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Um gato no reino de Claira

Dias atuais
Reino de Claira
A visão de Chest

   "Hoje é certamente um belíssimo dia" pensei ao contemplar a aldeia do alto do telhado de um mercadinho, assim que o sol nasceu.

   Os aldeões davam início ao seu cotidiano insípido, suas vidas vagas me faziam lembrar o quão manipuláveis os humanos podem ser. Sim, eles podem cumprir ordens, como sendo objetos, por natureza.

Como são tolos...

   Pelas tantas vezes em que passei a observá-los, notei como eles estão sempre insatisfeitos; reclamam de suas vidas como se a culpa não fosse deles; estão sempre a desejar em constante, as coisas que não merecem ter.

Mórbidos...

   Os humanos não sabem fazer por merecer; não são gratos nem mesmo com o que já possuem. Então por quê eles mereceriam ser abençoados pelo destino?

Egoístas...

   Sempre se preocupam com eles mesmos, e quando não conseguem atingir seus tão sonhados objetivos, tudo o que lhes restam, é passar esses mesmos defeitos para a próxima geração.

   Poderia obsevá-los um pouco mais, com o meu sorridente desprezo por eles, mas precisava agir rápido, o início do dia é o primeiro sinal de que os mercados seriam abertos.

Adentrei o estabelecimento ao remover poucas telhas. O dono do mercado se tornou cuidadoso, trocou as velhas e inúteis trancas das portas por novas, mas reforçar a segurança do local nunca me impediria de pegar o que quero, já que eu entro pelo telhado.

Após meu magnífico e silencioso salto do teto ao chão, preparei-me para minha pequena conquista, dirigindo-me até as prateleiras dos fundos, prontificando-me a obter um, dentre tantos outros potes de geleia com mel.

Apoiando-me nas patas traseiras, me ergui para alcançar o pote escolhido; não estava tão alto, poderia ser alcançado com facilidade, e mesmo que não fosse, eu daria um jeito.

Eu nunca desisto.

   Com o pote de vidro já em minha posse, a primeira parte de minha missão estava cumprida; a segunda parte, era sair de dentro do mercado sem ser percebido. Não era a parte mais difícil, mas era a mais emocionante.

O momento em que subia em um banquinho para alcançar a tranca, e usava as garras para destrancar a porta dos fundos, e iniciar minha tragetória de fuga, era o momento mais tenso. Mesmo que tudo fosse calculado, mesmo sabendo que o dono idiota do mercado demoraria a chegar por ser um velho decrépito; mesmo sabendo que a confiança em mim fosse autossuficiente e minhas habilidades em destrancar fechaduras com as garras por sí só, já fossem explícitas; o pensamento que dizia "rápido, ou será pego" me era glorioso, era simplesmente o momento em que fazer o que fazia, me era mais divertido.

Clic.

Consegui.

   Após o destrancar da fechadura, e do ranger da porta se abrindo, a sensação de alívio saltou de mim em um suspirar. Fazer isso era algo tão vibrante, algo que me fazia sentir medo e depois alegria, por isso fazia isso, adorava a sensação que dava ao me divertir fazendo algo errado.

 Saí do mercado rolando o pote de geleia e mel com o meu nariz, lá mesmo, estava à minha espera, um altivo e robusto cavalo malhado, cores de ébano e neve misturados em seus pelos de aspecto carismático me aguardavam.

Minha ajuda para a fuga.

- Você se superou hoje, Chest - o corcel recebeu-me em positivo comentário - foi mais rápido que na ultima vez.

- Pronto para partir, sr. Oust? - respondi superficialmente alegre. Não queria ser leviano em relação ao seu comentário, mas também não precisava ouvir do ginete sobre o que já sabia.

 Sr. Oust se curvou para que eu pudesse colocar o pote no bolso de sua cela sem dificuldade.

- Às vezes sinto saudades do tempo em que você montava em minhas costas, quando filhote - Oust pronunciou levantando-se, após ajustar devidamente o pote de mel na cela.

- Mas agora eu sou adulto... - respondi com orgulho - enfim podemos apostar uma corrida de igual para igual até a floresta.

   Correr livre pelo reino era algo que acreditava ter todo o direito de fazer. Os aldeões se espantavam ao verem um gato correndo tão rápido quanto um cavalo, em ironia, me perguntava se eles estavam surpresos por verem um gato em Claira.

É claro que estavam.

Geração abominável. Seus ancestrais roubaram o reino que pertencia aos animais e dizimaram o meu clã.

Desde a manhã até a tarde em corrida, agora voltamos da aldeia até a floresta de Amaranto - exceto as vezes em que paramos para descansar - Oust e eu corríamos no mesmo ritmo. Me senti decepcionado por não conseguir o ultrapassar, óbviamente, posso correr mais rápido do que elm mas sigo em seu ritmo por cortesia, mesmo que seja frustrante.

   Já estávamos chegando na floresta de Amaranto, a região proibida do reino, onde nenhum humano sujo poderia entrar, apenas animais pacíficos.

