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Um bom gatinho

   Aos três meses de vida, eu, sendo um filhote animado e travesso, comecei meu treinamento para me tornar o gato mais forte de todos: Tinha uma super agilidade que me permitia pular a incríveis distâncias; meus reflexos fazem justiça à minha honra felina; eu também posso enchergar no escuro, o que qualquer um podia fazer, mas eu queria ser o melhor! (Minha imaginação me dizia isso, pois na época, tudo o que eu fazia era brincar pra lá e pra cá, me sentindo o maior).

Mas, de certeza eu tinha um objetivo: Eu treinava para um dia proteger a minha futura familiar, afinal, a verdade é que todos os animais tem um segredo: Todos nós nascemos para servir a um humano. Não um humano qualquer, mas sim, um humano que demonstre ser merecedor da nossa total e infinita fidelidade, alguém que fosse corajoso, gentil, poderoso, alguém que fosse como eu; alguém a quem tenha muitas coisas em comum à mim, para início de conversa.

Esse era o meu pensamento na infância, mas foi mudando conforme crescia, pois em Claira não haviam muitas bruxas, nem gatos, mamãe e eu éramos os únicos no reino e o motivo sempre me foi ocultado, não importava o quanto perguntava.

- E eu? Eu sou o quê?

- Você é um bom gatinho, Chest.

- E o que mais mãe? - aguardava esperançosamente a resposta de minha mãe.

- Meu amor, você é um ótimo filhote, mas ainda não está pronto - ela respondeu.

- Mas... eu pensei que fosse bom - questionei-a desapontado.

- Você é bom, meu filho, mas ainda tem que aprender muitas coisas.

- Que tipos de coisas? - perguntei impaciente.

- Primeiro, precisa ser paciente - ela me respondeu, com um tom severo, porém sem deixar de ser graciosa - o tempo lhe aperfeiçoará - completou.

- Desculpe mamãe... Eu só queria provar que sou forte como o papai.

Mamãe fez carinho em minha cabeça com seu fucinho.

- Chest, o mais importante é você provar que é forte para sí mesmo. Você precisa esperar e se esforçar, só então será forte.

   Desde esse dia, me esforcei mais em meu treinamento, e aprendí a esperar, exceto quando era hora das refeições.

- Miaaau!!!

- Chest, paciêcia é uma virtude - dizia Lena, preparando o almoço enquanto eu dava voltas em seus pés.

- Quando a comida vai estar pronta Lena? - perguntava constantimente. Já me sentia à vontade com a bruxa, passei até a achá-la bonita.

- Logo. Agora aguarde na mesa com sua mãe - eu poderia sim, fazer o que ela me pediu, mas mamãe já estavaconosco.

- Lena, isso é torta com recheio de galinha? - Perguntou mamãe, entrando na cozinha atraída pelo cheiro.

Mamãe piscou para mim e eu entendí seu sinal.

- Nem pensem em fazer isso, os dois! - Lena acabou por adivinhar o que faríamos, mas ela não podia vencer uma batalha de dois contra um. Então mamãe e eu nos unimos em dueto:

- Miaaau!!!

E com a ajuda de mamãe e Lena, comecei a aprender sobre boas maneiras e a ler, pois um gato bem prendado deve ser sempre um cavalheiro, elas diziam.

E sobre a questão dos olhos vermelhos brilhantes, sim, meus olhos brilham desse cor, descobri isso quando olhei meu reflexo pela primeira vez em um espelho da cabana de Lena, isso acontece algumas vezes, dependendo da emoção que sinto. Quando isso acontece, me sinto diferente, algo como uma chama interior.

E o tempo ia se passando, e ia me aperfeiçoando mais.

   Nos três meses que se passaram, o inverno dizia adeus, e as aves voltavam da migração, animais começaram a acordar. Lembro-me bem de perseguir um esquilo desde a casa de Lena até uma grande árvore logo que o dia nasceu. É claro que eu só queria brincar de "pega" com ele, mas logo que ele colocou a cabeça pra fora da toca, eu gritei: "Tá com você!" e no momento em que ele olhou para mim, correu para bem longe, e eu fui atrás dele, até ele subir em uma árvore e jogar dentre seus galhos um pouco da neve que restara do inverno em mim, e se gabava de que eu nunca o pegaria, já que ele estava em um galho tão alto.

