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Capítulo 6°

A atmosfera no bar exalava descontração e divertimento, enquanto os poros de seus ocupantes bafejava o cheiro forte de álcool e suor desde que uma música agitada passou a ressoar das caixas que haviam atrás do balcão de bebidas. Um par de olhos oblíquos, brilhantes feitos os de um lince observando a presa, não desgrudava de Eve nem por um segundo.

A moça gesticulava com ardor, as mãos iam para o alto e às vezes o corpo para frente, quando ria de algo com as pálpebras encolhidas formando ruguinhas na pele sob elas, as bochechas completamente vermelhas — por causa do álcool, também do calor, pela forma que seus braços se moviam dentro da camisa social que vestia.

Assim que a viu entornar a segunda, ou talvez terceira, garrafa de soju, Taehyung concluiu que tomou a decisão certa ao decidir não beber. Tendo bebido apenas o rum do copo de Hoseok no início da noite, sua mente permanecia lúcida e as vistas perfeitamente focadas. Desse modo, poderia dar continuidade a sua ideia de conquistar o coração da secretária e, de quebra, esfregaria na cara de Jimin que seria ele a depositar dinheiro na conta do modelo, não o contrário.

Ou apenas daria ao loiro munição para que zombasse dele e dobrasse a aposta, caso Eve lhe desse um dos foras que costumava dar na empresa — algo totalmente esperável da secretária. Porém, se a sorte estivesse ao seu lado naquela noite, Eve seria menos esquiva por estar bêbada.

Pelo bem ou pelo mal, ao vê-la se levantar cambaleando, com os olhos crispados e o indicador apontando para a parede enquanto avisava que estava indo embora, Taehyung levantou num sobressalto, assustando Hoseok e Jimin — o primeiro derramou a bebida que tinha em mãos, o outro desviou os olhos da moça de cabelo azul, a quem encarava descaradamente desde que ela chegou ali.

O modelo se aproximou da secretária com um sorriso matreiro nos lábios.

— Vejo que já está de saída. — Disse em seu ouvido.

Eve virou-se num espanto. Os saltos do escarpin engancharam-se um no outro, os braços se agitaram para cima e seus olhos se esbugalharam ao perceber o próprio corpo arquear-se para trás.

Com os olhos igualmente saltados, Taehyung moveu-se a tempo de aparar a secretária, cujas costas bateram com força no peitoral do modelo e a cabeça em seu queixo, fazendo-o morder a língua. Os olhos dos dois se encontraram por uma fração de segundo, antes de Eve os desviar para ajustar o sapato que havia saído de seu pé. No entanto, Taehyung a soltou por completo somente quando ela se pôs de pé, ainda trôpega.

— É melhor chamar um motorista pelo aplicativo, será perigoso dirigir — Yeji balbuciou e levantou da mesa, cambaleando ainda mais que Eve.

— Oh, não se preocupe srta. Yeji. Vim trabalhar de táxi hoje — mentiu Taehyung — posso levar a srta. Eve para casa em segurança.

As moças sentadas na mesa de Eve arregalaram os olhos como se ele tivesse dito o maior dos absurdos. Do mesmo modo, pôde sentir o olhar fulminante de Namjoon, o descrente de Hoseok e o divertido de Jimin, vindos da mesa ao lado. Namjoon, inclusive, estava de pé, sua boca se abriu — provavelmente para contradizer o maléfico Taehyung e oferecer-se como nobre salvador da donzela em perigo —, porém, antes que proferisse suas gentilezas, Eve tirou do bolso um molho pequeno de chaves com um chaveirinho de batom vermelho pendurado:

— Eu estacionei o carro na farmácia aqui do lado. Podemos ir agora? — Disse ela, para a surpresa de todos.

Taehyung sentiu as sobrancelhas subirem e o queixo baixar. Não sabia dizer o que mais o tinha surpreendido, se as palavras proferidas pela moça ou se o fato de ela as ter dito com a palma da mão direita sobre o peito dele e um sorriso nos lábios colados. Um sorriso!

Namjoon pigarreou e ele piscou, recuperando a compostura e, com um meneio de cabeça discreto, lançou um olhar zombeteiro para Jimin enquanto Eve se despedia das amigas, pouco antes de os dois se dirigirem para fora do bar.


