Gatos no Castelo e o Pária na Floresta
Lembrança de sir. Cléber
Em caminhada lenta sobre a neve fria, os cavaleiros seguiam adiante pela floresta; o inverno chegara ao seu fim e por este motivo havia chegado a hora de sir. Cléber finalmente colocar seu plano em jogo.
-Então Josh, o que há de tão especial nessa floresta, além da bruxa que iremos visitar? - ele perguntou à Josh, que estava junto com ele em seu cavalo, sentado atrás dele.
-Esta é a floresta de Amarantos. Ela tem esse nome devido aos...
-Aos amarantos, eu sei. Mas por quê essa floresta é tão conhecida no reino?
-Devem ser por causa das histórias que contam. Dizem que essas flores têm o poder de conceder a imortalidade.
-Eu fico imaginando como essa lenda surgiu... - fez-se de distraido.
-Deve ter surgido quando alguém percebeu que os amarantos vivem por mais tempo e sobrevivem no inverno. - Josh indagou. -Mas não são apenas os amarantos que deixam a floresta famosa.
-E o que é?
-A fera da floresta de Amaranto - Josh respondeu em voz resoada sombriamente.
-Fera?
-Sim, dizem que ela é gigantesca, com olhos brilhantes, garras enormes, dentes afiados e sedenta por sangue. Já ouvi dizer que a fera protege a floresta.
-E estamos seguindo direto pra ela?
-Não... A fera vive onde os amarantos são mais numerosos, bem mais além de onde a bruxa vive.
-Você já esteve nessa floresta, não é Josh? - Cléber perguntou com expressão provocante.
-Não, só sei o que me dizem. Eu não tenho muito acesso aos assuntos dos outros cavaleiros, e hoje é a minha primeira missão. - ele respondeu timidamente, antes de ouvir o brado de Saiden à sua frente -Desculpe, tenho que ir. - disse descendo do cavalo em um salto e indo para junto de Saiden.
"A floresta de Amaranto é guardada por uma fera?" Já vi muitas coisas em Arcai para duvidar das histórias de Claira" Cléber refletiu. "Se isso for verdade, então essa fera protege a floresta de Amaranto pelo motivo que eu suspeito:
A imortalidade.
-Vocês ouviram isso?! - Saiden alarmou-se e em um movimento veloz, desembainhou sua espada, saindo um pouco da trilha da floresta.
-Ouvir o quê Saiden? - Josh perguntou.
Sir. Cléber voltou a atenção em Saiden, que tendo descido de seu cavalo, vasculhava todos os cantos da floresta com seu olhar desconfiado e sua espada em mãos (mal sabia ele que o que procurava estava dentro do pequeno arbusto perto de seus pés, onde um filhote de gato se escondia com um esquilo... Já disse que o esquilo é irritante?).
-Saiden, qual é o problema? - sir. Cléber pergunta, ele era o cavaleiro cujo não pude ver o rosto naquele dia.
-Talvez um dos gatos daquela maldita estejam por aqui, nos observando... - Saiden respondeu.
"Presente" da história
Dois dias se passaram desde a cavalgada da casa de Lena até o castelo do reino de Claira. A sensação de estar diante de uma casa enorme cheia de torres, bandeiras e guardas era tão emocionante, que consegui entender como sir. Cléber se sentiu em um lugar tão estranho como aquele. Entretanto, era impossível não admirar a majestosa construção que os humanos firmaram sobre a terra.
-É tão... grande. - disse maravilhado.
-E cheio de guardas. - Arth observou.
-Como vamos entrar lá? - mamãe pergunta.
-Animais não são permitidos dentro do castelo. - Josh alerta -Mas poderão entrar se ficarem quietos dentro da minha bolsa.
Nos escondemos dentro da bolsa de couro que o sr. Oust levava junto de sua cela, e fomos carregados por Josh para dentro do castelo. A bolsa estava fechada, mas foi possível escutar Josh conversando com os guardas do portão de entrada.
-Auto aí. - um deles interceptou-o. -Você é o escudeiro do general, não é?
-Do general de Arcai...?
-Não, de Saiden. - corrigiu errantemente o soldado. -Você é o escudeiro de Saiden.
-Não mais, senhor. Sou escudeiro de sir. Cléber.
-Ah... E você não sabe onde o general está? A última vez que foi visto foi no dia do festival. - o guarda perguntou. -Sabe de alguma coisa dele?
-...Não... Agora posso entrar? Meu cavaleiro precisa de mim.
O guarda não disse nada, mas percebi que Josh fora permitido passar, pois este voltara a andar sem mudar a direção. Ficamos assim por um tempo, até intediar, e o ar dentro da bolsa estava abafado e estávamos muito apertados alí dentro.
-Já podemos sair? - Arth perguntava constantemente.
-Fique quieto Arth. - insistia mamãe.
-Não dá! O Chest fica me empurrando!
-Eu não precisaria empurrar você se não se sacudisse tanto!
-EU QUERO RESPIRAR!!! - Arth grita, erguendo a aba da bolsa .
-Olá, Josh - alguém fala por trás de nós.
Com a bolsa já aberta, Josh virou-se rápidamente em direção à quem havia surgido naquele corredor. Uma moça ali estava, com os cabelos castanhos ondulados, um vestido cor-de-rosa e uma tiara brilhante na cabeça.
-Princesa Michelle?! - Josh exclama sem conseguir disfarçar seu espanto.
-Por quê fala tão alto assim? - ela sorri colocando as mãos delicadamente em seus ouvidos, e logo percebe o que havia na bolsa-Trouxe gatos para o castelo?
-Ammm...
-Gatos e um esquilo... - ela continuou, reparando melhor na bolsa e Josh não teve reação.
Sério? Todo esse nervosismo por causa de uma garota? Com sir. Cléber foi diferente...
Mas a questão não é essa, a questão é que se uma princesa adorável é o maior obstáculo que deveríamos enfrentar, com certeza não nos imaginaria perto do rei.
Libertei minhas garras, e pude notar o brilho que elas possuiam antes de cravá-las à vontade no quadril de Josh, que em um salto de espanto, voltou para a realidade e começou um discurso enrolado ao tentar explicar o que ocorria:
-Princesa... nós.... digo, eu... é, bem...
Infelizmente ele não chegou à lugar algum.
-Por quê os trouxe para cá? Sabe que animais não são permitidos no castelo. - a princesa disse em tom suave.
-Eu sei, mas eu... - Josh desistiu de falar quando percebeu que minha mãe e eu estávamos com nossas garras preparadas para atingí-lo novamente; até mesmo Arth mostrou as garras, nos imitando. Logo então, suspirou com os olhos fechados, e disse da melhor maneita que conseguiu -Vossa alteza, eu sei que não conversamos com muita frequência, mas sei que a senhoria é uma moça de caráter, então por favor, me ajude a encontrar a dona desses gatos.
-Quem é a dona deles?
-O nome dela é Lena.
A princesa arregala os olhos, em seguida, reflete um pouco.
-A bruxa da floresta de Amaranto?
-Ela mesma.
-Égide e Chest? Esses são os nomes dos gatos? - a princesa adivinhou apontando para mamãe e eu.
-Sim! Como sabe?
-Ela me falou deles, e disse que sente muitas saudades. - ela explicou.
-E a senhorita conhece Lena, isso é um alívio. - Josh expirou, como se perdesse um peso de suas costas. -Onde ela está?
-Posso levá-los aos aposentos dela. - a princesa dispôs-se, com um sorriso gentil.
O interior do castelo era muito mais confuso do que a parte externa; eram tantos corredores, que seriam capaz de enganar qualquer um que se aventurasse, resultando-o em se perder por entre paredes marmoriais, enfeitadas por quadros de damas refinadas e homens altivos, acompanhadas por armaduras vazias utilizadas apenas para decoração, cortinas de seda vermelas abertas e janelas exageradamente grandes... mas a princesa sabia muito bem o que fazia, nos guiou pelo castelo como se o conhecesse com a palma da mão, até uma ala onde haviam várias portas, estas também volumosas, - "Esta é a ala de quartos para visitantes" - a princesa explicou, até que finalmente, ela bateu em uma das portas e de dentro do quarto, pôde-se ouvir muito bem uma voz feminina que disse"Entre".
-Lena!!! - mamãe e eu exclamamos unânimente.
Antes que a princesa pudésse abrir a porta, ela se virou e nos encarou de maneira que já esperávamos: Com espanto.
-...Os gatos dela falam... ela disse isso...? - Josh disse sem jeito.
-Disse sim, mas eu já esperava por isso. - a princesa confessou, e em seguida abriu a porta.
O aposento era sem dúvida magnífico, com mobília nova e elegante; não se podia comparar de maneira alguma à cabana da floresta, mas o meu coração ansiava regressar ao meu doce e aconchegante lar.
- Olá Princesa. - saudou Lena, surgindo com um brilho espetacular desde os cabelos louros bem arrumados e enfeitados até o vestido arroxeado incandescente, e o colar de brilhantes que enfeitava-lhe o pescoço.
