12|Madrinha?
Trabalhei pela manhã, e pela tarde resolvi tudo que ainda tinha para resolver em relação a igreja e mandei por emaill para o Padre Frederico. Não quero que ele pense que eu sou uma desnaturada!
Por volta das cinco, tomeu meu banho e vesti um macacão florido com meus tênis surrados brancos. Deixando o cabelo solto, coloquei meus óculos e peguei minha bolsa. Passei um reboco na cara para não ficar tão óbvia minhas olheiras ou o meu rosto inchado. Ainda estava parecendo um cadáver.
Descendo as escadas, esperava que minha mãe já estivesse na igreja. Mas assim que a encontrei, ela me encarou como si estivesse estranhando alguma coisa. Abrindo a boca como sempre e questionou:
_ Porque não foi para a Paróquia hoje? É porque está saindo toda arrumadinha assim?
_ O Padre Fred achou melhor eu já ir me acostumando ao fato de não ficar tão ligada a igreja. Como ele sabe que vou viajar para Nova Iorque, achou mais sensato que eu fosse me acostumando.- Expliquei arrumando meu macacão ao corpo.
_ Tendi. Eu estava pensando e acho que talvez você deveria conhecer um filho de um amigo. Ele é cantor de uma banda ainda não reconhecida. Mas o menino nasceu com dom!- Começou ela com seu papo de me arrumar marido.
Dar última vez que tivemos essa conversa, eu acabei pedindo ao meu pai para ir trabalhar com ele. Mas parece que nem Deus é capaz de parar os planos de Dona Rosário! E agora ela está com o dedo batendo no mesmo teclado...
_ Eu vou pensar mãe. Eu tenho que ir agora. Mia mandou o motorista dela vim me buscar, devo até está atrasada. Beijos, fica com Deus.- Fugir (que dizer desperdir).
Entrando no carro chique dela, o motorista falou como si eu fosse uma ricassa:
_ Bom dia Senhorita Emilly. Eu vou levá-la até a casa dos Carters ok?
_ Combinado. Pode me chamar de Emilly por favor.- Pedi sorrindo para ele.
_ Coloque o cinto Emilly.- Pediu atencioso.
Foi uma viagem tão longa. Mas fiquei tão encantada que não pareceu demorar. Uma coisa é você andar pela cidade de ônibus, outra bem diferente é andar nela de limozine! O que vida rico é coisa chique para um pobre por um dia!
Quando paramos em frente ao condomínio Lawart eu quase quis gritar de alegria e pavor. Era tão chique! Tinha mansão para todos os lados! Parecia mais um bairro dentro de um bairro , com as mansões mais chiques que pode imaginar. Entrando em um estacionamento onde ser podia ver paredes brancas e vidros para todos os lados, o motorista estacionou. E mesmo eu já te aberto metade da porta ele terminou de abri -la me ajudando a descer.
Olhei ao redor. Uma mansão de dois andares com janelas e portas de vidros. Um jardim lindo na frente, com uma mesa de descanso e tudo mais. Logo Mia Carter apareceu, com o barrigão de fora. Estava tão maior deste da última vez eu a vi! Oh meu Deus.
_ Meu Deus Mia. Esse barrigão está enorme!- Admirei indo até ela.
_ Eu que diga. Como você está linda! Seja vem vinda ao meu lar.- Disse ela me abraçando.
_ Linda casa você tem. Eu bem que imaginei que você deveria morar numa casa como essa. Mas tenho que admitir que é magnífica!- Confessei passando a mão na sua barriga.
_ Você só viu o jardim. Vou te mostrar o resto.- Chamou passando o braço no meu.
A gravidinha me mostrou toda a sua magnífica e impressionante casa. Sala de estar, sala de jantar,cozinha, suítes, banheiro, quarto dos bebês, sala de massagem, bibiloteca e a área de lazer onde acontecia a festa de revelação. Eu diria mais que é um lugar que tem piscinas, um grande jardim e com um quiosque! Tá mais para um clube dentro de uma casa!
Tinha bastante gente, a maioria tinha cara de ser da classe alta. Tinha algumas crianças também, que brincavam animadamente na piscina. Pelo menos as crianças sabiam ser divertir sem preocupar com os "status".