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Ryujin tentava ignorar a presença do homem que havia se esgueirando, sorrateiro feito uma raposa, até a mesa em que continuava bebendo com as amigas após a partida de Eve. Foi só a cadeira da moça esvaziar que o loiro se jogara ali, como se tivesse sido convidado — o que, para a piora de seu humor ranzinza, de fato tinha acontecido.

Yuna não perdeu tempo. O assento mal havia esfriado e suas mãos, mais o sorriso embriagado, apontavam para o lugar vago entre ela e Ryujin. O cara, que se apresentou para o trio de moças como Jimin, melhor amigo de Taehyung, tinha abandonado completamente os outros dois rapazes com quem bebia.

Ryujin lamentava profundamente por não ter feito como Eve e escapulido daquela noite junto dela. Porém, sem saber que Yuna convidaria aquele cara para sentar ali ao invés de ir flertar com ele na própria mesa, havia dito a todas que gostaria de beber um pouco mais quando Eve anunciou sua partida — ela queria ao menos beber até sentir o efeito do álcool rodopiar sua mente, pois seu corpo possuía certa resistência a bebida e levava tempo para que relaxasse.

Mas, àquela altura já havia descartado essa ideia. Seria impossível relaxar sob o olhar ferino de Jimin sobre ela, sorvendo cada movimento mínimo que fazia ao lado dele. Enquanto isso, Yuna dava risadinhas e passava as mãos no braço direito do rapaz, dizendo algo que para Ryujin era bobo, mas que funcionava com todos os caras com quem a ruiva flertava.

Talvez por isso — e pelo álcool — Yuna parecia incapaz de notar que os olhos de Jimin mal olhavam em sua direção e quando o faziam não se demoravam e, sem querer, logo voltavam a observar quem realmente tinha sua atenção Yeji tampouco parecia consciente daquele fato, pois tinha se levantado para pedir uma música para o barman e desaparecido em meio às cabeças dançantes no meio do recinto.

De soslaio, Ryujin notou o loiro recostar-se no respaldo da cadeira, relaxado, e esticar o braço para alcançar o encosto da cadeira em que ela estava sentada. Jimin inclinou a cabeça de lado e abriu um meio sorriso.

— Então, estou sentado aqui há, o que..., quinze minutos? Ouvi o nome de todas as suas amigas, menos o seu — sorriu de lado, içando uma sobrancelha — Qual é o seu nome, docinho? — Perguntou ele.

Ryujin revirou os olhos e bufou alto. Quando não respondeu, Yuna o fez por ela. Aquilo fez Jimin olhar para a ruiva por mais tempo do que tinha feito até então, contornando as perguntas de Yuna a respeito dele para que falasse sobre como ela e Ryujin haviam se tornado amigas. Afinal, por mais que o desprezo de Ryujin para com ele fosse evidente pelas caretas que fazia, Jimin sentia-se ainda mais compelido a tentar flertar com ela ao invés de fazê-lo com a moça que demonstrava interesse nele.

Urgh! Homens! Eram todos iguais, mudavam apenas o tamanho e o endereço, no entanto, permaneciam sendo estirpes da mesma natureza!

Ryujin parou de observar a cara-de-pau de Jimin e fitou os tomates-cereja que havia pedido como petiscos para comer, enquanto bebia seu copo de Blood Mary. Embravecida por aquela situação, ela espetou o garfo no tomate e com a outra mão deu um longo gole na bebida bem temperada e salgada. Ou tentou espetar o tomate com o pequeno garfo de três dentes. Pois, o objeto raspou no prato com um ruído gasturento, de arrepiar os cabelos, e pulou da porcelana.

Os olhos dela se arregalaram tanto quanto os de Jimin quando a bolinha redonda e vermelha voou e caiu na boca dele, no momento em que a abriu para dizer algo a ela. Num primeiro momento, assustado, o rapaz tossiu e logo fechou a boca, engolindo o tomate.

