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Capítulo 19


Saio ao tropeços da pista de dança, sem saber ao certo aonde ir.

Alguma coisa dói em meu peito e vou fingir que foi o álcool.

Sinto algo quente nas minhas bochechas. Lágrimas.

É sério, Tyler?

Até parece que você não previu isso. Burro.

Vou para o bar e pego dois copos de uma vez, e viro tudo. Penso que vou vomitar, mas está doce demais a bebida com gosto de guaraná e açaí. A ardência do álcool só se dá em meu estômago.

Não vou dar PT agora. Ainda não.

- Cara, você tá bem? – Akin chega, junto a Chul.

- Cuidado, cara, vamos sentar um pouco, se não você vai cair na piscina.

Olho de relance, as luzes me confundindo e tropeço, quase caindo. Eu estava mesmo perto da borda.

Apenas concordo com a cabeça, porque falar parece gerar esforço demais.

- Vou pegar um pouco de água para ele.

Akin saiu correndo pelo gramado, parecendo o Capitão América indo salvar o dia. Glorioso, esse meu amigo.

Eu e Chul nos sentamos em uma das mesas vazias.

- Cara, eu mal cheguei no rolê e você já está virado no Jiraya! – disse Chul. Ele vestia um blusa florida e larga, deixando o peito amostra. Calça de cintura alta e um tênis. Parecia que havia saído de um filme do John Hughes. O cabelo havia crescido um pouco agora, e tenho que admitir, ele estava gatinho até. Fora do ambiente escolar, ele parecia mais descontraído e leve.

- Acontece. –Respondo, tentando focar meu olhar em algum ponto, mas tudo parecia se mover rápido demais.

- Aqui. –Akin chega por trás, apertando meu ombro e me entrega um copo de água, que eu bebo como se estivesse no deserto. – Tive que pegar da torneira do banheiro. Eles estão cobrando cinco reais pela água. Um absurdo!

Quase cuspo, mas apenas engulo meio relutante e deixo o copo na mesa, com nojo.

- É melhor você melhorar, ou eu tenho que chamar o Rafael?

Pego a água de novo e dessa vez tento beber tudo de uma vez.

Não quero ver esse garoto nem pintado de ouro.

- Falando no diabo... –Akin comenta baixinho, enquanto Rafael e Anna Raylla chegam abraçados até nossa mesa.

- E ai, Chul Chul? –Rafa chega gritando, chamando atenção de todos. Eu reviro os olhos. –Chegou tarde, cara.

- Mano, a festa começou não tem nem duas horas. E vocês estão loucos. O Akin é o único que não me decepciona.

Todos riram, exceto eu. Anna comenta sobre Akin ser o responsável do rolê. Mas eu estou imerso em baixo de água.

- Já vai dar PT, Ty? –Anna me cutuca.

- Talvez. –Eu dou um sorriso meio azedo e pego o copo para beber mais água.

Mas essa água está doce demais.

- Tyler. Esse é o meu copo. Seu alcoólatra. –Chul se estica para tirá-lo das minhas mãos, mas eu viro tudo de uma vez. – Mano, você vai morrer.

- Que nada.

- Me deve um bebida.

- Eu pego. –Digo, já me levantando, indo em direção ao bar.

- Não, senhor. – Akin me bota sentado de novo e já ia começar uma sermão, quando Rafa tem uma brilhante ideia.

- Vamos tirar uma foto gente! Aproveitar que tá todo mundo aqui! Assim que alguém for pegar bebida, vai desaparecer e depois vai separar todo mundo, de novo.

A maioria concordou, então nos juntamos e pedimos para uma das amigas de Anna, que estava por perto, tirar uma foto nossa.

Eu me sentia deslocado ali. Estavam todos tão lindos e estilosos. Eu vim de calça jeans, all star azul e uma blusa amarela, escrita fool na frente.

Senti que foi apropriado.

Apesar de estar triste, eu gostei da foto. Gostei de nós cinco juntos, com efeitos do HUJI, parecíamos ter saído de um filme dos anos 80 com direção de arte do Tumblr e Pinterest. Auge.

- Ok. Foto boa. Vamos Chul.

Seguro Chul pelo pulso e o arrasto para pegar mais copos de plástico com veneno dentro.

- Calma, Ty. Tá bravo, é?

Eu o encaro.

- Por que acha isso?

Ele encosta o indicador entre minhas sobrancelhas.

- Rugas. Tá com essa testa franzida desde que eu cheguei.

Eu suavizo a minha expressão.

- Foi mal.

- Quer conversar?

- Não. Vamos só beber e curtir.

- Tem certeza que aguenta?

A nossa vez na fila tinha chegado, eu pego mais um copo e viro tudo de uma vez.

