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Capítulo 47


Início das aulas no terceiro ano do Ensino Médio

Ok. Nada bem.

Nem mesmo comprar coisas de papelaria na companhia de Anna Raylla melhorou meu ânimo para o último ano do ensino médio.

Só tem duas horas que eu estou aqui, mas já quero arrancar todos os meus fios de cabelo, o que agora está um pouco difícil já que cortei ele bem curto.

Eles não param de falar de Enem, faculdade, provas e trabalhos. Só quero gritar CHEGA!

Anna copia tudo piamente, e Akin conversa com alguns garotos da sala, e copia também. Mesmo nem sendo matéria. Qual é... Vocês dois já sabem o que querem fazer da vida, pra quê isso? Minha vontade era falar isso, mas ainda me resta um pouco de tato.

Pelo menos Akin está junto comigo esse ano, na mesma turma. Era o mínimo.

Em compensação, é bem provável que sejamos a pior sala de terceiro ano, ou até do ensino médio todo, contando que o grupinho de Lucas está aqui.

Para mim, ele era o pior tipo de garoto do fundão da sala, ele não se esforçava em nada, pedia ajuda para os outros, e por ter fama de legalzinho, todos o ajudam, e até riam de suas piadinhas fora de hora. Até os professores simpatizavam com ele, às vezes.

Odeio muito ele. Apesar dele não ter mais mexido comigo, a gente não se bate.

E eu não fazia ideia do que estava rolando entre Anna e Akin. Os dois estavam bem próximos, e trocavam olhares como se soubessem de algo que eu não sei.

Por um momento, achei que eles estavam até ficando, mas não havia nem uma semana que o carnaval acabou.

O que me fez mandar uma mensagem para Chul no meio daquela aula insuportável, exigindo explicações, como se ele soubesse algo, já que em nenhum momento Anna Raylla ou Akin vieram falar comigo.

"O que tá rolando com Anna e o Akin? Os dois tão juntinhos demais. Eles ficaram ou o quê?"

Ele me responde no mesmo instante.

"Cara, não sei. Os dois estão tentando. Foi tudo o que me disseram."

"Por que tanto mistério, meu Deus?"

"Acho que é porque ambos são nossos amigos."

"E??? Qual é, sou curioso, cacete!"

"Não sei, Ty. Acho que só não querem estragar as coisas, entre nosso grupo, entre eles mesmos, sei lá."

Continuo enviando mensagens para ele, no entanto, ele as ignora completamente. Sei disso pois continua online.

Maldito, Chul.

Ele com certeza sabe de algo, inferno.

Ou eu estou ficando paranoico porque me sinto solitário para caralho dormindo sem Rafael por perto.

Droga.

Resolvo me humilhar mais uma pouquinho e envio uma mensagem para ele.

"Estou com saudades de você. O terceirão é um inferno."

Ele também não me responde.

***

Chul me manda uma mensagem assim que a aula dele acaba, um pouco mais tarde que a minha por ser escolas diferentes, se explicando que o professor chamou sua atenção e por isso não respondeu mais.

Ele não engana ninguém.

Anna Raylla e Akin ficaram comigo no recreio e tivemos conversas banais. A minha vontade era fazer um interrogatório mas estou me contendo porque acredito estar sendo um pouco exagerado.

Porém na saída os dois continuam de risadinhas e abraços, se despedem e dizem "Até mais tarde!"

COMO ASSIM ATÉ MAIS TARDE?

- Como assim "até mais tarde?"?

Anna Raylla cora, o que não sabia ser possível porém vou fingir que é pelo calor do meio-dia.

- Estamos fazendo cursinho pré-vestibular juntos a noite.

- Ah. –Faço uma pausa, tentando absorver. Achei que estavam saindo sem mim. –Por que não me chamaram?

- Ty? É sério? Você? Fazendo cursinho?

Fico na defensiva.

- Por que não? Eu posso querer um futuro!

Ela não cede as minhas provocações, e revira os olhos.

- Tyler, estou indo embora, se não vou me atrasar para o ballet. Depois conversamos. E calma.

Ela me abraça e dá um beijo no meu rosto.

- Sei que está com saudades do Rafael, não precisa descontar nos outros.

É quase como um chute no estômago, e logo dou abaixada na minha bola, inundado pela culpa.

- Foi mal.

- Tranquilo. Até mais!

***

Fiz o caminho de casa pensando nas minhas atitudes e o que a Dr. Lúcia mandaria eu fazer numa situação dessas. Agora que nossas sessões haviam diminuído, mais o recesso do carnaval, eu realmente precisava clarear minha cabeça.

Decidi que não adiantava ficar pensando só no Rafa ou nos meus amigos, ou até mesmo em Thomas. Eu estava focando em todo mundo, menos em mim mesmo.

Era o último ano na escola, e eu não tinha ideia do que fazer com a minha vida.

Mas havia uma coisa que eu era realmente bom.

Chego em casa e vou direto para o estúdio de Thomas, que aos poucos tem virado meu também, e gravo uns três vídeos para o canal. Checo os e-mails, antes de começar a editá-los, e resolvo arriscar e fechar parceria com duas marcas, depois de consultar Lara. Então edito um vídeo, e posto no mesmo dia.

