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Capítulo 24


Depois do beijo que Rafael me deu, o pessoal meio que desanimou. Quase como se já tivéssemos chegado ao ápice do que poderia ter no Verdade ou Consequência naquela noite. Akin já estava bêbado demais, e Rafael virava todos os restos de bebidas que encontrava enquanto Chul comia um pedaço de pizza solitário em um canto.

Anna foi embora 1h da madrugada, pois os pais pediram para que ela voltasse, apesar de eu ter dito que ela poderia dormir aqui. Ela não estava embriagada como o resto dos meninos, então não me preocupei tanto. Pedi apenas que mandasse uma mensagem quando chegasse e a agradeci por ter vindo no meu aniversário.

Quando voltei para o apartamento, após subir as escadas um pouco tonto, rindo sozinho da minha falta de destreza, encontrei apenas um cabeleira loira estirada no meu sofá.

- Ty, Ty, por que tá tudo girando?

- Rafa Rafa, porque você bebeu demais.

- Cadê todo mundo?

- Anna foi embora. Akin e Chul foram dormir? 

- Annie Ray, Ray Ray, anyway.

- Ok. Valeu pela informação.

Fui até o quarto de Thomas, onde havia uma cama de casal. Chul havia se deitado em um dos cantos, e tinha espaço para mais um ali. Onde estava Akin?

Abri a porta do meu quarto e encontrei meu amigo jogado na minha cama. Fedendo a álcool já. Maravilha, pensei. Agora acho que não gosto dele bêbado tanto assim.

Voltei para sala e encontrei Rafael em um sono profundo.

"Pelo menos ele não vomitou"

Então ele acordou tossindo e vomitou na sala. No tapete. Branquinho e felpudo que a sogra de Thomas, mãe de Lilian, havia nos presenteado no Natal.

Eu vou morrer.

Corri para segurar meu amigo e leva-lo até o banheiro.

- Calma, vomita ai.

Rafael se debruçou no vaso e eu tive que segurar seu cabelo, já grande demais, para não cair em seu rosto.

- Desculpa, Ty.

Eu me sentia péssimo, mas eu meio que tinha feito a mesma coisa no aniversário dele, então estávamos quites.

- Tranquilo, Rafa. Me ajudando a limpar a bagunça amanhã...

Meu amigo não respondeu. Vomitou mais uma vez.

Depois de alguns minutos no banheiro com Rafael passando mal, ele disse que só queria um copo d'água e ia dormir. Perguntei se ele queria tomar banho, mas negou.

Resolvi me deitar com Chul, e deixar Rafa um pouco sozinho no sofá. As coisas estavam esquisitas entre nós.

- Rafael tá bem? –Meu amigo perguntou, quando entrei no quarto.

Me deitei na cama ao seu lado, me enfiando em baixo do edredom branco.

- Está. Vomitou bastante, mas agora ele vai dormir. E deixei um balde do lado dele.

- Ah, ok.

Ficou um silêncio constrangedor .

- Que dia hein? –Chul puxou assunto.

- Nem fala, mano. Achei que ia ser tranquilo, mas...

- Altas revelações.

- É.

Mais um silêncio constrangedor. Senti que Chul queria me dizer algo, mas não sabia o quê. Ele estava agindo estranho comigo desde a resenha. Pensei que fosse porque ele iria mudar de escola, mas depois de hoje, acho que pode ter sido por outra coisa.

- Tá tudo bem, Chul? Com a mudança de escola?

- Ah, tá. Vou sentir falta de vocês, mas é.

- Você tá bem?

- Eu tô, é que...

- O quê?

- Nada.

- Fala. Desembucha. Quer que minha ansiedade ataque ou o que?

Chul continuou calado por um momento, e se virou para o outro lado.

Pensei que nossa conversa tinha dado por encerrada, e ele havia ido dormir, me largando no churrasco, porém meu celular vibra, assim que ele fala:

- Olha o Whatsapp, e por favor, não surta.

Meu coração dispara. Abro a mensagem de Chul, que está no topo. Tem apenas uma palavra escrita.

"Sim."

- Chul...

- Sim.

- Na resenha?

- É.

- Como?

- Ah, foi bem do nada. Aleatório, eu diria.

- Nossa, uau. Desculpa não lembrar. Desculpa, sei lá, por tudo.

- Tranquilo, Ty. Só estava me sentindo mal por você não saber. Não parecia justo eu guardar isso só para mim.

- É. Eu beijei só você?

- Acho que sim. A não ser que você tenha beijado o Samuel da sua sala também, mas isso eu não vi. Se aconteceu, foi depois.

Não sei o que dizer.

Uma coisa é eu beijar um garoto no "Verdade ou Consequência". Outra coisa é ter beijado TRÊS garotos.

