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Capitulo Quinze

Drake Timberg:

— Merda! — Exclamamos em uníssono, nossos olhares se cruzando com urgência e determinação. O perigo agora estava à nossa porta, e tínhamos que agir rápido para proteger a agência e nossos colegas agentes.

Com determinação, eu me aproximei do teclado do computador e comecei a acessar o sistema de segurança da escola. Enquanto eu digitava, pude ver o caos se desenrolando do lado de fora através das câmeras.

Os alunos corriam desesperados para o lado de fora, enquanto homens trajando ternos apontavam armas na direção dos estudantes, professores e funcionários. A tensão no ar era palpável.

— Pelo que parece, estão nos procurando! — Nicky observou, seu olhar fixo na tela.

— Não, Nicky. Eles estão perseguindo todo mundo e os mandando para a quadra! — explicou Dawn, posicionando-se ao meu lado. — Drake, veja se consegue encontrar uma maneira de entrar em contato com a agência!

Concordei com um aceno enquanto Dawn pegava uma de nossas armas e Nicky fazia o mesmo.

— Pelo que posso ver, são doze homens e um pequeno robô! — Dawn informou, enquanto eu me concentrava em rastrear a presença dos invasores. — Os homens são nossa responsabilidade, Nicky e eu cuidaremos deles. Quanto ao robô, ficará com você!

Antes de dar uma resposta, ela revelou uma porta secreta que levava ao porão da escola.

— Verifique pelo sistema de segurança se alguém está perto do porão! — Dawn ordenou, e eu obedeci prontamente.

— Não há ninguém, o robô deve não ter conseguido passar pelo sistema de segurança que coloquei na rede! — informei, e Dawn assentiu antes de entrar no túnel, seguida por Nicky.

A entrada do túnel se fechou atrás deles, deixando-me sozinho na sala. Voltei minha atenção para o sistema de segurança e a tela do computador, tentando desesperadamente estabelecer contato com a agência.

No entanto, uma pergunta pairava em minha mente: como alguém poderia ter vazado informações para o inimigo? Quem seria capaz de trair a todos nós dessa maneira?

Enquanto digitava e transmitia as informações da localização dos invasores, precisei usar minha habilidade de enganação para despistar o robô que continuava patrulhando o local.

Tudo parecia estar indo bem até que vi Nicky ser encurralado por um grupo de homens armados. A situação estava se tornando cada vez mais tensa.

— Ele não vai conseguir! — murmurei para mim mesmo, preocupado. Foi então que Nicky tirou uma pequena bola brilhante do bolso e a lançou no ar. Em questão de segundos, os homens caíram no chão, desacordados.

— O que você disse sobre ele não conseguir? — Nicky brincou através do comunicador.

— Você roubou aquelas bolas soníferas explosivas! — Dawn reclamou do outro lado. — Não deveriam estar em fase de testes?

— Elas me salvaram, então estão perfeitas! — Nicky respondeu, dando de ombros, enquanto eu revirava os olhos.

Continuei observando as câmeras de segurança e percebi que ainda havia três homens na quadra com o restante do pessoal da escola, que estava amarrado.

— Gente, ainda tem três do lado de fora! — avisei, vendo Dawn e Nicky saírem correndo e colocarem suas máscaras de proteção.

Concentrei-me novamente nas câmeras e, para meu espanto, vi o Senhor Santana, o professor de educação física, aparecer atrás de um dos homens. Com uma série de movimentos ágeis, ele derrubou o invasor no chão.

Minha surpresa só aumentou quando o Senhor Santana partiu para os outros homens, deixando-os inconscientes em questão de segundos.

Fiquei olhando a cena, impactado. Era óbvio que o Senhor Santana não era um professor comum. Suas habilidades de luta e agilidade eram impressionantes, e eu estava começando a suspeitar que ele estava envolvido de alguma forma na agência.

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Em meio ao caos que se desenrolava ao nosso redor, rapidamente recolhemos o que pudemos da sala de controle. Enquanto fazíamos isso, uma mensagem de Annabelle piscou na tela, pedindo que nos dirigíssemos para um local designado, onde ela e outros estavam escondidos. Fiquei aliviado ao saber que meu pai, primos e as famílias de Nicky e Dawn já estavam a salvo no local indicado.

Com um suspiro, ajustei o sistema para reiniciar assim que saísse da sala e subi as escadas apressadamente para encontrar os outros. Para minha surpresa, ao chegar lá, encontrei Ryan e Darwin também.

