Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

first man | carlos sainz

sugestão: dê play na música antes de começar a ler

*

"Querido papai"

Comecei a escrever, com as mãos trêmulas, em uma folha de papel timbrado que carregava as iniciais do meu nome e a logotipo da clínica que eu trabalhei arduamente durante anos a fio da minha vida para construir, do zero, mas que hoje eu poderia afirmar com convicção e orgulhosamente: cada gota de suor tinha valido a pena. Cada lágrima derramada durante a minha jornada para me tornar a profissional bem sucedida que eu sou hoje tinha valido a pena.

Aquela era a terceira ou quarta tentativa de escrever aquela carta. E em todas as outras eu tinha falhado. Talvez por não encontrar as palavras certas para descrever o que eu estava sentido. Ou porque eu tinha desabado em lágrimas em todas elas. Mas eu precisava disso. Precisava colocar em palavras tudo aquilo que há meses vinha me sufocando. Mais precisamente desde que estivera em Granada pela última vez.

"Sei que nosso último encontro não terminou da maneira mais cordial possível, mas eu gostaria de poder te contar que está tudo bem aqui em Londres. Nós estamos bem, papai. Nos mudamos para um apartamento mais espaçoso e adotamos um cachorro, o Rocky. Sim, como no filme que você e eu costumávamos assistir quando eu era pequena.

Eu sei que você nunca me perdoou por ter saído de casa tão cedo, mas também sei que nunca me impediria de correr atrás dos meus sonhos, da minha felicidade. E pela primeira vez em tantos meses, eu me sinto feliz, pai. Verdadeiramente feliz.

A rotina por aqui é intensa. Tem dias que os meus plantões acabam se estendendo por muito mais horas do que o considerado saudável, mas você sabe o quanto eu gosto de ser proativa. De me sentir útil. De ajudar pessoas.

Na semana que vem vou tirar oito dias de folga. As coisas não são mais como antes, o senhor sabe disso. Mas mesmo assim farei o possível e o impossível para voltar para casa, nem que seja para passar quatro desses dias.

Na semana passada, eu conheci oficialmente a família dele. Não foi por chamada de vídeo ou ligação, eles vieram até aqui. Eles me lembram muito você e a mamãe, para falar a verdade. São barulhentos, adoram futebol, torcem pelo Madrid e estão sempre me incentivando a comer os vegetais que eu tanto detesto, mas que sei serem necessários para manter uma alimentação balanceada e saudável. As irmãs dele também me acolheram muito bem. O que me faz pensar que teria sido legal crescer com mais alguém dentro de casa, mesmo que isso significasse ter que dividir os brinquedos, a atenção, o amor.

Sabe, pai, eu sei que o senhor acha que ele não me merece. Ou melhor, que ninguém me merece. Mas eu tenho certeza que você ia gostar dele. Ele é diferente. É engraçado como você, é gentil, e não, ele não bebe e depois dirige. O que chega a ser irônico, já que um de seus maiores patrocínios vem de uma cervejaria. Eu finalmente encontrei alguém que eu realmente gosto, papai. Carlos é um bom homem. Ele me ama e nunca me machucaria, eu tenho certeza disso.

Na semana que vem, nós completamos dois meses de noivado.

E seis desde a sua partida.

Não houve um dia sequer nesses meses todos, nesse infinito implícito em dias numerados, que eu não tenha pensado no momento em que o senhor me levaria até o altar. Até o homem da minha vida. O segundo homem da minha vida. Porque o senhor foi o primeiro homem que realmente me amou. Agora outra pessoa também pode e eu sinto muito que você não esteja aqui para conhecê-lo, para olhar no fundo nos olhos dele e com o seu melhor sorriso falso, fazê-lo prometer que vai cuidar bem da sua garotinha.

Eu espero que o senhor saiba que tudo o que eu disse naquele dia, quando saí batendo a porta, nada daquilo era verdade. Eu estava brava, estressada e descontei todas as minhas frustrações no senhor, quando na verdade, tudo o que você queria era me proteger. Com o seu jeito ríspido, primitivo e por vezes até grosseiro, você só queria me proteger e impedir que eu me machucasse, como tantas vezes já aconteceu.

Eu daria tudo para ter uma segunda chance de dizer ao senhor todas as coisas que eu realmente sinto, para, assim quem sabe, estancar essa dor do meu peito.

Daria tudo para sentir o seu perfume amadeirado e terrivelmente forte outra vez, enquanto você me abraçava daquele jeito afetuoso e demasiadamente forte, me fazendo sentir amada e como se todos os problemas do mundo fossem pequenos quando eu estava nos seus braços.

Os dias passam lentos sem o senhor aqui, pai. Alguns dias são mais escuros e sombrios do que os outros, mas por sorte eu tenho os meus pacientes e o Carlos para me lembrarem de buscar a felicidade nas pequenas coisas, nos pequenos detalhes, exatamente como você me ensinou, quando eu ainda era uma adolescente consternada sobre o futuro e sobre o constante medo de falhar.

Não gosto de pensar que eu falhei com o senhor.

A gente brigava muito, é verdade. Éramos lados diferentes de uma mesma moeda. Mas não é das brigas que eu me lembro agora, embora até delas eu sinta falta.

Sinto sua falta, Juan Pablo Martínez. Sinto sua falta, papai.

E vou sentir durante todos os dias da minha vida.

Sei que onde quer que você esteja agora, está olhando e cuidando de nós, da mesma forma que fez durante a sua vida inteira, uma vida inteira dedicada a nos amar e proteger. Sei também que essa carta não vai chegar, assim como todas as outras. Mas essa era a nossa tradição, certo? Até mesmo quando estávamos brigados, as cartas manuscritas sempre foram o nosso jeito de nos manter próximos, mesmo em países diferentes. E você sempre vai estar próximo de mim, no meu coração.

Espero que o senhor possa me perdoar por todas as vezes que eu disse palavras das quais me arrependo amargamente. Foram todas da boca pra fora.

O que não foi da boca pra fora, no entanto, foram todos os conselhos, as advertências, as confidências, o carinho e o amor que nós compartilhamos, com os nossos jeitos e trejeitos, que só a gente entendia.

Obrigada por ter sido o melhor pai do mundo.

Feliz Aniversário.

Eu te amo eternamente

Com amor,

Nina"

Assinei a carta, acendendo o sinete de cera e lacrando-a. Secando as poucas lágrimas que molharam o meu rosto naquela última e exitosa tentativa. Suspirei fundo deixando os meus ombros tensos relaxarem pela primeira vez desde que começara a escrever e então sorri fraca guardando o envelope dentro da caixa que eu guardava com tanto carinho todas as correspondências trocadas com meu pai ao longo dos meus nove anos vivendo na Inglaterra.

Pela porta entreaberta do escritório eu podia enxergar meu noivo, Carlos e seu amigo e companheiro de equipe, Lando Norris, disputando uma partida de FIFA, o que me fez sorrir. Eu estava em casa e há muito tempo a definição de casa não era tão acolhedora e cativante quanto no atual momento da minha vida.

Os últimos meses tinham sido difíceis, mas passar por tudo isso ao lado de Carlos com certeza tornava as coisas menos pungentes para mim.

Ao lado dele eu me sentia segura, protegida e amada. Exatamente como o meu pai fizera questão de me fazer sentir durante toda a minha vida.

E como se pudesse ouvir os meus pensamentos, o piloto espanhol da McLaren adentrou o cômodo onde eu passava boa parte do meu tempo quando estava trabalhando de casa.

- Tudo bem aqui, corazón? - Sainz indagou, se aproximando vagarosamente de mim e depositando um beijo carinhoso e demorado nos meus cabelos. Gesto que acalentou o meu coração e fez meus lábios se voltarem em um sorriso, girando a cadeira para poder fitar com atenção o par de olhos castanhos que tinha se tornado o meu porto seguro.

- Tudo ótimo, mi vida - respondi depressa, sorrindo com sinceridade e tomando a mão de Carlos com a minha, beijando os nós de seus dedos. - Eu só estava, hum... escrevendo uma carta, você sabe.

- Você sabe que ele está cuidando de você, não sabe? - Perguntou e eu assenti em concordância, engolindo o nó que fechou a minha garganta. - Tenho certeza que ele estaria orgulhoso de você e de tudo o que você tem conquistado, Yanina.

- Eu sei, é só que-

Deixei a frase morrer no ar, completamente incapaz de responder. Falar sobre aquilo ainda era um problema para mim e eu tinha muita sorte por Carlos entender aquilo e apenas me abraçar e preencher o cômodo com um silêncio que não era incômodo, mas sim reconfortante.

- Espero que algum dia eu possa te fazer sentir tão amada quanto ele - Carlos murmurou, afagando meus cabelos e beijando a minha testa.

- Você já faz, Carlos, todos os dias - murmurei de volta, me afastando para poder encarar o brilho crescente em seus olhos e o sorriso satisfeito nos seus lábios.

- Eu não vejo a hora de me casar com você, Nina - meu noivo murmurou, juntando nossos lábios em um beijo demorado, lento e preenchido por todas as boas sensações que nossos corpos causavam quando estavam juntos, em uma espécie de combustão única e inigualável.

Eu tinha ganhado na loteria e ao invés de uma bolada em dinheiro, tinha encontrado o amor e o chamava de Carlos Sainz Jr.

Carlos não tinha sido o primeiro homem que eu amei e tampouco o primeiro a me amar, mas com certeza seria o último.

E eu não poderia estar mais feliz por isso.

Voltei!

Mais cedo do que eu imaginava e dessa vez com uma ideia que eu já tinha tido há algumas semanas atrás, mas só ontem enquanto chorei ouvindo a música tema que eu realmente comecei a levar a proposta a sério.

É um formato um pouco diferente do tradicional, mas confesso que gostei e fiquei bem feliz e satisfeita com o resultado final. E espero do fundo do coração que vocês gostem também.

A propósito, nós do mundinho estamos muito felizes com a recepção de APEX.

Obrigada por nos ajudarem a tornar isso realidade!

E pra quem leu o meu conto com o Daniel Ricciardo, My Oh My, gostaria de anunciar oficialmente a parte II. Sem data prevista, mas eu prometo que vem aí e não vai demorar.

Espero voltar em breve

Beijos e obrigada ❤️

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro