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Os sonhos do Gato e os Olhos do Lobo

   Um novo dia em Claira se iniciava, mas estava acordado desde antes do nascer do sol; o sono havia escapado de mim devido um sonho estranho, onde caminhava no campo de amarantos, mas a paisagem se transformou em um lugar diferente, bonito, sereno. Em meu estranho sonho eu caminhava com dois gatos perto de um lago cristalino, onde busquei meu reflexo e avistei um gato diferente de mim, eu era um filhote preto e branco. No lugar em que estava, avistei uma criatura ao longe que se banhava na outra margem do mesmo lago, eu e os outros gatos a adimiravam, e quando menos percebemos, a criatura voou ao nosso encontro como uma flecha, nos derrubou e nos prendeu com suas garras. Os gatos gritavam apavorados, aquela criatura era de fogo, e enquanto tentava me soltar, senti uma gota cair entre meu olhos, e então acordei exaltado, no meio da madrugada.

   Sr. Ruger acordou com o canto dos pássaros, me desejou bom dia e não demorou a perceber minha aflição.

- Foi outro daqueles sonhos? - ele perguntou.

- Foi mais estranho que os anteriores - respondi com angústia, então expliquei cada detalhe de meu sonho para o urso.

   Sonho com esse gato desde filhote. Ruger disse que esses sonhos na verdade são as lembranças de meu avô, por isso contava tudo a ele, eu sabia que só Ruger tinha as respostas.

- Esse sonho é uma das lembranças mais importantes na vida de seu avô - meu padrinho esclareceu - foi o dia em que a fênix lhe concedeu o dom da percepção.

- A criatura de fogo era a fênix? - perguntei duvidoso - o dom da percepção foi dado pela fênix?

- Sim - o urso acenou - e a gota que caiu na testa de Don, era a lágrima da fênix.

   Don, este era o nome de meu avô, o pai de minha mãe, e líder do clã dos gatos.

- A sua família sempre teve uma forte ligação com a fênix - meu padrinho proferiu olhando em meus olhos - este é um dos motivos pelos quais escolhi você para esta missão - sua voz soou serena - e você também poderá reencontrar sua família.

- Sim! Reencontrarei Lena, Cléber e Josh - senti-me animado de verdade - e Arth... aquele esquilo irritante... - soltei um risinho ao me lembrar dele.

- Agora precisamos ir - o urso negro apressou-se animado ao se levantar - os líderes nos esperam.

   Sim, deveríamos ir logo, nos encontraríamos com os líderes para discutir um meio para viajar de Claira para Arcai sem ter que esperar 15 meses para isso. Felizmente eu tinha uma brilhante ideia.

   Apenas os líderes estavam presentes naquele lugar, apenas os líderes. No dia anterior, quando fui escolhido para a missão e Bernard contestou a decisão de Ruger, dizendo aquelas coisas horríveis, minha tristeza foi maior que minha cortesia; então fugi para o território dos gatos, e meu padrinho dispensou os clãs para ir atrás de mim; por isso ficamos de nos encontrar no dia seguinte, para que pudesse me recompor.

   Desta vez o território dos gatos seria o ponto de encontro, faríamos isso em respeito ao meu clã, e desta vez estava preparado para tudo, até para me desculpar, mesmo com o nervosismo que escondia em mim.

- Não se preocupe filhote, tudo ficará bem - o guardião pareceu notar meu nervosismo - Bernard não estará lá.

Isso me foi um alívio.

   O território dos gatos era pouco iluminado, a única parte escura da floresta, como se esse lugar se recusasse a brilhar devido o luto eterno pelo seu clã. Enquanto sr. Ruger e eu caminhávamos ao ponto de encontro, e avistávamos os líderes à nosso espera, meu nervosismo se intensificou, pois o ponto de encontro era o lugar onde minha mãe descançava, e todos os líderes estavam em reverência diante da espada dourada; lembrei-me quando sr. Ruger me contou que minha mãe era querida por muitos na floresta, e ver os líderes demonstrarem seu respeito para a filha do líder dos gatos era um exemplo de que ela ainda estava entre nós, em nossas lembranças, nossos corações.

