Esse capítulo é apenas um bônus e não muda em nada na história, ele contém cenas Jikook e se quiser tem total liberdade para pular.

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Jimin

Quando decidi que queria ser cantor e corri atrás dos meus sonhos, não imaginei que fosse realmente conseguir, mesmo tendo fé, e também não imaginei que fosse sentir atração por um dos membros do grupo em que entrei. Eu tinha acabado de me descobrir bissexual, estava muito confuso, não sabia direito o que sentia, nem se era certo sentir... Até ver ele pela primeira vez.

Jeon Jeongguk.

Totalmente tímido, tão amável, o jeitinho dele era tão único. Os poucos olhares que trocávamos eram o suficiente para mim.

Enquanto íamos evoluindo, ele se mostrava menos tímido e mais sexy, diferente do que eu estava acostumado, e as nossas coreografias não ajudaram muito nesse quesito. Fui sentindo cada vez mais atração, evoluindo para um sentimento cada vez mais forte, não sabia se ele sentia a mesma coisa, mas sabia que éramos bem próximos, ainda somos. Meus sentimentos são tão puros, intensos.

Então, o dia de me declarar finalmente chegou, deixei meus medos de lado e decidi me aproximar para conversar com ele sobre o assunto. Eu estava nervoso, minhas mãos estavam suadas, tinha o grande risco de perder sua amizade, que é muito importante para mim.

Ele estava conversando com um de nossos amigos, Taehyung, então me aproximei cautelosamente, tentando não ser indiscreto.

Sinceramente? Quero sair correndo daqui.

— Er... oi. Estou atrapalhando a conversa de vocês?

— Oi, hyung. Não está, precisa de alguma coisa? — Jungkook respondeu, atencioso como sempre.

— Não é nada importante, podem conversar. Depois eu falo — sim, minha coragem foi embora. Droga, como eu faria isso? Nem sabia se ele era bissexual ou homossexual. Como diria que gostava dele?

— Tudo bem, não estávamos falando nada muito importante. Depois terminamos essa conversa, Jungkook. Até mais — Taehyung disse, se levantando e deixando que conversássemos a sós.

É agora ou nunca.

— Jungkook-ah, podemos ir para um lugar mais reservado? — minha voz saiu fraca, tamanho o medo que sentia.

— Claro. Na verdade, queria falar com você sobre uma coisa também.

Então, fomos até meu quarto — que eu dividia com outro membro — para termos a conversa que mudaria nossas vidas, para melhor ou para pior.

— Pode entrar — eu disse, ainda tremendo de ansiedade. — Então... Você quer falar primeiro? — me pronunciei depois de fechar a porta, gesticulando para que sentássemos na minha cama.

— Er... Não sei — ele deixou um sorriso envergonhado escapar, então, respirou fundo e finalmente falou. — Como eu sei se gosto de uma pessoa? Tipo, de verdade.

— É meio complicado saber, o que você sente? — senti meu coração disparar, com medo de saber quem era a pessoa, com medo de saber que pode ser uma de nossas staffs.

— Não sei muito bem, eu sinto meu coração disparar quando estou perto dessa pessoa, e fico nervoso, bem nervoso. Eu tentei conversar com o Tae hyung, mas ele me disse que eu tinha que conversar com a pessoa e tentar descobrir se ela sente o mesmo, então quero saber se você acha que devo realmente fazer isso.

— Bom, pode ser que você goste mesmo dessa pessoa. Qual seu medo, exatamente?

— É que tem um probleminha... — esperei, até que ele tivesse coragem de dizer. — Essa pessoa é um garoto.

— Oh. Entendi — agora, eu tinha medo de que a pessoa que ele gostasse fosse algum dos garotos, Tae, por exemplo. — Qual problema nisso?

— Não sei se ele é capaz de corresponder, sabe? Eu tenho medo de estragar a amizade e tals.

— É um dos membros? — ele apenas assentiu. — Tae sabe quem é? — assentiu novamente.

Por favor, que seja eu, é tudo o que quero.

— Mas... o que você tinha para falar? — ele perguntou.

Agora, sinto ainda mais medo e ansiedade, não vou conseguir dizer que gosto dele sem antes saber de quem ele gosta.

— No momento, não sei se devo falar.

— Por quê?

— Porque você gosta de uma pessoa, e eu não sei quem ela é — tentei não deixar muito óbvio as minhas intenções, e claro, falhei. — E tenho medo de saber — essa última parte saiu quase como um sussurro, tão baixo que ele pode nem ter ouvido.

— Eu quero que você saiba quem é, mas antes eu quero saber de uma coisa — nós estávamos nervosos, era possível sentir algum tipo de tensão no quarto.

— O que quer saber?

