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Capítulo 46


- Tyler! Rafa! Cheguei! –Thomas abre a porta do meu quarto de supetão e cá estou eu, deitado sem camisa no peito de Rafael. Puta merda.

- Tom! OI! –Levanto rapidamente, e quase solto o clichê "eu posso explicar".

Meu irmão cobre os seus olhos com as mãos.

- Eu não vi nada. Tô de saída. Estarei na cozinha. Tchau!

Ele bate a porta com tanta força que deve ter ressoado no prédio inteiro.

Engulo em seco.

- Estamos ferrados? –Rafa pergunta. Por sorte, ele estava de shorts e eu também.

- Não sei ao certo.

Coloco uma regata, já de pé, me preparando para um sermão.

Na cozinha, encontro meu irmão fazendo omelete na frigideira, as malas e o equipamento estão em cima do sofá.

- Tom! Chegou mais cedo. Achei que só voltaria amanhã.

Ele não me olha, mas fala com normalidade.

- É, eu sei. Fiquei com saudades de vocês. Queria checar se estavam sobrevivendo mesmo. Pelo louça suja acredito que sim, porém sem muita higiene.

Depois da janta que Rafael havia feito eu tinha me esquecido completamente de limpar a cozinha, a gente simplesmente foi para o quarto e ficamos lá de carinho um com outro até pegar no sono.

- Foi mal. Eu meio que esqueci.

- Tô vendo.

Ele finalmente se vira para me encarar depois de colocar o omelete no prato e começar a comer. Rafael aparece no mesmo instante.

Enquanto meu irmão comia, ele olhava de mim para Rafa e de Rafa para mim, medindo o que falar. Se deveria ser o irmão legal ou o irmão chato.

- Então vocês...

- Nada. –Falo por fim. –Não aconteceu nada, Tom.

- Aham. –Ele continuou a mastigar, não acreditando em nenhuma das minhas mentiras. –Rafael tem algo a dizer?

Rafa, que até agora estava quieto, arregala os olhos.

- Eu? Nada, nada.

- Hm, bom. Mas pelo bem da minha sanidade mental, enquanto eu estiver aqui, durmam em cômodos diferentes.

Assentimos e ficamos calados. Ele já estava sendo legal demais, e havia dado liberdade de praticamente quatro dias para nós dois.

- E a Lily? Cadê ela? –Perguntei.

- É, eu queria ver ela, antes de ir embora. –Rafa comenta.

- Ah, ela ficou com os pais e o irmão, vem embora amanhã cedo. Nós vamos te levar no aeroporto, Rafa. Relaxa.

- Pegou muito trânsito no caminho de volta? Dado o jeito que você tá comendo esse omelete como se fosse a quarta maravilha do mundo.

Meu irmão revira os olhos e assente.

- Foi um inferno. Péssima ideia, mas amanhã estaria do mesmo jeito, então. Feriado é assim mesmo.

Thomas passou o resto da noite nos contando como foram os shows, e as festas para as quais ele e Lily foram. Já de madrugada, botamos um filme para ver, porém Tom e Rafa ficaram a maior parte conversando e eu fiquei no celular, postando as fotos do carnaval e vendo como foi o de outras pessoas.

***

Acho que eu sempre tento ignorar partidas, como se elas nunca fossem acontecer.

É noite de quarta-feira de cinzas e o aeroporto está lotado.

Passei o dia com Rafa, vendo filmes e jogando vídeo game, porém confesso estar meio aéreo. Como se alguém tivesse tomado meu lugar, e eu estivesse apenas fazendo as coisas no automático.

Ele estava sorrindo, aproveitando, e fingindo que não estávamos transando a menos de 24 horas atrás. Nem Thomas conseguia engolir nossas desculpas, e tentei convencer a mim mesmo que ele só não ficou mais próximo de mim, por conta do Tom. Mas sei que não. É nossa despedida.

Deus, eu odeio despedidas.

Ele, novamente, me abraça por último na hora de ir, o que parte meu coração, pois vasculho a minha mente procurando quando foi nosso beijo final, ontem, em meio as cobertas talvez.

- Vou ouvir nossa playlist. –Ele fala no meu ouvido. –Você nem vai ver o tempo passar. Estarei aqui para o meu aniversário!

Não digo nada, apenas solto um suspiro e o aperto mais.

Quando ele se afasta, eu digo:

- Não suma, por favor.

- Vou tentar.

Ele acena e entra para o embarque.

Deus, eu odeio muito despedidas.

***

Lily não vai conosco para o apartamento. Ela pede a Thomas para ser deixada em casa, e meu irmão assente e fica em silêncio o restante do caminho.

Eu até estaria preocupado com o fato de que Lilian não vai passar as horas restantes do feriado com Tom, porém estou afogado nas minhas próprias lamentações e deixo para lá.

Meu irmão solta um suspiro dramático ao entrarmos no apartamento, e apenas por educação eu pergunto se ele está bem.

Ele quem deveria estar me perguntando isso.

Ok. Eu sou mesquinho para caralho mas eu tenho certeza que o amor da minha vida nesse exato momento está indo para milhares de quilômetros para longe de mim e cara, como você lida com isso?

- Tom, tá bem?

Thomas para, encostado no balcão, com a garrafa de água na mão.

- Lily e eu...estamos discutindo muito por esses dias.

- Por quê? Tipo, vocês estavam afastados tem um tempo, mas acho que é algo normal depois de namorarem por quase 7 anos.

- Só percebi agora que discordamos em muita coisa.

- Tipo o quê? Porque assim, eu jurava que vocês eram alma gêmeas ou algo do tipo. Sério, vocês concordam em tudo. É irritante. E quando ela discorda de você, ou você discorda dela, é por pura provocação afetuosa.

Dou um soquinho no ombro dele, com meu melhor sorriso, porque estou tentando animá-lo. O clima já está pesado o suficiente.

- Em questão de carreira, Ty. -Ele sorri para mim, e não vai muito mais que isso. Meu irmão as vezes é impenetrável, e isso me preocupa.

- Conversa comigo. Por favor. Você nunca me fala nada.

Tom olha para o teto, tentando evitar que as lágrimas caiam ou encontrem meus olhos sérios.

- Quero fazer a diferença aqui, Ty. No meu país. Nas minhas raízes. E Lilian, ela quer ser grande, e ir para longe. E, droga eu não sei o que vou fazer...

- Por que? Lily vai embora?

Era só o que me faltava. Mais uma pessoa se afastando.

- Não! Deus, não! Mas sinto que é isso que ela corre tanto atrás. E até mesmo no canal, ela quer coisas que às vezes não quero. É difícil, porque somos um casal e trabalhamos juntos, e ah. Puta merda, Tyler. Eu nem devia falar essas coisas com você.

- E com quem mais você falaria? –Dou o meu melhor sorriso debochado. –Você não vai a terapia, mesmo sabendo que precisa.

- Está tarde, não acha?

- Não acho, não.

- Pizza, e o assunto acaba?

- Você é um capricorniano fechado que vai acabar explodindo, Thomas Morais. Cuidado lobo solitário! –Aponto o dedo, acusatório. –E sim, frango com catupiry, por favor.

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