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Corrida e Feitiço

A visão de Oust

   Correr com um humano sobre mim era algo que me desacostumei a fazer. Há praticamente um ano vivo na floresta de Amaranto com um clã que me acolheu muito bem, mas com a princesa agarrada ao meu pescoço, o rei e seus soldados atrás de nós e a emoção fazendo o coração acelerar me desesperava a ponto de fraquejar minhas patas, a propósito, já exautas.

Me esforcei ao maximo na corrida, forcei o trote, corri o mais desenfreado que pude, a princesa me apertava com mais força, o coelhinho provavelmente estava assustado mas estava bem dentro do bolso da sela; meu peito arfante, a poeira voando, a clina balançando, uma corrida como nunca, uma corrida que desafiava meus limites.

Ainda assim era uma perseguição, algo perigoso e arriscado. Muito obrigado Chest, penso com sarcasmo.

   A cavalaria do rei era muito insistente, não era à toa, estava com a princesa, a filha do rei.

Chest me arranja cada problema...

Tudo o que queria era acompanhá-lo na missão, com ou sem a permissão de Ruger, tinha que ajudar aquele gato do mal, aquele prepotente! Lembro-me de quando conheci aquele filhote amável, na época ele andava com um esquilo, a propósito, o esquilo e ele brigavam bastante, não demorei pra entender o motivo dessas discussões, Chest realmente é insuportável.

- Mais rápido sr. Oust! Estão nos alcançando! - o coelhinho grita.

   Fraquejei por um minuto perdido em pensamentos, o rei e os soldados estavam perto, isso era péssimo, não queria ser pego, mas estava começando a me cansar, sentia que não aguentava mais, isso era horrível, não podia estar acontecendo, prometi a Chest que levaria a princesa para a floresta de Amaranto e não posso desistir, não posso!

Mas... estou ficando sem fôlego e sinto que vou desfalecer a qualquer momento. Só um milagre para me ajudar agora.

Acabamos de cruzar a rua principal da aldeia, estávamos à caminho da floresta, por sorte os cavalos dos perseguidores também estavam cansados, a corrida diminuiu a velocidade mas só terminaria quando um dos competidores desistisse e nenhum de nós faríamos isso. Eu não queria quebrar a promessa, o rei não queria perder a filha.

   Já estava galopando no solo da floresta imortal, os pinheiros colocaram sombra no caminho para minha sorte, mas ainda assim o fôlego me faltava e meu corpo doía, forçar o corpo a correr quando ele já não suporta mais é algo muito perigoso, principalmente para um cavalo. No tempo em que vivia num estábulo quando filhote, bem antes de conhecer Josh e lady Amélia, já testemunhei a morte de cavalos e éguas por exaustão devido apostas de corridas que eram feitas. Agora que me lembrei disso a preocupação por mim e pelos outros cavalos aumentou.

Só um milagre para ajudar!

Continuo adentrando na floresta, o rei ainda está atrás de nós,  pensei que ele fosse parar por medo da fera, todos os humanos tem medo dessa lenda, mas pelo visto ele está empenhado. Sigo o caminho de sempre, então recordo-me qual o motivo de ir por esse caminho: a cabana de Chest. Esse caminho é o que o gato está acostumado a tomar desde a infância, desde que vivia com a mãe e Lena. Em todas as nossas viagens ele gosta de passar pelo caminho mais perto de casa, é lá que guarda seus livros de feitiço, suas poções e tudo que for útil para aprender a usar mais das artes mágicas.

Eis o meu milagre: Magia.

   Ainda bem que estava perto da cabana, aquela competição tinha que parar de algum jeito e a solução há de estar lá. Me esforcei mais uma vez a aumentar o ritmo e mudei o curso d novo, curvei em direção da casa, meu corpo agradeceu por estar chegando e ao avistar a casa do gato metade do meu alívio se concretiza. Como meu esforço era um utimato do coração, consigo chegar antes dos perseguidores, isso porquê fui ágil em despistá-los, correr nessa floresta onde humanos não costumam ir tem suas vantagens, e como o rei e os seus homens nunca exploraram o terreno, consegui despistá-los sem problemas, nada trabalhoso.

- Não os vejo mais sr. Oust! Conseguimos! - o coelhinho exclamou com alegria.

- Não comemore tão cedo.

- Despistamos eles! - a princesa ainda agarrada fortemente e mim arrisca uma espiada para trás - Você é o melhor cavalo do reino sr. Oust! - eu poderia responder algo, mas ela não entenderia, seria perda de tempo.

- Falta muito para chegar no campo de amarantos? - o filhote pergunta.

- Não vamos lá agora.

Meu peito agradeceu muito assim que freiei, havíamos chegado na cabana de madeira, a simples choupana com direito a chaminé e muitas plantas ao redor que Chest arranjou nas aldeias do reino para enfeitar o redor da propriedade. Ele sempre sorri quando diz que a maioria delas são venenosas, ele alega ser uma defesa caso humanos curiosos apareçam.

- De quem é essa casa? - a princesa indaga.

- De Chest - respondo, mas logo percebo que ela não pode me entender, então o coelhinho responde por mim.

- Por quê estamos aqui?

- Téo, diga à princesa que devemos para procurar qualquer coisa que ajude a nos proteger do rei - respondo e o filhote traduz à garota - Livros, poções, pergaminhos, qualquer coisa que possa nos ajudar.

Fomos até a cabana, alertei Téo e a pricesa para não encostarem em nenhuma das plantas e flores ao redor, não sabia quais eram venenosa e quais eram decorativas. A porta estava trancada, sabia que existia uma chave escondida em alguma muda ou tábua solta mas não estava com tanta paciência para procurar então... me desculpe Chest, vou precisar abrir à base de coices.

   Minhas patas traseiras bateram com todas as forças que sobraram na porta, repeti isso muitas vezes e fui quebrando aos poucos. A casa estava na floresta faz um bom tempo e foi isso o que me ajudou a destruir a entrada e finalmente estar dentro.

Às pressas me impus à procura dos livros de Chest, sei que ele tem uma pilha entocada em algum lugar porque em todas as nossas visitas às aldeias ele sempre furta um livro velho da biblioteca real ou da cidade. Ele adora ler e fazer poções, vi ele fazendo algumas mas somente a distância, pois ele não gosta de companhia quando vai para casa. Digo para o coelhinho falar para a princesa me ajudar a procurar qualquer recipiente com líquidos, de preferência brilhante, já que todas as poções que vi Chest fazendo brilham, o único problema é que não sei onde ele guarda. Logo nós três vamos para lados diferentes da pequena casa de três cômodos, a princesa e o coelho não encontraram nada na cozinha e toalete, mas eu encontro sete baús de cores diferentes no cômodo que deveria ser o quarto de Lena. Eu tinha cascos, não conseguiria abri-los, felizmente a princesa tem dedos, compreendeu que deveria abrir os baús quando bati a pata em um deles relinchando em busca da sua atenção. Ela rapidamente se dirigiu aos baús e tentou abrir cada um deles, mas todos estavam trancados.

Chest! Gato paranóico!

- E agora sr. Oust? O que faremos?

Eu não sei princesa... eu não sei...

   Deixei meu corpo encontrar o piso de madeira revestido com um tapete felpudo, estava muito cansado graças a corrida, não conseguia mais, minhas patas se recusavam a continuar de pé, e isso era algo muito ruim, cavalos não deitam para dormir, e eu estava prestes a fazer isso.

Meu Deus, eu estou desfalecendo.

- Sr. Oust? - a voz preocupada da princesa só me fez temer ainda mais.

Lutava contra o cansaço, sabia que se dormisse poderia não acordar novamente. A princesa se ajoelhou junto a mim, deslizou as mãos por meu pescoço, seus olhos mostravam tristeza, quando ela estava sobre minha cela reconheci que sabia montar, obviamente ela sabia sobre cavalos, então sabe o que estava acontecendo comigo.

- Sr. Oust! Sr. Oust! - o coelho aparece gritando ao nosso encontro - Os outros humanos estão vindo! Consigo ouví-los se aproximando! - fala deitando a cabeça no chão, realmente coelhos tem orelhas incríveis.

- Não... Não posso desistir agora, eu prometi... - sussurrei tentando me levantar, mas tombei novamente.

- Sr. Oust por favor, não se esforce mais - a jovem mais implorou do que pediu - Eu agradeço imensamente pelo que fez por mim - pelo tom da voz e pelas carícias, presumi uma unica coisa:

Ela sabe mesmo o que está acontecendo comigo.

- Sr. Oust, o senhor está bem? - Téo aproxima o nariz nos meus olhos.

- Vou ficar - respondo pausadamente e ofegante - Você consegue identificar se estão perto ou longe?

- Ainda estão longe.

- Então ainda temos tempo. Diga à princesa para fugir enquanto ainda pode, leve-a para o guardião, alcanço vocês em breve - relincho com dor e o coelho se assusta.

- Não, isso nunca! Não vamos te deixar!

- Já não sei se consigo... só vou atrasar vocês.

- Mas sr. Oust, eu achei a coisa brilhante que você falou! Princesa, venha ver!

   Michelle acompanha Téo e de onde estou vejo os dois indo até um pequeno armário na cozinha. A princesa fala que já havia verificado e que o armário estava vazio, e aparentemente estava, reparei isso ao vê-la abrindo o mesmo,  não tinha nada, mas o coelhinho insistiu que havia algo e provou o que dizia pondo sua pata no interior do móvel como se fosse apalpar uma parede invisível. Inesperadamente sua pata pareceu tocar algo como água, algo que ao entrar em contato com seu toque se agitou em leves ondas e revelou por alguns segundos várias prateleiras lotadas com potes de vidro, todos abrigando líquidos florescentes e de cores variadas, então a barreira se acalma e volta a criar a ilusão.

- Isso é... magia?

Um fundo falso. Gato inteligente.

