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༆ ℂ𝕒𝕡𝕚𝕥𝕦𝕝𝕠 𝕀𝕀𝕀

[2132 palavras]

Coberto até a cabeça com seu edredom, Leonardo se perguntava mais uma vez se inventar uma desculpa para não ir à escola seria uma boa idéia. Seu último ano na escola começaria nesse dia em questão, e sua cabeça estava a mil. Ele nunca foi uma pessoa muito sociável e só tinha um amigo que o fazia companhia, não era bem um amigo tão próximo, mas era o suficiente para Leonardo. Ele já tinha acordado fazia uns 10 minutos, mas estava procrastinando para levantar da cama.

— Leonardo? — ele escutou uma voz serena vindo atrás da porta de seu quarto. Sua mãe o chamando.

— Sim...? — O garoto descobre um pouco a cabeça olhando para a porta.

— O café já está pronto, se apresse ou você irá se atrasar meu filho.

Foi possível escutar os passos da mulher indo em direção a cozinha novamente. Tomando a coragem que não tinha, o garoto se levanta lentamente da cama indo em direção a janela e a abrindo. E todo o seu quarto foi iluminado pela luz natural do dia lindo que ele observava pela janela.

Aquela leve sensação da sua pele sendo aquecida e o leve vento batendo em seu rosto, foi revigorante. Serão apenas seis horas naquela prisão, ele vai conseguir. E ele tentava manter esse pensamento em sua mente enquanto caminhava para o banheiro do seu quarto, onde se preparava para aguentar a água gelada escorrendo pelo seu corpo. Odiava água gelada. Sempre preferiu coisas quentes a frias, talvez pelo simples fato de coisas quentinhas lhe trazerem conforto.

Seu quarto é como se fosse um paraíso para ele. As paredes pintadas de um tom bege com várias estrelas e constelações desenhadas a mão, sua cama no centro com duas cômodas pequenas em cada lado e uma contendo um despertador.

Perto da porta, sua escrivaninha bagunçada e cheia de livros didáticos e folhas. Perto do guarda-roupa de madeira, uma estante repleta de livros. Desde poesias até contos ou ficção científica, e ao lado dela, um quadro em branco colocado num cavalete. Estava a dias procurando inspiração para pintar alguma coisa.

Ele é um aspirante a pintor. Desde muito novo sempre gostou de desenhar, e aos dez anos, quando ganhou seu primeiro kit de tinta e pincéis, começou a se aventurar no meio de pinturas. Usa toda a sua melancolia e paixão para pintar as coisas mais inspiradoras, dramáticas e cheias de significado.

Terminando seu banho um pouco demorado, ele se encaminha para o guarda-roupa escolhendo uma roupa qualquer. Se olhava no espelho que fica na porta do grande móvel de madeira, estava relativamente bonito. Uma calça jeans, um blusão com mangas longas listrado e um tênis preto. Seus cabelos ruivos encaracolados lhe davam uma aparência vibrante apesar de sua cara séria. Deu uma leve bagunçada no cabelo enquanto mordia sua bochecha, uma forma estranha de se concentrar em algo.

Agora a sua madeixa estava bagunçada e bem armada, do jeito que ele gosta. E para finalizar seu look do dia, ele pega seu cachecol vermelho listrado e põe em volta de seu pescoço. Faça frio ou faça calor, ele sempre usa o cachecol que antes pertencia ao seu pai. Seu pai morreu quando ele tinha apenas sete anos, em um trágico acidente de carro. Ele detesta lembrar desse dia. Tentando pôr um sorriso no rosto, ele pega sua mochila em cima da cadeira e sai de seu quarto em direção a cozinha, onde sua mãe estava a ler um livro de romance enquanto tomava uma xícara de chá.

— Bom dia... — ele a cumprimenta pondo sua mochila no chão e se sentando à mesa.

— Bom dia! — ela desvia o olhar do livro, olhando o garoto com um sorriso caloroso. — Dormiu bem? — O garoto concordou com a cabeça enquanto pegava um pedaço de bolo de baunilha e se servia de café com leite.

— Será que seria errado fingir que está doente para faltar hoje? — rindo fraco, ele tomava um gole do café.

— Léo... — ela fecha o livro o colocando de lado. — Eu sei que é difícil, o ensino médio é uma loucura... Mas, veja pelo lado bom, é o seu último ano! Em breve você estará livre disso tudo. — Novamente ele concorda com a cabeça soltando um leve suspiro, e mordendo o lábio inferior, sua mãe continua.

