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✨ Capítulo X- Tentações & Retiro✨

"Como dizer que sou apaixonada por alguém, quando a relação nem sai do campo da amizade em momento algum?".

Chega a ser ilusão da minha cabeça, ou da cabeça das minhas amigas e da minha Tia, mas não existe motivos claros e concretos de que Lipe pode sentir o mesmo por mim. Quem disse que o cara ser parceiro a pronto de ir rotineiramente na sua casa (porque a prima e os amigos estão sempre lá ), ter ajudar com os estudos sem querer nada em toca, viver demostrando afeto por abraços e prestatividade, significa que ele sente indícios de amor por você?

De fato até chegar as férias nada aconteceu entre a gente, com exceção de que no baile da terceira idade promovido pela Diocese do Idosos, dançamos várias músicas juntos e foi uma noite belíssima em que nem vimos as horas passar. Mas desde então, Lipe andou tão concentrado no Retiro de Férias, que acabamos nem nos vendo a semana inteira. Mas hoje tudo ia mudar, porque teríamos temo para aproveitar e quem sabe conversarmos. Decidir que se houver a oportunidade, eu quero ser aberta com ele. Deus ajuda aí!

De alguma forma, Cat e Bebel dormir na minha casa se tornou corriqueiro, mas por causa do Retiro e das minhas tão sonhadas e merecidas férias, eu dormir na casa dos Scolari. E NÃO, Felipe dormiu na igreja para ajudar nas organizações. Quando acordamos as quatro da manhã, foi quase que doloroso tomar banho e ser arrumar sendo "noite" lá fora.

Mas as seis da manhã todas estávamos prontas e a Tia Kell nos buscou toda animadinha para ser "responsável" uma vez na vida. Na igreja encontramos todos os outros quinze jovens, sem contar o Felipe que já estava no acampamento com o restante da equipe.

Foram as duas horas mais longas da minha vida, mesmo com Rodrigo e Léo tocando violão na nossa Van, as meninas entusiasmada por saber que poderíamos nadar na cachoeira amanhã e eu a única reclamando do enjôo da viagem. Desde que meu coração decidiu de que estava na hora de ter uma conversa séria com o Felipe sobre meus sentimentos, sentir um frio na barriga e ficar mal-humorada se tornou hábito. Mas observando minhas amigas felizes com seus paqueras, esqueci pelo restinho do caminho o que tanto me deixava inquieta.

Mas isso foi até estarmos na Fazenda pertencente a Família do Diácono Geremias, onde em mais o menos dois quilômetros de distância da casarão, ficaria nosso acampamento com visão para a Cachoeira e a limitação do bosque. Quando coloquei minha mochila nas costas, alguém abriu as portas da Van e foi justo quem eu mais queria ver neste Retiro.

Oferecendo a mão para me ajudar descer, Felipe sorrir intensamente ao me nota. Retribuo mais ainda e digo rapidamente, ouvindo o pessoal apressando-me atrás:

- Oiê! Podemos conversar depois?

- Oiê Rafa. Sim, eu te procuro.- Concorda ele apertando de leve no meu pulso antes de me liberar, ao mesmo tempo que desço em terra firme.

Sentindo meu coração ir as nuvens com essa rápida interação e aceleramento pela possível conversa que teremos, espero a Catarina e a Ana Beatriz descerem da Van também com suas bagagens reduzidas por critérios especificados do Retiro, em apenas uma mochila escolar. Bebel que já com a pele toca avermelhada, começa a passar protetor em nós.

Padre Marcos usando calça moletom e camisa com uma imagem de Nossa Senhora Aparecida, nos aguarda sentado nas mesas de madeiras espalhadas em um território demarcado por fitas no e bandeiras brancas nas árvores. São só ao todo quatro mesas, que subdivide nós jovens em 3 grupos com 5 jovens e um adulto para cada grupo. No meu grupo ficaram eu, a Cat, a Bebel, Camila e a Giovanna com a supervisão da Tia Kellyn. No grupo do Padre Marcos ficaram os garotos e no grupo da Dona Elen totalmente misturado. Por contagem de grupos, Lipe foi para o grupo do nosso sacerdote mesmo quando eu quase implorei para vim por nosso. Balançando os ombros e reprimindo diz: Desculpa, vamos nos ver depois.

Padre Marcos silencia nossas conversas após todos já estarem em seu grupo, dizendo com liderança e bom humor:

- Sejam bem-vindo a sexta edição do Retiro de Férias, é com muita honra que celebro com vocês minhas ovelhinhas, esse momento espiritual. Antes de mais nada, estamos reunidos em nome do Pai, do filho e do Espírito Santo.

