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Capítulo 4°

Nari tocou o peito de Taehyung com suas duas mãos, espalmando-as com gosto, deslizando de cima para baixo. Os olhos castanhos brilharam com malícia quando cravaram nos olhos do rapaz.

— Você não sente saudades dos velhos tempos?

— Não. — Respondeu ele, com um sorriso torto içando os lábios.

— Você não consegue me enganar, TaeTae — Taehyung girou o pescoço para a esquerda quando Nari falou manhosa, pensando em alguma maneira de dispensá-la, pois não podiam ser vistos juntos ali.

E se Eve os visse? Aquilo arruinaria seus planos por completo! Já era difícil o suficiente encontrar uma brecha nas muralhas que a mulher tinha erguido contra ele, graças aos rumores que rondavam os corredores da empresa — rumores bem fundados —, se ela o visse com a sua "arqui-inimiga", a cobra que tinha roubado seu árduo trabalho ganhando todo o crédito e sucesso, se tornaria impossível conquistar o coração de Eve.

Ainda tinha os pensamentos na secretária quando uma mulher vestida numa saia-lápis preta, e de camisa social rosa-bebê, esbarrou em um dos homens que saía do banheiro masculino. A secretária estabanada girou sobre os saltos com os olhos arregalados e a boca escancarada. Agarrou a porta do banheiro masculino, para evitar a queda, e correu para dentro, ignorando os alertas do homem que a atropelara.

Taehyung balançou a cabeça rindo. Eve era realmente algo... interessante. O que ela tinha na cabeça? Será que, além de linguaruda, era maluca ou iludida? Esta era a única explicação para se meter em tantas trapalhadas como se não pudesse ser vista — uma samambaia chorona era mais discreta.

Todavia, ele não teve tempo de rir com gosto, como queria, ou esperá-la sair — fazendo pose na porta do banheiro —, pois Nari agarrou seu rosto e o virou com força para que olhasse na direção dela no exato momento em que Eve deixou o banheiro masculino, "cobrindo" os olhos com os dedos entreabertos. A secretária correu para longe com os braços e pernas abertos como uma biruta flutuando ao vento.

— Estou falando com você, Taehyung! — Exclamou Nari em tom esganiçado, os lábios enrugados num bico irritado e as sobrancelhas baixadas, assim que os olhos oblíquos de Taehyung se voltaram a ela — O que pode ser mais interessante, para você, do que eu?!

— Muitas coisas. Esvaziar minha bexiga, por exemplo, é uma delas. — Falou, afastando as mãos da moça de seu corpo, e, em seguida, ajeitando o terno azul gelo sobre o corpo. — Tenha um bom dia, srta. Nari.

Taehyung deu as costas à moça, mas, como de praxe, Nari segurou-o pelo braço e correu para entrar na frente dele com os braços erguidos como placas sinalizadoras, para que não desviasse de sua pessoa ou saísse dali. Quando ele parou e a olhou, com os lábios crispados, ela ajeitou uma mecha de cabelo atrás da orelha e arqueou uma sobrancelha, piscando de modo exagerado ao dirigir-se a ele:

— Acha que vou cair nesse papinho seu? Acha que não sei por que está aqui? Eu sei que tem me perseguido, Taehyung. Você pode fingir que não gosta de mim, mas eu sei a verdade. — Nari suspirou triste, dando um passo na direção do modelo. Ainda com a expressão de pesar, apoiou uma das mãos sobre o ombro esquerdo dele — E não te culpo. De verdade. Eu também não me superaria depois de me ter!

Taehyung empurrou a bochecha com a língua e pressionou a ponte do nariz. Nari era esperta. Mas ele seria mais, se não lhe respondesse — afinal, havia coisas ditas por ela que não podia negar, e Nari sabia muito bem. Em razão disso, o rapaz, mais uma vez, afastou as mãos da moça. Numa de suas piores façanhas ergueu o indicador para o corredor atrás dela, com o olhar espantado:

— Meu Deus, aquele não é o ator da novela das 8h, Park Hyung-sik?!

Nari girou sobre os calcanhares com um sorriso gigantesco no rosto, os olhos tão saltados quanto os da secretária que tinha saído do banheiro masculino. Aproveitando-se da distração de Nari, Taehyung desviou da CEO e correu para o banheiro, onde, infelizmente, não poderia mais jogar seu charme sobre a secretária — em mais uma de suas tentativas de chamar sua atenção.