   Logo os líderes perceberam nossa chegada, e nos saudaram com um aceno amistoso; o urso negro e eu reverenciamos o memorial de Égide e Ruger discursou o que havia ensaiado no caminho, tentando encontrar com os líderes algum jeito de viajar para Arcai; eu havia dito para ele que lady Amélia exportava vinho para reinos vizinhos, e acreditei que ela nos ajudaria, cedendo um de seus navios.

- Uma humana nos ajudando? - Marco adimirou-se.

- Há tempos isso não acontece - Sônia complementou.

- E quando aconteceu... - Alexander disse sutíl, não completou a fraze, Sônia o interrompeu batendo sua asa discretamente contra o lobo.

Ah que ótimo... eles estavam se referindo aos gatos.

- Lady Amélia é de confiança, nos ajudará - Ruger se manteve convicto - é amiga da família humana de Chest.

   Sr. Ruger havia tocado em um assunto restrito e isso só fez me sentir mais nervoso, todos os líderes me olharam descrentes.

Acho que devo explicar...

- Minha mãe tinha uma bruxa familiar em vida - exclareci - ela está em Arcai, casou-se com um bom homem e sei que me ajudarão assim que chegar lá.

   Eles continuaram a me encarar, isso me irritou; todos me olhavam sentidos, como se tivessem pena de mim, mas não podia culpá-los, eu me demonstrei fraco diante de todos, e fugi quando fui escolhido para esta missão. Precisava parecer forte outra vez, deixar meu nervosismo e conquistar respeito dos líderes, e não aqueles malditos olhares penosos.

Deveria fazer algo rápido para mudar esta deplorável situação.

- Eu peço que me perdoem pelo meu comportamento de ontem na cerimônia - soltei após um suspiro de coragem - eu deveria cumprir com minhas responsabilidades.

- Tudo bem, Chest - a coruja respondeu, salvando-me de ter jogado essas palavras ao vento - até mesmo nós, os líderes, já sentimos essa insegurança que você sente agora.

   "Já sentiram vergonha por ser um gato?" Pensei isso com o desdém que não gostaria de sentir por Sônia, ela era boa comigo, mas ela não compreendia o que eu senti naquele momento.

   Sorri levemente para a coruja e retornei ao meu silêncio; sr. Ruger sorriu-me orgulhoso, e retornou a falar com os líderes. Já me sentia intediado, os líderes conversavam e eu apenas observava, as perguntas eram apenas para o sr. Ruger, então acreditei que ninguém sentiria minha falta naquele momento.

- Se não precisam de mim agora, então com licença senhores, preciso clarear meus pensamentos - disse aos líderes afastando-me sutil, não poderia sair sem dar satisfações novamente.

   Me afastei de Ruger e dos líderes e caminhei para uma direção qualquer, realmente eu precisava clarear a mente, não havia dormido direito por causa de mais um de meus estranhos sonhos. Por quê esses sonhos me atormentam? O que eles significam? O que querem me dizer?

   Em um curto prazo de tempo, senti uma presença diferente no território; olhei desconfiado para os lados, um intruso perambulava pelo meu território.

- Eu sei que está aqui - esse era meu melhor argumento para fazer com que esse alguém se revelasse - sabe que posso sentir sua presença, Bernard.

Ele estava aqui, para minha insatisfação.

- Parece que não posso enganar você, gato - o urso canela surgiu detrás de um pinheiro, indo ao meu encontro.

- O que faz aqui? - perguntei indignado - não deveria estar aqui.

- Não deveria? - o arrogante proferiu - pelo que me lembre, eu faço parte da floresta tanto quanto você - logo pôs-se a me rodear, mantive-me atento aos seus movimentos sorrateiros.

   O que Bernard estava fazendo aqui afinal?! Ruger disse que ele não viria.

- O que Ruger viu em você? - o urso detestável perguntou com indignação na voz - uma criatura tão medíocre como... - deu um sorriso irônico, sua pausa me fez ter a certeza de que ele diria "gato" - bem, como você - ele finalizou, foi práticamente a mesma coisa.

   Mais uma vez, esse desgraçado está difamando minha espécie. Não posso mais ficar calado, não no lugar em que estamos.