- Amém.- Dizendo em coro, fazendo o sinal da cruz.

Observo quando o Diácono Geremias chega pela direita do Padre, usando uma roupa esportiva toda verde, com apito pendurado do pescoço e uma caixa marrom nas mãos, sorrindo como alguém ganhou na loteria, só entendo logo em seguida:

- Bem, acabamos dizer que estamos reunidos na presença do nosso Deus e é apenas nesta presença que nosso final de semana deve-se basear. O Diácono Geremias será nosso Juíz de Acampamento, umas das regras antes de iniciar nosso Retiro e todos guardarem os telefones aqui com ele. Não se preocupem crianças, dependendo do comportamento de vocês, eu permito vocês usarem quem sabe, na nossa despedida de amanhã em!- Fala o Padre Marcos tentando amenizar o clima pesado que fica no ar, com esse quebra de afeto entre dono e celular.

Como todos parecem bem indispostos a colaborarem, eu abro o bolso externo da minha mochila e pego meu celular o desligando no mesmo momento. Levantando da minha mesa, observo quase que no mesmo instante o Lipe ir com o celular dele até o Diácono. Ambos nossos líderes nos olham com alegria:

- Obrigada meus queridos. Alguém mais?- Questiona Padre Marcos direcionando a pergunta aos nossos amigos.

Quando viramos para voltar para nossas respectivas mesas, o Acólito toca levemente meu pulso e deixa ali espalhar por todo o meu corpo um amostra do domínio que tem sobre ele. Envio toda a energia necessária para não ir na direção da mesa dele, do corpo dele e dele e simplesmente voltar para o lado de minhas amigas.

Observo as meninas lentamente desligarem seus celulares, parecendo estarem em um definitivo velório. Trocando olhares com a minha tia, observo ela estufar o peito antes de dizer as quatro:

- Bora garotas! Isso é apenas um celular, isto tudo aqui vai ser um final de semana com Deus! E muitos gatinhos.

- Tia Kell!- Chamo sua atenção, mas parece animar minhas amigas.

Não é segredo de ninguém que Cat está flertando com o Rodrigo, assim como a Bebel não desgrudou do Léo desde de que voltou. Cami e Gio não sei dizer quem são os eleitos, mas em menos de cinco minutos todas foram até o Diácono e depositaram seus aparelhos dentro da caixa. Quando o Padre Marcos faz a contagem e dar o OK, Geremias sai de vista com a caixa para bem longe. Perfeito.

- Obrigada meus jovens, por escolherem a Deus neste final de semana. Sei que vocês são frutos de uma geração consumida por vícios, normalidade de pecados e desobediência aos mandamentos. Mas estarem aqui e largarem aqueles "aparelhos tecnológicos" já demostra suas intenções de divertir com Jesus. Para animar um pouco destes rostinhos tristes, vamos partilhar nossa primeira refeição juntos está bem?- Avisa o Padre Marcos e todo mundo comemora.

Diácono Geremias retorna de algum lugar acompanhado de outros dois senhores, carregando um lençol fechado nas costas. Sorrio ao observar eles abrirem o próprio e tirar de dentro nosso café da manhã. Já colocando a posto, vou na direção deles e pego uma vasilha fechada de Tupperware com pão de queijo. Muitos se oferecem a disposição e logo montamos um banquete para todos.

Partilhar uma refeição com todo foi uma graciosidade, principalmente levando em conta do meu jejum de ontem. A comilança deixa todo mundo mais animado, além de parecer mais tranquilos com o que há para vim. Quando percebemos que todos estão bem satisfeitos e a mesa arrebatada, Padre Marcos anuncia silenciando mais uma vez a euforia:

- Agora ao lado do seu líder, o acompanhe até a barraca de vocês. Hora de se preparem para o início das gincanas. A dica que eu dou, usem roupas e protetor solar para evitar as picadas e os raios solares em!! Em uma hora nos reunimos todos aqui novamente, qualquer problema ou situação procure-me ou o Diácono Geremias. Espero que divirtam-se meus queridos.


Tarde das Gincanas
As 15hs30

Em algum momento iniciou-se a maior animação em busca do prêmio, afinal haveria um prêmio para o grupo vencedor. Até o momento tivemos a prova dos balões de ar e do percurso com orientações bíblicas antes do almoço. Depois da refeição no Casarão, o Padre Marcos anunciou sempre cheio de surpresinhas que a terceira Gincana era nas proximidades dali. O que não esperávamos era ter que praticamente caçar o maior número de versículos entre os animais, houve momentos de provações entre os jovens inseguros de enfiar o pé no celeiro ou na baia. Mas com o espírito da coisa cada grupo fez o seu melhor.

