Pode deixar, senhora
Maya e Lucas adentraram ao seu apartamento cansados da noite que tiveram com seus amigos. Os seis juntos em um restaurante causava bastante tumulto, principalmente quando Maya e Zay apostavam quem conseguiria comer mais palitinhos de queijo em um minuto, e só para constar, ela ganhou, como sempre.
— Lar doce lar. - soltou um suspiro aliviado quando se jogou no sofá de sua pequena sala. - Huckeberry, tira minhas botas? - pediu em uma voz manhosa assim que ele trancou a porta, ela sabia que ele somente iria chamá-la de folgada, revirar os olhos e abrir um sorriso antes de ir ao seu encontro.
— Sua folgada. - Um. Revirando os olhos e sorrindo para ela, sentou ao seu lado. Dois. Três.
— Percebeu a tensão sexual em torno da Riley e do Farkle?
— Que tensão? - perguntou confuso assim que retirou suas botas e começou automaticamente uma massagem em seu pé direito.
— Fala sério, baby. Dava até pra pegar no ar e guardar em um potinho.
— Eu realmente não percebi nada. - afirmou, parando a massagem para retirar suas próprias botas.
— Eles estão assim desde que foram naquela festa estranha e acabaram se beijando sem querer.
— Eu realmente nunca acreditei nessa história.
— Nem eu, mas eu acho que eles só não sabem como agir agora. Eles se querem, mas não querem dar o primeiro passo. Tão loucos pra agarrar o outro e o jogar em cima de uma cama, mas não tem coragem pra isso. - contou o fazendo soltar uma risada divertida.
Ela riu também e jogou suas pernas em cima das deles. Enquanto ele levava a mão até seu joelho fazendo um carinho natural, ela se aconchegou entre as almofadas.
— Devemos fazer algo?
— Acho que não, Sundance, eles já estão bem grandinhos.
— Mas se ficar muito constrangedor pra gente, nós trancamos eles em uma sala vazia e os deixamos lá pra se resolverem.
— Você está mesmo propondo trancar nossos amigos? - ela perguntou impressionada. - Ai, que orgulho do meu cowboy. Eu realmente sou uma boa influência!
— Temos que concordar em discordar. - ele brincou enquanto ela dava beijinhos pelo seu rosto a fazendo parar e olha-lo com uma falsa irritação.
— Calado!
— Pode deixar, senhora. - lhe mandou uma piscadela enquanto baixava a aba invisível de seu chapéu. Ela iria falar algo, mas ele a impediu com um beijo e antes que ela pudesse retribuir ele começou um ataque de cócegas em sua barrigada.
— Seu. Argh! - não conseguia lhe xingar por conta das gargalhadas que escapavam de sua boca.
Ele sorria do quanto ela tentava lhe acertar com os pés e ela estava quase sem ar de tanto sorrir das cócegas e posteriormente do fato de ter conseguido derrubar ele do sofá.
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