10|Melhor nos afastar...
- Aí meu Deus Emilly!- Murmurou ele apavorado.
Meu coração nem tinha mas controle, parecia um carro sem freio em alta velocidade. Eu sabia que uma hora eu ia bater pois não tinha solução por meu carro sem freio. Olhei dentro dos olhos dele e continuei lutando para não sair correndo:
_ Me desculpa Padre Frederico. Eu tentei durante esses oito meses levar isso na pura invenção da minha mente. Mas o senhor mesmo me disse que uma hora eu teria que contar. Eu me sinto tão envergonhada!
_ Emilly, eu disse também que o Amor é algo que a gente não deve ser envergonhar. Mas neste caso nós dois sabemos que não podemos fazer nada. Eu gosto de você, mas até do que eu deveria gostar. Mas eu sinto muito em te dizer que eu não posso fazer nada!- Respondeu e senti o quanto o doia dizer isso.
_ Eu sei. No fundo eu já sabia a resposta. É que é tão difícil a vida! Eu me sinto em um jogo de dama, eu não sei o que esperar ou para onde ir. É aí você apareceu, e como si já conhecesse o esquema todo foi virando uma dama e dominando a minha vida. Eu sinto muito também!- Falei e o abraçei no impulso.
Ele me renegou o abraço nos primeiros 20 segundos mas logo me agarrou em volta do seu corpo. Ele estava frio e seu toque me fez me senti como si eu estivesse sendo antigida por raios no meio de um furacão. Era impossível que ele não sentisse o mesmo.
Isso tudo porque meu coração doia, seu toque fazia meu corpo sentir esmagado e minha mente um lixo. Eu estava ferrada em todos os sentidos!
_ Emilly eu estou confuso e não posso permitir que nós confundimos as coisas. Você é a minha amiga, mas eu não posso me mentir ou fazer você criar expectativas. Eu não nasci para ser um homem comum, eu nasci para ser um Padre.-Explicou acarriando meu cabelo.
_ Eu sei. Eu não estou ter obrigando a nada. Só ter contei porque eu queria acabar com essa dor que me fazia sentir uma pessoa horrível.- Afirmei me afastando dele tentando ser sensata.
_ Vai ser difícil te falar isso. Mas é melhor para você e para mim, que nos afaste um do outros. É melhor Emilly! É melhor nos afastar pelo bem de nós mesmo.- Continuou dando um sorriso triste.
_ É melhor mesmo!- Concordei pegando minha caixa e saindo quase voando.
Eu já sabia que isso acontecer, mas a gente sempre tem esperança de acontecer como nos filmes da Disney. Padre Frederico me beijaria e falaria que é louco por mim e que queria ficar comigo. No final e eu só pareci com a cinderela, correndo do seu crush por causa do horário e do medo mesmo!
Sinto tão vazia que ao chegar no final da rua me sento no afasto e choro. Eu chorei por ter me apaixonado, por ter conhecido ele é por ter acabado de levar um fora (isso si ele pudesse dar fora). Eu chorei por tudo e por todos! Chorei pela minha desgraçada vida!
Borrei a maquiagem e não fiz nenhuma questão de alimpar ao chegar em casa. Pouco me importava si minha mãe acharia ou desconfiaria da droga que é a minha vida. Estava cansada de fingir para todo mundo e ninguém preocupar comigo.
Entrando como si só existisse eu e meu mundinho agora em ruínas, atravessei a sala indo por meu quarto. Minha mãe estava na cozinha e pelo cheiro preparava a janta. Não estava com vontade comer, percebi quando meu estômago revirou.
_ Nossa Emilly. O que aconteceu querida?- Perguntou minha mãe preocupada.
O que eu vou responder? Mais uma mentira na minha vida também.
_ Eu acabei de ver uma mulher ser atropelada. Foi horrível mãe! Eu vou tomar um banho e ir deitar. Não estou me sentindo muito bem.- Respondi dando um sorriso no meio do meu rosto todo inchado.
"Si bem que estou parecendo que fui atropelada. Seria mais o menos assim.:
A Causa do acidente?
R: Apaixonada por motorista.
Vítima?
R: Emilly.
Motorista?
R: Padre Frederico.
O que aconteceu depois?
R: A vítima saiu correndo igual uma zumbi e foi parar em casa com o rosto de cheio de lágrimas doloridas.
Ela não me encheu o meu saco para minha sorte. Entrei no meu quarto, fechei a porta e me joguei na cama. Solucei deitada nela, dsperdiçando minhas lágrimas e meu resto de força por ter sido boba o bastante para me apaixonar. Enfim, eu apaixonada por um sacerdote!
Eu olhei nos fundos dos olhos dela e só encontrei amor. Ela estava chorando, mas seu choro era porque Emilly está apaixonada por mim. Emilly, minha querida Emilly. Eu não sei o que fazer. Estou tão confuso!
Eu não posso mentir que quando ela saiu correndo, eu tive vontade de ir atrás dela. Mas eu não posso! Eu não poderia. Eu me senti tão incapaz de fazer qualquer coisa por ela. E olha que seria capaz de fazer muitas coisas por Emilly.
Entretanto eu não posso também deixa-la sofrer. É natural que algum um dia alguém iria ser apaixonar por mim. Mas eu não imaginava que seria ela e muito menos agora que mal comecei minha vida sacerdotal. Eu sei que não deveria me sentir tão culpado e lisonjeado ao mesmo tempo.
Emilly é como a mulher ao qual eu gostaria casar si eu não fosse Padre. Ela é linda, humilde, inteligente, sábia, carinhosa, dedicada, criativa, companheira e uma lista inteira de qualidades.
Sei que vai ser difícil ir todos os dias para a secretaria e não encontrar aquele olhos castanhos lindos que me fazem sorrir atoa. Agora me diz: Como eu posso querer me afastar de alguém que já tomou conta da minha vida e do meu coração?
Emilly mexe comigo de um jeito que não parece errado. Então o que eu faço? Queria que alguém tive e me ajudasse nesta difícil situação. O que eu deveria fazer? Vencer a tentação e deixar Emilly para lá?
Deus me ajuda!
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