   Chegar naquela floresta foi como se o ar recuperasse a pureza.

- Você foi ótimo, para um gato - Oust disse, embora cançado, irônico.

Dizer isso para o único gato do reino seria um tanto cruél; mas entre mim e Oust, era apenas uma implicância boba, algo para se dizer após uma longa jornada de correria.

- Agradeço o elogio, amigo ginete - respondi com o costumeiro sorriso malicioso que fazia, sempre que sr. Oust me encarava desentendido por não conhecer o significado das palavras que eu conhecia.

- Isso é algo bom?

- Sim... é algo bom - respondi ainda com meu sorriso vitorioso.

   Ao seguirmos caminho adiante, minha intuição mágica me deixou em alerta, emergindo a sensação que tenho sempre quando alguém se aproxima de mim.

Sim, meu dom da percepção cresceu junto comigo, agora posso sentir a presença de qualquer ser ao meu redor.

Um farfalhar sorrateiro por entre diferentes arbustos pôde ser percebido por mim com facilidade, pois minha audição houvera sido treinada para isso. Felizmente pelo faro, já sabia quem e quantos estavam às espreitas.

- A brincadeira acabou - pronunciei em firmeza - sei que estão aqui.

   Os diferentes arbustos (cinco, no total) começaram a se mover em simultaneidade, revelando cinco filhotes de coelhos, dois malhados, um albino, outro cinza e o quinto preto.

- Como conseguiu nos encontrar, sr. gato? - o coelho branco perguntou com a voz alegre e inocente.

- Senti a presença de todos - respondi em tom sério. Já não costumava mas agir descontraído para ninguém.

- O que estão fazendo na entrada da floresta? Sabem muito bem que os humanos sempre passam por aqui - fui direto e insensível, pois eu bem sabia que tal pergunta deixariam os filhotes nervosos.

- Por favor, senhor gato... não conte aos nossos pais... - os quatro coelhos (com exceção do quinto) se uniram em súplicas, com seus olhos tristes e cientes que derreteriam qualquer um, mas nunca a mim.

- Se não queriam encarar as consequências, deveriam pensar melhor antes de tomarem suas escolhas - continuei em tom inexpressivo.

- Como pode ser tão rude com os meus irmãos?! - o quinto coelho interrogou-me indignado - Eles já pediram desculpas!

   Desviei minha atenção ao olhar irredutível do jovem, inexperiente e indiciplinável coelho preto. Busquei em vão enchergar algo em sua alma, ele era novo demais para ter uma memória marcante, todos os filhotes alí presente eram.

Tão inocentes...

Assim como eu fui.

- Quem dentre os cinco é o mais velho da ninhada? - perguntei aos filhotes, que me observaram desentendidos - Qual de vocês nasceu primeiro que os outros? - reformulei a pergunta.

- Sou eu - o coelho preto respondeu.

- Você, é?

- Sim, sou eu, gato mascarado - ele disse, ironizando a forma que as cores de meu pelo formavam em meus olhos.

- Muito bem, jovem coelho... - me dirigi em direção ao filhote, em tom propositalmente sombrio - responda-me... - notei o aspecto do coelho se tornar tímido - Desculpas irão amenizar a dor que você sentirá ao ver um de seus irmãos morrendo na sua frente?

Todos se calaram ante minha aterrorizante pergunta.

- Desculpas farão os seus pais confiarem em você, após voltar para casa com um irmão a menos? - continuei a intimidar o filhote, que abaixou a cabeça, já sabendo a resposta.

   Me aproximei um pouco mais do filhote, sentindo a sua tristeza, e o encarei com seriedade no semblante; me admirei interiormente com o sentimento que podia provocar em alguém.

- Se um humano o capturar, você não terá chance alguma, quanto mais seus irmãos? - sussurrei suavemente - Então me responda coelho, desculpas adiantam em quê?

- Chest, são apenas filhotes - Oust me interrompeu com cautela, ele sabia qual era o motivo que inspirava as minhas palavras tão duras - Seus olhos... estão vermelhos de novo - reparou de mais.

- Por serem filhotes, eles são mais frágeis - rebati impetuosamente, concentrei-me para fazer meus olhos regressare a cor verde natural - Agora voltem para junto de seu clã - ordenei aos coelhos - O sr. Oust irá escoltá-los.

- Você não vem? - Oust perguntou enquanto partia com os coelhos para mais além, na floresta.

- Ainda não - respondi - entregue o pote ao sr. Ruger, e diga-lhe que estou no lugar de sempre.

- Está bem - o corcel respondeu amigavelmente, e em seguida, partiu com os cinco filhotes para o interior da floresta.

   Reparei enquanto se afastavam, o quinto coelho, ele andava melancólicamente.  Pensando bem, realmente eu havia sido duro de mais, entretanto o filhote e seus irmãos precisavam saber sobre os perigos que existem fora da floresta de Amaranto, antes que fosse tarde de mais.

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