- A noite inteira.

Ele me olha como se eu tivesse me tornado outra pessoa. Com um brilho no olhar.

Ah, não.

Isso soou como um flerte, né?

Ok. Talvez tenha sido um flerte.

Mas Chul é meu amigo.

Tá, Rafael também.

Mas Chul gosta de garotas?

Não?

Ele já beijou?

Não lembro.

Espera. Eu nunca beijei.

Enquanto minha cabeça metralhava pensamentos acelerados, Chul bebia devagar e me olhava com desejo.

Deus, O QUE EU FAÇO?

Dou um sorriso. De verdade.

Olho para o lado e vejo Anna e Rafa dançando juntos.

Que se foda.

Encosto Chul na parede, ele deixa o copo cair e derrama bebida na grama.

- Ty...? –Ele pergunta, confuso, mas não se afasta.

- Eu vou te beijar, ok? –Peço permissão.

- E-eu nunca...

- Eu também não. –Dou de ombros e colo nossas bocas.

Que esquisito.

E babado.

Por que as pessoas fazem isso?

Me afasto de Chul, meio confuso. E o seu semblante também demonstrava o mesmo.

Entretanto, antes de concluir qualquer coisa, me afasto um pouco para o lado e vomito na grama.

Sei que não vou me lembrar disso depois.

- Ai meu Deus, Tyler. Quer ir no banheiro? –Chul pergunta, passando as mãos pelas minhas costas. –Desculpa pelo beijo.

Queria falar que fui eu que beijei ele, que fui eu que tomei iniciativa e como havia sido nosso primeiro e éramos amigos, ia ser estranho mesmo, mas não consegui. Vomitei de novo.

- Vou chamar o Rafael e o Akin.

Tento negar, mas ele já saiu, me deixando escorado na parede pondo para fora as minhas tripas.

O gosto na minha boca era horrível e eu não ia aqui ficar dando trabalho para ninguém. Já me sentia melhor.

Agachei perto da piscina e com a minha mão, peguei um pouco da água e joguei na boca. Não ia beber aquela coisa cheia de cloro e fluídos corporais, mas fiz um bochecho e cuspi na grama.

Quando levantei o olhar, um garota, que parecia ainda mais nova que eu, me encarava assustada.

- Perdeu alguma coisa? –Perguntei à ela.

- Cara, sem julgamentos. -A garota levantou os braços em rendição e saiu andando.

Ah, esse primeiro ano...

Me levanto, já melhor. Quase sóbrio e vou andando sem rumo, a fim de me afastar dos olhares.

Uma das garotas da comissão me para, com um segurança a alguns metros de distância.

Deu ruim, pensei.

- Tudo bem com você? –Ela segura meus ombros. Sou mais alto que ela, mas me sinto como uma criança.

- Tudo. Só um pouco bêbado.

- Ah sim. –Ela chega mais perto e sussurra no meu ouvido. – Se quiser, estou vendendo 10 reais a grama.

- Quê?

Eu lembro explicitamente que era proibido drogas no convite.

- Maconha.

- Ah, não valeu.

Me afasto da garota e continuo andando.

Claramente era proibido a entrada de drogas para não comprometer o tráfico aqui dentro. Entendi.

Estou num canto escuro agora, onde alguns casais se pegam e estou um pouco mais ciente. Agora sinto o real cheiro de maconha.

Uns caras da minha sala fumam em um rodinha. Para não me sentir completamente excluído vou até lá, sabendo do meu erro, mas mesmo assim fazendo.

- E ai, gente.

- Qual é, Ty!

Alguns sorriram, outros até me abraçaram e começamos a conversar sobre o que colegas de classe conversam. Escola. Apenas escola. Professores, provas, trabalhos.

- Tenho andando super estressado. Principalmente porque sei que vou ficar de recuperação em física nesse semestre. Só a marijuana aqui para me ajudar. –O garoto ao meu lado traga e sinto a fumaça no meu rosto. Inspiro. Era tão ruim, e ao mesmo tempo tão bom.

- Essa coisa, ajuda mesmo no estresse? –Pergunto, curioso. – Ansiedade, essa coisas? Porque acho que ela só tem queimado seus neurônios mesmo.

Fiz todos na roda rirem e me senti bem com isso. O garoto de cabelos castanho-avermelhados ao meu lado, Samuel, eu acho, me oferece um trago. Eu aceito.

Ele toca em minhas costas, e o cigarro está em sua mão quando ele encosta nos meus lábios. Isso está íntimo demais, não?

- Faz assim. Como se estivesse respirando.

Faço o que ele disse, mas só tenho um crise de tosse.

Tento de novo. Agora dá certo.