- Ha ha! Um dia é do caçador, mas hoje eu estou com sorte! - dizia o esquilo do alto do pinheiro.

- Quando você descer, você vai ver só! - gritei irritado.

- Como se eu fosse descer daqui! - o roedor retrucou com todo a sua arrogância.

- E como se eu fosse desistir! - gritei com persistência - Eu vou dar um jeito, você vai ver!

- Pode até tentar, gato mascarado, mas nunca vai conseguir! Você não passa de um filhote fraco e mimadinho! - ele desferiu com voz desafiadora.

- Ora seu... seu...

- "Ora seu" o quê? - implicou novamente - qual o problema gatinho? A mamãe ensina sempre à ter boas maneiras? A ser sempre um bom gatinho?

- Seu... - disse com mais raiva que da primeira vez.

- Olhe só, eu sou você! - o esquilo desfilou sobre o galho, imitando uma dama elegante.

Isso me deixou mais irritado.

Tentei escalar a árvore, mas o pinheiro realmente era alto de mais, e sempre que fincava as minhas garras no tronco e me apoiava pra subir, eu escorregava, resultando em mais risadas humilhadoras do esquilo.

- Ha ha ha!!! É melhor voltar pra casa, filhotinho da mamãe! - e riu-se novamente, sem parar.

- Cala a boca! Quando você rí parece um rato!

O esquilo engasgou em meio a risada.

- O quê?! - gritou indignado - retira o que disse agora!

Como assim?! O esquilo ficou com raiva por ser chamado... de rato? Hum... aquilo me deu uma ótima ideia...

Naquele vantajoso momento, pude compreender que todos sempre têm um ponto fraco, e para aquele esquilo era...

- Não retiro! Afinal minha mãe sempre disse para falar a verdade! - agora quem se gabava era eu - A sua voz é fina e irritante, como a de um rato!

O esquilo estava fervendo de raiva, e o que era pra ser apenas uma brincadeira, transformou-se em um texte para minhas habilidades.

- Retira o que disse, antes que eu vá até aí e te ensine uma lição!

- Eu ouví bem o que disse? Ameaçando um filhote? Ah, até um rato possui mais honra do que você.

- Gatinho, seu...

Aquilo estava ficando muito divertido, sentia o sabor da doce vitória, treinava minha perspicássia e sentia minha sagacidade estremecendo a raiva daquele esquilo, certamente me deleitava com o sentimento que provocara sobre ele. Eu comemorava por dentro, mas por fora mantia minha elegância, tal como minha mãe.

Percebí desde então que de nada seviria o meu treinamento físico, se não treinasse minha mente. Fiquei um breve momento perdido em meus pensamentos, que não percebi o que se aproximava na floresta.

- Ei, gatinho! - o esquilo chamou em baixo tom.

- Ah, por favor, não quero mais perder meu tempo com você - o esnobei e fui embora, para mais além da floresta.

- Não gatinho, não vá para esse lado! - o roedor insistiu, com o tom baixo, porém desesperado.

Eu não dei muita atenção para o ele, até que ele deceu e correu ao meu encontro.

- Então resolveu descer? Como você é fraco... - o rebaixei com meu mais novo puro desdém.

- Seu gato arrogante! Venha logo ou morrerá nas mãos dos humanos! - em seguida, com um gesto rápido, pegou-me pela pata e puxou-me para dentro de um arbusto fora da trilha da floresta.

- Você disse humanos?

- Shhh!!! - o irritante reclamou -Fique quieto e não se mova!

   Sem saber o que acontecia, fiz como o esquilo disse e fiquei em silêncio, não demorou muito tempo para que eu pudesse escutar alguém chegando. Por entre as folhas de dentro do arbusto em que estava, avistei os humanos, todos de armadura e espada, montados em cavalos, exceto um de cabelos castanhos desarrumados, que aparentava ser mais jovem, aquele estava indo à pé.

Havia contado quatro, mas logo avistei um quinto que estava mais afastado dos outros. Este estava em silêncio e não pude ver seu rosto, pois os cabelos que chegavam até o pescoço cobriam seus olhos devido a cabeça estar abaixada.

"Que curioso", pensei, "um curioso cavaleiro".

- E se ela for mesmo uma bruxa? - perguntou o que parecia mais jovem que os demais.

