Capítulo 9 - Ano Novo
Heeey Sweet voltei, mais como um capitulo editado por @Syren_Girl minha melhor amiga. Voltei para alegria de uns e tristeza de outros, voltei para o lugar de onde eu nunca, jamais devia ter saído. Estou bastante feliz por escrever algo que está evoluindo, para o meu amadurecimento. Espero honestamente que vocês gostem desse capitulo.
Julia Montez
Era dia 29 e todos aqui em casa estavam de malas prontas, íamos para a casa de campo da nossa família. Tia Mirna me olhava sorrindo, afinal o nosso Natal foi maravilhoso, e o nosso Ano Novo não seria diferente, convidamos a família de Noah para romper o ano juntos.
Ouvi alguém buzinar e minha tia se levantou e foi atender a porta, quando ela abriu com ficou paralisada. Luke o pai da Raphaelly estava na sua frente.
— O que faz aqui? Raphaelly está na casa da amiga, foi se despedir e desejar feliz ano novo.
Ela falou rápido demais, me levantei e olhei para o Luke que parecia está mais arrumado que o normal, porém reparei algo em sua mão, não havia mais aliança em seu dedo. Na outra mão havia uma mala.
— Mãe eu acho que ele veio pra ficar — falei rápido, igual a ela, assim que eu falei isso, Luke me olhou e sorriu.
— Olá tio Luke, entre, do jeito que está frio aí fora, você vai pegar uma gripe. – Minha tia me olhou sem ação dando espaço para que ele entrasse.
— Eu não sabia que você já estava tão grande assim, pequena. Já é uma mulher, e devo dizer que foi criada muito bem. — sorriu e a minha tia se mantinha travada, seus olhos eram direcionado a Luke.
— Não vou enrolar, eu voltei para ficar, não sei se perceberam, mas a minha empresa tem uma sede aqui. Eu voltei porque percebi que eu estou perdendo o crescimento das minhas meninas, que vi tão pequenas e hoje estão enormes. Sei que eu errei muito, tentei ser presente em todos os sentidos: de corpo, alma e financeiramente.
— Eu também não vou enrolar, você não se fez presente em momento algum além de financeiramente. Perdeu as melhores coisas da vida das meninas, Julia passou por maus bocados, até se tornar o que é hoje. Essa mulher forte.
Minha mãe me olhou sorrindo, ela finamente começou a falar tudo que ela queria.
— Elly é uma garota, que nasceu sabendo que o pai dela existia, sabe tudo que você faz por meio de redes sociais e os noticiários. Ela uma vez ou outra pergunta de você, no dia do seu aniversário faz questão de falar com você. – dessa vez foi a vez do Luke olhar para a minha mãe, ele mantinha a cara surpresa. — Uma vez eu perguntei para ela, se o seu pai um dia voltar, o que você vai fazer? – Ela parou e falou – Ela disse certa e convicta, se ele voltar, se for para sempre, vou recebê-lo de braços abertos, mas se ele brincar de vai e vem, ele fique certo, que eu também sei brincar. E eu faço as palavras dela as minhas. Agora eu que te pergunto. – ela ficou perto dele, o encarando. – Vai ser pra sempre, ou vai brincar de vai e vem?
— Vai ser para sempre. – Ele falou sorrindo minha tia sorriu para ele e eu sorrir. – Para onde vão, essas malas, são para quantos dias?
— Calminha tio, vamos para a casa de campo, nós quatro e a família de Noah. – ele me olhou sorrindo. – Noah vai chegar em breve, espero que não demore, quero ir logo, pegar o pôr do sol e a única coisa que eu quero é chegar lá em tempo.
— Eu acho que esse garoto fez algo para ela, nunca vi ela sorrir tanto por alguém e não venha me falar que é porque vamos passar o Ano Novo lá na casa de campo porque eu sei que não. Eu já tive a sua idade e eu fiquei do mesmo jeito, pela sua tia, não foi amor?
— Não mesmo, ficou pior ele me ligava sempre, dizia para mim que não pensava em outra coisa. – meu tio/pai ficou vermelho, nunca entendi o que porquê nunca o chamei de pai, somente de tio ou de Luke quando eu ia me sentar a campainha tocou fui atender e de cara com Noah que sorriu de lado, tia Lurdes entrou na nossa casa, junto com a mãe de Noah.
— Oi, entra logo você vai ficar resfriado. – Noah entrou olhou para o Luke e se virou para mim, me dando um abraço apertado.– Vai me sufocar Noah. — ele soltou uma risada e sorriu me olhando. – O que houve?
— Não é nada, estava com saudades. Você me acostumou a ler sabia? Baixei até um aplicativo no celular. Você vai comigo no meu carro? – ele me olhou sorrindo me abraçando de lado.
— Eu vou, aquele rapaz ali é o meu tio e ele vai com a minha tia e a minha prima, E provavelmente sua mãe vai no carro dela com a minha tia. – ele sorriu, apesar de sempre andarmos juntos, já falavam que éramos namorados. Só que como eu e ele não namorávamos. – Acho que você está me abraçando demais hoje, vão começar a falar que realmente namoramos, e tenho certeza que você não quer isso não é?
— Vou te abraçar quantas vezes eu quiser, não ligo para o que eles falam de mim ou de nós, você sabe que eu gosto de você não sabe? então eu ligo. – vi meu tio se aproximar olhou para o Noah e sorriu.
– Me desculpa, prazer Noah Carter. – ele estirou a mão ainda me abraçando.
— Prazer Luke Dusts, você é o rapaz que está colocando um sorriso no rosto da minha pequena? – fiquei vermelha olhando para os dois, meu tio soltou uma risada e o Noah falou.
— Espero que eu realmente seja o motivo do sorriso dela, o prazer é todo meu. Já ouvi muito sobre o senhor. - Minha tia me olhou e sorriu veio até nós pegando meu tio pelo braço falando que iríamos sair assim que a Elly chegasse. Noah me virou em sua direção. – Quer ir colocando a suas malas no meu carro?
— Vamos, acho melhor porque quando a Elly chegar já está tudo pronto, quando chegarmos lá vou te mostrar o pôr do sol que tem lá, é tão perfeito. – sorriu sincera olhando pra ele. – Quer que eu pegue algo de comida para comermos na viagem? São 3 horas de carro eu não aguento passar muito tempo sem comer.
— Pode pegar, eu também não aguento, já não bastava minha mãe, você de tanto tempo comigo me faz comer tudo em 3 em 3 horas. – Eu solto uma risada baixa, olhando para ele.
— Não tenho culpa, para eu ter o corpo que eu tenho, é exercícios e alimentação regrada, tenho que ajudar quem eu posso não é? Ainda tenho algumas coisas que você me deu naquela cesta. Vou buscar só um instante.
Olhei para ele que sorriu, se juntou com a minhas tias, meu tio e a mãe dele. Peguei algumas coisas da cesta que ele havia me dado. Coloquei dentro de uma bolsa térmica, desci a escada indo na cozinha pegar algo para tomar e algo salgado para levar também. Quando ia sair senti uma tontura, me desequilibrei e acabei me sentado na cadeira. Peguei alguma coisa doce e comi em poucos segundos eu já estava boa, me levantei, entrei na sala mais uma vez e quando chego lá vejo minha todos incluindo Elly.
– Vamos, já que a senhorita aí chegou, não quero perder o pôr do sol.
— Mas é uma chata mesmo, nunca vi querer tanto ver um pôr do sol, okay que é o mais lindo de todos, mas mesmo assim... – meu tio falou algo em seu ouvido que a fez rir. – Já entendi, então vamos.
— Não sei o que foi essa risada toda. – falei baixo olhando pra eles, sentindo minhas bochechas corarem, peguei minha mala e a minha bolsa e vi Noah sair junto comigo em silêncio.
— Se a sua pressa for para nós dois vermos o pôr do sol juntos, não esquenta, temos amanhã ainda.– falou pegando a mala da minha mão indo colocar na porta-malas.
— Vamos lá você estava sorrindo agora pouco, estou tão feliz por passar esse fim de ano com você. – ele me olhou de um jeito doce sorrindo.
— Tudo bem, eu estou bem okay? Vamos estão todos dentro dos carros. – entrei no carro com ajuda dele. Noah entrou e começamos a seguir os outros carros. – Eu também estou feliz em tê-lo no meu Ano Novo. Muito Obrigada. – ele me deu um sorriso, e olhou para estrada.
***
Já era mais ou menos 4 p.m e estamos chegando na casa que realmente era grande, tinha quarto para todos, eu me agasalhei e fui até o quarto de Noah, bati 3 vezes e ele me mandou entrar. Noah estava de calça de moletom, sem a camisa. Olhei para ele e pisquei algumas vezes.
— Noah, eu ia vir te chamar pra ver o pôr do sol, ele vai começar em poucos minutos. Quer ir? – falei olhando para o rosto dele. – Noah sorriu me olhando.
— Acho que hoje não, estou cansado da viagem, queria tanto ficar deitado na cama, mas se você quer ir eu vou me arrumar para irmos. — cheguei perto dele sorri de lado.
— Não. Vamos amanhã, durma e coloque uma camisa okay? – sorriu e me virei, assim que virei senti ele me abraçar.
— Fica comigo? Não quero ficar aqui sozinho. – olhei pra minha frente, sorrio meio sem graça e me virei para ele. – O que foi?
— Não é nada, fico sim com você, sem problemas. – sorrio tirando um dos casacos que eu usava, olhei para ele e sorri novamente.
– Vamos ver um filme então?
— Que filme você quer ver? Vamos procurar algo. – ele falou olhando para os cantos.
— Noah aqui não tem filmes, no meu quarto que tem, vou pegar espera um segundo – olhei pra ele sorrio saindo do quarto.
Assim que saí do quarto meu tio me olhou sorrindo, sorri de lado e o vi indo com a minha tia para fora da casa.
Eu olhei para a sala e não tinha ninguém, olhei pela janela e todos estavam lá fora. Ri baixo, indo para o meu quarto, quando peguei os DVD de Marley e Eu, Simplesmente Acontece e outros.
Estava saindo quando ouvi ele falar com alguém no celular :
— Não claro que não..Como assim? Você sabe que eu não posso, claro que não tem o estadual, pai...
Era o pai dele? Todas as vezes era eles brigavam pelo celular, o Noah, ficava com raiva e tentava descontar no futebol, ou em exercícios. Sempre que podia ia lá para ajuda-lo mas mesmo assim, Noah nunca ficava 100%.
— Pai já te falei que não é uma merda de viagem dessa, só vai me foder ainda mais, você não entende? A mamãe e a Lu já falaram com você, eu estou estudando feito louco para passar na prova de física.
- Posso viajar depois da prova? Claro, depois faço o que você quiser até ir para Marte. Vou desligar, vou ver um filme, obrigado. Feliz Ano Novo.
-...
- Tchau pai. – Quando ele desligou o celular, bati na porta e entrei. – Que bom que chegou... eu realmente preciso de você...
— Desculpa não devia ter escutado, mas o que ele queria? Você sempre fica assim, ele te deixa mal. Não entendo isso. – Noah me olhou forçando um sorriso.
— Ele quer que eu viaje com ele, quer dizer que eu vá ver ele e conheça a nova família, bem perto dos jogos e da prova de Física. Minha mãe e a Lu falaram com ele mas parece que eu ele precisou ouvir de mim que eu não poderia ir. – Ele suspirou pegando algumas coisas de comer na bolsa que deixei. – Ele entendeu que eu não poderia ir.
— Que bom não é? Seu pai te escutou. – sorrio olhando para ele. – Bem... Trouxe dois filmes: Marley e Eu e Simplesmente Acontece. Qual vai querer ver?
- Marley e eu, não quero ver um filme que me faz querer, fazer o que eu não posso fazer. – ele deu de ombros, o que me fez rir. – Não ria, é sério eu quero ir no seu tempo. E esse filme aí não vai ajudar muito.
— Okay, me desculpe mas eu nunca trouxe alguém para a minha casa de campo. Logo um menino, era sempre eu minha tia, meu tio e a Elly. – ele riu e abraça de lado. – Vamos ver esse filme logo.
— Vamos lá garota, vamos ver o filme. – rimos arrumamos as coisas e lá estávamos nós vendo um filme que me fez chorar quase todo.
***
Noah Carter
31 de Dezembro de 2017
— Noah querido me ajude com essa bandeja, coloque-a na mesa. – Mirna pediu e assim eu fiz, aquela mesa estava lotada de comidas, uma mais gostosa que a outra, as meninas estavam se arrumando, eu e o Luke estávamos prontos. Mirna, Lu e a minha mãe também estavam.
— Noah, aceita uma bebida? – Luke chegou perto de mim com uma garrafa pequena de alguma bebida com álcool, minha mãe sorriu, então peguei a mesma, senti o cheiro dela, que ao me ver não tinha tanto álcool.
— Obrigada, elas sempre demoram para se arrumarem? – olho o Luke que dá um sorriso de lado.
— Elas beberam, umas garrafinhas dessas, mas as que elas beberam tinha mais um pouco de álcool. – ele riu – Então é normal elas demorarem, mas não esquenta, logo estão por aí. – ele sentou na cadeira perto de mim e me olhou. – Rapaz eu sei que você gosta da minha sobrinha, a tenho como uma filha. E eu odeio falar essas coisas mas não a faça sofrer. Ela é uma garota que eu tenho orgulho de falar que se tornou uma mulher forte.
— Eu não quero que ela sofra, eu sou a última pessoa que você vai ver fazendo ela sofrer, odeio saber que ela sofreu, por amor, por pessoas que não estão nem aí por ela. Importo-me com ela, ela é a melhor coisa que apareceu na minha vida. Como eu disse uma vez, vou fazer tudo no tempo dela, quando ela quiser vou estar aqui. – falei certo e convicto dando um gole na bebida.
- Gosto de saber que você pensa assim, você tem futuro rapaz. – Luke sorriu dando um gole na bebida dele.