- Ai, sim, Ty! Estou te levando para o mal caminho. –Ele pega e traga mais uma vez.

Solto uma risada rouca.

- Samuel, certo?

- Sim. Ao seu dispor.

- Você é gay? –Pergunto.

Ele me encara. Direto demais, Tyler. E então ri.

- Não.

- Ah. –Ele percebe a decepção em minha voz, e chega mais perto, colocando agora a mão em meu pescoço e a seda na minha boca. Trago, mais uma vez.

- Sou bi.

Olho para ele e nem dá tempo de eu raciocinar. Estamos nos beijando, freneticamente. A galera da roda nem se importa. Todos estão chapados demais.

Estou todo dormente. Não sinto mais nada.

- Vamos lá para dentro? –Ele sussurra, enquanto beija meu pescoço.

Eu estava com tesão, porém nem tanto. A maconha e o álcool me deixaram fora da órbita demais.

- Eu não que...

- Não estou sugerindo nada. Só ficar lá dentro de boa.

Concordo e seguimos para casa, sorrateiros.

Achei que estaria vazia, mas os quartos estavam lotados. Pessoas vomitavam nos banheiros, quartos com portas trancadas, dos quais ouviam-se gemidos, algumas apenas dormiam, outros discutiam e escutava-se DR's e choros.

Entramos em um com a TV ligada, em que passava clipes aleatórios no YouTube e várias pessoas jogadas em uma cama King Size. Provavelmente era a suíte, porque tinha um banheiro com uma hidromassagem lá dentro.

Havia gente dormindo e casais se pegando, enquanto tocava Onda Diferente da Anitta, Ludmilla e Snoop Dog.

Samuel me jogou em um canto da cama e começou a me beijar.

Suas mãos desceram do meu rosto para a minha cintura, que tentavam abrir o botão da minha calça.

- Só ficar de boa, é? –Disse, fazendo graça.

Ele beija meu pescoço e desce os beijos, mas eu subo sua cabeça e dou-lhe um selinho.

- Vai com calma.

Me sentia num filme, em que eu sou a garota virgem que não tem experiência nenhuma.

- Eu tô calmo.

- Tô vendo.

Olho para sua calça tactel da adidas, com um volume enorme.

Ele ri.

- Vai querer ou não, cara?

Franzo o rosto.

- Eu só quero ficar de boa, beijar, nada demais.

- Tá. Acho que vou lá fora, fumar um pouco.

- O quê? Mas acabamos de vir para cá.

- É.

Ele saiu, sem dizer mais nada.

Que babaca.

Fico deitado, olhando para o teto. Meu olho está pesado e as coisas vão e vem.

Bateu, já diziam as pensadoras contemporâneas Anitta e Ludmilla.

Esforço para me recompor. Encosto nos travesseiros, me sentando, e tentando me concentrar no clipe que agora passava na televisão.

Tem duas garotas deitadas, dormindo ao meu lado. Um casal se beijava na banheira de hidromassagem, um cara os observava ao lado, e outro fazia xixi. Que loucura. O que Thomas pensaria se me visse em um cenário assim?

Meu Deus, e se Thomas descobrir isso tudo?

Ele vai ficar tão decepcionado comigo. Não ia ter volta.

Acho que sou expulso de casa.

Ele vai me odiar tanto.

Estava passando o clipe de We Can't Stop da Miley Cyrus, meu Deus, quanto tempo.

Será que era assim que eu estava?

Me levanto e me olho no espelho. Olhos vermelhos e com dificuldade de ficar abertos. Meu coração está acelerado.

Acho que vou morrer. Tenho certeza que dá para morrer quando se usa essas coisas.

Se eu morrer, vai ser o Inferno na Terra. Como eu sou tão egoísta? Ele vai me odiar.

Por que eu fiz isso?

Eu me odeio. Me odeio!

Me deito novamente, e começo a rolar de um lado para o outro, de maneira compulsiva. Frenética.

- Cara, tá bem? –O garoto que estava fazendo xixi, aparentava ter uns vinte anos, parou ao meu lado.

- Preciso do Rafa.

- Quem?

- Loiro. Olhos azuis.

- Não deve ser difícil de achar.

- Tô com medo de ficar sozinho.

Eu sentia que um monstro ia sair do nada e comer minhas entranhas.

- Cara, você está muitas coisas. –Ele olhou ao redor do quarto. –Mas sozinho não. Já volto.

Meu peito se contrai. Minha cabeça está comprimida. Pisco várias vezes, o clipe está passando e fico assustado, porque a festa está igualzinha aos clipes. Tudo fora de controle.

Há batidas de funk lá fora que parecem entrar pelos meus ouvidos e pulsarem por todo o meu corpo.