   Uso minhas últimas forças para me arrastar até a cozinha ignorando as proibiçoes da princesa e do filhote. Fico de frente ao armário de toco o fundo falso novamente, enquanto a barreira se agitava revelando a visão de cada pote, notei que os potes eram familiares e logo reconheci deon  eram. Então é isso o que ele faz com os potes depois que Ruger  saboreia a geléia? Coloca suas poções? Ele não perde uma.

Estico o pescoço e aproximei o focinho no fundo falso para saber se podia atravessar, felizmente podia. Abaixei a cabeça, até mesmo deixá-la erguida era um desafio. Sentei ainda fatigado.

- Encontramos as poções, mas qual delas nos ajudará? - o filhotinho interroga.

- Não sei, não há nada que explique o que cada uma faz - Michelle pega um dos potes com cuidado - Só vejo arranhões nas tampas, am... desenhos riscados.

Dou ouvidos ao comentário da princesa e reparo no riscado na tampa do pote que ela segurava. O pote continha uma poção esverdeada e na tampa havia o desenho de uma folha.

Comecei a raciocinar.

- Téo, peça para a princesa derramar só um pouco da poção no chão, só um pouco - pedi e coelho traduz minha instrução.

- Mas não sabemos o que pode acontecer - ela contesta - E se isso colocar fogo na cabana?

Relincho alto e ela entende que precisa confiar. Ela abre o pote, se ajoelha e derrama um pouco do líquido verde e grosso com cuidado, a poção cai no piso e a consistência gosmenta fica inerte por um tempo, mas logo vejo a gosma verde escorrer para baixo da tábua do piso, um brilho forte da mesma cor se avista por entre as frestas e uma margarida surpreende brotando da terra embaixo da madeira.

A princesa faz uma expressão maravilhada, o coelho solta um "uau" alto e longo, e eu encaro a flor e depois o desenho da folha na tampa do pote que ainda estava nas mãos da princesa.

- Os desenhos nas tampas referem-se ao que as poções fazem! Aquele Gato safado! - exclamo e o coelho traduz para sua humana, e ela não tardou em observar cada desenho de cada pote.

- Esse tem o desenho de um raio, esse o de uma espiral, esse de uma gota, esse de uma nuvem, esse de uma caveira... meu Deus! - põe esse último pote de líquido negro de volta no lugar rapidamente e volta a procurar - Esse tem um coração, esse um fogo, esse tem... tem... - pegou aquele pote em especial, este tinha um líquido transparente como água, ela encara a tampa como se estivesse desentendida - Esse tem o desenho de uma casa com um círculo ao redor.

Também fico sem entender.

- Sr. Oust! Estou ouvindo eles mais perto! - Téo avisa amedrontado, fazendo a princesa quase deixar o pote cair de susto.

Aquele pote... aquele desenho... uma casa dentro de um círculo...

A intuição latejava, se o desenho significa o que estou pensando, então estamos salvos.

- Téo, diga para a princesa virar o pote inteiro na minha boca - me levanto com esforço, falo decidido e ele repassa minha mensagem.

- Tem certeza do que está dizendo?! - a princesa profere chocada - Você está muito mal, não vou fazer isso! Nem sei o que essa poção faz!

Assim que terminou de falar, trotes dos cavalos acompanhados de gritos do rei foram ouvidos. Eles estavam bem mais perto, o que me fez dar outro relincho de insistência para a princesa teimosa, abrindo a boca logo em seguida. Acho que dessa vez o medo já a havia dominado, pois abriu o pote e despejou com as mãos trêmulas toda a poção em minha boca.

   Ainda exausto juntei minhas poucas forças e forcei as patas a correrem para fora da cabana, me afastando do jardim venenoso para correr em círculos ao redor da choupana inteira. A poção chacoalhando na minha boca tinha um sabor amargo, minha língua estava formigando, cuspir aquilo era o que mais queria fazer, bom, essa era a idéia desde o início: desenhar um círculo ao redor da casa com o jato da poção na boca.

Era algo nojento, mas era preciso.

Estava muito cansado, corria lento em volta da cabana rezando para completar o círculo antes que o rei chegasse ou minha boca esvaziasse. Por sorte concluí a tarefa e entrei na roda aguardando a reação que... dessa vez, estava demorando.

- Vamos... acontece alguma coisa!

Nessa hora o rei aparece.

Desejei demais!

   Corro para dentro da cabana ouvindo os trotes atrás de mim, pobres cavalos, devem estar tão exaustos quanto eu, mas acreditei que eles teriam um descanço, pois avistei uma barreira reluzente se erguendo do círculo que desenhei e se fechando acima de nós, parecia que estávamos dentro de uma cúpula de vidro.

Não sou nenhum fanático pelo Chest, mas desde o princípio acreditava nas poções dele, tenho que admitir que ele é talentoso.

Entro na cabana e caio assim que chego, não aguentava mais dar um passo, a princesa e o coelho se aproximam de mim preocupados, os encaro mais ofegante do que nunca. Sinto minha visão escurecer logo em seguida, não consigo mais lutar para continuar acordado.

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