Logo Mia saiu entrando no meio das mesas dos seus convidados, me puxando pela mão. Paramos em frente a decoração de revelação, e avistei o maravilhoso e perfeito Diego Solares.
_ Amor, essa é a Emilly. Emilly esse é o Diego.- Apresentou ela direcionando o olhar para ambos.
_ Ah! Então essa jovem que implicava com minha esposa? Mas que acabou ajudando num momento difícil? Prazer Emilly!- Disse ele me beijando na bochecha e abraçando.
_ Coisa do destino Diego! Eu que fico feliz em conhecê-lo apesar de não ser uma fã de novela!- Expliquei sendo sincera.
_ Deveria assisti um dia. Emilly, quero ter apresentar meu amigo que acabou ser tornando um excelente professor.- Disse e percebi que ser referia alguém atrás de mim.
_ E ele tá solteiro no momento Emi.- Incentivou Mia do outro lado.
" Até eles querendo me arrumar um namorado".
Virei e encontrei aqueles olhos verdes. Quase gargalhando da sua roupa formal quase apertadinha nele eu disse:
_ Gael? Você por aqui?
Ele logo beijou minha bochecha e meu queixo, uma atitude nada conveniente já que estávamos em um festa de bebê e cheia de crianças correndo. Gael com aquela sua sedução na voz repondeu:
_ Eu já conhecia a peça. Há um dia na verdade. Acredita que a louca aqui estava pretendendo passar a tarde no clube lendo? Ainda mais que sendo o aniversário dela?
_ Primeiro que foi há dois dias. Segundo, qual é o problema meu querido? Cada um tem seus gostos.- Falei olhando para seu look super estiloso e olhando para o casal que ria da situação.
_ Acho que eles vão ser entender! Então Gael, toma conta da Emilly por nós vamos ali nos outros convidados.- Pediu Diego puxando a esposa pela mão.
E ele foi mesmo meu babá particular. Não que eu não gostasse da sua companhia. Gael me fazia sentir desejada, de todos os jeitos e todas as maneiras. Ele era o cara perfeitamente certo, mas não para mim. Mas si bem que ultimamente eu nem sei mas o que é bom para minha vida...
A segunda coisa que quero deixar claro é que festa cheia de pessoas ricas e velhas é um saco, tirando a parte da comida e das bebidas. Eu e o Gael entediados com toda a calmaria do lugar, nos juntamos com as criancinhas na grama e jogando bandeirinha estourada. E foi muito melhor do que falar sobre política ou música clássica!
Mia pareceu depois chamando a gente para o momento de revelação. Gael e eu, ficamos ao lado das crianças ansiosos pelo momento. No mural tinha escrito, Emilly ou Gustavo. Virando para meu companheiro de travessuras perguntei:
_ Seu nome por acaso não é Gustavo?
Sem tirar a mão da minha costa ele disse com aquele sorrisinho travesso:
_ Meu nome é Gael Gustavo. Muitooo ridículo mas fazer o que né?!
Engolindo o sorriso, virei novamente para o casal preste a partir o bolo e gritei:
_ Eu acho que é Emilly! Emiiiilly! Emilyyyyyy!
Logo quem achava que era Emilly ser juntou a mim animando a festa. Gael que não perde uma oportunidade de me pertubar juntou -se ao restante gritando Gustavo.
Sem esconder o encanto, praticamente gritei de felicidade ao ver o pedaço do bolo sair azul e rosa juntos. As pessoas ficaram surpresas e logo o Diego explicou:
_ São gêmeos! Será Emilly e Gustavo!
Daí adiante foi mais tranquilo e divertido. Eu e o meu companheiro de travessura, organizamos uma gincana entre alguns adultos não tão exigentes e as crianças. Fizemos uma carimbada de dois times, meu time contra o time do Gael. Como eu nunca perco nenhum jogo, meu time ganhou de lavada do dele.
Quando as crianças cansaram, os adultos já desperdiam para ir embora e o empregado entregava as lembrancinhas, Gael me puxou pelo braço até ele e disse no meu ouvido:
_ Acho que poderíamos ir embora também.
Antes que eu tivesse chance de responder, Mia e o seu marido apareceram novamente chamando nossa atenção:
_ Queríamos mesmo falar com vocês dois.- Falou Diego com um olhar discreto mas engraçado.
