hotter than hell | max verstappen
12 de dezembro de 2021 - Abu Dhabi
— Te vejo na linha de chegada, Campeão.
— Não sou um campeão ainda, Diabinha.
— Não venha com essa para cima de mim, Max Verstappen, nós dois sabemos o quão ridiculamente teimoso você é para não voltar para casa sem esse campeonato.
Ele deu de ombros, com seu sorriso sapeca nos lábios.
— Você tem razão.
Max piscou para mim e colocou o capacete, entrando no modo de máxima concentração para a que seria a corrida mais importante de sua carreira.
Esse garoto seria o meu fim.
Ele não se importava que eu era sua assessora de imprensa, não se importava com a possibilidade de me fazer perder o emprego e principalmente, não se importava em esconder o que se passava em sua mente. Desde meu primeiro dia de trabalho, senti Max flertando comigo.
Foi no Grand Prix de Mônaco, quando ele se consagrou vencedor daquela prova que eu percebi que Max Verstappen estava falando muito sério sobre me levar para a cama. Ele não deixaria suas palavras serem apenas palavras, eram promessas. Ele despretensiosamente me convidou para ir ao Johnny'z com ele e uns amigos comemorar a vitória e a liderança do campeonato.
O holandês bêbado era um evento a parte e mesmo que estivesse ali de folga e para me divertir, eu também continuava sendo sua assessora que teria que lidar com qualquer notícia que vazasse sobre o que ele fez naquele bar. Então, passei a noite ao seu lado cuidando dele.
Max era um verdadeiro mulherengo que me lançou tantos sorrisos com segundas e terceiras intenções que eu tive que me tornar a mestre do autocontrole para não ceder. Eu não podia arriscar meu emprego por ele.
Decidi encerrar aquela noite o levando para a casa e garantindo que ele tivesse tudo o que precisasse. E quando eu o deixei deitado em seu sofá e ele estava quase dormindo, ele confessou:
— Você me deixa completamente louco. Nunca sei o que realmente está pensando e toda vez que penso em você, é como se o diabinho no meu ombro tomasse conta das decisões racionais.
— Vá dormir, Campeão, você está alucinando já.
Ele fez um biquinho para mim.
— Um beijo de boa noite?
Eu cheguei bem perto da boca dele, já sentindo sua respiração quente em minha própria boca.
— Boa tentativa. — lhe dei um beijo na bochecha. — Te vejo em Milton Keynes.
Usei toda a força que havia no meu corpo para deixar o luxuoso apartamento dele e voltar ao meu hotel. Suspirei fundo quando me joguei na cama macia e bem feita.
Sabia mais sobre a vida pessoal dele do que gostaria pois desde o ano passado, Max Verstappen havia terminado com a namorada de anos e tinha entrado em sua fase "curtindo a vida adoidado". Em poucos meses no emprego, eu havia abafado histórias sobre Max bêbado em diversas cidades do mundo, sobre como Max transava com garotas aleatórias e fugia pela manhã. Num ano como 2021, que ele finalmente estava competindo pelo campeonato, ninguém podia suspeitar o que acontecia nos bastidores.
Christian Horner havia me dado ordens muito específicas para manter a imagem de Max limpa. E eu acreditava que estava fazendo um excelente trabalho, ele até tinha parado de se envolver em polêmicas no paddock. Não tinha sido grosseiro com nenhum jornalista, não havia xingado nenhum outro piloto e os palavrões no rádio estavam surpreendentemente controlados. A mídia até falava positivamente sobre a mudança de postura dele.
Bem, ele havia melhorado em alguns aspectos e piorado em outros. Mas seria pedir muito que ele se tornasse um garoto perfeito quando a marra de bad boy era sua essência.
E isso fazia dele o clichê perfeito para a minha comédia romântica. Nós não começamos nos odiando ou sendo melhores amigos completamente cegos pelos sentimentos um do outro, mas nós tivemos um encontro inusitado e depois o destino cruzou nossos caminhos novamente de uma forma patética: eu tendo que cuidar da imagem de mulherengo dele.
É claro que eu sabia quem ele era mesmo antes de ser contratada pela Red Bull Racing, só não esperava que ele também me reconhecesse. Assim que fui aceita no trabalho, descobri que só começaria em dois meses, quando a pré temporada começasse. O aviso prévio da assessoria que estava no meu lugar cobriria as férias de Max.