▬▬▬▬▬


O refeitório da empresa estava lotado. Eve mordeu o lábio inferior, batendo os saltos contra o pavimento, impaciente, enquanto vasculhava o salão com o olhar à procura de Yeji. Seu coração continuava batendo ressabiado entre as costelas e as batidas arrítmicas se intensificaram quando avistou o chumaço louro sentado junto a uma cabeleira alaranjada, numa das mesas redondas próximas às janelas.

Eve correu em meio às mesas, desviando das pessoas que entravam em sua frente procurando um lugar para se sentarem. O copo de suco parecia pronto para se lançar para fora da bandeja quando ela se jogou num dos assentos na frente de Yeji, ao lado de Yuna. O suco de laranja balançou, mas continuou dentro do copo, o que a fez soltar a respiração que nem tinha notado prender. Um mico por dia era o suficiente para a secretária.

Mas ela não podia negar: doía saber que, ainda que derrubasse o suco na mesa ou no pavimento branco lustroso, ter entrado no banheiro masculino continuaria no topo da sua lista de piores trapalhadas de sua vida — ao menos da semana. Eve não queria pensar em todos os micos que pagou durante seus vinte e seis anos de vida, mas tinha certeza de que dificilmente esqueceria o fato de ter visto um dos funcionários da empresa se "aliviando" no mictório quando decidiu sair do banheiro. E não podia evitar matutar sobre o que a levou a cometer tal ato vergonhoso naquela manhã.

Teria Taehyung a visto entrar no banheiro masculino? Eve tinha certeza de que, com a sorte que possuía, a resposta era um "sim" pintado em cores neon num outdoor. E o que a deixava encasquetada era o fato de que continuava a ser a única flagrada em momentos constrangedores, o tempo todo! Nem mesmo tinha conseguido ouvir algo a respeito da conversa dele com Najari, para que lhe servisse de consolo! Era tão difícil assim os deuses abençoarem-na ao menos uma vez? Não podiam escolher a secretária simplista ao invés de o golpista?

Eve já não conseguia mais se concentrar nas tarefas que precisava cumprir no trabalho, com todas as paranoias que rondavam sua mente, feito abelhas numa colmeia. Estaria Taehyung planejando dar um golpe em Najari? Ou era a megera quem planejava dar o golpe, neste caso, na Blikis Corp.?

A mente dela considerava essa hipótese aceitável, afinal, Nari tinha roubado todo o lançamento da empresa, apagando qualquer vestígio de seu ato criminoso e impedindo assim que a equipe jurídica da empresa pudesse agir contra ela, num processo. Em contrapartida, Najari não era casada, mas poderia não ser um problema, já que Taehyung decidia quem fazia seu tipo — segundo dissera. Além disso, a lembrança de Daewon contando sobre a parceria assinada com a Nari Cosmetics jogava ainda mais lenha na fogueira de teorias da conspiração que amedrontavam Eve a respeito da naja e do golpista.

Se a Najari quisesse roubar a empresa de Daewon, faria sentido usar Taehyung, o golpista, certo? E se fosse sobre aquilo que os dois falavam quando ela falhou em espiá-los?

Eve só tinha certeza de uma coisa: precisava descobrir mais sobre Taehyung. Sobre o relacionamento entre ele e a Najari. Eve precisava saber quais as chances de o modelo ter ajudado no roubo das campanhas, afinal, aquilo só podia ter sido trabalho de um hacker muito bom ou de algum funcionário com acesso a sua sala. E Taehyung parecia ser do tipo que conseguia o que queria, usando aquele rostinho irritante e excepcionalmente belo, esculpido com a precisão das mãos de Deus.

E não tinha ninguém na empresa que pudesse lhe dar informações sobre o rapaz, melhor do que Yeji — razão pela qual tinha corrido feito uma maluca até ali.

Yeji não só era a gerente geral do Marketing, responsável pela seleção dos modelos e organização das campanhas, como também a mulher mais bem-informada sobre a vida de todos que passavam pela empresa. Para não mencionar o fato de que era a melhor amiga de uma das funcionárias da Nari Cosmetics, Ryujin — alguém que Eve veio a conhecer numa das saídas para beber com as meninas sentadas naquela mesa, onde acabaram estreitando os laços graças a um dos PTs alcoólicos de Yuna.