E o placar até agora estava assim:

Grupo Kellyn- 1
Grupo Ellenrize- 0
Grupo Padre Marcos- 2

Estão dava para sentir a tenção no ar para o grupo da Elen e a vitória do Grupo do Padre Marcos. O que eles não contavam, era que a próxima prova era uma gincana que eu contava vantagens. Quando Padre Marcos disse que faríamos uma espécie de Torta na Cara, fazendo perguntas aleatórias sobre a Bíblia e versículos, sentir que daria meu sangue para meu time sair vencedor desta rodada. Por causa de nenhuma partida vencida, o grupo da Elen ganhou a oportunidade de ficar fora da primeira rodada e recupera-se para a segunda com o vencedor amanhã.

Flexionando meu corpo e mostrando que não vi aqui para perder, observo quando Lipe toca de lugar com o Léo ficando de concorrente comigo. Direcionando uma expressão de decepção, viro para as meninas e digo amarrando meu cabelo em um coque:

- Parece que o Felipe acha que seremos bons concorrentes.

- ESQUECE QUE VOCÊ GOSTA DELE RAFA, PRECISAMOS DO PRÊMIO. Hoje sua dedicação tem que para esse time, nada de FELIPE SCOLARI aqui ok?- Pede Catarina séria.

- Exatamente Rafa. Não deixe que por causa do seu coração, aquele cara ganhe vitória por time dele. É só mostrar para meu priminho que manda e desmanda aqui.- Concorda Bebel fechando a cara por meu melhor amigo também.

Apoiando suas mãos em volta dos meus ombros, Tia Kellyn pelo primeiro instante desde que chegamos fala diretamente para mim:

- Eu tenho tanto orgulho de você sobrinha mais sensata do mundo! Agora vai lá e acaba com ele!

Ficando no meu lugar bem atrás da Camila, observo a própria ir até o Padre Marcos. Para essa gincana foram adaptada uma mesa quadrada com o centro (cheio de papéis) para o nosso sacerdote e nas laterais dois sinos posicionados para os participantes. Contra ela foi o Murilo, que por azar do destino tocou o sino mais rápido. Para nossa vitória, respondeu totalmente errado.

Pegando a torta de chantilly com o Diácono, comemoramos quando Cami enfia sem dor e piedade o prato na face do moreno, que chega a lamber o próprio rosto. Indo por final da fila, dou um sorriso para as minhas amigas antes de fechar o semblante e aproximar da mesa. Felipe também se posiciona, achando graça de alguma coisa e não perco a oportunidade de questionar:

- O que é tão engraçado Scolari?

- A gente aqui como rivais. Estou louco para sujar seu rostinho.- Responde e faz um gesto de implicância demostrando o momento.

- É o que vamos ver.- Digo levando a mão esquerda até a orelha, fechando mais o semblante.

Padre Marcos achando graça ou não, dar uma embaralhadas nas perguntas antes de pegar uma e abrir. Fazendo o suspense a fixação de olhar entre nós, ele finalmente faz a pergunta:

- Qual jovem na Bíblia ser tornou rainha num concurso de beleza? A, Maria. B, Rebeca ou C, Ester. UM, DOIS E TRÊS. VALENDO!

Enfio a mão com toda a força e determinação no sino, chacoalhando com um frio na barriga ao ver Felipe fazer o mesmo movimento de frente para mim. Tenho que respirar fundo para não cair nas graças dele, quando começa a dançar ao movimento dos sinos.

Padre Marcos direciona o braço para mim indicando que eu fui a mais rápida e respondo sem tirar os olhos dos meu adversário:

- Letra C, Ester. Referência a Ester Capítulo 2.

- Correto! Torta neeeeele.- Confirmando faço uma comemoração indo na direção do Diácono e pegando uma torta da bandeja.

Quando vou na direção do Felipe, ele que está usando uma bermuda havaiana branca com uma regata deixando os músculos amostra, observo ele se ajoelha e dizer sempre ridículo:

- Deixa eu ficar ao menos à altura da minha adversária.

Apesar da atitude, sinto meu coração bater mais forte quando me aproximo do seu corpo agora ajoelhado ao meu. Sorrindo para seu comentário e provocação, digo enquanto tiro seu óculos aproveitando o instante para sentir sua face em contato com a minha:

- Você não vai precisar enxergar eu te dando tortada. Sou bonita demais aos seus olhos.