Estava em Bora Bora em janeiro, comemorando meu novo emprego e meus últimos dias de paz antes da correria da Fórmula 1 começar. Achei que tinha o visto passando de quadriciclo durante nossa caminhada um dia antes, mas minha amiga Layla jurou que eu estava apenas ficando maluca com o novo trabalho e eu acreditei nela.
Porque era assim que funcionava: quem podia pagar fazia as trilhas em quadriciclos e nós meros mortais, duas garotas com 20 e poucos anos, eram obrigadas a andar quilômetros e quilômetros. Eu chegava acabada todos os dias e Layla me obrigava a ter forças para me arrumar e sair à noite. "Só estaremos em Bora Bora uma vez, Nicola" ela dizia com seus olhos verdes que haviam saído do Gato de Botas e eu cedia.
Na noite em que o conheci, Max Verstappen estava com uma camiseta escrito Daddy e uma calça jeans preta, em sua perfeita versão de uma red flag ambulante. Estava tocando Hotter Than Hell da Dua Lipa no bar, perfeito para o momento que o grande gostoso viria falar comigo. Eu nunca esqueceria daqueles pequenos detalhes, talvez esse fosse um dos sinais que ignorei de que estava fodida desde o primeiro segundo.
Tudo na Fórmula 1 é sobre segundos. Segundos que distanciam primeiro e segundo colocado, segundos que mostram a eficiência das equipes nos pitstops, segundos que definiriam o campeonato mundial de 2021. Não que eu entendesse a importância dessa medida de tempo para o Campeão.
Eu peguei minha bebida no bar e Max Verstappen se projetou do meu lado, olhou para mim por poucos segundos que pareciam infinitos e eu queria gritar para Layla que eu estava certa. Eu não estava ficando louca, ainda.
— Posso pagar uma bebida para você? — ele proferiu, com o sorriso sapeca do canto dos lábios que me atormentaria por todos os dias do ano.
— Max Verstappen em carne e osso. — eu disse. Queria que ele soubesse que eu não era uma de suas possíveis conquistas. — Ou eu deveria dizer daddy? — apontei para a camiseta.
— Só se você for a favor dessas coisas, linda, eu estou aberto a todas as possibilidades. — ele piscou do jeito mais pervertido que alguém poderia piscar e se inclinou um pouco mais em minha direção. — Você sabe meu nome, é apenas justo se eu souber o seu também.
— Nicola James, muito prazer.
— Nós já nos conhecemos, Nicola James? Seu nome me parece um tanto quanto familiar.
Ponderei se deveria contar para ele que meu nome estava em sua equipe e que eu era sua nova assessora, mas eu já havia bebido mais do que eu deveria e Max Verstappen era muito charmoso com suas cantadas baratas e olhos azuis que encaravam minha alma. Eu não tinha as barreiras suficientes para resistir a ele e por um lado, descobrir isso antes de começar o trabalho foi bom porque eu fui preparada. Para resistir a ele e para fazer as pazes com o fato que eu não era forte o suficiente para negar o pilto para sempre.
— Eu me lembraria, Max Verstappen.
O holandês era um pecado em forma humana. Melhor ainda do que nas fotos e em como aparecia na TV após as corridas, ele seria meu inferno pessoal daqui para a frente. Eu precisava sair dali antes de arruinar tudo antes mesmo de começar. O anjo em meu ombro dizia para correr mas, o diabo, me dizia para aceitar a proposta que ele me faria.
— Então, esse é oficialmente nosso primeiro encontro. O que acha de...
Eu o interrompi porque não achei que fosse capaz de recusar se ele terminasse a frase.
— Eu realmente não posso. Quem sabe numa próxima vez. — me levantei rápido e criei um espaço entre as pessoas no bar lotado, querendo despistá-lo para que não corresse atrás de mim.
Corri assim que localizei Layla na multidão. Disse que tínhamos que ir embora e me vangloriei de estar certa sobre Max estar na ilha. E tomei uma bronca por ter fugido.
No primeiro dia da fábrica, ele demorou dois segundos para me reconhecer.
— Nicola James, diretamente de Bora Bora. — ele disse assim que fomos deixados sozinhos pela primeira vez, mas pelo seu olhar, eu sabia que ele sabia quem eu era assim que colocou os olhos em mim.