- Você sabe muito bem o que devemos fazer se ela for uma bruxa, Josh - respondeu um outro humano, de aspecto altivo, olhos negros e cabelo da mesma cor. Era curto arrumado para trás, beleza notável, mas demonstrava um jeito desprezível.

- Mas se ela for uma bruxa, não acha que ela vai lançar algun feitiço em todos nós se tentarmos...

- Ora Josh! - disse o homem desprezível, dando-lhe um tapa nas costas - não seja estúpido, todos sabem que bruxas de luz não machucam pessoas, elas são boas, seu idiota!

- Então porque matá-las? - Josh insistiu.

- Matá-las?! - me assustei com o comentário do tal Josh.

O esquilo rápidamente tapou minha boca com a pata.

- Vocês ouviram isso? - disse o humano desprezível aos outros humanos que estavam com ele.

- Ouvir o quê, Saiden? - perguntou Josh.

   O humano desprezível (que fora chamado de Saiden) deceu de seu cavalo e começou a andar e olhar em volta. Meu coração se acelelerou quando pude ver através dos arbustos os seus olhos, e de alguma maneira, sentí como se eu estivésse lá assistindo tudo: Pude ver inúmeras bruxas queimando em fogueiras acesas por ele. A fumaça subia ao céu, e os gritos agoniantes de súplicas cravaram-se em minha memória; não consegui aguentar aquela visão atordoante, lágrimas escorreram dos meus olhos, e sabia que o esquilo percebera meu pranto, pois minhas lágrimas caíram em sua mão, a que tapava minha boca.

- Vai ficar tudo bem gatinho - ele sussurou.

Saiden olhava desconfiado para a floresta com uma mão segurando sua espada ainda na bainha, olhando para todos os lados.

- Saiden, qual é o problema? - perguntou um dos cavaleiros, cujo não pude ver o rosto, mas sua voz era firme, possuía um som bonito.

- Talvez um dos gatos daquela maldita estejam por aqui, nos observando... - Saiden respondeu.

- Gatos? - Josh perguntou com olhar de quem não entendeu nada - Ainda existem gatos no reino?

- Não muitos.

- E você viu um? São mesmo como as pessoas dizem que são?

Saiden revirou os olhos com antipatia.

- Já que você é novo no assunto, eu vou explicar, Josh - falou - Todo humano tem um bichinho de estimação, mas as bruxas tem familiares, animais mágicos que nascem especialmente para elas. São inseparáveis, unidos pelo destino.

- Tá, e daí? - perguntou Josh.

- E daí?! - Saiden repetiu com furor - Daí que os malditos animais das bruxas tem magia e podem falar, o que já é anormal! São os guardiões das bruxas, as protegem de qualquer ameaça, ou seja, nós! - disse com impaciência- E daí... - falou a ulima parte em deboche ao garoto.

Para quem odeia bruxas, aquele sujeito sabia até demais sobre o assunto. Acho que é isso o que acontece quando alguém vive para matar bruxas.

Eu não gostei nada de Saiden no momento em que vi seus pés atrás dos arbustos, e quando olhei em seus olhos, aí que eu não fui com a cara dele mesmo.

- Humano desprezível... - sussurrei com revolta entre as folhas do arbusto, e mal pude ver o que se aproximava.

- Te peguei, seu diabinho!

Em um instante, deparei-me com a espada de Saiden desenbainhada em meio ao arbusto. Eu estava completamente paralizado, a espada passou bem perto de mim, e do esquilo, de maneira que pude ver o brilho de sua lâmina.

- Continue quieto, eu vou distraí-los - esquilo falou, antes sair correndo do arbusto e fugir para a floresta.

- Um esquilo? - Saiden interrogou em confusão - era só um... esquilo - seu semblante mudou de jeito intrigante.

Ele se sente derrotado ou triste?

- Ei Saiden, imagino que esse ofício o deixe muito paranóico - Josh falou com seriedade, mas os outros homens se riram do comentário do jovem calouro.

- Você deveria pedir férias ao invés de recusá-las - disse um deles.

- E ficar mais um dia sem ver a "bruxinha dele"? - provocou o outro.

- Lembram como ele ficou mau- humorado o inverno todo só por não poder mais vê-la? - o anterior disse, ea goraera. Uma confusão de comentários.

- Mas ela odeia ele, e ele não aceita! - outro complementa, e agora era uma confusão de comentários.

A cada piada e risos, Saiden ficava mais enraivecido.

   O curioso cavaleiro era o único a não dar importância às piadas dos demais homens, como se não fosse amigo deles e por isso não ria junto com os outros, pensei.

- Do que vocês estão falando? - perguntou Josh - Saiden gosta de uma bruxa, é isso Saiden?

- Tome cuidado com o que fala, garoto - respondeu Saiden, virando-se para Josh - ouça minhas palavras: Idependente do que aconteceu no passado, aquela bruxa terá o mesmo destino que as outras tiveram.

- Tome cuidado você, Saiden - intrometeu-se aquele cavaleiro que me chamou a curiosidade e que finalmente havia falado alguma coisa - o rei de Arcai foi bem claro quando disse que manteria a paz somente se as bruxas de luz fossem respeitadas no reino.

- E o rei de Arcai por acaso está aqui? - Saiden ousou dizer.

- Não, mas eu estou - aquele curioso cavaleiro respondeu.

E eu, ainda recuperando-me de meu estado de choque, permaneci dentro do arbusto, enquanto os cinco se afastavam, seguindo a trilha da floresta.

- Gatinho? - uma voz imprevista me pegou de surpresa.

Olhei para o lado, o esquilo estava lá, voltou sei lá de onde, mas estava lá, olhando para mim com escárnio.

- Há quanto tempo está aí? - perguntei.

- De nada - ele retrucou.

Eu pensei em dizer que não pedi ajuda, mas isso seria muita ingratidão para quem salvou minha vida. Sim, esta era a verdade, embora resultasse em admitir, então nada disse-lhe, a imagem das lembranças de Saiden ainda me deixavam em choque.

- O que foi, gatinho? - o esquilo perguntou com um ar mais preocupado.

- Eu vi tudo... - respondi aflito com a dor que senti ao enchergar a lembrança de Saiden - tudo o que ele fez.

- Gatinho tente não falar, você não parece nada bem.

O esquilo usou sua longa e pomposa cauda para abanar meu rosto, minha respiração estava irregular.

- Calma gatinho, respire fundo.

   Fiz como o esquilo pediu e tentei relaxar, contudo o motivo que me deixou tão mau continuava a passear em minha mente.

- Onde estão os humanos? - perguntei.

- Seguiram floresta adiante, por sorte não fomos pegos - o esquilo respondeu -Tudo bem gatinho, você logo se acostuma com essas idas e vindas dos humanos, é só você se esconder bem, e esperar eles irem embora.

Eles não estavam indo embora, estavam à caminho, eu pensei, enquanto o esquilo continuava:

- Alguns vem pra caçar, outros, passear, mas aqueles humanos são os do pior tipo.

- Eles matam os da sua própria espécie - afirmei.

- É... - concordou o esquilo curioso com minha inteligência (presumi).

- Mas eles não matam humanos quaisquer, eles matam bruxas - indaguei, levantando-me do chão com esforço.

- Ei, espere, você não está nada bem mesmo! Volte pra cá! - o irritante insistiu.

- Eu vou ficar bem, não se preocupe - disse sem olhar para trás.

- Gatinho, qual é o seu problema afinal? - o esquilo se pôs em minha frente - Primeiro você me persegue, depois me ofende, então eu salvo sua vida e você vai embora sem nem olhar pra trás?

- Não tenho tempo para lidar com você agora, preciso ir para casa de minha mãe e sua bruxa familiar - e continuei sem dar-lhe atenção.

- Espere um instante, seu esnobe! - protestou -Se ouvi bem o que disse, sua mãe é familiar de Lena, a bruxa Lena?

- Ela é a única bruxa que vive nessa floresta, não é?! - continuei a andar sem olhá-lo.

- Então não deve mesmo ir até lá - apressou-se o esquilo ao meu encontro novamente - se sabe o que esses humanos fazem com os seus semelhantes, deve imaginar o que eles fariam com você!

- Não me impeça, eu preciso correr!

E o esquilo pôs-se em minha frente outra vez.

- Tá bom, gatinho, eu sou o mais adulto aqui e não vou permitir que um filhote se coloque em risco!

- Sai do meu caminho!!!

E determinado a defender minha familia, corrí o mais rápido que conseguia até minha casa.

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