— Mas se você não quiser ir, tudo bem, eu posso ligar para a diretora e avisar que você pegou catapora. O que acha? — Leonardo olhava a sua mãe e sentia seu coração se irradiar de alegria. Ela sempre o apoiava, independente do que fosse. Mas ele não estava mais no fundamental, não teria pra quê usar uma desculpa dessa. Os olhos dela são iguais aos dele, castanho escuro e baixo, tinha um cabelo cor de mel cacheado e uma pinta abaixo do nariz. O cabelo ruivo que Leonardo tem, é uma herança de seu pai.

— Obrigada, mãe. Mas acho que eu preciso encarar isso, não vai dar para fugir todos os dias, não é? — Eles trocam um olhar singelo, ela de orgulho e ele de coragem. Ela se levanta e dá um beijo no topo de sua cabeça.

— Então termine de comer e vá, eu preciso enviar um e-mail para o trabalho. Boa sorte. — Ela sorria alegre, e ele retribui o gesto enquanto terminava de comer. Talvez o que estivesse sentindo agora fosse apenas uma falsa sensação de coragem, e torcia para que essa sensação não acabasse. Se levantou levando sua louça para a pia e a lavando. Quando acabou, pegou sua mochila e saiu em direção a escola. Eram apenas quinze minutos de distância e dava para ir a pé, e foi o que ele fez. O garoto nunca soube o porquê desse "medo" todo para ir a escola, na verdade, nunca gostou de ir. É um garoto inteligente, possui um histórico louvável, não sofre bullying ou qualquer tipo de repressão, na verdade, até que se dá bem com todos de sua turma.

Apenas... Não consegue se enturmar com ninguém. Digamos que ele não se encaixa em nenhum lugar, pelo menos é assim que se sente. Mas é alguém sonhador e inspirado, talvez um pouco dramático, mas isso é o de menos. Parando para pensar, é realmente confuso essa situação.

Ele caminhava observando toda a paisagem pelo caminho. O sol ao alto no céu, as nuvens brancas espalhadas no grande horizonte azul... Essa vista o fazia querer registrar tudo em uma tela.

As folhagens das árvores balançavam levemente com a brisa, e ele observava tudo encantado. E sorria internamente com aquilo, e se sentia muito bem com isso. As casas enfileiradas ao pé da rua, quase idênticas, o que as diferenciava uma das outras eram os carros na frente ou os jardins.

Leonardo desvia seu olhar das árvores e do céu azulado focando sua visão à sua frente, já dava para enxergar a escola municipal, a grande torre do relógio marcava sete e dez, um pouco atrasado para o primeiro dia.

Dando uma acelerada nos passos, ele finalmente chega na frente daquela instituição. Suas portas de madeira pesadas com janelas de vidros, paredes amarelas descascadas e pichadas. De repente ficou feliz ao lembrar que esse será seu último ano nesse lugar. E soltando um suspiro de coragem, ele adentra o local.

***

— Léo! — O garoto levanta sua cabeça lentamente em direção a voz que o chamou. Não demorou muito para chegar na sua sala, levou uma pequena bronca do professor e logo foi para a sua mesa enquanto a aula rolava. Estava em sua carteira da segunda fileira, esperando a segunda aula começar. E na direção em que olhou, viu Caio vindo em sua direção.

— E aí, como você está?

— Estou bem, cara. — O ruivo responde com um leve sorriso.

— Pensei que você não viria hoje. — Caio é um garoto alto, olhos verdes e um cabelo preto liso e sedoso, e seu comprimento ia até acima de seus ombros. Ele se sentou ao lado de Leonardo como de costume.

— Eu também pensei que não viria, mas cá estou eu. — Com um sorriso leve, ele contesta seu colega. — Por que você não estava na primeira aula?

— Estava na sala da Vanessa, e, ao falar nela, soube que a Vanessa vai dar uma festa de reencontro esse fim de semana, você vai?

— Céus! A gente mal começou as aulas e já tem festa sendo planejada? — O ruivo analisava essa situação levemente exasperado. Na realidade, nunca gostou de festas ou lugares com muita gente. E ele olhava Caio meio confuso.

— Qual é cara, não vai ser nada demais.

— Não me faça rir, a última vez que a Vanessa deu uma festa, a polícia bateu lá. — Os dois se olharam por uma fração de segundos e riram. O que aconteceu nesse dia rodou a escola inteira por semanas! Não que Leonardo tenha ido, ele preferiu ficar em casa enquanto pintava um esboço qualquer em seu quarto. Mas o cômico daquela festa, foi o Rodrigo, um dos populares do colégio, bêbado e tentando explicar para a polícia que ali não tinha nenhum tipo de bebida alcoólica. Gravaram e tudo, ele apontando o dedo na cara do homem enquanto cambaleava para os lados.