— Na verdade, diretamente de Liverpool. Passei apenas uma semana em Bora Bora.
— Coincidentemente, na mesma semana que eu. Agora eu entendi porque eu reconheci seu nome e porque você fugiu.
— O seu ego ficou ferido, Campeão? Não está acostumado com a rejeição? — sorri.
— Você sabe que não.
— Realmente me alertaram sobre sua confiança extrema.
— Qual é, Diabinha, você não teria fugido se pudesse resistir. — ele tinha um ponto. — Mas, teremos muitos momentos para compensar, confie em mim.
Rolei os olhos.
— É, Max. Enquanto eu trabalhar aqui você pode me esquecer. Me veja como um de seus bros.
— Impossível. Nenhum deles chegam perto da sua beleza e podem usar um vestidinho vermelho justo como você usou em Bora Bora, Diabinha. Eles ficariam ridículos e você fica gostosa.
Parte de mim achou que ele nem se lembraria daquela noite, mas eu deixei de ser Nicola James para ser a Diabinha de Max Verstappen assim que cruzei a porta do escritório de Horner para conhecê-lo formalmente. E o pior de tudo era que eu gostava.
Layla, minha designada melhor amiga, deveria me apoiar e acreditar em mim. Mas em vez disso, ela apostava consigo mesma em quanto tempo eu cederia para Max. Ela nos acompanhou no GP da Áustria e me diagnosticou como um caso perdido. Ela não confiava em mim e honestamente, nem eu. Era necessário que todas as células do meu corpo trabalhassem em autocontrole quando Max entrava na minha órbita, quando ele falava próximo ao meu pescoço apenas para me ver arrepiada ou quando ele piscava de longe, para me mostrar que eu nunca passaria despercebida por ele.
Mas Layla perdeu a própria aposta. Porque eu resisti até Zandvoort, que Max venceu com facilidade e o Orange Army deu um verdadeiro show para o herói nacional. Ele teve milhares de compromissos midiáticos nesse dia, ele não aguentava mais as entrevistas e fazer a média de bom moço para as pessoas importantes que estavam ali só para vê-lo.
Até conheci a família real holandesa naquele dia. Mas só conseguia pensar em como Max ficava bem no meio do mar laranja das arquibancadas e como eu nunca tinha o visto tão feliz.
Estava extremamente quente na Holanda, Max estava suando mesmo quando estava parado e assim que fomos liberados pela equipe, tomei a atitude de me convidar para onde ele iria. Até hoje não consigo explicar o que aconteceu comigo naquele dia, o calor deve ter mexido com o meu cérebro e me feito agir como se tivesse todo o poder do mundo nas minhas mãos para dar o primeiro passo.
Eu queria arrancar o macacão do corpo dele, apenas para ajudá-lo com o calor e para me entreter com seu abdômen, como eu havia feito inúmeras vezes enquanto o via treinar.
— Vai me mostrar porque sua terra é conhecida pelas festas, Campeão?
— Só se você quiser ver tudo.
— Eu quero.
Max me levou a um show do seu amigo Martin Garrix e ficar tão próximo do DJ durante toda a performance foi uma experiência inesquecível.
Verstappen se comportou enquanto estávamos a vistas, e se preocupou se meu copo estava sempre cheio e se eu estava me divertindo.
— Acho que está na nossa hora, Diabinha. — ele sussurrou em meu ouvido, com a voz mais abafada e grave que o normal. Eu apenas assenti.
O fato de ser o nosso segredo deixava tudo mais excitante. Toda a equipe da RBR estava no mesmo hotel e ninguém desconfiaria se me visse andando pelo andar do quarto de Verstappen, era certo que eu estava tratando de algum problema dele. Ninguém sabia do nosso jogo de gato e rato e por isso Max ficou apenas me encarando durante todo o percurso do elevador, encostado em um canto e eu no outro. Uma distância que estava longe de ser segura.
Apertei o botão para parar o elevador e o empurrei contra a parede para beijá-lo. Ele tinha gosto de Heineken e suor. A boca dele era ainda mais macia e gostosa do que eu havia imaginado. Ele sorriu. Seus olhos transbordavam luxúria e eu sentia o fogo que ele tinha mesmo longe.
