v i n t e u m
O destino só podia estar tentando me matar!
John é meu melhor amigo há anos, sempre convivemos e lutamos por nosso sonho juntos, mas ele nunca me perdoaria por ter quebrando uma das principais regras existente entre nós. A irmã dele sempre foi um assunto bem intocado e sempre que ela vinha a tona, ele deixava bem claro o quão protetor ele é com ela.
Se ele ao menos sonhar que eu a beijei, eu sou um homem morto.
Logan deve ter percebido pela minha cara de espanto o que estava acontecendo entre nós, ele nunca foi burro e pelo modo como Adela estava evitando olhar em nossa cara ficou bem evidente o nosso erro.
— Vocês já se conheciam? — James perguntou olhando para nós sem entender o que estava acontecendo, o que agradeci muito a Deus, já que ele é o pior para guardar segredos dentro do nosso time.
Ele ganha do Tom Holland na arte de contar o que não devia.
— Não. — Adela respondeu com convicção.
— Apenas de vista. — Retruquei tentando irritá-la, por algum motivo eu não gosto nenhum um pouco de ser maltratado dessa maneira.
Adela me fulminou com o olhar, mas não disse nada.
— Tem certeza? — James indagou curioso.
— Creio que podemos fazer o nosso pedido agora, não é mesmo? — Logan perguntou tentando nos ajudar a sair do problema. — As apresentações acabaram e eu estou morrendo de fome para continuar com esse assunto.
— Sim, eu também estou morrendo de fome. — Concordei com um aceno de cabeça. — Principalmente de algo que experimentei na semana passada, mas não tive como terminar. — Acrescentei sem desviar o olhar dela, que se remexeu desconfortável sob o meu olhar.
— E o que foi? — James perguntou me encarando. — Se for algo muito bom, eu também quero.
Santa lerdice!
Adela está a ponto de jogar o bloco de notas em minha cara e eu não consigo conter o riso. Logan percebendo minha atitude infantil me dá um beliscão nas costas, em um aviso bem claro para eu calar a boca.
— Me desculpem meninos, mas meu horário de trabalho acabou. — Respondeu soando como uma boa garçonete e não como alguém que quer me matar. — Se quiserem algo, peçam para a minha amiga que está no balcão. Eu preciso ir.
— Vai para o campus de medicina, agora? — James perguntou antes que ela fosse embora. — Soube pelo John da sua indicação no concurso, espero que você ganhe o estágio.
Medicina! Foi o único lugar da faculdade inteira que ainda não tinha procurado por ela, seu jeito peculiar de me evitar também foi esclarecido pelo modo como brigamos pelo celular do irmão dela como duas crianças.
— Vou e não quero ser incomodada. — Falou de modo ríspido, antes de sair nos deixando para trás sem se importar com que estava fazendo comigo.
— O que houve com ela? Parecia irritada com alguma coisa.
Sim, comigo!
— Deve ter tido algum problema com algum cliente. — Logan respondeu nos puxando para uma mesa vazia, que fica ao lado de uma vitrine que tem vista para a rua.
Antes mesmo de nossa comida chegar, avistei Adela saindo distraída pelas portas do fundo do estabelecimento e atravessando para a próxima rua. O mais certo nesse caso seria desistir dessa loucura que transformou minha vida, porém por algum motivo não quero me afastar daquela baixinha irritante.
O meu resto de tarde não chegou nem do perto do que imaginava, apesar da comida deliciosa oferecida no restaurante não consegui comer muita coisa, meu apetite evaporou quando a encontrei naquele lugar.
Meus amigos tentaram me levar para um barzinho que não ficava muito longe, porém só estava com vontade de ficar em casa e esquecer de uma vez por todas aquela garota. Aproveitei que John passou o dia inteiro fora para pensar nas minhas próximas ações, não posso continuar investindo em algo com a irmã mais nova do meu amigo, ainda mais para algo que não seria um relacionamento de verdade.
Queria propor para que ela fosse minha nova Alexia e não para que fosse minha namorada, não tenho tempo para as cobranças de um relacionamento de verdade ainda mais quando sei que a maioria não termina bem.
Meus pais são um bom exemplo disso, ambos eram bem diferentes antes de decidirem terem uma vida conjugal juntos. Os gritos de todas as discussões que presenciei em minha infância ainda estão gravados em minha mente, a maior prova do meu carinho por Adela é me manter longe, a libertando de um destino triste e cheio de frustrações.
O celular tocou em minha mesa de cabeceira, o nome da minha mãe surgiu no visor do aparelho indicado que provavelmente ela estava ligando apenas para saber como eu estava depois da discussão com o meu pai. Geralmente mantemos contato por ligações e chamadas de vídeo, minha mãe é única pessoa da minha família que ainda me importo.
— Nem que eu tenha que morrer, mas vou te tirar das garras do meu pai. — Prometi olhando mais uma vez para a foto de tela do meu celular, uma foto nossa em uma viagem que fizemos a praia.
Com o meu coração em chamas não atendi a ligação, não queria que ela notasse pelo tom de minha voz que eu não estava bem, minha mãe sempre sabe quando algo está me incomodando ou me fazendo mal.
Deve ser algum super sentido de mãe.
Ouvi batidas na porta interrompendo os meus pensamentos.
— Pode entrar! — Falei colocando o meu celular no silencioso.
Logan entrou pela porta do quarto segurando um fardo de cervejas, o encarei intrigado sem entender a porra do motivo dele estar aqui.
— O que você está fazendo aqui? — Perguntei soando um pouco mal educado.
— As garotas quando estão de coração partidos assistem filmes melosos estilo sessão da tarde, mas como não nos identificamos pertencentes ao sexo feminino ou com filmes desse gênero, vamos encher a cara. — Logan explicou invadindo o meu quarto.
Ainda bem que o tenho como meu amigo.
— Você acha que isso vai resolver? — Perguntei sem acreditar muito em seu método.
— Não faço mínima ideia. — Logan deu de ombros. — Porém é uma ótima desculpa para ficar de porre sem levar bronca do treinador.
Pelo menos essa visita mudou o meu péssimo humor.
— Você está andando muito com o James. — Retruquei pegando uma cerveja do fardo que ele trouxe.
Logan fez uma careta.
— Não me compare com aquele babaca. — Falou me dando um soco leve em meu ombro.
Passamos a noite inteira bebendo juntos, ainda bem que moramos no mesmo prédio, não acabaria nada bem se fossemos dirigir no nosso estado.
Olá, meus queridos leitores! Me desculpem pela demora para atualizar, ser uma vestibulanda de medicina não é fácil, principalmente nesse período de pandemia.
Espero que tenham gostado do capítulo de hoje!
Feliz dia das mães para todos!❤️
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