Já está escurecendo quando enfim percebo a ausência de Thomas na casa.

Estava a caminho da cozinha para fazer algum lanche, quando meu irmão entra no apartamento.

- Onde você estava? Não te vi o dia todo.

- Agora, estava gravando um vídeo com Lily e conversando sobre o canal, mas antes disso, estava com os meninos da banda.

- The Alkanes?

- Isso. Ai, Ty! Você tem que conhecê-los. –Meu irmão se joga no sofá. –Eles são legais demais.

- Por que estava com eles?

- Ensaio para o próximo show, e discutindo sobre eu ser um membro fixo. Acho que estou dentro.

- Caralho, Tom! Isso é bom demais! –Eu também me jogo no sofá e o abraço.

- Sim, sim. –Ele abre um sorriso tímido.

- Já contou para Lily?

Ele suspira.

- Não.

Fico confuso.

- Ainda não. Tem que ser com jeitinho. Não sei como ela vai reagir.

- Calma, não é como se vocês fossem um dupla musical ou algo assim.

- É, mas às vezes sinto que ela quer que sejamos.

É a minha vez de suspirar.

- Complicado.

- É. –Meu irmão vai até a cozinha e começa a fazer dois sanduíches, um para mim, e outro para ele. –E o primeiro dia de aula? Sobreviveu?

- Fora que meus ouvidos quase sangraram com os professores falando de faculdade? É, passo bem.

- Mas e ai? Teve algumas ideias nesse carnaval? Rafa comentou algo com você?

- Ah, você sabe, Rafael provavelmente vai querer ser modelo ou digital influencer.

Thomas solta uma gargalhada e quase cospe o sanduíche que estava mastigando.

- Dê algum crédito a ele, Ty.

Sorrio.

- Anna quer Dança, e Akin quer Educação Física. Ambos estão focando na federal e até entraram em um cursinho.

- A Anna Raylla sabe que tem o Enem mais um vestibular separado para Dança, né? Assim como qualquer curso de Belas Artes.

- Óbvio. Ela viu o vídeo que você e Lily explicaram como cursaram Música.

Tom fica orgulhoso de si por um momento, com aquele brilho no olhar, o que enche meu coração de amor pelo meu irmão.

- E Chul?

- Ta aí. Não faço ideia do que Chul quer fazer.

- Algo com números? Ele gosta de exatas, não?

-É, na real, não sei para falar a verdade. Provável que ele curse algo que os pais o obriguem.

- Jesus Cristo.

- Pois é.

- Conversa com ele sobre isso. Acho que pode ser bom para vocês dois.

***

Deitado na minha cama, já preparado para dormir, resolvo mandar mensagem para Chul por dois motivos. Primeiro, porque ainda era cedo, 21h, mas eu já estava exausto de tanto que eu trabalhei (acho que já posso chamar disso), e segundo, porque o que Thomas falara comigo havia ficado na minha cabeça.

"Chul, pergunta aleatória: os professores hoje na sua escola também fritaram sua cabeça por conta de Enem, vestibular, faculdade, trabalho, etc?"

"SIM! Pelo amor de Deus, minha cabeça tá doendo até agora."

"Cara, confesso que estou meio desesperado por conta disso."

"Por quê?"

"Não faço ideia do que quero fazer. Tipo, sei que quero entrar na faculdade, mas são opções demais e sei lá, não sei qual vai ser o meu foco."

"Ah, véi. Você nem precisa se preocupar com isso. Thomas te apoiaria em qualquer coisa que você escolhesse, e mesmo que você troque de curso depois, ele te apoiaria ainda assim.

E digo mais, você ainda tem seu canal no YouTube que é uma puta garantia."

"Sim. Eu sei, eu tenho sorte para caralho nisso, mas e você?"

"Eu o quê?"

"Curso, amigo. O que você quer?"

"Para ser bem sincero, estou tão perdido quanto você. Meus pais querem que eu faça medicina, mas duvido que eu consiga entrar, então não estou preocupado em agradar eles no momento, mas é chato."

"Eu imagino, mas não deixa eles te pressionarem. Faz o que seu coração manda, sei lá, essas coisas motivacionais kkkkk"

"Kkkkkkk engraçadinho. Tenho pensado em Ciência da Computação, porque gosto de computadores, e sou bom em matemática, mas enfim, não há nada por enquanto que intrigue meu coração."

"Não achou sua paixão ainda, né?"

"Não mesmo. Nem em curso. Nem na vida."

"Bom, saiba que não é o único ;) estamos fodidos juntos."

"Hmm, sei. Mas acho que você já encontrou os dois, Ty."

"Tá zoando né? Kkkkkk"

"Não. Rafael é a paixão da sua vida, o que é bem óbvio para qualquer um com um par de olhos, e para paixão de curso, bem, acho você bom em lidar com as pessoas, conversar, acalmar, o seu canal é um ótimo direcionamento."

"Ai, Chul. Você me faz rir, viu."

"Tô falando, sério, pô."

"Boa noite kkkkk ai ai."

Desligo o wi-fi para não receber mais mensagens, e vou dormir. Minha cabeça roda para lá e para cá com as palavras de Chul, até eu rodopiar em sono profundo.

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