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História para Gatos

Essa história se passa em um lugar não muito distante daqui, para ser sincero, fica só a uns dois dias de caminhada de onde estamos. História contada por sir. Cléber do reino de Arcai.

Início do do Inverno
Castelo do reino de Claira

Faltavam poucos dias para o inverno cobrir o reino inteiro. Poucos flocos começaram a tocar o reino aquele dia, sabia que o rei de Arcai gostava dessa estação, gostava de ver beleza e solidão no cenário alvo e gélido que se iniciava.

- Eu aprecio o inverno, você não? -o rei de Arcai aproveitava a vista da janela da torre mais alta do castelo de seu anfitrião.

- Prefiro regressar à conversa - o olhar firme do rei de Claira estava preocupado aquele dia - Então você exige que eu pare com a caça às bruxas? - perguntou sentado sobre à mesa, as mãos fechadas e juntas, o olhar duro.

- De que maneira posso ser mais claro? - retrucou o rei de Arcai, com sua voz calma e firme, e o aspecto misterioso, já que estava coberto por uma capa negra que lhe cobria o rosto com um capuz, deixando apenas seus olhos azuis à vista.

- Impossível.

- Mesmo? E por quê? - a arrogância estava em cada palavra.

- Não é óbvio? Elas são adoradoras do diabo, devemos puní-las em nome de Deus!

- Interessante o seu argumento... - o misterioso rei proferiu em demonstração de pouco-caso enquanto caminhava ao redor do segundo rei calmamente - Você realmente acredita nos boatos que do povo?

- Eu acredito no que as escrituras sagradas dizem - ele respondeu.

- Ah, não não não... - o sombrio discordou com um falso desapontamento - Não pode acreditar em algo que não consegue ler.

O rei de Claira se levantou de seu trono desentendido.

- Você não faz ideia do que está escrito nas escrituras, tão somente por um único motivo - o rei de Arcai prosseguiu após parar na frente do rei de Claira - Não sabe falar latim, quanto mais ler - o rei misterioso desmoralizou o rival - Mas para a sua sorte, estudei a língua há muitos anos.

O rei de Claira ficou atento ao que seu visitante e também inimigo teria a dizer:

"Eis o jugamento: Deus mandou a luz ao mundo, mas os homens preferiram as trevas, porque fazem o que é mau. Pois todos os que fazem o mal odeiam a luz e fogem dela, para que ninguém veja as coisas más que eles fazem. Mas os que vivem de acordo com a verdade procuram a luz, a fim de que possa ser visto claramente que as suas ações são feitas de acordo com a vontade de Deus".

- Não é preciso saber de latim para... bem, a igreja nos ensina o que dizem as escrituras - o rei de Claira se defendeu, demonstrando sinais de nervosismo.

O misterioso rei de Arcai posisionou-se atrás da cadeira do rei de Claira, que ficou imóvel, sentindo-se totalmente intimidado e isso era mais que notável, aquele rei possuia algo sombrio, e o rei de Claira sentiu isso, sentiu um vento gelado em si enquanto o rival sussurrava em seu ouvido:

- Majestade, sabe muito bem que o clero usa de qualquer método e artifício para manipular os súditos, os nobres, e até o rei. E vejo que eles vêm feito um ótimo trabalho o induzindo à matar inocentes.

- Como ousa!!!

O rei de Claira puxou sua espada em um movimento veloz. Estava pronto para acertar o rei de Arcai, mas antes que seus olhos percebessem...

- Me atacar não é prudente, rei.

...O rei de Arcai estava do outro lado da sala, perto de uma grande janela.

- Como você...? - perguntou o rei de Claira confuso.

- Como o quê? - respondeu o rei de Arcai, apreciando a vista.

- Você estava há um segundo falando atrás de mim e no outro está há metros de distância...

- Você quis dizer, na verdade, que tentou me matar e eu declarei guerra.

- Não, eu... - o rei de Claira tentou se defender, mas não tinha como negar o que havia feito, entretanto ele começou a entender as coisas de modo mais amplo - Espere, você é um... Você é um bruxo? Por isso quer que a caça às bruxas pare?!

- É uma pena mesmo, eu havia gostado da paisagem daqui de cima... Agora verei esse castelo queimar lá de baixo - o rei de Arcai retrucou apreciando a vista da janela, ainda ignorando o rei de Claira.

- Você é o único aqui que irá queimar! O que acha que vai acontecer quando todos do reino souberem o que você é? - o rei de Claira rebateu de modo ameaçador.