- Bonita demais aos meus quatro olhos. Relaxa que ainda tenho boa visão daqui.- Comenta ele e isso é como um murro no meu estômago.

Mordendo meus lábios inferiores, engulo em seco esse comentário e antes que ele possa mudar o que fui disto, eu enfio o prato no seu rosto em um movimento de vitória. Não me aguento e com o polegar roubo um pouco de chantilly.

- E eu tenho boa mira daqui.- Digo por fim, vendo ele se levantar sem jeito e com toda a confusão acontecendo ao nosso redor.

- Ainda não acabou, querida.- Avisa ele quando Dona Elen o estende uma toalha para alimpar o rosto sujo.

Depois deste esquenta, cada rodada era um massacre atrás do outro. Todo mundo estava divertindo a berça, principalmente eu e Felipe que tínhamos declarado uma guerra desde do momento que marquei o primeiro ponto para meu time. Ele conseguiu me dar duas tortadas para orgulho dele, mas eu o deixei em desvantagens quando acertei minha oitava pergunta:

- Correto! Com um total de 17 pontos, Grupo da Kellyn ganha essa primeira rodada.- Anuncia o Padre Marcos com a voz desgastada depois de 25 perguntas e tanto fevor entre os times.

Entregando-me a última torta de chantilly, observo quando Felipe parece incrédulo com a lavada que dei no próprio. Aproximando pela última vez dele, digo freiando o movimento dele de ser ajoelha novamente:

- Desta vez não! Eu quero marcar meu último ponto assim. Você ficar tão lindo de chantilly!

Gargalhando observo seu rosto tatuado depois de tantas tortas na cara. Mas estou tão distraída que quando ele envolve-me nos seus braços, demoro instantes para notar meu corpo agora sujo por causa dele. Reclamo com dificuldade por causa da eletricidade entre sua pele roçada na minha, seu perfume ainda envolto do pescoço:

- Eeeeeeiii! Cê tá cheirando a leite de vaca e me sujando! Felipe me coloque no chão por favor!

- Está bem, você que manda. Parabéns mesmo querida, você mereceu.- Concorda por fim e dar um aperto entre nossos corpos, parecendo comemorar comigo.

Quando meus pés estão em contato com o chão novamente, ele beija minha testa antes de minha Tia Kell me puxar já envolvendo a toalha em volta dos meus ombros. Ainda tendo dificuldade para voltar ao mundo depois de sonhar acordada, encaro minhas amigas que estão dando pulos de euforia:

- Nós ganhaaaaaamos! Você foi deeeeeemais RAFA! NEM ACREDITOOOOO!- Comemora as quatro me abraçando.

- E ainda ganhou as vitórias do Lipe. Somente amigos em?!- Implica Cat e eu reviro os olhos.

- Como é que é?- Questiona Bebel interessada, afinal ainda não tive oportunidade de falar para ela sobre o que sinto por ele.

- Éeeee... Depois eu te explico Bebel. Agora vamos tomar banho, estou morta de cansaço.- Digo encerrando o assunto.

Hora da fogueira
21hs26

Com o tanto de gente para dividir cinco banheiros, ainda demorou séculos até todo mundo tomar banho. Depois de nos arrumar no Casarão, tivemos que levar nossas coisas de volta para a barracona e já montar tudo para dormir. As meninas que estavam reclamando da pele, da falta de internet e de luz, estavam fazendo hidratação de pronto socorro como disse as próprias, porque não sobreviveriam sem um dia de quink-care. Saindo da barraca apenas com meus cabelos molhados e penteados e com meu vestido longo azul, a única diferença é que estou reclamando de não ter surgido oportunidade de ficar as sós com o Lipe.

Quando me aproximo da grande fogueira acesa, minha Tia Kell e a Dona Elen estão com a função de oferecer milhos cozidos com cachorro quente e Caldo quente para os mais aventureiros. Pegando apenas um milho envolto de um folha verde de milho, sento-me em um dos troncos vazios. Padre Marcos está tocando violão ao lado do Rodrigo bem ocupados em alcançar as notas, alguns jovens estão simplesmente comendo e outros bochejando de cansaço depois do longo dia.

" O meu Deus eu vou acabar perdendo a coragem deste jeito, eu não..."

Nem termino de pensar em caixa alta nos meus pensamentos, porque sinto a presença de alguém e quando vejo Felipe literalmente se joga cansado ao meu lado. Antes de morder o cachorro quente em suas mãos, ele fala sorrindo para mim:

- Oiê, que dia!

- Oi, uma graça de Retiro. Hummm, esse milho tá muito quente.- Digo sentindo meu coração disparar, além de sentir a textura do milho extremamente quente queimar minha língua.

- Deveria ter pegado Hot-Dog.- Sugeriu ele distraidamente, olhando para as chamas da fogueira dançando em ritmo que a madeira queima.

- Cachorro-quente querido.- Provoco sem conseguir como inspirar com normalidade.

"Deus ele tá bem ao meu lado, usando uma calça jeans e uma camisa social- comportadinho sim, mas olha esse cabelo molhado e totalmente selvagem e indomado. Como eu posso tocar em um assunto quando não sei nem como respirar, responder com naturalidade e ficar tão perto dele?"- Acalma-se Rafaela, você vai conseguir.

- Cachorro quente querida. Quer que eu pegue um para você?- Pergunta agora me olhando nos olhos, sempre prestativo.

- Não, não precisa se dar o trabalho de...- Começo a negar mais ele me interrompe ficando em pé rapidamente.

- Não é nenhum esforço. Só um minuto.- Fala Lipe já indo até a Tia Kell.

Seja lá o que eles conversam durante os próximos dois minutos, observo ambos me olharem de canto. Assim que o assunto parece encerrado, Lipe agradece pelo cachorro quente e estende-o para mim, antes de sentar ao meu lado.

- Obrigada Felipe, só você mesmo.- Agradeço e sem saber o que mais dizer, mordo um pedaço grande do pão.

- As ordens. Ei, você disse que queria conversa comigo. Quer falar agora?- Questiona depois de uns segundos de silêncio.

- Quero. Deixa só eu achar as palavras certas, eu juro que não sei como tocar neste assunto Lipe. E sinceramente precisamos conversar sobre isso. Ó Deus nos ajuda.- Explico colocando o restante de comida encima das minhas coxas.

Sinto minhas mãos tremerem e de repente tenho vontade de sair correndo e me esconder, porque a verdade pode doer bem mais do que sincera com ele. Quando percebo, Felipe estende sua mão e a coloca encima da minha com tanta naturalidade e acaricia provocando um terremoto de sentimentos dentro de mim.

Medo.
Desejo.
Vontade de falar sem acabar:

- Deus, Cristo! Respira e fundo e diga no seu ritmo. Prometo ouvir e não te julgar.- Fala ele e retribuo com um sorriso nervoso.

- Certo. E-eu não s-sei bem como começar esse assunto Felipe. Mas eu preciso que você saiba que eu estou...- Começo sentindo a palavra engasgar na minha garganta.

- Que você está...?- Prossegue ele incentivando eu continuar.

- Que eu estou e eu sou muito, MUITO MESMO... Caramba, bem mais difícil do que eu imaginei. É melhor eu não olhar diretamente nos seus olhos enquanto digo isso.- Declaro e fecho meus olhos e mantenho a visão na minha frente, sua mão ainda envolta da minha.

- Tudo bem se não quiser dizer agora.- Compreensivo Felipe me deixa mais ansiosa para dizer tudo.

- Felipe, o assunto é o seguinte: EU RAFAELA, ESTOU MUITO APAIXONADA...- Digo sentindo meus pulmões encherem de ar para dizer com toda o restinho de coragem que tenho.

- LEONARDO VÊ SE ME ESQUECE TÁ!!! EEEEEU NAOOOO VOU MAIS FALAR COM VOCÊ, FODA-SE O QUE VOCÊ ACHA MAIS CERTO OU ERRADO.- gritando demoro alguns segundos para identificar a voz familiar.

Abrindo os olhos e vendo a Ana Beatriz saindo correndo na direção da nossa barraca, observo do outro lado o Leonardo se jogando no chão e algumas pessoas chocados com as palavras pronunciadas por ela. Encaro o Felipe e sei que Deus planos melhores para nós agora. Justo agora senhor?

- E-eu vou ver como ela. Meu Deus! Sua prima está histérica.- Comento ainda despertando do estado de romântice.

- E eu vou conversar com o Léo. Esse tipo de comportamento é muito tenso. Mas e a nossa conversa?- Pergunta Lipe parecendo tão envolvido no nosso momento como eu.

- Vai ter que ficar para depois. Tchau!- Digo e forço meus pés irem em direção oposta ao único assunto que eu queria ter hoje.

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