Ela estava belíssima, e quando se aproximou de nós e percebeu que nós estávamos alí diante dela, ela exclamou nossos nomes e apressou o passo para nos envolver em um abraço ardente, cujo incendiou cruelmente toda a saldade que outrora sentíamos por ela.
Lembrança de sir. Cléber
Cléber observava Saiden paranoico como nunca, que continuava a procurar pela floresta qualquer sinal de vida, Josh perguntava o que ele procurava e ele explicava o que era um animal familiar. Sir. Cléber desaprovou em solitude o fato de que Saiden explicou de maneira negativa sobre as funções de um familiar ao rapaz.
Ele continuava assistindo o general ridiculamente com sua espadae m mãos, procurando pelos tais gatos na floresta, e já estava se tornando algo intediante e vergonhoso, até o momento em que Saiden posicionou com fúria a sua espada para dentro de um pequeno arbusto.
-Te peguei, seu diabinho! - exclamou certo de que encurralou o animal.
Por um instante, o coração do curioso cavaleiro se apavorou; ele não desejava que alguém inocente se machucasse, e ele ainda era encarregado da missão de ajudar a bruxa do reino, e dar-lhe a notícia de que seu familiar está morto não seria um ótimo começo para ganhar confiança e conseguir alguma informação sobre os amarantos, não, aquilo não poderia acontecer, sir. Cléber não poderia permitir que Saiden matásse o gato da bruxa da floresta de Amaranto.
Ele estava pronto para saltar do cavalo e intervir na situação, porém, antes que assim o fizesse, um animal corre para fora do arbusto e se esconde na imensidão da floresta.
-Um esquilo? - Saiden fala chocado.
"Era apenas um esquilo..." - Cléber suspirou aliviado.
Depois da humilhante desventura de Saiden, os outros soldados dipuseram-se a zombar dele. "Eles não temem desrespeitar o general de Claira?" - sir. Cléber se perguntou. "Devem ser amigos, talvez por isso Saiden permite que eles digan isso".
Depois de algumas gozações dos "amigos" de Saiden, sir. Cléber e todos seguiram adiante, para mais além do interior da floresta.
Para a casa de Lena.
"Presente" da história
-Assim que Lena chegou ao castelo nos tornamos amigas. - explicou a princesa. -Ela me contou muito sobre a floresta, os animais mágicos e os gatos por quem ela sentia muitas saldades.
Enfim estávamos de volta ao colo confortável de Lena; ela estava sentada no chão coberto por um tapete aveludado acompanhada pela princesa e por Josh. Arth estava deitado sobre a palma de Josh, e Lena nos acariciava, e transbordando de felicidade, mordi levemente seus dedos, brincando com sua mão, feliz por vê-la sã e salva.
-Ficamos muito preocupados com você, Lena. - disse Josh.
-Nós nunca imaginamos que você estaria em um lugar como esse. - mamãe toma sua deixa.
-O rei realmente é uma boa pessoa. - Lena afirma, sempre nos acariciando. -O rei não achou apropriado conversar em uma floresta, então ele me convidou para vir ao castelo. Eu não tive como avisar vocês, eu sinto muito. Mas tudo já está resolvido, sir. Cléber resolveu tudo com o rei, e eu estou aqui para que o próprio rei se certifique de que eu sou uma bruxa de luz.
-Que bom que está tudo bem. - Josh afirma com certo alívio, para mudar a um invovado. -Mas onde está sir. Cléber?
-Ele está falando com o rei agora. -Lena responde. -Estão organizando buscas. Saiden não é visto desde o festival.
Lembrança de sir. Cléber
Os raios do sol entre as folhas embelezavam aquela floresta cercada por pinheiros; era uma manhã agradável, os animais que durmiam provávelmente já deviam ter despertado da hibernação, era uma bonita paisagem, calma e agradável, longe do barulho estressante da aldeia.
Mais à frente, estava a casa: uma pequena cabana com a chaminé acesa a uma silhueta feminina caminhando pelas proximidades. Na medida em que sir. Cléber se aproximava, ele reparava melhor naquela silhueta que agora ganhara uma forma concreta, ou será uma miragem?
Ela estava caminhando atordoada, parecia preocupada com algo ou alguém; ela tinha os olhos da cor de esmeralda, os cabelos dourados e a pele clara. Assim que ela percebeu que os soldados se aproximáavam dela, ficou desapontada, ele notou, porém isso de certa forma cativou o olhar encantado que Cléber ganhou quando a viu.
Era Lena.
Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro