first love | max verstappen
continuação de un día
REBECCA
Em alguns dias, eu tinha a sensação de que poderia morrer de saudades dele. Em outros, minha vida era tão movimentada que, por horas a fio, esquecia de sua existência.
Foi assim durante os cinco meses em que estivemos separados e sem nos vermos. Quando o reencontrei em Monte Carlo, sentia todos os dias que deveria ligar para ele e pedir para que viesse até mim. E os primeiros dias de nosso término voltavam até mim, implorando para que ele fosse o garoto que me amou no início de tudo novamente.
Eu vivi meses sem seu toque e sua companhia, mesmo sabendo que o amava da mesma forma que o amei durante todo nosso relacionamento. Contudo, aprendi a ser a Rebecca Aubinet, não a ex-namorada de um piloto de Fórmula 1, mas a professora de biologia da escola do bairro em que morava, graduada em Ciências Biológicas, com mestrado em educação e doutoranda em Biotecnologia, que não precisava de um relacionamento para ser completa.
E, mesmo que tenha sido difícil, as coisas progrediram como deveriam. Depois daquele encontro fatídico, não nos vimos mais. Eu estava focada demais em viver a minha própria vida, longe de relacionamentos conturbados e todas as picuinhas que o amor romântico proporcionava. E eu estava feliz, de verdade. Viver longe dele, apesar de tudo, abriu meus olhos para muitas coisas que não funcionavam em nosso relacionamento.
Havia muitas problemáticas que só puderam ser percebidas quando tudo acabou. E eu estava feliz de, finalmente, entender que tudo aconteceu como deveria. Precisávamos nos afastar, antes que pudéssemos destruir muito mais.
Ele, durante esse tempo, manteve-se ocupado, como sempre, em sua carreira perfeita. Em todos os finais de semana, estava em um ponto diferente do globo, ganhando corridas e sendo ovacionado por uma torcida apaixonada. Ele era o orgulho de seu país, era o orgulho das equipes por onde passou e se tornaria, mais uma vez, um campeão.
Enquanto a mim, continuaria torcendo por ele. Nosso término não acabou com a admiração que eu sempre tive, era impossível que eu deixasse para lá o piloto talentoso que ele era e todos os momentos bons que dividíamos. Depois de algum tempo — sete meses, para ser específica —, eu aprendi a separar certas coisas. Eu poderia ficar feliz com o amor que tivemos, com as memórias que tínhamos.
Quando as coisas ficaram mais fáceis de lidar e ele já não era um sinônimo de dor, consegui vê-lo de uma forma mais serena. Eu esperava que ele estivesse sentindo o mesmo. Esperava que estivesse vivendo uma boa vida, como eu disse para ele. Na verdade, enquanto olho para o piloto sobre o pódio mais alto, sei que ele vive o melhor de si.
Gosto da energia de um Grand Prix. A cacofonia dos carros na pista, da torcida nas arquibancadas, dos mecânicos e engenheiros correndo de um lado ao outro. Sempre achei tudo confusamente intrigante. E quando você conhece essa bagunça de dentro, as coisas se tornam ainda mais interessantes.
Antigamente, eu o esperaria dentro do box da Red Bull, mas hoje, estou em uma das arquibancadas, ao lado de papai, que torce o boné da equipe austríaca entre as mãos, esperando nervosamente a entrada dos pilotos na celebração do pódio. Era um pódio especial naquele dia. Um pódio especial em um lugar especial.
Vejo Charles Leclerc ser chamado, saudando a torcida com uma aceno simplista. Ele mantém um sorriso tranquilo nos lábios. Os tifosi de Maranello o cumprimentam com euforia exacerbada. Eles o adoram, é nítido.
Logo depois, vejo Lewis Hamilton — o eterno campeão — subir em seu lugar, ainda mantém a mesma expressão sonhadora de sempre. Todos pensaram que ele se aposentaria depois do sétimo título, mas o britânico ainda não estava pronto para deixar para traz sua paixão. Dificilmente estamos prontos para isso. E com ele, o amor que deu ao esporte — não as políticas e o dinheiro que envolvem uma competição como a Fórmula 1 —, sempre foi recíproco. Você não é campeão oito vezes por sorte. Ele era o esporte.
Sinto meu corpo inteiro formigar quando ouço o locutor gritar o nome dele. Confete explode no instante em que seus pés tocam o palco, a torcida vibra tanto que posso sentir a arquibancada tremer sob meus pés. Seu nome é gritado a plenos pulmões, inclusive, por mim e por meu pai.
Max Verstappen levanta os braços para o céu, saudando a todos nós. Ele chora de verdade, não conseguindo controlar as lágrimas e, muito menos, o sorriso gigante que enfeita seu rosto bonito.
Max Verstappen era um campeão naquele dia. Era o campeão mundial. Não pela primeira vez, claro, era seu quarto título, pela quarta vez ele era coroado com o mundo. O pódio mais alto, o rei entre tantos outros. Quando ele levanta seu troféu e recebe a ovação merecida tanto da torcida quanto dos dois outros pilotos ao seu lado, sinto em meu peito um arrebatamento difícil de esconder ou esquecer. A cena era de uma pureza quase irreal. Durante tantos anos, eu o vi ganhar e perder, machucar-se com as promessas não cumpridas, aprender a lidar com a frustração e extravasa-la de formas errôneas. Eu o vi chorar e sorrir, gritar e rir, dar sua vida pelo esporte e, ao mesmo tempo, perdê-la.
Chorei copiosamente, abraçada ao meu pai, lembrando de cada detalhe da carreira daquele garoto. Dos momentos em que estive ao lado dele e dos que apenas observei a distância. Eu gostaria de estar ao lado dele naquele dia, devotando meu orgulho ao piloto que ele era. E não poder, por um momento, deixou-me profundamente triste. No entanto, ao observar o abraço apertado que Lewis Hamilton o dava, soube que, mesmo longe, eu ainda estaria feliz por Max. Sempre.
— Ele é um deles agora — papai murmurou. Virei-me para ele, vendo-o com os olhos marejados. — Sempre soube que ele seria grande.
Acenei positivamente, porque não conseguia externar tudo que se passava por minha mente e coração. Ele era o primeiro. Estava vencendo o mundo naquele dia. E, naquele instante, quando Max derramava champanhe em direção à sua equipe, sorrindo como um menininho, eu sabia que o amaria para sempre também.
MAX
Havia se passado menos de um mês desde que conquistei o título mundial. Ainda sentia a atmosfera daquele dia ao meu redor, a emoção que me acometeu, as lágrimas de felicidade e dever cumprido, os gritos dos torcedores, os abraços que recebi da minha equipe e dos meus familiares.
Estavam todos lá: mamãe, Victoria e meu sobrinho, Jaye, Jason, meu pai e sua mulher. Me senti coberto de amor ao redor deles. Haviam muitos problemas entre nós, um passado que me enojava em diversas ocasiões, todavia, naquele dia tudo parecia certo. Ou quase tudo.
Eu desejava que Rebecca estivesse lá também. Queria olhar para ela daquele pódio e dedicá-la meu campeonato, como fizera inúmeras e inúmeras vezes. Naquele dia, enquanto ganhava o mundo, lembrei-me que havia perdido parte importante da minha vida.
Era mais fácil agora. Depois de nosso último encontro, trabalhei duro para me manter focado em minha própria carreira e em mim. Não no meu eu egoísta, mas em um eu que faria as coisas certas. Eu não erraria com mais uma pessoa daquela forma, se fosse para amar alguém, seria do jeito certo. Mesmo que, até agora, eu apenas a amasse em silêncio. Acho que sempre seria ela, no final. E, às vezes, eu não sabia se era algo ruim ou não.
Eu não me sentia muito convicto em encontrar outra pessoa. Não queria, para ser bem sincero. Estava aprendendo a estar sozinho. E não era tão ruim assim, apesar de sentir falta da companhia de alguém. Da companhia dela. Nós costumávamos assistir filmes de Natal no final do ano, aqueles com princesas e príncipes e garotas normais que se apaixonavam pelo playboy milionário de algum país com nome estranho.
Rebecca sempre dizia que eu parecia com um daqueles clichês idiotas. Eu dizia odiar essa comparação, mas a verdade era que eu amava vê-la enumerar todas as minhas características de personagem de um filme da Netflix.
Não passaríamos o Natal juntos. E eu sentia uma saudade avassaladora, mesmo não querendo demonstrar isso. Eu estaria em Monte Carlo com Jaye e Jason, um pedido que fiz ao meu pai. Não estava a fim de ir para Bélgica com mamãe e a família de Victoria e não queria passar as férias com meu pai.
E seria legal ter as crianças em casa, comigo. Quase não nos víamos e eles estavam ansiando fervorosamente passar algum tempo com o irmão mais velho preferido.
