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Capítulo 56

Já é quase meia-noite quando chego a conclusão que devo ir para casa.

Divido um Uber com Rafael. 

Poderíamos dormir na casa de Akin? Sim. 

No entanto, todos nós sentimos que era hora de dar um espaço para ele e Anna Raylla.

Chego no meu prédio e escuto um som estrondoso ao subir as escadas, já imaginando vir do meu apartamento, mas sem entender o porquê Thomas estar desrespeitando as regras do condomínio assim.

Mal abro a porta e encontro meu irmão destruído, deitado no tapete branquinho da sala, que por sinal, está com fumaça da cabeça aos pés por conta dos cigarros dele. Tranco logo a porta para os vizinhos não chamarem os bombeiros ou algo assim.

- QUE MERDA É ESSA, THOMAS?

Meu irmão age como uma criança e finge não me ouvir, enquanto berra a plenos pulmões a letra de California do YUNGBLUD que, olha, eu amo a música, mas não nessa altura e com Thomas cantando como se estivesse louco.

Vou até o som e desligo. Tiro o cigarro de sua mão e apago na pia. Pego o spray e inundo a sala de bom ar. Estava difícil de respirar ali.

- Thomas, eu já falei um milhão de vezes para não fumar no apartamento, droga! PUTA QUE PARIU, INFERNO! -Me aproximo do meu irmão, que continuava calado e deitado no chão. -Você bebeu, por acaso? 

- Não.

Ele de fato não cheirava a álcool, nem nada do tipo.

- Então, o quê? Está só se afogando em auto piedade?

Ele se endireita, se sentando, e esfrega os olhos vermelhos e marejados.

- Aconteceu uma coisa. Várias coisas, na verdade.

- O quê? –Me sento em sua frente no tapete.

- A Lilian. Ela foi embora.

- Como assim? Aconteceu alguma com ela?

Meu coração começa a palpitar, esperando a pior notícia possível.

- Não, Tyler. Ela foi embora. Saiu de casa. Viajou.

- Ah, e daí? Ela já tem o quê? 24 anos? Ela tem o próprio dinheiro. Acho que é bem normal isso.

- Não, Tyler. Ela está a caminho dos Estados Unidos, para gravar um álbum.

- Caralho! Mas isso é bom demais! Por que está assim? Ela não te avisou que ia, foi isso? Eu ficaria chateado também.

- Não, ela me avisou.

- Ah. –Permaneço calado por alguns segundos, tentando juntar as peças. –Então por que está se lamentando, meu Deus? Está com inveja porque não foi chamado também ou algo do tipo? Porque, olha, tá de boa, eu entendo...

- Não. –Meu irmão me corta, encarando o nada e negando com a cabeça. –Eu poderia ter ido junto. Nós dois fomos chamados para a gravação em nome do canal.

- Bom... -Penso por mais um momento e não consigo fazer nada além de dar um soco nele.

- Ai! Cacete! Por que me bateu, porra? -Meu irmão reclama, esfregando o braço.

- Porque você é estúpido! –Grito com ele. –A chance da sua vida e a mulher da sua vida, e você simplesmente resolve NÃO IR? Qual é o seu problema?

Tom esconde o rosto entre as mãos.

- Você não entende, Ty.

- Caralho, não entendo mesmo, né. Porque sou novo demais? Conta outra! Você foi burro!

- Eu não poderia ir agora, inferno! Havia um prazo. Eu não podia perder sua formatura...

- Você não ouse a colocar a culpa em mim! –Dou outro soco em seu braço. –Se tivesse falado comigo, eu te apoiaria! Quem liga para uma formatura meia boca do ensino médio?

Thomas abre a boca para retrucar, e eu o corto.

- Também não tem desculpa de dinheiro! Temos nossos avós que moram lá, e faz meses que você não tem despesas comigo. Eu estou pagando o meu convite para a formatura!

- Não é isso! Eu também me comprometi com os garotos da banda.

- Tudo bem! Mas existe uma coisa chamada negociação. Você poderia conversar com a gravadora ou sei lá, e puta merda, o que é ter um álbum gravado no exterior comparado a um banda de garagem, Thomas! O que você fez? Que escolha merda foi essa?

- Tyler, eu só acho isso tudo muito injusto, porra! Não quero ir para a droga de outro país para minha música ser valorizada. Quero meu público aqui. Quero ter meu trabalho aqui. No meu país de origem! Quero que minha música atinja outras pessoas além das camadas populares. Quero montar meu próprio estúdio. Quero dar chance para artistas menores.

- Thomas, isso não tem lógica nenhuma! Como você vai dar a chance para outras pessoas? Tendo voz! Essa era a oportunidade!

- Já tenho a voz no canal...

- Que pertence também a Lilian. Quero só ver como vai ser isso.

- Ela terminou comigo antes de ir.

- Ah, isso explica muita coisa.

- Cala a boca.

- Quem é o adulto aqui? –Retruco. 

Meu irmão agindo de forma infantil era algo incomum. Estava sendo tão teimoso e cabeça dura! Parecia até eu.

- Como eu conserto essa merda? –Ele enfia a cabeça entre as pernas, suspirando. –Brigamos tanto, Ty. Você não tem ideia.

- Eu percebi vocês meio afastados mesmo.

- É só que temos a visão das nossas carreiras muito diferentes.

- Eu acho isso ok. Vocês só deviam ter separado as coisas com mais cuidado.

- Eu sei, eu sei. Tentamos, mas, eu sou apaixonado por ela. Não consigo ver minha vida sem ela, Tyler.

- Eu também não. –Concordo. Não faço ideia do que seria nossas vidas sem a Lily. –Ela é a mulher da sua vida. Você devia valorizar ela por ser tão fiel aos seus ideais e objetivos, pois correu atrás deles mesmo sendo louca por você. Não pestanejou em fazer isso. Determinada.

- Você acha que ela ainda me ama?

- Cacete, sete anos juntos e você ainda tá nessa? Me pergunto como não casaram ou algo do tipo.

Meu irmão fica acanhado.

- Eu cheguei a cogitar, mas...

- Mas??

- Não acredito que ela aceitaria. Qual é. É a Lilian!

- Thomas Oliveira Morais, você é o homem mais burro do planeta. Falo com tranquilidade. Não conhece a própria namorada. E tem inseguranças de um pré-adolescente. Você está pior que minha quedinha pela Rafael, que merda.

- Ah, para, Tyler!

- Ah, para, você! Sua namorada, linda e talentosa está a caminho de gravar o álbum do século e você está aqui choramingando no tapete da sala com desculpas esfarrapadas por medo e falta de confiança. Terapia, Thomas! É daqui direito para terapia! –Tom arregala os olhos, com minha fala. –E depois, direto para Lily! Agora levanta, toma um banho. –Pego seu maço de cigarros, os amaço e jogo na lixeira. Nem ligo para os seus protestos. –E chega desse lixo, porra. Cigarro é tão década passada!

Thomas fica branco como um fantasma, e nem fala mais nada. Apenas segue em silêncio para o banheiro.

Finalmente, um pouco de ordem nessa casa.

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