são iguais a Angel, o caráter delas era duvidoso, então apenas saciava meu desejo e ia embora.

Merda, estou falando igual o Diogo.

— Perdido em pensamentos? — pergunta Joel ao parar do meu lado.

Inclino a cabeça e observo o senhor, mas seus olhos estão fixos na esposa e filha que estão conversando baixinho na cama.

— Problemas no quartel — minto.

— Por que desconfio que está mentindo jovem? — Seu tom é de repreensão, e sorrio ao pensar no meu pai dizendo o mesmo quando não sou verdadeiro.

— Não sou tão jovem, Joel.

— Está mudando de assunto. Irei respeitar sua vontade.

— Obrigado.

— Sinto que algo aconteceu quando estive ausente, envolvendo minha menina. — O tom antes repreensivo, se torna melancólico ao se referir a filha.

— Eu...

— Ela teve um ataque de pânico, não é mesmo? — A dor surge em seus olhos.

— Sim.

— Não poderia tê-lo deixado sozinho com ela. — Passa as mãos pelos cabelos, frustrado. — Minha filha não pode ficar sozinha perto de homens desconhecidos.

— O que aconteceu?

— Não cabe a mim te contar.

— Entendo. — Balanço a cabeça, e aqueles pensamentos voltam a permear na minha mente mais uma vez. — Apenas citei o pai do bebê.

— O quê?! — Seus olhos se arregalam antes de se voltarem para o chão, xinga baixinho. No momento que ele ergue a cabeça sou pego de surpresa pela raiva presente em suas íris. — A única coisa que posso te falar: aquele homem é um monstro. Minha filha está sozinha nessa gravidez e tem a nós como apoio.

— Então ele não morreu? — Decido descartar esse pensamento, e assim acaba sobrando a pior das idéias.

— Não, mas isso é passado. Angel está se recuperando, o bebê veio para trazer uma esperança. Depois que ela descobriu a gravidez, algo surgiu em seus olhos.

— Entendo.

O silêncio retorna, e meus olhos se cravam nas mulheres. No momento que Angel sorri para algo que sua mãe diz, sinto uma fisgada no meu peito. Não é algo ruim, e por alguns minutos me permito admirá-la, até que Joel chama minha atenção.

— Então você é bombeiro? Citou o quartel durante a conversa e camisa tem um símbolo.

— Sim, sou Capitão do corpo de bombeiros daqui.

— Uma alta posição. — Noto orgulho genuíno em sua voz.

— O senhor sabe como funciona a hierarquia? — pergunto curioso.

— Quando era jovem pensei em me tornar bombeiro, mas na época era difícil e minha família muito humilde, não tínhamos condições de pagar o curso — confessa com pesar. — Mas teve um tempo que trabalhei como mecânico em um quartel.

— Sério?

— Sim, amava meu trabalho. — Suas íris adquirem um brilho nostálgico. — Depois conheci minha Marta e pouco tempo depois fizeram um corte na equipe, fui demitido. Arranjei emprego em outro lugar, como mecânico também. Pouco tempo depois minha mulher ficou grávida da Angel, acho que nunca me senti tão feliz na vida. Quando a peguei no colo pela primeira vez não pude deixar de notar como ela parecia uma pequena princesa.

Tenho que concordar — respondo mentalmente.

— Muitos anos se passaram e foi uma surpresa quando Marta engravidou novamente. Não estamos ficando mais jovens, mas Judith e Daniel também são nossos tesouros.

— Tem uma bela família, Joel. — Algo passa pela minha cabeça, e antes que possa pensar a respeito me vejo falando as palavras de forma inesperada. — O que acha de trabalhar no meu quartel como mecânico?

— O quê?! Não posso aceitar, está fazendo esse convite porque comentei a respeito. Não sou esse tipo de pessoa que puxa assunto e conta sua história para conseguir algo e...

— Tenha calma, homem!  — Ergo a mão para interrompê-lo, sua atitude apenas me fez admirá-lo ainda mais. Se ele não fosse uma boa pessoa, jamais teria feito esse convite, apenas com seu relato saberia que estava se aproveitando da minha posição dentro do quartel e bondade para conseguir algo de forma fácil. — É um convite sincero. Aceite, por favor. Não estou oferencendo apenas por ter contado sua história. Eventualmente se nos encontrássemos faria esse mesmo convite. Além do mais, estamos precisando. Nosso mecânico irá é aposentar e estamos procurando outro para substituí-lo.

— Isso é sério? — Ele se emociona.

— Muito sério. — Apoio a mão no seu ombro e dou breve aperto. — Aceite, por favor.

— Então, eu aceito. Não sei nem como agradecer, filho. Você parece um anjo em nossas vidas. Desde que apareceu só tem nos ajudado, esse emprego vai nos ajudar muito. — Limpa os olhos com as mãos, sem qualquer tipo de vergonha por estar chorando. — Minha menina não poderá trabalhar por muito tempo.

— Ela trabalha? — Sinto uma imensa vontade de saber aonde, talvez eu apareça como quem não quer nada.

Para com isso, Dominic. Ela vai achar que você é um psicopata. A consciência acaba por me repreender e mais uma vez tenho que concordar.

— Sim, conseguiu assim que nos mudamos, trabalha como caixa em uma pequena lanchonete perto da nossa casa. — Seu tom é orgulhoso, contudo noto um porém por trás das suas palavras. — Não queria, sabe? Mas ela bateu o pé e disse que era para nos ajudar. Sempre pensa nos outros antes de si mesma.

— Ela é rara.

— Muito.

— Sobre o emprego, você pode aparecer no quartel amanhã cedo. Irei levá-lo direto ao meu superior. Provavelmente no outro dia poderá iniciar o trabalho. Assinaremos sua carteira e terá direito aos benefícios como vale alimentação, transporte e plano de saúde.

— Nossa!

— Na sua cidade não era assim?

— Morávamos numa cidade pequena, não sei se conhece o estado do Arizona. — Afirmo com a cabeça para indicar que conheço. — Nossa cidade se chamava Rogers, tínhamos apenas um quartel. Imagino que aqui deva ter mais de um, por a cidade ser tão grande. Nós morávamos perto, então dava para ir a pé, e não tínhamos plano de saúde incluso.

— Compreendo, mas aqui prezamos pela saúde de todos na equipe — profiro seriamente.

— Muito obrigado. — Sou supreendido por um abraço.

— Não precisa agradecer.

Se for sincero comigo mesmo, jamais gostei de ser o centro das atenções, por mais que minhas atitudes e brincadeiras apontem o contrário.

— Amor? O que aconteceu? — pergunta, Marta. — Está chorando, querido.

— É de felicidade, meu amor. — Ele se afasta e limpa o rosto mais uma vez.

Angel e Marta nos observam confusas, até que Joel confessa o verdadeiro motivo de sua emoção.

— Dominic me ofereceu um emprego no quartel onde trabalha.

— Meu Deus! — Marta leva as mãos a boca.

— Sério pai? — pergunta minha princesa.

Não, ela não é sua princesa. Para com isso porra!

— Sim, filha.

Ele caminha até elas, ao estar próximo sua mulher o envolve em um abraço. Meus olhos recaem nela, a mulher que tem balançado o meu mundo, e ela está encarando os pais. Quando menos espero suas belas íris recaem em mim.

Obrigada. — Apenas movimenta seus lábios.

Balanço a cabeça e dou de ombros, realmente essa proposta foi sincera. Em nenhum momento pensei em oferecer apenas ganho pessoal, para fazer Angel gostar mim. Não sou esse tipo de homem. O que venho fazendo por eles desde que surgiram na minha vida... faria tudo de novo.

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