Por isso, estávamos agora no centro de Monte Carlo, porque precisávamos de uma estrela daquelas brilhantes e amarelas, para por sobre o topo da árvore de Natal que eu recém comprei. Junto de Ricciardo, que colocava meu irmãozinho sobre seus ombros, rindo como sempre e fazendo palhaçadas como sempre. Ele era muito bom com crianças e meus irmãos o adoravam. Meu antigo colega estava me ajudando, já que eu não fazia ideia de onde encontrar aquela porra de estrela.
— Ali, tá vendo? — Daniel apontou o indicador, em direção à uma pequena lojinha entre um café e uma loja de roupas de grife. Era minúscula e parecia mais antiga que uma arca velha, mas era bem bonitinha. — Eles tem várias bugigangas de Natal e coisas do tipo.
Jason gargalhou alto, quando Daniel o tirou de sua garupa. Ao lado de Jaye, soltei um risinho. Minha irmã apertou a minha mão e puxou-me para atravessar a rua. Felizmente, eu havia aprendido a ser um pouco mais organizado do que costumava ser. Queria fazer a estadia das duas crianças em minha casa a melhor possível. Ainda faltava uma semana para o Natal, mas eu já tinha comprado todos os presentes, encomendado o jantar e colocado todos os enfeites na casa. A única coisa que faltava era a estrela.
— Anda, Maaaax — Jaye resmungou, arrastando-me pela calçada. — Tá ficando frio e eu quero assistir Trolls!
— Mas você assiste esse desenho todo dia, princesa — eu murmuro, no mesmo tom que ela.
— Porque eu gosto!
— É chato — Jason zomba. — O tio Dani disse que iríamos jogar nos simuladores!
— Você nem alcança os pés no simulador, Jason! — minha irmã briga.
Sei que esse é o momento em que o irmão mais velho precisa intervir, então, tiro a carteira do bolso e entrego a Daniel meu cartão. Peço a ele que pague para os dois um cappuccino e algum doce. Dani, como um tio e tanto, compra as duas crianças com o primeiro sorriso. Vejo-os correr até o estabelecimento, rindo e gritando, sendo o alvo dos olhares mortais de todos que nos cercam.
Ainda estou sorrindo quando viro-me em direção ao meu destino e, assim que encaro-o, sinto que meu coração volta a bater, agora de verdade, depois de muito tempo.
O cabelo de Rebecca continua no mesmo tom loiro, seu semblante sereno e risonho me encanta de cara, como da primeira vez que a vi, há quatro anos. Ela segura uma sacola vermelha e conversa ao telefone, a atenção presa nos passantes que nos separam. Sei que não vai demorar muito para que ela me veja e, hoje, tenho certeza de que quero que isso aconteça, que coloque suas orbes verdes sobre mim. Quero que ela me veja, tanto quanto eu quis vê-la.
Eu sempre achei aquela frase "quando é pra ser, será" um baita de um clichê irritante, no entanto, estou torcendo para que ele esteja certo.
Reb encerra a ligação, colocando o celular no bolso do sobretudo escuro. Seu nariz está avermelhado pelo frio e ela esfrega levemente uma mão na outra. Quando levanta o olhar para onde estou parado, acaba com todas as imagens que tive enquanto imaginava o momento em que ela grudaria seu olhar no meu.
Rebecca sorri abertamente, caminhando em minha direção em passadas largas.
— Max — ela expressa, erguendo os braços e os envolvendo em meu pescoço. Tão logo ela me abraça, enrolo sua cintura, apertando-a contra mim. — Você venceu! Você venceu mesmo!
Seu aroma de pêssegos e seu hálito gelado batem em mim. Em todos os meus sentidos. Ainda não sei o que processar primeiro. Estou a abraçando, ela está sorrindo para mim e está dizendo quão orgulhosa esteve pelo campeonato. Meu coração se perde com o dela, minhas palavras se perdem com as dela, meus toques se perdem com os dela.
— É, eu venci! Dá pra acreditar?
No instante em que ela se afasta, parece que volto para o mundo real. Ela me encara, como costumava me encarar, muito antes de tudo se transformar em um pesadelo. Tenho que impedir a vontade de pedir perdão para ela de novo e de novo. Tudo aquilo já passou, nada do que eu diga vai mudar aquele momento, mas, agora, estamos em outro lugar e em outra vida. Max e Rebecca de meses atrás não existem mais, agora éramos outras pessoas.
— Tudo bem com você, Reb? — pergunto, ainda a segurando pela curva da coluna, ainda perto o suficiente.
— Sim, sim — ela ri, fraco. Parece tão animada, gostaria de dividir com ela aquela euforia. — Acabei de receber uma ligação do meu irmão. Thomas terá um bebê! Claire, finalmente, conseguiu engravidar!
Ela me abraça novamente e acho que a ouço fungar. Coloco-a em meu abraço apertado, sorrindo em seus cabelos. O irmão e a cunhada de Reb estavam há anos tentando engravidar, buscando por tratamentos variados e sempre se decepcionando. Era uma luta diária para eles e, por vezes, eu e Reb ficamos acordados durante as noites conversando sobre isso, sobre querer uma família e descobrir que jamais poderia gerar uma.
Eles haviam adotado um menino há dois anos — Arthur — e o garoto era o mascotinho da família. Eu o adorava também, mas, depois que terminei com Reb, nunca mais o vi, assim como seus pais. Eu tinha a sensação de que toda a família me odiava por ter feito a sua garotinha sofrer.
— Tô muito feliz por eles, Reb. Caramba, eles merecem — sussurro em seu ouvido, olhando para ela em seguida.
Tiro os fios de cabelo de seu rosto, vendo as lágrimas de alegria que escorriam pela pele alva. Segurei-a pelas bochechas, esquecendo que estávamos em uma calçada e, provavelmente, haviam pessoas que sabiam quem eu era nos observando. Que se foda, não é? Reb era a garota da minha vida e ela estava em minha frente, como se nada entre nós tivesse mudado.
Ela olhou para baixo, claramente envergonhada por tudo que havia ocorrido há alguns segundos. Limpei as lágrimas com meu polegar, tentando fazer com que ela olhasse para mim. E ela me ouviu. O verde líquido de seus olhos transbordaram pelo azul dos meus. Abri um sorriso confiante, um sorriso de verdade.
— Eu senti sua falta, Reb — confesso. — Todos os dias.
Ela assentiu, colocando suas mãos sobre as minhas.
— Eu senti a sua também, Max. Mais do que eu deveria.
— Ah, é?
— Não vou responder de novo, seu ego ainda parece muito grande.
Eu ri. Era prazeroso poder rir em sua presença de novo.
— O que você vai fazer agora? — pergunto, arqueando minha sobrancelha.
— Agora, nada. Por quê?
— Bem — eu começo, mordendo o meu lábio inferior. —, Jaye e Jason estão aqui, então, se você não achar estranho demais... Será que gostaria de tomar um café com a gente? Sem pretensão alguma, juro — afasto minhas mãos de suas bochechas e beijo meus dois indicadores.
— Você jurando, Max? Essa é boa — ela riu nasalado, cruzando os braços. – Eles estão nesse café? — Apontou com a cabeça em direção ao estabelecimento repleto de vasos de flores em sua fachada.
Assenti positivamente.
— Estou com saudade dos dois pequenos — ela responde, como quem não quer nada. Rebecca sorri pequeno, meu coração bombeia de uma forma quase patética. Quando ela assente e agarra meu braço, caminhando ao meu lado, sinto que ganhei outro campeonato. Um muito mais importante que o anterior.
Jason e Jaye ficam tão animados quanto eu quando a veem. Eles correm até ela e Daniel sorri malicioso em minha direção. O australiano cumprimenta Reb com um abraço e, logo em seguida, avisa que precisa ir. Sei o que ele está fazendo e o agradeço com um toque de punhos. Ela senta-se ao meu lado em nossa mesa e sofre um amontoado de questionamentos dos dois baixinhos. Eles a querem no Natal, a querem lá em casa, para assistir desenhos e filmes, querem que os levemos para passear e os contemos histórias antes de dormir.
— Por que você não namora mais o Max, Reb? — Jaye pergunta, depois de um tempo. — Nós sentimos saudade de você.
Eu fico um pouco apavorado, porque não sei o que responder e não sei se ela irá responder. Entretanto, acho que a carinha manhosa da minha irmãzinha comove o coração de Reb.
Rebecca apoia a cabeça sobre o punho e sorri.
— Às vezes, meu amor, precisamos nos afastar de quem amamos só para amarmos essa pessoa direito, sabia?
Quase engasgo. Viro-me para ela novamente, tentando encontrar as brechas que sempre procurei. Rebecca não olha para mim, mas sinto que seu sorriso é totalmente meu. Ela está jogando um jogo só para nós dois e eu quase morro tentando desvendá-lo.