Voltei ao meu canto do elevador e apertei o botão novamente, que demorou segundos demais para chegar ao andar 33. O corredor estava vazio, o que permitiu que ele pegasse a minha mão e corresse até a porta do seu quarto, já me beijando contra a porta, ele demorou até o cartão chave liberar nossa entrada e Max gemeu assim que sentiu a porta se abrindo atrás de mim.
— Finalmente. — ele riu anasalado.
— É. Finalmente. — concordei.
— Ninguém mandou ser difícil, Diabinha.
Dei de ombros e me desprendi dos braços dele. Andei pelo quarto o analisando. Era a primeira vez que eu entrava no mundinho dele.
— É bem mais organizado do que eu pensei. — comentei e me joguei na cama. — Sua cama é melhor que a minha.
— É claro que é, eu durmo aí. Tem meu cheiro, e tem eu pronto para fazer o que você quiser. — ele se jogou por cima de mim, sem deixar seu peso cair totalmente em mim e voltou a me beijar. — Quer beber alguma coisa?
Bufei.
— Não acredito que você está enrolando agora.
— Estou sendo um cavalheiro. — rolei os olhos para ele.
— Eu te conheço o suficiente para saber que você não é um.
— E eu não sabia que você era impaciente assim até na cama. — ele provocou.
— E eu tinha certeza que você era assim. Gosta de provocar até me ver perder a cabeça.
— E você gosta disso?
— Sim. — engoli em seco. Tendo completa noção que tinha dado permissão para ele me arruinar.
Max beijou todos os cantos do meu corpo e me fez gritar como eu nunca havia gritado antes. Ele seria para sempre meu pecado preferido.
Na manhã seguinte, ele pediu café no quarto e nós combinamos de guardar segredo e eu disse que não poderia acontecer novamente. Ele não gostou dessa parte mas aceitou, sabia que eu estava mais exposta ao fracasso se a história vazasse. Mas, eu não acreditei nas minhas próprias palavras porque agora que havia provado de Max Verstappen eu dificilmente conseguiria me manter longe.
Tomei cuidado para sair do seu quarto e passei ilesa até chegar no meu próprio quarto. Eu estava exausta. Não havia dormido nada e tinha passado muitas horas em pé durante a corrida. Tinha exigido muito do meu corpo e quando resolvi tomar um banho quente para me preparar para o dia que já começaria, vi todas as marcas que Max Verstappen havia deixado. Por onde a água escorria eu podia sentir seus beijos e sua língua passando, provando que eu estava certa quando disse que ele gostava de provocar.
Ele era minha ruína.
Max não mudou em nada comigo, talvez só tenha piorado. As brincadeiras tinham ainda mais verdade e toda vez que ele podia, ele fazia alguma referência àquela noite para me deixar sem graça em público. Ele queria novamente e saber que eu havia deixado Max Verstappen, aquele que não conhecia rejeição, querendo mais me fazia sentir sexy e poderosa.
Até Jeddah acontecer. Quando o campeonato estava em seu auge e a FIA tinha acabado com a vitória de Max, fazendo com que ele e Hamilton fossem a Abu Dhabi empatados.
Verstappen deixou o pódio no meio e eu sabia que teria um grande problema pela frente. Ele era verdadeiro, ele tinha isso. Nunca trairia seus próprios sentimentos e se estava achando o segundo lugar injusto, a coisa mais Max Verstappen a se fazer era deixar o pódio. Eu nem me importava com a confusão que me esperava.
Jeddah era uma pista complicada e todo aquele Grand Prix havia sido cheio de incertezas e má sorte. Max perdeu a pole position ao bater no muro no que seria uma volta histórica e terminou a corrida em segundo, numa pista que mal havia ficado pronta a tempo. Era o pior dos mundos para ele.
Também já tinha percebido que as corridas de noite deixavam a adrenalina de Max tão alta que ele não conseguia dormir rápido e que seu corpo ficava tão cheio de energia que ele poderia ter tomado três Red Bulls.
Durante todo o briefing da equipe, estava claro que Max estava puto pra caralho. De uma forma que eu nunca havia visto. E ele estava elétrico.
— Max. — eu chamei enquanto o via entrar em seu quarto. Dessa vez, nossos quartos eram lado a lado. — Eles querem um show, dê um show para eles em Abu Dhabi.
Ele sorriu, mas ainda era possível ver uma ruguinha de preocupação em sua testa.
— Quer entrar? — ele perguntou. — Vou afogar minhas mágoas no champanhe ruim e será menos triste se eu não estiver sozinho.
