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1. Elise

Silêncio.

Tudo o que eu ouço é silêncio.

Não sinto vontade de abrir os olhos, a sensação em meu corpo é como se ele estivesse flutuando, gosto dessa inércia. Mas algo me incomoda, Algo que aconteceu.

O que foi mesmo que aconteceu? Eu... Não me lembro.

Ouvi alguma coisa. Um sussurro?

Ouvi um sussurro mas estava longe demais para que eu pudesse entender.

"...Olhos" ouvi de novo mais alto agora. "Abra os olhos" era uma voz feminina, fria e agourenta, "e levante-se."

Por algum motivo sou levada a obedecer, me forcei a abrir os olhos mas está tudo preto à minha volta, pisquei algumas vezes mas está tão escuro quanto antes, tento me levantar, mas não sinto uma base sólida sob mim, o medo me invade, não sinto o chão! O que está acontecendo?! Será que estou caindo? Não, sentiria a pressão do ar. Mas então, que raios está acontecendo?!

"Não se preocupe, apenas levante."

Novamente meu corpo obedece a voz, estou de pé mas ainda não sinto o chão. Olho para baixo e só vejo escuridão tento afundar o pé e ele desce sem esforço algum, o puxo de volta. Será possível eu estar pura e simplesmente flutuando no ar?

"Não se atente aos pequenos detalhes."

Diz a voz como se soubesse o que eu estava pensando. Além disso, o fato de eu não tem uma base na qual me apoiar esta muito longe de ser um "pequeno detalhe". Alguém bufou impaciente. Olho em direção ao som e vejo uma sombra indistinta no escuro, não consigo ver direito nesse breu.

"O quê está acontecendo?" Pergunto para o nada. "Quem é você?" Ouço-o soltar o ar pesadamente.

"Você morreu."

"Eu... morri?!" Repito as palavras baixo e devagar para poder processar o que elas querem dizer. "Quê?! Como assim, morri?!" As coisas fazem cada vez menos sentido por aqui.

"Morrendo! Do mesmo jeito que todo mundo morre." A voz era impaciente, sarcástica e assoladora. "E você é que não entendende o sentido que tem aqui."

Abro a boca mas não sai nada, tento de novo.

"Isso é estranho! Quero ir embora!" digo enquanto procuro uma saída.

"Você não pode!"

"Quê!?" Que merda tá acontecendo? Eu devo estar sonhando, ou usado drogas, ou sonhando sob efeito de drogas - nem sei se eu uso drogas! "Eu quero acordar." Choramingo.

"Não é sonho." Eu não tô gostando dessa voz.

"Me. Deixa. Sair." Pronuncio as palavras devagar como se estivesse falando com uma criança birrenta ou com um estrangeiro que não entende minha língua.

"Não!" Tô perdendo a paciência. O nada suspirou ruidosamente. "Você só poderá sair quando se lembrar o porquê de está aqui."

"Mas eu não me lembro de nada. Não lembro de nada da minha vida, menos ainda de como vim parar aqui, se é que eu morri mesmo, não me lembro nem sequer de quem sou!" Me sinto desconfortável respondendo para o nada.

"Pode me chamar de morte." diz a voz, ela agora parece tomar forma, um manto preto como a penumbra o rosto pálido e esquelético. Ao redor dos olhos havia uma sombra escura, aparentava ter mais de dois metros de altura e em uma das mãos uma foice longa, pontuda e afiada que apesar do escuro cintilava. "Oh céus, porque todos me vêem assim?!" Não entendo o que ela quis dizer. "Responda-me para que fim eu usaria uma ferramenta dessas?" Parecia uma pergunta retórica mas como ela não voltou a falar acabei respondendo.

"Eu não sei, ela é sua."

"Não, ela não é. E nem possuo essa aparência."

"Então porque me apareceu assim?" Pergunto já irritada.

"Porque é assim que você acredita que eu sou."

"Quê quer dizer com isso?" Ela esta jogando a culpa pra cima de mim?!

"Eu assumo a forma de como você acha que eu sou, de como você sempre me imaginou."

"Então se eu imaginar que você é um palhaço, você muda de forma?"

"Teoricamente, sim, mas na prática, provavelmente não."

Faço o teste, fecho os olhos e idealizo um palhaço sombrio à minha frente, com uma roupa bufante preta e com caveirinhas brancas espalhadas por ela no lugar das bolinhas coloridas padrão, a cara pálida e macabra e os cabelos estuquiados, mas quando abro os olhos é a mesma Morte de antes. Bom, a Morte nunca seria um palhaço mesmo, por mais sombrio que ele seja.

"Como eu disse..." Ela diz num tom convencido. Dou de ombros.

"Por que eu não me lembro de nada?" Mudo de assunto.

"Esse é um efeito que esse lugar dá nas pessoas como você."

"O que quer dizer com 'pessoas como eu?'" Perguntei desconfiada.

"Você é o tipo de pessoa que dificulta meu trabalho."

"Qual é o seu trabalho?" Interrompo-a. Ela bufou impaciente.

"Meu trabalho e conduzir as almas para o mundo dos mortos..."

"O que é o mundo dos mortos?" A interrompo novamente, não pude parar as palavras.

"O lugar para onde os mortos vão." ela responde secamente.

"E como é lá."

"Isso não vem ao caso. É assunto para outra conversa." Diz ela asperamente. É minha vez de bufar.

"Aqui não é o mundo dos mortos, é?"

"Não. Aqui é a fronteira entre mundos, chamada de Lugar Algum, é o lugar onde vocês ficam até se decidirem."

"Decidirem o quê?" Ela suspira pesadamente, parecia cansada e irritada como se tivesse que explicar isso várias vezes ao dia. Bom talvez tivesse.

"Você é o tipo de pessoa que não estava preparada para morrer. Imagine que tenha uma corrente que representa sua ligação com o mundo material." Olho para baixo e meu tornozelo direito estava preso a uma corrente que ia descendo até o infinito, tenho quase certeza de que ela não estava aí antes. "Pense que na outra ponta está preso o que você não quer deixar para trás e que te impede de ir para o mundo dos mortos."

Me abaixo para tocar na corrente e sacudi-la. Ela não tinha peso nenhum, mas era fria. As coisas aqui são um tanto distorcidas. Me sinto como a Alice no país das maravilhas, só que no meu caso o país das bizarrices.

"E como eu faço para me soltar?" Pergunto.

"Você tem que descobrir o que tem no final da corrente, em outras palavras saber o que você não quer deixar para trás e então você escolhe se quer voltar e continuar sua vida ou seguir em frente e morrer."

"E como eu faso para saber o que me prende?" pergunto em uma curiosidade infantil.

"Não posso dar todas as respostas, essa você terá que descobrir sozinha."

"Mas como eu vou saber?!" Esbravejo.

"Eu tenho mais trabalho a fazer, não posso ficar com você o tempo todo."

"Espera, O quê?!" A aflição toma conta de mim.

"Eu vou embora, mas provavelmente eu volto antes que descubra o que te prende. Adeus."

"Espera!" Ela me ignora e some de vista.

Fico sem saber o que fazer, ando de um lado para o outro queria me sentar mas tenho medo de cair infinitamente. Olho atentamente à minha volta deve haver alguma porta, se a Morte pede entrar e sair eu também posso, mas não encontro nada nem um fresta de luz, o lugar é de uma escuridão absoluta. Olho para meus pés e reparo que os vejo nitidamente, estico minha mão para frente e vejo cada detalhe de meus dedos e unhas roídas. O lugar não é escuro, somente é preto.

Ando em círculos até me cansar pensando em quanto tempo já havia se passado e desejo mais do que nunca um lugar para eu me sentar, é então que bem na minha frente aparece um balanço de ferro com a pintura vermelha desgastada, imediatamente olho para cima mas o balanço não está preso a nada puxo uma das correntes antes de me sentar para confirmar que estavam firmes, me sentei ainda um pouco relutante, mas nada acontece. Me balanço distraída, deito o corpo para trás olhando para cima e vejo uma luz; um pontinho luminoso que em contraste com a escuridão parecia uma estrela, levantei o corpo sem tirar os olhos da luz que parecia brilhar ainda mais, estico a mão para tentar alcançá-la, mas, como já era de se esperar, ela está muito longe. Fico encarando a estrela e a vejo crescer mais e mais até eu ser engolida pela sua luz ofuscante.

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