— Não sei como perguntar isso — sorriu um pouco tímido, um dos seus sorrisos que eu mais gosto. — Eu quero saber se você já gostou de alguém do mesmo sexo que o seu... só para eu saber se o que eu sinto é o que eu penso. Você pode me tirar essa dúvida, hyung?

— Sim, eu já gostei de um garoto. Na verdade, eu gosto dele há um tempo — não consegui segurar minha vontade e acabei desviando meu olhar para sua boca, tão vermelhinha. Sempre quis beijar seus lábios.

— Quem? — ele pareceu meio triste, não sei muito bem o motivo, mas logo tratou de disfarçar. — É que eu estou... curioso. É, isso, curioso.

— Eu digo, depois que você terminar o que tem para contar.

— Não sei se consigo... dizer.

— Jungkook... — sem esperar minha resposta, ele se aproxima e me beija, e uau, isso foi inesperado, e melhor do que eu imaginei.

Sentir seus lábios foi como uma explosão de sensações, eles são tão macios, beijaria ele por todo o dia. Quando senti sua língua pedindo passagem, instintivamente permiti, sentindo seu gosto como sempre tive vontade. Eu chupava sua língua e seu lábio inferior, e ele repetia o ato em minha boca também. Quando nos separamos, eu senti como se não fosse o suficiente, me senti incompleto por não ter seus lábios nos meus.

— Eu gosto de você, hyung, muito — consegui sentir o nervosismo em seu tom de voz, mostrando que ele estava receoso pela minha reação.

— Eu também gosto de você, Jungkookie, muito — eu sorri, feliz por descobrir que meus sentimentos eram recíprocos.

— Eu sempre gostei tanto de você, mas nunca soube que esse sentimento passava de admiração. Eu me sentia atraído por você de alguma forma, mas também sentia atração por mulheres, e isso era estranho e confuso para mim.

— É para isso que serve o B de LGBTQI+ — nós rimos, ainda próximos um do outro.

Depois disso, decidimos que iríamos tentar um relacionamento, mesmo que ninguém saiba, com exceção dos garotos do grupo, eles sabiam e nos apoiaram. E claro que sabíamos que precisávamos tomar cuidado com qualquer pessoa, ninguém poderia saber, seria o fim da nossa carreira.

Os dias foram se passando, nada além de beijos havia acontecido entre nós, a tensão sexual era grande, qualquer pessoa sentiria se deixássemos transparecer, nossos amigos já tinham nos avisado sobre isso, e nós já estávamos cansados de ouvir Namjoon dizendo que tínhamos que acabar logo com essa tensão e Taehyung dizendo que tínhamos que transar.

Bom, teve um dia em que decidimos seguir os conselhos que eles davam, estávamos realmente com vontade de levar nosso relacionamento adiante. Nós já estávamos mais famosos, tínhamos comprado uma casa maior e cada um já tinha seu próprio quarto. Em um dia, eu comprei tudo que íamos usar e esperamos para que todos estivessem dormindo. Jungkook veio até meu quarto por volta das três da madrugada. Era a primeira vez dos dois com outro homem, os dois estávamos com vontade de sair correndo.

— Eu estou nervoso — eu disse, porque óbvio que quem ia sentir dor era eu, né.

— Eu também, mas vamos tentar relaxar, vai dar tudo certo.

— Credo, Kook, parece que estamos combinando de cometer um crime. Ou que estamos numa sala de parto e que eu não tô conseguindo parir a criança — claro que eu tinha que tentar descontrair. Deu um pouco certo, já que rimos com minha piadinha quase sem graça.

Respirando fundo, Jungkook se aproximou. Ele começou deixando um beijo em minhas duas bochechas, depois levou seus lábios para minha testa, deixando um beijo ali, depois beijou meu nariz também, logo em seguida finalmente beijando minha boca.

Um beijo lento e cuidadoso, estávamos construindo a atmosfera que precisávamos aos poucos. O beijo logo evoluiu, se tornou mais voraz, mais intenso.

Jungkook caminhou lentamente até minha cama, me empurrando cuidadosamente. Ele então me deitou e se deitou sobre mim, entre minhas pernas. Parou o beijo e se afastou minimamente para retirar minha blusa, eu tirei a sua também e logo voltamos a nos beijar. Conforme o clima ia esquentando, ele ia movendo seu corpo mais contra o meu, formando uma fricção em nossos membros, que nos fez gemer abafado pelo beijo. Ele desceu seus beijos pelo meu pescoço, clavícula e enfim chegou ao meio de meus mamilos. Enquanto massageava um, ele chupava e lambia o outro, me causando uma sensação totalmente nova. Depois de fazer a mesma coisa com o outro, ele desceu mais seus beijos pelo meu abdômen até parar no cós da minha calça junto de minha cueca, logo desabotoando e puxando para baixo até tirá-las completamente.

— Posso preparar você, Jimin-ssi?

— Sim, Kook-ah.

Após lamber dois de seus dedos, ele massageou minha entrada, penetrando lentamente seu indicador, tudo sob meu olhar. Ele fazia movimentos circulares em meu interior, me livrando da ardência quase inexistente, quando viu que eu não sentia nenhum incômodo, ele penetrou o segundo, me fazendo gemer baixinho pelo, agora, incômodo.

Depois de já estar bem preparado por ele e para ele, o vi saindo de cima de mim, apenas para tirar o restante de suas roupas. Se ajoelhando entre minhas pernas, ele pegou o pacote de camisinha e o lubrificante que eu havia colocado sobre o criado-mudo, desenrolou o látex em seu pênis já totalmente rijo e o lubrificou, bombeando lentamente para que pudesse espalhar o líquido por todo seu cumprimento.

Se deitando sobre mim novamente, ele olhou em meus olhos, com uma pergunta silenciosa, questionando se poderia entrar, em resposta, eu o abracei pelos ombros e escondi meu rosto em seu pescoço. Ele então, levou sua mão até seu membro e o direcionou para minha entradinha, forçando-se para dentro. Tive que ter em mente que os garotos estavam todos em casa e tive que conter um gemido de dor. Isso doía para um caramba, como diabos eu iria conseguir ir até o fim? O fato de ele ser realmente grande não ajuda.

Já totalmente dentro de mim, ele esperou até que a dor diminuísse, quando a sensação de que estava me rasgando ao meio passou, eu dei uma leve rebolada, indicando que ele podia continuar.

Ele começou a se mover, lento de início, com um vai e vem gostoso, ele repetiu o ato algumas vezes para então acelerar o ritmo, aquilo estava ficando cada vez melhor. Com um ritmo estabelecido, estava sendo quase impossível segurar meus gemidos, ele sempre tentava abafa-los com beijos.

— Ah, Jun... vai mais rápido, por favor.

Atendendo meu pedido, ele acelerou os movimentos, arrancando um gemido mais alto quando ele acertou minha próstata. Eu mordia meus lábios, tentando incontestavelmente esconder os sons que saíam de minha boca. Ele também tentava escondê-los, mordendo seus lábios, às vezes me beijando, ou até mesmo mordendo meus ombros, não foram mordidas tão fortes, mas por minha pele pálida, provavelmente ficariam algumas marquinhas.

Após alguns minutos, eu finalmente alcancei meu orgasmo, trazendo junto o limite de Jungkook quando puxei os cabelos de sua nuca.

Nessa noite, nós tomamos um banho e dormimos juntos, mas decidimos que iríamos acordar mais cedo para que ele voltasse ao seu quarto para que todos não desconfiassem. Ao longo dos meses, nós transamos outras vezes, com diversas posições diferentes, uma melhor que a outra. Nós realmente estamos muito felizes.

Teve um dia, um dia bem calmo, em que entramos em total desespero. Era para termos tomado cuidado e não deixar ninguém saber, mas com um descuido, fomos pegos aos beijos em uma das salas de nossa gravadora. Quando olhamos, totalmente assustados para a porta, vimos que era Valentina, a nova staff da nossa equipe. Ela ficou totalmente sem reação de primeira, pensamos tudo de ruim.

É isso, fim da nossa carreira, fim de tudo para nós.

Mas por conta do medo, esquecemos um pequeno detalhe, ela é nossa amiga, e pelo que parece shippa Jikook mais que nós mesmos. Ela saiu super alegre, mas fazendo questão de não pronunciar para ninguém que nos viu.

Ai, eu amo essa garota. Vai ser minha melhor amiga a partir de hoje.

Exagero? Talvez. Mas ela é tão gentil e alegre que nem me passa pela cabeça dar outro status em minha vida à ela.

Assim que ela saiu, depois de querer saber quem de nós é o passivo, Jeon e eu nos olhamos, ainda um pouco assustados, mas logo soltamos um sorriso aliviado. Tenho a certeza de que temos uma boa amiga.

— Ela é doidinha, né? — eu perguntei, sabendo qual resposta viria.

— Completamente, mas ela é uma boa pessoa.

— Completamente — eu fiquei olhando em seus olhos, esses que sou totalmente apaixonado. Depois para sua boca, que me tiram totalmente o fôlego.

— Vamos sair daqui antes que alguém nos veja.

E foi assim que ganhamos nosso dia, sabendo que tínhamos uma grande amiga e aliada para o que precisássemos, e claro que ela teria esse requisito em nós também.

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Obrigada por terem lido♥