Eu não deveria, mas eu fui. Max bravo, cheio de adrenalina e com gosto de champanhe se tornou minha combinação preferida. E eu fiquei feliz de ser seu escape. Ele poderia me arruinar e eu ficaria feliz porque ele era meu pecado preferido.
Naquele momento eu não liguei para sua fama de mulherengo, para nosso combinado de nos manter profissionais e nem mesmo se alguém estava escutando. Honestamente, que escutassem. Max era bom demais, praticamente um crime contra a minha sanidade.
Quando chegamos em Adu Dhabi, a última coisa que passaria por sua cabeça era o que havia acontecido em Jeddah. Nem eu estava pensando nisso, realmente. Havia passado muito tempo depois de Zandvoort me condenando pelo acontecido, mas não havia tempo para isso dessa vez. Max tinha um campeonato para ganhar.
Ele estava confiante, como sempre era, mas também estava leve. Ele merecia tanto vencer. A equipe merecia esse prêmio também.
Durante toda a corrida, foi possível sentir a tensão de todos na garagem. Eu não piscava olhando para a tela que mostrava o on-board dele, Alex Albon estava ao meu lado e ele estava roendo suas unhas como um garotinho ansioso, Geri Horner segurava a mão da mãe de Max, Sophie.
Nem por um segundo, eu duvidei da capacidade de Max. Mesmo quando tudo parecia perdido, uma parte de mim sempre teve esperança. Quando o Safety Car entrou após o acidente de Nicholas Latifi, eu senti que pararia de respirar a qualquer momento.
Tudo o que se passou em seguida foi como um flash: o pitstop, as decisões da FIA, o arrepio que eu senti durante toda a última volta até Max ver a bandeira quadriculada e eu soltar o grito que estava entalado na garganta por mais tempo do que eu imaginava.
A porra de um campeão mundial. Era isso que Max Verstappen era.
A garagem logo se transformou em uma grande festa, Max ajoelhado sobre o pneu e depois pulando na equipe. Ele combinava com o lugar mais alto do pódio. Eu não conseguia desviar meu olhar dele nem por segundo. Meu campeão.
Não meu de verdade, mas não me importei com o detalhe. Eu queria correr para abraçá-lo, mas era apenas sua assessora e haviam pessoas que estavam ali muito anos antes de mim, construindo esse campeão mundial aos poucos e pessoas que ele amava. Falaria com ele antes das entrevistas, ele merecia comemorar um pouco.
Não achei que ele iria notar que eu não estava em sua órbita.
— Não vai dizer nada para o campeão mundial, Diabinha? — ele se aproximou.
Perto demais.
— Não queria aumentar seu ego ainda mais. — dei de ombros. — Vamos ter muitas entrevistas pela frente, campeão. Eu ia falar com você depois.
— Você pode deixar de ser tão profissional agora. Eu ganhei, acabou.
— Eu disse que você iria para casa com esse troféu.
— Eu dei o show que eles queriam, não dei?
— E como. Achei que eu fosse ter um ataque cardíaco durante essa corrida inteira.
Ele deu mais um passo em minha direção.
— Bom saber que eu tenho esse efeito em você.
— Você sabe o efeito que tem em mim, Max. — rolei os olhos.
Aquela distância era definitivamente perigosa e eu gelei quando ele pegou na minha cintura.
— Agora é Max? — ele sussurrou no meu ouvido.
— Estamos no meio de todo mundo. — sussurrei de volta. Olhei por toda a garagem, com medo de ser vista. Ao mesmo tempo que todos os olhos estavam em Max, ninguém estava nos observando, todos ocupados em suas próprias comemorações.
— Sorte sua ou eu já teria tirado toda sua roupa.
Max Verstappen era meu pecado preferido. Só ele poderia falar essas obscenidades para mim em público e em vez de ficar envergonhada, ficar ansiosa pelo que ele realmente iria fazer comigo depois. A esse ponto eu já sabia, Max era um cara de promessas, ele cumpria tudo o que dizia. Isso que o fazia ser mais quente que o inferno.
— Vai para a festa comigo?
— Você sabe que sim, Campeão.
Ele me deu um beijo na bochecha e se afastou. Eu assoprei um beijo de volta para ele.
Com os protestos da Mercedes, toda a burocracia demorou muito mais do que eu esperava. Layla estava comigo mais uma vez e enquanto esperava a última decisão da FIA, ela estava ao meu lado impaciente. Era claro que não aconteceria nada com Max ou o campeonato, mas haviam protocolos a serem cumpridos.
— Que se fodam, sabe? Já perdeu, supera! — Layla esbravejou. — Eu quero curtir uma festa foda com a minha melhor amiga e eles estão no meu caminho. — ela bufou. — Vou protestar contra isso, vamos ver o que eles vão achar.
Max e Christian riram.
— Layla, por Deus. — dei uma leve cotovelada nela. — Nem era pra você estar aqui. Fica quieta.
— E você ia me largar sozinha quando todo mundo já está em alguma festa? Óbvio que não.
— Ei, veja pelo lado bom. Já estamos bêbados. — Max a encorajou.
E ele estava certo. Eu não lembrava de beber, mas eu já estava me sentindo alegre e levemente tonta. Definitivamente não iria passar num teste de bafômetro.
— Foda-se você, Toto. — Layla continuou até Horner ser chamado para escutar a decisão final.
Max Verstappen era o campeão mundial. Combinava com ele, cada vez que essa frase era repetida, melhor ficava.
— Hora de comemorar, Diabinha, está pronta?
— Prontíssima.
Max pegou minha mão e não soltou durante a noite inteira. Ele fez questão de mostrar que eu estava com ele e de estar perto de mim. Nós bebemos, dançamos, ele brincou de DJ com Martin. Eu não me lembrava como era ficar acordada até as 7 da manhã, mas nem vi as horas passarem. Lembro de escutar "We Are The Champions" mais de 10 vezes e "Super Max" até cansar.
Me perdi de Layla, mas a vi conversando com Lando Norris então, assumi que ela estava bem.
Eu estava bêbada demais para me importar em não beijar Max em público e estava feliz demais para me privar disso. Eu sabia que não viraria um escândalo pois só haviam amigos próximos na festa de Martin e ninguém que estava ali me conhecia como a assessora de Max, apenas como a garota que ele havia levado.
— Sabe, Nicola, acho que Deus me enviou para você.
Eu ri.
— Qual é com todo esse carinho agora, Verstappen?
— Eu tô muito bêbado. — ele riu. — Mas, essa é a real. Você manteve minha sanidade durante todo ano e tenho certeza que não estaríamos celebrando se você não tivesse me ajudado.
— Você ganhou porque você é o melhor, Max.
— Não posso ser o melhor sem ajuda. — ele sorriu. — Então, eu queria te agradecer por me aguentar e não me mandar a merda, porque eu sei que mereci muitas vezes. E você fez muito mais do que seu trabalho porque também foi uma grande amiga e companheira.
— Quem diria que o Campeão seria tão sentimental assim.
— Você que faz isso comigo, Diabinha. Desde Bora Bora e aquele maldito vestido vermelho, você não sai da minha cabeça. Não me deixa em paz nem um segundo. Sempre gritando, ou por mim ou me dando uma bronca. Que bom que eu sempre gostei das bravas.
— Você é ridículo.
Beijei ele, segurando as mãos dele na minha cintura.
— Obrigada por permitir que eu fizesse parte dessa jornada.
— Você e eu, Diabinha. Você não vai se livrar de mim tão cedo.
— Sorte a sua que você é gostoso então eu não vou reclamar.
Eu não era boa como ele com as palavras mas sabia que ele me entendia. Estávamos na mesma página e era isso que importava.
Max Verstappen sempre seria meu melhor pecado. Mas ele também era minha salvação, eu me sentia viva com ele.
o mundinho entrou na era bad boy e eu amei!
percebi que a gente deixou passar o world champion sem nem um continho pra comemorar e eu não podia deixar assim, max v merece tudo e a gente merece fantasiar sobre ele sendo o grande gostoso que ele é
esse conto é bem verstappista com direito até a xingo na mercedes, então se vc não gostou o problema é seu :) eu fiz esse aqui pras verstappetes e verstappetes only
espero que vocês tenham gostado da nicola e do max, tanto quanto eu gostei de escreve-los!
agora se vc tbm ta gostando da era explícita do mundinho, me ajudem na campanha lando norris bad boy! ouvi dizer q tem uma mundinete que já tem um plot mas não escreveu ainda...
beijos e até a próxima
laur <3
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