— E você o ama direito agora? — Jaye pergunta, parecendo realmente em dúvida.
— Talvez.
Minha irmã vira-se para mim.
— E você?
Pisco, confuso.
— Eu o quê?
Rebecca ri.
— Você o quê, Verstappen, hein?
Há um desafio implícito em tudo nela, uma brincadeira que, apesar de ter sido iniciada por minha irmã, era apenas nossa. Passo a mão pelos cabelos, sorrindo matreiro.
— Talvez — retribuo sua resposta.
Minha irmã esquece da conversa logo depois, brigando com Jason e pedindo-me mais uma de suas tortas de maracujá.
Quando vamos embora, lembro-me que esqueci da estrela, mas ela já não era mais importante. Jason e Jaye estão dormindo no banco traseiro e, ao meu lado, Rebecca observava a paisagem que nos levava direto para sua casa. O silêncio não é ruim e nem desconfortável, estou me sentindo em casa em sua companhia, com seu silêncio.
— Estou feliz de te ver de novo, Max — ela contempla, olhando para mim. Cada sílaba dita por ela, acende algo dentro de mim, deixando-me alerta ao que vem após. — Foi um bom momento.
— Foi. Foi mesmo.
Ela passou a língua sobre o lábio. Quando parei o carro em frente a sua casa, Rebecca ficou estática onde estava. Voltando-se totalmente para mim, sua mão tocou minha bochecha.
— Eu gostaria... — sua voz falhou, fazendo-a franzir a testa. — Eu...
Suspirei. Acho que, uma vez na vida, eu precisava ser o primeiro.
— Eu gostaria de te ver de novo, Reb. De verdade.
Rebecca abriu um sorriso doce.
— Eu também.
— Posso... Posso te mandar uma mensagem?
— Ainda tenho o mesmo número.
— É?
Rebecca mordeu o lábio, tentando não sorrir tão abertamente. Assentiu breve.
— Então, acho que é melhor eu ir. — Ela se aproximou de mim, beijando a minha bochecha por segundos que pareceram eternos. Não consegui desprender a atenção dela, não consegui deixar a sensação de estar amarrado a ela por um fio invisível ir embora.
Rebecca não foi a minha primeira namorada, nem a primeira garota por quem eu chorei, mas, definitivamente, ela foi a primeira que amei profundamente, ao ponto de saber que era para a vida toda. Ela era a primeira e a única, estar ao lado dela naquele instante só me provava isso.
Antes que ela pudesse sair, toquei em seu braço, chamando sua atenção. Ela me fitou e eu conseguia perceber em tudo nela que havia uma esperança de que eu fosse dizer as palavras certas. Que eu fosse fazer o pedido certo.
— Eu preciso saber se ainda existe alguma chance de tentarmos, Rebecca. Nem que seja minimamente. Me dê um fiozinho de esperança e eu juro que não vou desperdiçar.
Acho que o momento durou a minha vida inteira. Rebecca não se mexeu, não me disse nada. Ela apenas sorriu, o mesmo sorriso que me deu quando disse que me amava há três anos. Um sorriso esperto de alguém que sabia o que estava fazendo e não tinha pretensão alguma de desistir.
— Acho bom não desperdiçar, Max — ela abriu a porta do carro e saltou para fora, deixando-me para trás com o maior dos sorrisos idiotas. Eu era totalmente rendido por essa mulher e não conseguia ao menos disfarçar. — Espero que você ainda saiba de como eu gosto das coisas — ela disse, abaixando-se e olhando para mim pela janela.
— Nunca esqueceria, linda.
— Que bom, Verstappen. Te vejo outro dia.
Sorrio.
— Te vejo outro dia, Rebecca.
SIM, A CONTINUAÇÃO DE UN DÍA SAIU
e eu tive que postar hoje, porque, a corrida foi triste pra caramba e eu tô triste pra caramba e, por algum motivo, esse conto me traz um pouco de conforto. um dia as coisas serão melhores pro nosso loirão e poderemos comemorar mais e mais conquistas.
espero que vocês tenham gostado de un día e de fist love tanto quanto eu gostei, obrigada pelo carinho de sempre e obrigada por estarem acompanhando apex!! nós do mundinho ficamos demasiadamente feliz!
aguardem por mais contos, tem muita coisa boa vindo por aí!
de novo, agradeço imensamente a @dybaladeiro pela edit LINDA do início do capítulo, essa mulher é puro talento e eu AMO.
até a próxima, povo. beijos da nabru
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