O rei misterioso de Arcai deixou a janela e pôs-se a caminhar lentamente ao encontro do rei adversário.

- Isso depende de você, meu rei anfitrião. O que acha? Evitamos uma guerra, e assinamos o tratado de paz que os reis anteriores nunca conseguiram - disse o rei de Arcai.

O rei de Claira ficou pensativo, decidindo a sua escolha.

- Se a caça às bruxas parar, o povo ficará revoltado, mulheres e crianças se amedrontarão e iremos contra as ordens do clero - ele demonstrou-se duvidoso.

- Errado outra vez, rei - rebateu o rei de Arcai - nas três semanas e meia em que estive aqui, presenciei mais mulheres sendo queimadas em seu reino do que nos reinos em que visitei anteriormente.

- Porque você nos visitou em uma época do ano em que mulheres pegas em atos de bruxaria são queimadas - o rei de Claira explicou.

- Nenhuma delas eram bruxas - o rei misterioso concluiu.

- Como tem tanta certeza?

O misterioso rei já estava frente a frente com o rei adversário, porém de maneira cujo seu rosto era irreconhecível devido a escuridão que o envolvia sob o capuz negro.

- Você já se perguntou o por que das bruxas executadas nunca usarem sua magia para se defender ou fugir?

O rei de clairano ficou em silêncio, a resposta para a pergunta do rei arcano era óbvia, até eu saberia responder a pergunta.

- Entenda magestade, eu não quero que parem de punir as almas perdidas, apenas que parem de manchar esse reino com sangue inocente - disse o misterioso rei.

O rei de Claira ficou em silêncio por um curto prazo de tempo, até erguer a cabeça em um sorriso desafiador.

- Tem certeza de que é isso mesmo? Ou está tentando me convencer de que bruxas são boas?

- E porque diz isso? - perguntou o rei de Arcai, indignado em seu interior, calmo em seu superficial.

- Aquelas mulheres deixarão para sempre a dúvida de se são bruxas ou não, mas sobre você... Eu tenho certeza de que é um bruxo - respondeu o rei de Claira.

O rei misterioso ficou imóvel e calado, o rei de Claira imaginou o semblante de seu inimigo assustado por trás daquele capuz. Porém, antes que pudesse pensar em algo a mais para falar, o sombrio o empurrou levemente para trás, fazendo-o recuar. O misterioso caminhou um passo em direção ao adversário e o empurrou novamente. Na medida em que o misterioso rei se aproximava, o rei de Claira recuava.

- Sobre mim, rei, está certíssimo. Eu sou um bruxo de verdade - empurrou o rei de Claira outra vez, que, sentindo-se amedrontado pelo fato de que o rei misterioso tinha de alguma forma, o poder de matá-lo quando e como bem entendesse, andou para trás, obedecendo seus comandos - e um bruxo de verdade nunca é caçado. É temido - o misterioso rei continuou.

O rei de Claira sabia que estava recuando em direção a janela do outro lado do salão.

- É sempre assim. Vocês brincam de caça às bruxas, mas quando se deparam com um bruxo de verdade, perdem a coragem, e se transformam em um bando de covardes.

Assim que o rei de Arcai terminou de falar, o rei de Claira sentiu-se entre o misterioso bruxo e a vidraça da janela da torre mais alta do castelo.

- Por favor, não me mate, eu... eu farei o que quiser.

- Vai parar com a caça às bruxas?

- Vou. Mas com uma condição.

- Você não está em situação de pedir condições - o rei de Arcai soltou um tom mais severo.

Forçou sua mão sobre o pescoço do rei de Claira contra a vidraça, o rei de Claira sentiu a palma do rival esfriando, como que congelando, então sentiu aquele ar gelado novamente, percebeu que o vidro atrás de si estava congelado, sim, congelado de forma inexplicável para o rei de Claira, e não demorou muito para se escutar um estalo amedrontador da vidraça se partindo.

- Não, espere! Me escute! É preciso!

- Está bem, o que é?

- Claira é conhecida por matar muitas bruxas, se pararmos de caçar, como iremos nos defender se bruxas nos atacarem? Eu sei que isso nunca aconteceu, mas... depois de conhecer um bruxo de verdade...

- É compreensível - o rei de Arcai reconheceu - escute-me rei. Existem duas classificações de bruxos: Bruxos de trevas e bruxos de luz. Bruxas de luz são boas e inofensivas, não fazem mal aos seus semelhantes; e embora elas sejam tão gentis que chega a enjoar, são essas que eu não quero que vocês caçem, entendeu?

- Sim, caçar apenas bruxas más - respondeu o rei de Claira.

- Perfeito! - o rei de Arcai bate suas mãos amigávelmente nos ombros do rei de Claira - ah, sim... Só falta mais uma coisa para encerrarmos esse assunto - o rei de Arcai, lembrou-se de algo

Numa atitude deveras impiedosa o rei de Arcai empurra o rei de Claira com toda sua força contra o vidraça, a janela se estilhaça e o rei cai do alto da torre. Gritando enquanto caía, o rei pôde ver um corte branco abaixo dos olhos brilhantes que estavam cobertos pelo capuz do rei de Arcai:

O seu sorriso.

A morte o esperava à uma longuíssima distância do chão, seu fim seria completamente certo, seu corpo cairia sobre os primeiros flocos de neve do chão do jardim. Mas repentinamente o rei não sentiu-se mais cair e sim levitar, ou melhor, estava sendo carregado pelos flocos de neve do início do inverno. Olhou para o chão, estava à centímetros dele, tornou seu olhar para a torre, não viu mais o balançar da capa negra do rei de Arcai ao vento.

- O que é isso?! - perguntou atordoado.

- Magia - o rei de Arcai surgiu ao seu lado inesplicavelmente - Magia das trevas, mas ainda sim, magia - seu sorriso apresentou-se novamente - Não espero que me perdoe por isso, mas que aceite como um aviso do que farei com você se não cumprir com sua parte do acordo.

Antes que o rei de clairano dissesse algo, dois cavaleiros chegaram às pressas. Correram da porta aberta do palácio em direção ao jardin em que os dois reis estavam.

- Majestade, o que aconteceu? Ouví um barulho de vidro se quebrando, seguido de um grito - disse o cavaleiro do rei de Claira, que ficou imóvel ao ver o seu rei flutuando.

- Eu estou bem, Saiden - respondeu o rei de Claira. Em seguida, outros guardas de Claira chegam, e ficam com a mesma reação do primeiro.

- Acho melhor ajudarem seu rei ao invés de ficarem parados olhando para ele - disse o rei sombrio. Em seguida, estalou os dedos da mão direita, desencantando o corpo do rei de Claira, fazendo-o cair no chão tingido levemente de neve.

- Quando disse para falar a sós com o rei, pensei deixar bem claro que não o mataria, magestade - disse o cavaleiro do rei de Arcai ao seu rei, enquanto Saiden ajudava o rei de Claira.

- Eu não o matei, Cléber - o rei de Arcai respondeu irônico.

- Se ele não morrer de susto...

Os guardas do rei de Claira posicionaram-se na frente de seu rei, prontos a protegê-lo, e cada um desenbanhou a sua espada diante do rei de Arcai e seu cavaleiro.

- Meu rei, o senhor disse que seria cortês - disse o cavaleiro do rei misterioso, empunhando sua espada em posição de ataque, à fim de lutar por seu rei e também amigo.

O rei de Arcai, em uma ponta de sorriso no rosto ainda coberto, respondeu:

- Em nenhum momento faltei com respeito ao rei de Claira.

- Você me empurrou da janela!!! - gritou o rei de Claira indignado.

- Aguardamos sua ordem para atacar, magestade - preparou-se Saiden.

- Tem mesmo certeza, rei? Se garante que me vencerá? - perguntou o rei de Arcai ao rei de Claira - Eu trouxe apenas um dos meus homens comigo, porque eu me garanto.

O rei de Claira não sabia o que responder, mas a certeza era provável de que não teria chance nenhuma contra aquele homem forte, extraórdinário e extremamente habilidoso....

...e o rei de Arcai.

- Sério? Se vangloriando em meio a história, sir. Cléber? - disse Lena, sentada ao lado de minha mãe e de mim.

- Desculpe. Me empolguei um pouco - respondeu Cléber com um riso no canto do lábio.

- Mas o senhor não se empolgou quando disse que o rei de Arcai era mágico - disse Josh, sentado em uma cadeira perto da porta do pequeno quarto onde todos estavam.

- Sim, o rei é mesmo mágico. De uma antiga familia de magos muito poderosos - respondeu Cléber - mas isso é uma outra história.

- E como ele é? - minha mãe, ao meu lado perguntou.

- Ele é um bom rei e um ótimo líder, mas... como poderia dizer... ele é... mau.

- Como? - intriguei-me.

- Ele não é o tipo de pessoa que gosta de ser chamado de bom, na verdade ele se considera uma pessoa má, já que sua magia é das trevas.

- O rei de Arcai é um mago das trevas? - admirou-se Lena.

- Isso mesmo. Mas ele é diferente dos outros bruxos das trevas. Ele é bom - o curioso cavaleiro respondeu.

- Mas o senhor disse que ele é mau - a feiticeira contestou.

- Ele sempre diz que "Bondade e maldade são como luz e trevas, uma não existiria sem a outra; por isso, é preciso saber mantê-las em equilíbrio, já que ambas fazem parte de todos nós" - Cléber esclareceu - ele disse isso pra mim tantas vezes, que cheguei a decorei.

Observava tudo junto de minha mãe, que permanecia em silêncio, deitada ao meu lado. Minha cabeça deveria estar doendo, me lembrei disso conforme meus sentidos voltavam. Me lembrei também, que deveria estar morto devido a pancada fortíssima que levei quando Saiden me chutou e me choquei contra a parede, mas Lena me curou com sua magia de luz, por esse motivo me senti bem, e só pensava em descansar a cabeça sobre o pelo macio e cheiroso de minha mãe.

Um cheirinho tão familiar...

- Mamãe, está cheirando à flor de amaranto.

- Eu procurei você pela região de amarantos. Achei que estaria na caverna onde passamos o inverno.

- Ah... O lugar onde eu nasci. O sr. Ruger já deve estar acordado. E a floresta de Amaranto deve ser muito mais bonito agora que o inverno se foi.

- Outro dia o levo para brincar lá, agora descanse.

- Ainda não, eu preciso saber o que aconteceu depois. O rei de Claira atacou o rei de Arcai? - perguntei à Cléber, cheio de curiosidade.

- Não, o rei de Claira era um rei inteligente, ele sabia o que estava em jogo - ele continuou.

- Abaixem as armas - o rei de Claira ordenou aos seus homens.

- Mas senhor, ele é....

- Estou mandando Saiden! Abaixem as armas!

Um a um, os guardas guardaram suas espadas, Saiden fora o único a hesitar, seus olhos enfurecidos estavam sobre os olhos do rei de Arcai, Cléber percebeu isso, porém ele não foi o único.

- Não gostou da ordem de seu rei, sir. Saiden? - o rei de Arcai perguntou com zombaria - O cavaleiro que não é leal ao seu senhor é um traídor da pior espécie.

O homem desprezível contraiu mais furor em seu aspecto, deu-se a parecer que não sabia o que responder, fitou o rei com mais desagrado, e sir Cléber logo o percebeu.

- Se não respeita seu rei, é problema seu com ele. Mas não permitirei que desrespeite o meu senhor - disse Cléber, pondo-se na frente do rei de Arcai, empunhando sua espada de ouro, em um gesto nobre por seu rei.

- Você tem uma espada de ouro? - interrompeu Josh.

- Tenho sim - respondeu Cléber.

- Mesmo? Eu nunca ví uma de ouro, só de prata...

- Estou com ela agora - idagou, batendo a mão em sua bainha amarrada em sua cintura - quer ver?

- Claro! - o garoto exclamou.

Cléber desenbainhou sua espada de ouro e a segura pela lâmina, esticando-a para que Josh a pudesse alcançar.

Era uma arma belíssima, cuja a própria lâmina aparentava possuir luz própria. Era de um dourado encantador, mas bastante afiada, sir. Cleber pediu para ter cuidado. Josh desceu lentamente os dedos desde a ponta da lâmina até o desenho talhado de uma ave no cabo da arma reluzente.

- Ela é linda! - o garoto falou maravilhado, tive que concordar com ele.

- Foi um presente do rei de Arcai para mim - o cavaleiro explicou, com um sorriso nos lábios e um brilho no olhar, em seguida, continuou sua história.

- Guarde sua espada, Saiden - repetiu o rei de Claira. Saiden hesitou mais uma vez por alguns segundos, entretanto fez como seu superior mandou.

O rei de Claira buscou se recompor em um suspiro, já calmo ele tentou proferir da melhor maneira o possível, embora seu tom de voz tenha saído um pouco trêmula:

- Sinto muito por meu cavaleiro. Ele está um tanto transtornado pelo que ocorrido da torre - disse o rei de Claira.

- Mas não foi "ele" quem eu empurrei da janela - rebateu o rei de Arcai.

- Senhor, devo alertá-lo de que esse rei atentou contra sua vida -disse Saiden sorrateiro.

- E eu devo lembrar o rei de que ele não é nenhum inocente nessa história - disse o rei de Arcai.

- Majestade, o senhor não pode...

- Chega Saiden! - disse o rei de Arcai alto e claro, ouso dizer, intediado - Seu rei e eu já nos resolvemos, não há mais nada a ser discutido.

Saiden parecia irritado quando o rei de Claira assentiu com a cabeça o que o rei misterioso de Arcai dissera.

- Não se preocupe, cumprirei com a minha parte do acordo, se cumprir com a sua - disse o rei de Claira.

- Claro, seu reino terá meu auxílio nas batalhas e na comercialização - assentiu o rei misterioso - Agora poderei partir.

- Vá em paz, e tenha uma boa viagem.

Percebeu-se um breve sorriso no rosto do rei de Claira, como se estivesse dando graças à Deus pela partida do rei misteriso. Mal sabia ele que essa alegria duraria pouco, pois o rei de Arcai ainda tinha uma útima exigência:

- Não se alegre tanto, magestade. Eu regressarei à Arcai, porém deixarei meu general, sir. Cléber aqui temporáriamente, para me certificar de que sua parte do acordo está sendo cumprida.

A expressão aliviada do rei de Claira tornou-se séria, o que já era de se esperar.

- E depois que meu general regressar ao meu reino, deixo aqui o alerta de que visitarei Claira sem aviso.

- Quer nos surpreeder?! - disse o rei de Claira alarmado.

- Não gosta de surpresas? - o rei arcano debochou em um sorriso - Se pretende mesmo cumprir com sua parte do acordo, certamente não se incomodará com minhas visitas inesperadas.

O rei sombrio deu as costas ao demais e caminhou pelo jardim pintado de branco. Caminhou ao encontro de uma pequena criatura negra avistada ao longe, criatura esta que não se via no reino há muitos anos, e o rei de Claira junto de seus soldados regressaram ao castelo incomodados com aquele animal que sempre andava com o rei sombrio.

Um gato preto.

E quando o rei de Claira se foi junto com os seus para dentro do castelo, como se nada houvesse acontecido, o rei de Claira preocupado, temeu aquela última frase:

Minhas visitas inesperadas.

- Então o rei de Arcai partiu e deixou o senhor aqui? - perguntou Josh.

-"Sobrou pra ele" - os olhos verdes da loura brincaram com o curioso cavaleiro, que sorriu em agradecimento discreto.

- Eu nunca pensei que fosse um cavaleiro do reino de Arcai - disse Josh.

- Eu tenho que obedecer as autoridades desse reino enquanto estiver aqui - o general de Arcai explicou de modo conformado - Saiden exigiu que use a armadura dos cavaleiros de Claira enquanto estiver nesse reino.

- Eu odeio Saiden. No começo achei que seria uma honra ser o escudeiro do general de Claira, mas agora vejo que ele não vale nada - Josh afirmou.

- Você não é o único que o odeia, rapaz - Lena concordou com as palavras do escudeiro.

- O rei de Arcai realmente teve uma atitude louvável em proibir a caça às bruxas aqui em Claira - disse mamãe.

- E o pequeno Chest foi um verdadeiro herói, defendendo um patético como eu - Josh lamentou-se cheio de revolta.

- Não diga uma coisa dessas, Josh - respondi - Eu sempre quis ser como o meu pai, e vendo você... Você foi muito nobre mantendo o sonho de se tornar um cavaleiro honrado como seu pai.

O garoto me encarou surpreso.

- Como sabe disso? - ele perguntou surpreso.

- É um dom que eu possuo. Eu posso enchergar as lembranças mais marcantes de alguém em um único olhar; assim posso saber quando alguém é bom ou mau - expliquei.

- Isso é incrível - Josh animou-se - E eu sou uma pessoa boa?

- Todos vocês são. Obrigado à todos.

Era verdade. Meu dom fazia ver a bondade e a maldade das pessoas, através de um único olhar.

- Agora nós precisamos ir. São dois dias de caminhada até o castelo - disse Cléber, dando fim à conversa.

- Precisam ir mesmo? Já está escurecendo - interceptou Lena.

- Não se preocupe senhorita Lena, somos corajosos - disse Josh animado.

- Claro, meu corajoso cavaleiro - Lena respondeu com gentil sorriso, deixando o jovem rapazinho todo cheio de orgulho.

- Obrigado pela hospitalidade, senhorita...

- Lena, por favor, me chame de Lena - ela sorriu simpática. -O senhor ajudou a mim e meus gatos, não consigo encontrar outra forma de agradecer, a não ser oferecer minha amizade.

- Está bem, Lena. Obrigado mais uma vez - disse Cléber com um sorriso grato.

Pareceu este ser o começo de uma belíssima amizade.

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