Os lábios de Ryujin tremeram e um ruído escapou por entre os lábios colados, numa risada contida provocada pela expressão engraçada com a qual o rapaz a olhava. Ao menos até Jimin encará-la com as pálpebras curtas encolhidas e os lábios volumosos e rosados abertos num sorriso fofo de dentes perfeitos e brancos — com uma covinha surgindo em sua bochecha direita. Por uma breve fração de segundo, Ryujin se sentiu contagiada por aquele sorriso, tanto que sentiu espasmos moverem os músculos de seu rosto.

Ela se remexeu inquieta. Aquele olhar e aquela expressão a deixavam tão incomodada quanto os alfinetes que esquecia nas roupas folgadas depois de apertá-las. Enrugando os lábios e amarrando a cara outra vez, entornou o restante do álcool na boca e desviou dos olhos de Jimin.

Por sorte não precisou fazer muito para escapar das investidas do rapaz, pois Yeji retornou passando mal, implorando para que Ryujin a levasse até o banheiro. Deixando, assim, Jimin e Yuna para trás.


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As luzes do apartamento do duplex luxuoso na cobertura estavam apagadas. Eve não ousou acendê-las quando seus olhos repousaram sobre o relógio que havia sobre a lareira, na extremidade adjacente à entrada da ampla sala. Já passava da meia-noite. Talvez Daewon tivesse dormido na casa dos pais, como costumava acontecer sempre que encontrava o Sr. e a Sra. Blikis. No início de seu relacionamento estes encontros eram quinzenais, mas agora ocorriam a cada sete dias. No entanto, pelo sim ou pelo não, a secretária atravessou a sala, rumo às escadas, no profundo breu em que estava.

Nos confins da mente, buscou a planta do apartamento para evitar esbarrar em algum móvel ou bater a cara na parede, porém, o álcool parecia deixá-la sonolenta e seus pés continuavam oscilando a cada passo que dava no piso frio.

Mesmo sendo fracamente iluminada pela luz do luar que adentrava o apartamento, através das janelas, emitiu um grunhido dolente quando deu com o dedinho na quina do sofá. O som que escapou de sua boca quando perdeu o equilíbrio e bateu com o quadril num dos móveis da sala que não conseguiu distinguir o que era, parecia o de uma foca engasgada.

Eve agradeceu silenciosamente quando finalmente alcançou a suíte principal. Pensava em tomar um banho demorado, na banheira cheia de sais perfumados, e com muita espuma, para clarear a mente e relaxar o corpo. Mas, ao passo em que largou a bolsa no chão, abrindo os botões da camisa, a luz de uma das luminárias se acendeu.

— Você demorou. — Daewon estava deitado, o corpo coberto pelo edredom cinza, e os olhos puxados contraídos devido à forte luz que acabara de acender. Ele fitou Eve com um biquinho chateado se formando nos lábios. — Vem cá. Fiquei com saudades. E essa cama é sem graça sem você.

Eve sorriu trêmula e deu passos hesitantes até a beirada da cama. Daewon a puxou para mais perto, sossegando apenas quando seus braços envolveram a namorada num abraço apertado, seu queixo descansando sobre os fios escuros e assanhados da moça, enquanto seus corpos se tocavam sob o cobertor.

— Acho que agora vou conseguir dormir.

Eve suspirou. Sua mente estava um pouco agitada, não apenas pelo álcool — que Daewon pareceu não notar que exalava de seus poros ­—, mas pelo plano maluco que estava disposta a pôr em prática para salvar a empresa de seu amado.

Por um longo momento, enquanto sentia os batimentos de Daewon contra a bochecha, tentou abordar aquilo que perturbava sua mente. Tentou falar para ele sobre as suspeitas que nutria, o medo que sentia e a aposta que havia feito. Porém, à menção dos negócios e do risco que possivelmente corriam, Daewon afanou os fios na cabeça de Eve e pediu, num sussurro, que falassem sobre aquilo no dia seguinte. Pois, naquele momento queria se perder no calor dos braços dela e adormecer.

Para reforçar suas palavras, Daewon pressionou os lábios no topo de sua cabeça e murmurou baixinho, ao pé de seu ouvido:

— Eu amo você, baby. Sabe disso, não sabe?

Eve moveu a cabeça para cima e para baixo e em resposta se aconchegou ali, nos braços dele. Decidiu, assim, que seria melhor para todos — inclusive para o seu relacionamento — se fizesse o que precisava fazer, para se livrar dos golpistas, em segredo.


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Taehyung caminhava pelos corredores com os ombros arqueados para trás, uma das mãos no bolso da calça, enquanto a outra segurava uma flor exótica de miolo amarelo vibrante e pétalas pontudas com tons graduais de branco e rosa. Era apenas uma flor, não um buquê. Mas aquilo fazia parte do plano do modelo. Plano que o faria finalmente conseguir um encontro com Eve, pois foi nela que pensou quando viu a pequena flor nativa da África do Sul, conhecida como "flor-do-tesouro", na vitrine de uma floricultura no caminho até a empresa.

E que flor, senão uma chamada de "tesouro", seria melhor para representar o valor inestimável que a secretária tinha para aquela empresa e seu diretor?

Ora! Ele tinha até mesmo preparado uma meticulosa citação a respeito de flores, tirada de algum site de escritores famosos, que não se lembrava mais o nome. Contudo, esperava que Eve reagisse de forma estupenda para com ele quando o ouvisse dizer que as flores refletem o que era o amor, e que quem desejasse possuir uma flor a veria murchar, mas quem olhasse para a flor no campo teria aquela beleza para sempre*. Perfeito! Oh! Era perfeito na mente dele. E finalizaria dizendo que a flor entregue a ela era apenas uma amostra do que podia lhe oferecer se aceitasse sair com ele.

Que mulher resistiria? Talvez a Eve, alertou sua mente. Ao menos a versão sóbria, pois a versão bêbada de Eve não teria resistido!

E pensar na secretária o fez divagar até a noite anterior. Eve estava tão fora de si que aceitou suas investidas sem olhá-lo de viés, com alguma careta medonha, quando avançou sobre ela para fechar o cinto de segurança ao redor de sua cintura. O modelo, naquele momento, ergueu o rosto e afastou os fios escuros que grudavam na testa suada da moça.

Depois, com os rostos tão próximos que seus hálitos podiam se mesclar num piscar de olhos, disse a ela que, a despeito da imagem que fazia dele, não lhe faria nenhum mal, apenas a levaria para casa em segurança — para Taehyung, aquela era uma atitude básica do cavalheirismo que, a seu modo, ainda mantinha . Porém, Eve não precisava saber. Precisava apenas ser fisgada para a intensidade dos olhos oblíquos e escuros do rapaz que a cortejava. Algo que, para a surpresa dele, de fato aconteceu.

Eve não apenas permaneceu parada, correspondendo seu olhar, como também segurou a mão dele com as duas mãos pequenas e delicadas, agradecendo-o por estar cuidando dela naquele momento, mesmo tendo sido tratado com tanto desprezo por ela. Algo do qual se arrependia profundamente.

E Taehyung não sabia o que o tinha deixado mais estupefato, naquela mesmíssima noite, se os olhos lacrimejantes de Eve ao dizer aquilo, ou se o beijo que deu na bochecha dele pouco antes de virar-se de lado, apoiar a cabeça no vidro, e fechar os olhos. Ainda pensava nos acontecimentos da última noite, quando alcançou a sala da secretária.

Não havia sinal de Eve ali, notou, após espiar através das persianas abertas. Taehyung franziu o cenho. Conhecia todos os horários da moça, havia se certificado de ouvir conversas aqui e ali, além de observá-la bem, para planejar suas investidas... eram 11h30 e às 11h30 Eve geralmente bebia café na própria sala enquanto conversava com os investidores.

Ainda com o cenho franzido tirou o celular do bolso. Estava prestes a recorrer a seu outro recurso, também conhecido como tesoureiro da Blikis — ou como sua mãe o havia batizado, Hoseok —, quando o nome de uma das assistentes do estúdio da empresa surgiu na tela.

Taehyung encarou os dizeres da mensagem com as sobrancelhas batendo no couro cabeludo e os lábios meio abertos. Pois, a srta. Eve estava no estúdio. E queria falar com ele.

* A citação mencionada por Taehyung pertence ao escritor brasileiro Paulo Coelho e foi escrita da seguinte maneira: "As flores refletem bem o que é o amor. Quem deseja possuir uma flor, irá vê-la murchar, mas quem olhar uma flor no campo, terá esta beleza para sempre." 

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