— Vai, Léo, tenta ir, okay? Parece que a Elena vai... — Caio o olhou de relance abrindo um sorriso de cúmplice.

— Para com isso criatura. — O garoto riu fraco e começou a tirar seu material da mochila. — Soube que o Sr.Roberts saiu da escola...

— Não mude de assunto, Leonardo Campos! — O ruivo soltou um suspiro pesado enquanto revirava os olhos. Caio se levantou e segurou nos ombros do amigo o olhando sério.

— Admita que você tem uma queda pela Elena. Uma queda não, um baque!

— Não enche, Caio. — Léo tirou as mãos do garoto de seus ombros e desviou o olhar. Ele não queria admitir isso.

Sim, ele sentia algo pela Elena, uma das garotas mais belas do colégio e que estava bem longe de seu alcance. Lindos cabelos cacheados tão negros quanto o breu da noite, olhos azuis que brilhavam mais que a própria estrela cadente, e um sorriso que o fazia sentir várias coisas borbulhando em seu estômago. Se pudesse descrever ela em apenas uma palavra, seria exuberante. Mas ela era uma garota popular e muito inteligente, e por mais que tentasse, nunca conseguia trocar mais que um simples "oi" com ela.

— Tsc! — Caio estala a língua enquanto volta para o seu lugar. — Vamos ver até quando você vai evitar ela, meu caro amigo.

— Eu não evito ela, eu apenas não quero estragar tudo logo de primeira!

— Então você realmente gosta dela! — Leonardo o encarou, arqueando a sobrancelha, Caio sabia que era a hora de parar as provocações. O seu amigo era difícil de se irritar, mas quando isso acontecia... as coisas ficavam tensas e muito complicadas.

— Ok... Não está mais aqui quem falou.

***

Depois de sair do Centro Mágico, Dalila foi em direção a sua casa para se despedir de Winnie. E ao chegar em seu lar, viu sua raposinha no mesmo lugar, deitada sobre suas cobertas em um sono profundo.

— Quem é a coisa mais linda da mamãe? — Ela fazia uma voz fofa enquanto acariciava a cabeça de sua raposinha. Sorrindo, ela depositou um beijinho na cabeça de Winnie, que nesse tempo todo nem sequer se mexeu. — Enfim, o sono pesado. — Dalila ri. Ainda não consegue acreditar que, finalmente, iria de fato perambular pelo mundo humano sem se preocupar tanto. Não seria como as outras vezes, onde ela saía na calada da noite para ir atrás de artefatos proibidos, como os livros preto e branco que encontrou numa casa cheia de livros. Ou quando obrigava o Felipe a procurar roupas humanas para ela, e detalhe, por pouco Felipe não foi pego. Dessa vez seria muito diferente, e poderia aprender muitas coisas novas.

Agora ainda mais animada, ela sai de casa, não sem antes pegar mais uma goiaba da fruteira e colocar na mochila em que levava algumas coisas: Como seus livros preto e branco, papel e lápis para fazer os relatórios e a pasta com a localização da casa do garoto.

Então, ela segue caminho para o lado oposto do centro do bosque. Subindo uma enorme colina florida, cheia de flores e um chalé ao topo. Não demorou muito para ela alcançar aquele chalé no topo da colina, e ao chegar, o senhor Cláudio estava lá como sempre, se balançando na cadeira de balanço.

— Seu Cláudio, como você está nesse dia tão belo?

— Está querendo me "engolobar"* para passar para o outro lado, Dalila?

— Jamais, eu nunca faria isso com o senhor. — Sim, ela faria sim.

— Mas eu preciso passar, finalmente consegui uma missão! — O homem barbudo à sua frente a encarava desconfiado e surpreso. Nunca em sua vida imaginaria essa garota em uma missão.

— Isso é realmente uma surpresa. Mas enfim, pode passar, você já sabe o caminho.

— Não, eu não sei... — Seu Cláudio ri em negação.

— Acha mesmo que eu não sei que você sai na calada da noite, menina? Você precisa aprender a fingir melhor.

Engolobar* = Enganar, ludibriar, passar a perna etc.

Nada escapa do Seu Cláudio em 💅🏽💅🏽
Gostaram de conhecer o Leonardo e a Dalila?

Um totalmente diferente do outro 🤣
Nos vemos na próxima quinta 💖✨

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