Despois de um tempo todos já estavam lá, eu estava indo buscar outra bebida para mim, quando fui pegar na geladeira vejo a Julia vindo em minha direção.
— Você está fugindo de mim? – Ela falou um pouco embolado. – Como eu sempre faço com você, entenda eu, não faço isso porque eu... eu quero, é só que eu já tive uma relação difícil e ter outra relação agora... – Julia não estava no seu estado normal.
- Julia não acha melhor parar de beber ? Você não está falando coisa com coisa. – ela soltou uma risada. – Vamos lá, me dá a bebida.
— Não. Estou bem. – Julia sorriu me olhando – Eu só quero dizer o que eu sinto. Eu gosto de você, muito mesmo. Mas mesmo assim tenho medo, dá pra entender ? – Ela falou fazendo um movimento com as mãos. – Eu já pensei em te beijar, já pensei nisso...
— Julia, por favor me dá essa bebida. – quando ia me entregar a bebida acabou tropeçando e caindo em cima de mim.
– Você está bem? – ela me olhou sorrindo fazendo que sim com a cabeça. – Que bom.
— Noah... me beija... – Ela me olhou nos olhos.
— Julia, quero fazer com você consciente, quero que você lembre de tudo. – ela negou me olhando.
– Não me olha assim, quero que seja tudo no seu tempo.
- Mas eu quero, Noah. — falou olhando para mim, ajudei a ficar em pé, quando estava ajudando ela chegou perto de mim, nos deixando a milímetros de distância. – Eu quero te beijar...
— Ju... melhor não, você não sabe nem o que está falando. – ouvi os fogos de artifícios já ela ano novo.
— Noah, será que eu quero esse beijo mais do que você ? – ela me olhou séria, seus olhos procuraram os meus.
E quando eu encontrei os dela, foi como um ímã, nossos lábios se encontraram, segurei a cintura dela e Julia pôs as mãos em meu rosto, o nosso beijo era urgente. Encostei ela no balcão da cozinha, a mesma fazia carinho em meus cabelos. Precisamos daquilo, precisamos um do outro, Julia me puxava para ela como se o mundo fosse acabar, nossas línguas brigavam entre si. Embora eu quisesse continuar, eu parei o beijo por falta de ar e por medo de algo mais acontecer.
— Melhor parar Ju.. – ela me olhou sorrindo, me roubando um selinho.
— Obrigada pelo presente, feliz ano novo. – sorriu e foi saindo, ouvi ela tropeçar e cair.
– Noah me ajuda acho que não consigo levantar. — corri até ela, ajudando a levantar.
— Melhor eu ir para cama. — ela riu me olhando.
— Melhor você falar com todos e ir se deitar, eu te ajudo, vamos. – ela me olhou e sorriu. – Vem segura aqui.
***
- Que dor de cabeça, mãe tem algum remedio para tomar ? – falei me sentando no sofá, era 12 p.m, Julia não tinha levantado, só a Elly, minhas mães, e a mãe o pai da Elly.
— Tem meu bem, filho a Lu quer falar com você vá la fora. – levantei com dificuldade e fui até a mamãe.
— Olá, quer falar comigo ? – ela apenas levantou o celular mostrando uma foto minha e da Ju, nos beijando. – Mãe... você...
— Não vou falar nada, apenas tirei isso, por saber que as únicas pessoas que vão lembrar disso sou eu e você. Porque ontem a Julia, estava muito bêbada. – ela falou séria depois sorriu. – Pergunte se ela lembra de algo, mas se ela não lembrar, não insista. Julia provavelmente vai se lembrar. E vi que ela realmente queria te beijar e você também.
— Mãe eu não queria que fosse assim, queria que fosse algo que nós dois lembrado por nós dois mas estou vendo que só eu e a senhora iremos. – falei pegando o celular da mão dela, passando a mesma foto para mim, para uma rede social.
– Eu vou pergunta se ela lembra de algo.
— Não deixa que eu pergunto. E guarde essa foto. Um dia seus filhos vão pergunta como foi o primeiro beijo de você e... – eu e ela rimos, peguei na mão dela e entramos na sala. – Olha só ela acordou.
- Tia por Deus não grita. Minha cabeça está explodindo. – Ela falou baixo e eu a olhei- Como cheguei na cama ontem, não me lembro de te ido para lá.
- Você não lembra de nada não é? – Mirna olhou para ela. – Você nunca bebeu assim, Julia, e nem vai mais.
- Não lembro de nada, nem sei como foi a queima de fogos. – Suspirei olhando para a Lu, que deu um olhar calmo e compreensivo.
Ótimo, só eu e a minha mãe vamos saber do beijo, por que ela não, quem deveria lembrar não lembra.
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