Ryujin trabalhava no almoxarifado, mas assim como Yeji, era muito bem-informada sobre a vida dos colegas de trabalho. Por isso, se havia algo que ela pudesse saber sobre Taehyung, Yeji também saberia.

— Que cara é essa? — Perguntou Yeji, notando só então que Eve havia se juntado a elas. A loura espiou o conteúdo na bandeja da amiga com as sobrancelhas unidas — Pegou um sanduíche de peru estragado?

— Não. Foi algo muito pior!

— Você realmente comeu comida estragada?! — Os olhos grandes de Yuna tornaram-se ainda maiores.

— Eu não comi nada estragado. Quis dizer que algo muito pior aconteceu!

— Não me diga que temos mais um B.O em mãos!

— Eve, pelo amor de Deus, me diga que a equipe jurídica já patenteou os novos nomes que escolhemos para os produtos! — Os olhos delineados de Yeji pareciam ao ponto de cair dos orifícios e os dedos, que apertavam a colher de arroz, de estourarem os ligamentos.

— Não tem nada a ver com a nova campanha. — Eve sacudiu a cabeça e olhou para os dois lados, certificando-se de que ninguém as ouvia, mesmo sabendo que as únicas companhias que tinham, à direita da mesa, eram algumas samambaias, e se inclinou sobre a mesa para sussurrar — Tem a ver com Taehyung, o golpista!

— O nosso novo modelo? O que aconteceu com ele? — Yuna indagou quando Eve assentiu.

A secretária rapidamente desatou a relatar o que seus olhos, que um dia seriam engolidos pela terra, haviam testemunhado perto dos banheiros do décimo andar. Ela, é claro, deixou de fora o fato de que entrou no banheiro masculino, fingindo que ainda tinha dignidade ao se esconder no toalete feminino antes que Najari e o golpista pudessem vê-la.

— Foi por isso que não consegui ouvir o que diziam — finalizou com um bico enorme e enrugado, como a pele de um tilápia, se formando nos lábios. — Mas eles pareciam íntimos, sabe? E não pude evitar pensar sobre isso... e se foi o Taehyung que ajudou a Nari a roubar nosso trabalho?

— Hm... será? Ele começou a trabalhar na empresa três dias antes do evento... Mas você está certa quanto ao fato de serem íntimos — Yeji arqueou uma das sobrancelhas, um sorrisinho confidente içou seus lábios quando inclinou a cabeça — Ou de já terem sido íntimos.

— Como assim? Por favor, me conte tudo! — Eve pediu, inclinando-se ainda mais sobre a mesa, assim como Yuna.

— Soube pela Ryujin, no dia do evento da Nari Cosmetics, que o Taehyung é ex-namorado da Nari.

— Ex? Por que terminaram?

— Bem, isso não sei. Os boatos que rolam na empresa da "tubaroa" das makes, é que o seu ex-amante se tornou modelo da marca concorrente, a Blikis Corp. Além disso, dizem por aí que ele gosta de se aproximar de mulheres com relacionamentos frágeis, inseguras, e carentes da atenção de seus parceiros.

— O que acham que devo fazer para parecer frágil, e necessitada de atenção? — Yuna falou, levando a mão ao peito com os olhos arregalados e os lábios entreabertos — Adoraria ter aquele pedaço de mau caminho na minha cola todos os dias!

Yeji riu, dando um tapa leve no braço de Yuna, que tentava convencer a outra de que falava sério, pois sua lista de contatos precisava de uma atualizada, porém Eve não prestava mais atenção no que as duas amigas diziam... sua mente parecia presa nas palavras ditas por Yeji, a respeito de Taehyung.

Apesar do que a loura tinha dito, a intuição de Eve lhe dizia que suas fontes de informações tinham grandes chances de estarem incompletas, se não erradas, pois, agora que parava para refletir sobre a forma como o rapaz agia em seu entorno, não parecia que as intenções de Taehyung para com ela fossem inocentes, como ele tentava fazer parecer.

E se o golpista soubesse sobre o romance proibido com Daewon? E se Nari o estivesse usando para se aproximar dela e assim, então, usá-la para quebrar a empresa?

Os dois eram pessoas que não prestavam, não seria surpresa nenhuma para ela descobrir que estavam mancomunados em algum plano ainda mais vil que roubar os lançamentos da Blikis. Por isso, Eve decidiu que faria algo para roubar as vantagens que Najari possuía sobre ela.

Como ela faria para desviar os planos de Taehyung e da megera, ela ainda não sabia. Mas descobriria.


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As veias na testa de Eve pareciam sambar ao som dos sinos que badalavam dentro de seu crânio, mas não importava o quanto sua cabeça doesse, seus olhos pareciam incapazes de desviar da tela do notebook, assim como seus dedos eram incapazes de parar de digitar, corrigindo e modificando cada item do novo plano de negócios que precisava entregar para Daewon até a manhã seguinte.

Dois dos quatro investidores mais importantes haviam desistido de apostar na Blikis Corp., e eles precisavam de um novo plano para mostrar aos investidores que restavam antes que mais alguém decidisse retirar a verba investida na última campanha — roubada pela Najari.

Eve também precisaria se certificar de que Daewon entendesse cada item exposto ali, e os números que o investimento midiático no pré-lançamento e no pós-lançamento lhes trariam, para que, pelo menos, suas palavras transmitisse a confiança de quem bolou o Growth Hacking*, ou de quem ao menos fez parte da construção de ideias. Pois Eve não poderia apresentar o projeto, ainda que fosse ela a cabeça por trás das ideias que salvariam a empresa de um iminente colapso financeiro.

A secretária ainda tinha muita coisa para revisar e corrigir quando um estalido alto soou em seu ouvido direito, fazendo a cabeça latejar ainda mais. Ela girou na cadeira, assustada. Sua mente estava tão perdida em pensamentos — dos negócios aos segredos existentes entre o golpista e a naja — que a primeira coisa que passou por sua mente foi Taehyung. O ousado!

Por isso agarrou o pescoço do atrevido, que ousara beijar seu pescoço, com as unhas, e abaixou sua cabeça até encostar na mesa.

— AAAAA, aí, baby! Por que você está fazendo isso?!

Os olhos de Eve se arregalaram ao reconhecer o apelido carinhoso que a voz familiar exprimia num muxoxo dolorido. A névoa de dor e pensamentos difusos desapareceu de seus olhos cansados, fazendo-a ver um homem de olhos oblíquos e pequenos encarando-a com um bico nos lábios rosados enquanto a bochecha direita era prensada na mesa cheia de papéis e cliques soltos da secretária.

— Daewon? — Eve rapidamente o soltou.

— Quem mais poderia ser? — Daewon franziu o cenho e endireitou a postura, massageando o pescoço.

Só quando o diretor da Blikis ajustou o terno de grife sobre o corpo, amarrotado graças ao súbito ataque da namorada, foi que Eve notou que Daewon tinha a maleta executiva transpassada por seu torso. Os olhos dela se desviaram para a tela do computador. Faltavam duas horas para o expediente chegar ao fim.

— Você já vai embora?

— Nós já vamos, não? — Daewon colocou a mão no encosto da cadeira da secretária e sorriu de lado, encolhendo os olhos em duas fendas ao baixar o rosto na altura dos olhos dela. — Não faz sentido minha secretária continuar trabalhando se o chefe já está de saída.

— Tem sentido se ela estiver tentando finalizar o funil de Growth que o chefe terá que apresentar na manhã seguinte para não perder mais investidores.

Daewon enrugou o nariz e os lábios numa careta descontente, afastando-se de Eve com um aceno — como se pudesse afastar aquelas palavras tão corta-clima do mesmo modo que faria com um mosquito.

— Vai demorar muito? Meus pais querem jantar comigo hoje — ele disse olhando para o relógio de ouro preso no pulso esquerdo. — E acabei concordando em encontrá-los num restaurante, agora. Já fizeram reserva e tudo. — Suspirou e piscou os olhos como um filhotinho pedindo comida para o dono.

— Não se preocupe, pode ir. — Eve assegurou-o, sorrindo — Assim que terminar aqui vou para casa.

— Tem certeza? Sabe como meus pais são, né? Pode ser que eu não possa voltar para casa cedo. Mamãe gosta de me mimar, tenho certeza de que irá me fazer ir até a casa deles para me mostrar alguma de suas novas aquisições artísticas.

Aquela situação era o lembrete de que Eve precisava para se sentir revigorada, esquecendo-se da dor de cabeça que a afligia devido a demanda de preocupações que a cercava, pois se conseguisse fazer a empresa obter o sucesso que o Sr. Blikis, pai de Daewon — e seu sogro —, esperava que obtivessem, Daewon poderia ter a empresa para ele, definitivamente.

Assim os dois não teriam mais que manter o relacionamento que tinham em segredo. E sua sogra não pediria mais para o filho dormir na mansão dos Blikis, como nos velhos tempos, porque saberia que os dois viviam juntos no apartamento luxuoso, em um dos edifícios da família. Com isso em mente, Eve conteve o ímpeto de reprimir os lábios e continuou sorrindo ao dizer:

— Não se preocupe. Pode dormir lá se quiser.

Daewon sorriu de orelha a orelha, feito uma criança inocente, os olhos escuros brilhando ao fitá-la — sua reação eufórica fazendo-a ter ainda mais certeza de ter feito a escolha certa.

— Você é a melhor namorada do mundo! Eu te amo baby, você sabe disso, não sabe?

— Eu te amo mais.

— Impossível — Retrucou, segurando o rosto da amada entre as mãos e distribuindo beijinhos em cada pedacinho do rosto dela, até alcançar os lábios pintados de pêssego e entreabri-los num beijo breve, mas apaixonado.

Eve resfolegou quando Daewon a soltou e se despediu, fazendo corações com os dedos até desaparecer no corredor, rumo ao elevador.


▬▬▬▬▬


— Yeji, não! — Eve agarrou o enorme poste cinza do semáforo com as duas mãos, atraindo olhares dos passantes enquanto a loura a puxava, tentando arrastá-la para o bar as costas das duas, onde Yuna tinha entrado para encontrar Ryujin.

Se Eve soubesse que o plano das duas era sair para beber depois do trabalho não teria aceitado dar carona a elas até o ponto de ônibus, menos ainda saído do carro para comprar remédio na farmácia quando Yeji fingiu passar mal.

— Não seja assim, Eve! Todo mundo sabe que você precisa relaxar um pouco! — Observou Yeji, finalmente soltando-a. A mulher a encarou com os olhos cerrados e as mãos na cintura, como uma mãe repreendendo a filha rebelde — Tudo que tem feito nos últimos dias é trabalhar feito uma maluca!

— Há uma razão para isso, sabe.

— E que razão seria essa? Me dê algo plausível o suficiente para justificar uma simples subordinada se matando de trabalhar enquanto o chefe dela deve estar por aí, no happy hour com os ricaços!

O erro de Eve foi soltar o poste para pressionar as têmporas enquanto justificava a ausência de Daewon nas últimas horas do expediente — que havia saído pouco antes de as duas madames se esgueirarem até a sala da secretária, implorando por uma carona —, pois Yeji se aproveitou de seu ato para puxá-la pelos pulsos na direção do bar.

Vendo o sorriso gigantesco e divertido que a amiga exibia enquanto a puxava, alegando que aquela seria uma noite incrível, pois estariam juntas depois de um longo tempo confinadas no escritório criando mais uma campanha, Eve se rendeu. Estava convencida de que, apesar de ainda sentir a cabeça latejar um pouco, uma cerveja lhe faria bem, principalmente na companhia das meninas. Daewon não estaria em casa a esperando mesmo. E talvez não fosse de todo ruim, poderia ver novos rostos e ouvir os flertes de Yuna com os caras que chamassem sua atenção no bar.

Eve tinha um sorriso estampado no rosto quando entrou no bar. Entretanto, o sorriso rapidamente se desfez quando seus olhos encontraram os do rapaz sentado na mesa próxima a que Yuna e Ryujin estavam sentadas. As memórias dos acontecimentos do dia voltaram à mente dela num turbilhão.

E quando um sorriso quadrado se abriu nos lábios do rapaz, dando um brilho ladino a seus olhos castanhos, ela estremeceu.

Pois Taehyung, o golpista, não estava sozinho. Ele estava na companhia de Hoseok e com um dos investidores mais importantes da Blikis Corp.

Ao perceber isso, a cabeça de Eve voltou a latejar. Aquela, sem dúvida, seria uma longa noite.

*Growth Hacking: conjunto de técnicas e processos de marketing, vendas e desenvolvimento de produtos visando um crescimento acelerado de um negócio.

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