- Eu sei, Tyler.

- Hã?

- Todo mundo sabe, exceto ele.

- Do que você está falando, Chul?

Meus batimentos provavelmente estavam a mil por hora agora e eu sentia que ia morrer.

- Que você gosta dele.

Não era necessário dizer o nome.

- Tipo, ao menos, todos desconfiam, acredito eu. Eu nunca cheguei a comentar, mas no dia da resenha ficou tão na cara o seu ciúme, que entendi porque você me beijou.

- Eu te beijei?

- Sim, você que chegou em mim.

- Meu Deus.

- É. Sabe, eu não ligo. Akin não liga. Duvido que Anna ligaria. Nunca comentamos sobre isso, mas acho que você devia contar para ele.

- Não. Prefiro a amizade.

- Aquele beijo diz outra coisa.

- Não. Vou estragar tudo.

- Não vai saber se não tentar!

- Chul, para. Eu conheço Rafael desde que me entendo por gente. Ele é hétero e é quase da família. Ele vai embora por um ano. Pra quê eu vou me auto sabotar assim? Por um paixãozinha idiota?

Chul suspira.

- Sua decisão, Ty. Só estou dizendo, que mais cedo ou mais tarde, as pessoas erradas podem começar a comentar. Antes ele ouvir de você, do que de outros.

- Ele vai embora.

- Mas ele vai voltar.

- Ainda assim, Chul, não vale a pena. Pode deixar isso pra lá? Por favor? Não quero falar sobre isso.

As memórias daquela noite de Natal, por mais que já trabalhadas com minha psiquiatra, ainda doíam. Cicatrizes emocionais nunca vão embora.

- Tudo bem, Ty. Desculpa insistir, mas lembra, qualquer coisa, eu estou aqui, viu?

- Obrigado. Digo o mesmo, Chul. Vou sentir sua falta.

- Ei! Não sou eu que vou para outro país, eu nem moro tão longe de você!

Eu bato nele com o travesseiro e rimos.

Por fim, a embriaguez e o cansaço nos vencem e dormimos.

***

Acordei, já pensando no caos que eu teria de organizar.

Chul já não estava mais na cama e eu ouvia vozes vindo da cozinha.

Peguei uma dipirona na gaveta de Thomas, porque eu estava morto de dor de cabeça e fui até a cozinha pegar água, e encontrei os meninos sentadinhos, um ao lado do outro no sofá, conversando baixinho.

- Olha só, se não é a Bela Adormecida. –Brincou Akin.

- Bom dia para vocês também. E olha quem fala, Akin, você foi o primeiro a apagar ontem.

- E o primeiro a levantar ao seu dispor.

- Para de mentir, Akin! Eu que levantei e arrumei essa casa toda. –Rafael se defendeu. –Esfreguei até esse tapete para tirar meu vômito dele.

Olhei em volta. Realmente o nosso apartamento estava limpo. Sem louça suja, e sem mancha de vômito no tapete felpudo.

- O mínimo que você poderia fazer após o PT, não é Rafael? –Chul disse.

- Foi uma longa noite. E eu tenho dificuldades de lembrar das coisas que eu fiz, então vamos fingir que não aconteceu.

Engoli o comprido em seco, ouvindo Rafael dizendo aquilo.

Não aconteceu.

- Abre o portão lá para irmos embora, Tyler. –Rafa pediu. –Só estávamos esperando você acordar.

- Mas já?

- Almoço de família, cara. –Disse Akin.

- Tudo bem.

Descemos as escadas do prédio em silêncio, assim que o Uber chegou, os três entraram para irem juntos, por morarmos relativamente perto. Porém, Rafael, entrou por último, e antes de ir, me disse algo que dilacerou meu coração naquela dia.

- Ty, somos só amigos, tá bem? Akin e Chul me contaram do Verdade ou Consequência, eu sinceramente nem lembro. –Ele começou a rir. –Mas, só para deixar claro mesmo.

Engulo o nó na minha garganta e contenho meus olhos marejados.

- Tá ficando emotivo, Rafael?

Entoo o nome dele como um tormento, porque é isso que ele é.

- Ai, Tyler. Cê sabe que eu te amo.

E então ele me abraça, e sinto seus cabelos contra a minha bochecha, e mesmo após o PT de ontem, o perfume dele ainda me entorpecia.

- Também te amo, Rafa. Avisem quando chegar.

Como? Como pode ser isso? Como?

Eu me perguntei isso, mil vezes, naquela noite, e na noite seguinte, e na seguinte a essa, e em todos os outros dias depois, ouvindo Animal, do Troye Sivan no repeat infinito.

Era impossível se contentar com o apenas amigos do Rafael, não quando nossas bocas se encaixaram tão bem quanto o nosso abraço.

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