— Por que ele está aqui? — Questionei Dawn, apontando para Santana e, em seguida, para Ryan.

Dawn me olhou, seus olhos refletindo a tensão que pairava no ar, enquanto várias viaturas de polícia cercavam a escola, conversando com alunos, funcionários e professores. Os invasores estavam sendo colocados em carros que os levariam para a prisão, ainda inconscientes ou apenas meio acordados.

— Ele quer saber de você, mas não temos tempo! — Dawn respondeu, sua voz carregada de urgência. — Teremos que levá-lo conosco!

Eu não respondi, apenas observei quando Dawn se aproximou dos outros, que estavam discutindo com Nicky. Ela rapidamente jogou um dardo no pescoço do irmão e de Ryan, que se apoiaram no carro antes de apagar.

— Nicky, coloque-os no carro! — Dawn sussurrou para nosso amigo.

— Como se você não fosse capaz! — Nicky retrucou e levou um soco no estômago por sua insolência.

— Fique quieto, temos que seguir a pé, e, a propósito, o robô está na minha bolsa! — Dawn explicou rapidamente. — Drake, você pode hackeá-lo enquanto caminhamos!

— Pode ser, mas lembre-se de que os outros não têm um carro! — Nicky apontou. — Este é o carro do Ryan, e eu nunca vou dirigir!

Antes que alguém pudesse argumentar mais, uma mão repousou em meu ombro, fazendo-me dar um sobressalto. Virei-me e me deparei com Santana.

— Eu não sei exatamente o que está acontecendo, mas venham comigo! — Santana sussurrou. — Podem confiar em mim!

Olhei para ele e, estranhamente, senti uma sensação de confiança emergindo. Era como se algo dentro de mim me dissesse que podíamos confiar nele.

— Precisamos de uma carona até um lugar seguro! — expliquei, e o homem à minha frente assentiu.

— Podem contar comigo! — Santana respondeu, afastando-se.

Vi-o se aproximando de um carro próximo. Enquanto ele fazia isso, Dawn me chamou.

— Por que você confia nele? — Dawn questionou. — Não sabemos se ele não é parte da agência!

— Confie em mim! — Implorei, e Dawn e Nicky suspiraram, aparentemente compreendendo minha decisão.

— É como o sexto sentido do seu pai, certo? Aquele que diz que vocês conseguem sentir quem é confiável e quem não é! — Nicky comentou.

— Exato, confiem em mim! — Afirmei mais uma vez, determinado a seguir meu instinto.

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Minutos depois, Santana chegou com o carro, uma minivan prateada que contrastava com a situação tensa ao nosso redor.

— Homens que têm minivans sem família são tristes! — Dawn sussurrou enquanto entrava na minivan, seguida por Nicky e os dois desmaiados. — Fiquem alertas!

Concordei com um aceno de cabeça e subi para o banco do passageiro, sentindo a tensão no ar à medida que o motor ronronava à vida. Santana deu a partida na minivan e começou a nos afastar da escola, onde uma multidão de policiais e repórteres se aglomerava do lado de fora.

À medida que o tempo passava, eu me vi perdido em pensamentos, refletindo sobre tudo o que havia acontecido naquele dia. Eu sabia que, em breve, teríamos que enfrentar nossas famílias e revelar a verdade sobre nosso trabalho secreto.

— Você pode acelerar um pouco, Santana! — Dawn falou. — Acho que não perceberam que um carro está nos seguindo!

Foi apenas nesse momento que percebi a presença do veículo nos seguindo. O carro escuro parecia nos perseguir de perto, e eu não conseguia ver o motorista.

Santana tentou evadir, mas ficou claro que nosso perseguidor conhecia bem o que estava fazendo, mantendo-se grudado em nós.

— Pessoal, continuem! — Santana falou enquanto acelerava. — Ele sabe de todos os truques que posso usar!

Em uma manobra ousada, virou em uma esquina e eu aproveitei a oportunidade para pegar meu celular e minha bolsa, que continha minhas ferramentas.

— Dawn, o robô! — pedi, e ela prontamente me entregou o pequeno dispositivo.

Comecei a trabalhar rapidamente, usando meu celular para encontrar rotas que poderíamos utilizar em uma perseguição de carro.

— Se ele sabe o que estamos fazendo, então vamos fazer as coisas do nosso jeito! — Afirmei, olhando para Dawn e Nicky com determinação. Estávamos prontos para enfrentar qualquer desafio que surgisse em nosso caminho.

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