Quando ponho a mão em meu peito sinto um calafrio, como se fosse a mão de outra pessoa.

Estou suando frio.

Cadê o Rafael? Parece que o garoto foi embora tem uma eternidade.

Meu celular. Vou ligar para o Thomas.

Não estou nem ai se parecer doido e ele me expulsar de casa e eu terminar igual meu pai. Vou chamá-lo porque só ele pode consertar as coisas agora.

Quando aperto para discar e a ligação começa a chamar, Rafael entra no quarto me procurando que nem doido com um cigarro entre os lábios.

Ele fuma?

- O que tá fazendo, Tyler? –Ele corre até mim e retira o celular das minhas mãos.

- Ligando para o Thomas vir me buscar. -Falo já com a voz embargada e os olhos marejados.

- Que? Tá doido? Por quê?

- Eu tô mal, Rafa. –Começo a chorar e abraço ele.

- Está tudo bem, estou aqui agora. –Ele faz carinho nas minhas costas. –Quer água?

Assinto e vamos até outro banheiro, fora daquele quarto, que por milagre, estava vazio.

- Você fuma desde quando? Cadê o pessoal?

- Curtindo a festa, passando mal, essas coisas. Chul e Akin procuraram por você um tempão. Anna já foi embora, porque os pais a buscaram cedo, mas tá tudo bem, ela não bebeu muito. – Ele retira o cigarro da boca e apaga na pia, jogando no lixo depois. –E isso aqui, alguém me deu. Nem lembro.

- Maconha?

- Não. Deus me livre, mas quem me dera.

- Ah. Eu usei.

- Isso explica muita coisa. Bebe água da torneira. Vou procurar algo pra você comer.

- Não estou com fome agora. Por favor, não me deixa sozinho. –Agarro sua blusa.

Ele suspira.

- Bebe água.

Chego a boca até a pia, faço um bochecho primeiro e cuspo. Depois bebo.

Uau. Quase como escovar os dentes e usar Listerine.

- Isso provavelmente vai me matar. –Comento.

- Claro. Não vai ser o álcool, nem a maconha, e sim a água da torneira.

- Exatamente.

Abaixo a tampa do vaso e me sento lá.

- Droga, fiz muita merda.

- Tipo o quê?

Rafael se posicionou a minha frente, cruzando os braços, como se esperasse a minha confissão.

- Usei drogas.

- Ok. Já falou. Primeira vez para tudo né?

- É. Nunca mais.

- Mas tá bem?

- Meu coração já voltou a bater normalmente, acho que sim. Fiquei paranoico. Parece que se passaram horas e segundos. Tudo ao mesmo tempo. E você? Bem?

- É. Eu já tô melhor também. Fiquei com a Anna hoje.

- Eu vi.

- Desculpa.

- Por quê? Que que eu tenho a ver?

- Você ficou triste. Senti.

Pensei em falar que não. Negar. Mas eu estava bem, no entanto, longe de completamente sóbrio.

- Se sabia que eu ia ficar chateado, por que fez isso?

- Não sei.

Ele chega mais perto. Suas pernas encostam nos meus joelhos.

- Não sei porque eu faço um monte de coisas, Tyler. 

Sua voz sai num sussurro quase inaudível. E apesar da voz baixa, não olho para ele. Estou olhando para suas pernas.

- Deveria saber. –Eu as toco. Ele não recua. Acaricio Rafael, deixando-o excitado. Também estou.

Ouço Charli XCX, cantando Boys, ao fundo. Esse clipe. Essa música. Que oportuno.

- Eu sei. –Ele segura minha cabeça, enquanto eu me ajoelho no chão, abro seu zíper, abaixo sua cueca, pego seu pênis, e começo a chupá-lo.

Ele puxa meu cabelo e solta um suspiro.

Minha calça já está molhada, mas continuo mesmo assim. Com os gemidos de Rafael, enquanto minha língua traça o contorno do seu membro.

Meu couro cabeludo dói, porque ele está puxando demais. Rafael treme, e solta um suspiro súbito de prazer. Sinto o sêmen na minha boca. Engulo.

Não olho para ele.

O que aconteceu?

Há uma batida na porta, que faz eu levantar em um pulo, enquanto ele fecha o zíper da calça correndo.

-Polícia! A POLÍCIA CHEGOU! O JUIZADO TAMBÉM!

Saímos do banheiro e o cenário é caótico. Gente correndo, gente sendo carregada, gente catando as roupas espalhadas e procurando por amigos.

- Temos que ir embora. –Rafael fala.

Eu concordo e abro o aplicativo para chamar um Uber.

- E Akin e Chul?

- Acho que já devem ter ido embora. Temos que torcer para que sim.

Corremos porta afora.

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