- Este é o santuário dos gatos - meus olhos o acompanharam firmes e autoritários - Pense bem, antes de falar - tendo dito isso, o urso parou diante de mim, seu olhar era enfurecido.

- O santuário dos gatos é o lugar onde mais um gato morto não faz diferença - ele disse, e fiquei horrorizado com suas palavras.

   Recuei em um veloz movimento, após esta minha ação, o urso riu como se sentisse a vitória.

- Ah, gato... foi apenas uma brincadeira! - ele disse, isso me fez odiá-lo - Está com medo? - ousou me desafiar - Isso só demonstra o quanto você é incapaz...

- Maldito! - lancei-lhe as palavras com fúria, isso fez o urso ficar sem reação por um curto momento.

Bernard agora estava com sua visão odiosa posta diretamente sobre meus olhos. O urso me fez lembrar de um antigo inimigo que sempre me foi desprezível, e isso me contraiu mais ódio, mas minha intuição mágica me alertou, senti uma nova presença aproximando-se.

Era Alexander.

- O que está acontecendo aqui?! - Alexander surgiu no local, seus olhos eram amarelos, além de dominantes - Bernard, o que faz neste lugar? - perguntou autoritário - foi proibido de comparecer a esta reunião.

- Vim aqui apenas para ver o erro que Ruger cometeu, escolhendo ele - Bernard respondeu, referindo-se a mim.

- E quem Ruger deveria escolher? Você? - o lobo rebateu friamente - Todos na floresta sabem que Chest é o único que conhece o que há lá fora.

- Então decidiu se aliar ao descendente dos traidores? - Bernard e essa sua arrogância...  francamente, ele poderia usar isso para melhores coisas, além de me pertubar.

- Decidi fazer o que não pude há dez anos atrás - Alexander respondeu com o ódio que admirava ver nele.

Lembro quando encherguei através de seus olhos... o casamento com uma loba e o nascimento dos filhotes não ocultou inteiramente a lembrança de uma promessa que não entendi, em um túmulo desconhecido.

- É por Don que está fazendo isso? - o urso rebateu com um sorriso e me confundi imensamente.

Eles falavam do meu avô?!

   Alexander caminhava em minha direção, seu olhar em mim era pacífico. Aqueles olhos amarelos... nunca vi esse olhar ser direcinado a mim antes.

- Não devia ter se afastado - ele proferiu em um tom reprovativo.

- Eu precisava de verdade espairecer.

- Ruger disse que você anda confuso, mas nunca pensei que você demonstraria estar - o lobo disse com olhar subestimável.

Então é isso que Alexander pensa de mim?

- Estou melhor agora - sorri soberbo em tentativa de me mostrar reerguido - Bernard me contou uma piada engraçada. Não teve muita graça, mas a desgraça dele faz a minha alegria - finalizei à altura de meu humor diário, pude ver um sorriso discreto se formar no canto do lábio de Alexander.

Logo em seguida, o lobo volta sua seriedade e atenção ao urso.

- Volte para seu território - disse, que se foi deixando uma expressão de raiva como um lembrete; ao menos ele não causaria problemas por um tempo, sei bem como ele é, ele espera a poeira abaixar.

E eu espero que ele não cause mais problemas ao meu padrinho.

   Assim que a presença de Bernard não se foi mais sentida por mim, lancei minha dúvida ao lobo cinza.

- Você e meu avô já foram amigos, não foram?

- Ruger contou? - ele se manteve inexpressivo.

- Vi em suas lembranças, através de seus olhos - exclareci e o líder dos lobos, que me encarou com certa surpresa.

- Já era de se esperar que herdaria o dom de seu avô - Alexander afirmou regressando a sua expressão calma, ele falava comigo tão poucas vezes, que não fazia ideia que eu tinha o dom da percepção - agora devemos voltar, não é adequado o escolhido para a missão ficar de fora do assunto dos líderes.

O encarei com desconfiança instantâneamente.

- Veio me buscar?

O lobo se virou e pôs-se a caminhar.

- Vim salvá-lo.

   A resposta de Alexander me deixou um tanto confuso.

- Me salvar de quê? - perguntei e não obtive resposta, o lobo caminhava de volta ao ponto de encontro dos líderes e tudo o que poderia fazer era seguí-lo.

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