_ Queremos fazer um convite na verdade.- Completou Mia com duas caixinhas nas mãos e uma sacola do lado.
_ Convite?- Questionei dando um sorriso desconfiado ao meu companheiro.
_ Diga Mia. O que eu e a Emi temos haver com as suas obsessões.- Pediu Gael num tom levemente brincalhão.
_ Gael! Na verdade eu e o Diego queremos de coração que vocês aceitem. É uma coisa que achamos fundamental para os nossos filhos.- Completou Mia Carter estendendo as caixinhas.
Curiosa abrir a caixinha de madeira que eram do tamanho da minha mão. Dentro tinha um par de sapatos azuis e outro par de sapatos rosa. Achei tão fofo que toquei com os dedos. Peguei o papel que tinha lá dentro, e abrindo encontrei um convite:
Você gostaria de ser nossa madrinha?
Olhei para eles chocada e seus sorrisos expectativos confirmava que eles queriam mesmo aquilo. Não sei si eu estava lisonjeada ou assustada com o convite.
_ Madrinha?- Consegui pergunta com a caixinha na mão.
_ Sim Emilly. Você aceita ser madrinha da Emilly Carter e do Gustavo Solares?- Questionou Mia muito ansiosa.
_ Mas é claro que eu aceito! Será uma honra!- Concordei os abraçando.
Diego olhando para seu amigo e reperguntou a mesma pergunta:
_ Aceita ou aceita Gael? Saiba que você pode levá-los para jogar futebol quando quiser.
_ E ser acha que quem vai ensina-lo a conquistar as gatinhas?-Retrucou Gael patético.
_ O pai aqui hora!- Respondeu Diego e os dois ser abraçaram.
Que momento feliz! Eu não só terei uma chara com meu nome, como irei ser madrinha dela e do seu irmãozinho Gustavo. Coração estava tão orgulhoso!
_ Mas só queremos batizar os neném quando eles estiverem bem grandinhos. Antes dos 7 mas quando eles quiserem!- Reforçou Mia enquanto nos levava até a porta.
Na hora da desperdida Mia, me estendeu sua sacola pendurada e disse:
_ Feliz aniversário atrasado!
_ Não precisava Mia! Mais muito obrigada! Assim que eu ver eu te mando mensagem.- Agradeci me despedindo.
Gael todo contente ao meu lado ofereceu:
_ Eu te levarei até em casa senhorita!
_ Tá bom senhor sedutor!- Concordei o seguindo.
Entrando no Jeep branco dele, ele arrumou seu cabelo e quis bater uma conversa dentro do carro. Estava usando frio e com uma sensação de estranhesa.
_ Então Emilly, gostou do dia?- Questionou.
_ Acho que sim. Principalmente porque você estava nele.- Joguei uma indireta barata arrancando um sorriso dele.
_ Sabe que eu acho você maravilhosa né?!- Disse ele me encarando com olhos maliciosos.
_ Em todos os sentidos?- Perguntei olhando diretamente para os lábios dele.
Então eu não pensei."Apenas segui a vibe". Beijei o cara gostoso que estava na minha frente não pensando nas consequências. Desta vez consegui acompanhar seu beijo calorento e rápido, e investi em algo mais tentandor. Passando a mão no seu pescoço e barriga. Naturalmente era tão forte e cheia de grominhos...
Não tinha passado nem muito tempo quando subi em cima dele e comecei a puxar e abrir sua calça. Mas me surpreendi quando ele me afastou e disse ainda abrindo os olhos:
_ O que você tá fazendo?
_ Eu estou querendo ficar com você não posso?
Ele me encarou com aqueles olhos verdes lindos respondeu:
_ Claro que pode. Mas eu acho que há muito mais do que querer transar comigo neste carro! Você estava quase robótica Emilly! É melhor eu te levar para casa!
Sentando no meu lugar, olhei para ele fechando a calça novamente e pedi me sentindo mais péssima:
_ Desculpa!
_ Caramba Emilly! Fiquei na maior tesão agora! Você é fogo mulher. Mas não posso fazer isso com você. Só si você estiver consciente do que quer realmente.- Retrucou respirando fundo e começando a dirigir.
2×o para as idiotices de Emilly! É isso aí!
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