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Astéria


O sol de verão de Sexto Paraíso acordou Mateus Pires como se algum ser superior estivesse com uma lupa mirando a luz para seus olhos. Uma maldade divina, mas necessária para tirar o corpo preguiçoso do ex-policial da cama, afinal, já haviam passado das 10 da manhã. Nada demais acontecia nas manhãs de Mateus, por mais que o mesmo achasse o contrário.

Nascido no centro de Sexto Paraíso em um período obscuro para a cidade, Mateus Pires é um adulto de 32 anos por fora, mas um adolescente de 15 por dentro. Escolheu não amadurecer por opção própria, pois sempre achou que a vida adulta não era divertida. Para que pudesse ter mais animação na vida, buscou uma vida "incrível" na polícia, mas ganhou apenas uma arma de choque e boletos para pagar. Após perceber que acabou sendo fisgado para a vida adulta como uma mãe em dia de liquidação, decidiu largar a polícia e seguir alguma outra área que ele ainda não tinha certeza.

— Eu não te tirei da sua mãe para te fazer de meu filho — disse o marido de Mateus abrindo ainda mais as cortinas do quarto.

— Mas se quiser ser meu "daddy" hoje, eu aceito torrada com geléia de uva — Mateus disse cobrindo os olhos como um vampiro contra a luz do sol. — E se trazer na cama, eu juro que te compro algo legal no dia dos pais.

— Posso te dar uma surra igual seu pai também? — o marido disse com um sorriso assustador no rosto. — Levanta essa bunda magra daí e vem comer seu PÃO COM MANTEIGA.

Desde que Mateus se "demitiu", o dinheiro ficou um pouco mais apertado na casa dos Pires, mas nada perto do preocupante. Por alguns meses, o ex-policial pôde ajudar com dinheiro do seguro que recebeu após sair do emprego, o plano era que ele conseguisse um outro emprego antes do dinheiro acabar, mas isso demorou alguns meses a mais do esperado.

Mais difícil do que achar emprego em uma cidade pequena como Sexto Paraíso, era achar um que Mateus gostasse. Assim como uma criança escolhendo um único jogo para comprar no natal, ele via mais detalhes do que qualquer outro adulto veria. Ele não queria de modo algum viver uma vida monótona como era com a polícia. Por diversas vezes o marido de Mateus o via chorando por não ele dizer não se sentir vivo. Ambos sabiam que em partes, aquilo era muito mentira.

Após terminar seu café da manhã de algo bem diferente de torradas com geléia de uva, mesmo estando bem mais tarde que o comum, Mateus se preparou para fazer sua caminhada matutina.

— Você só está indo caçar Pokémon, precisa mesmo se arrumar tanto assim? — o marido do treinador Pokémon Mateus disse enquanto se preparava para ir ao trabalho. — Não pode só colocar um boné igual no desenho e sair por aí dizendo "temos que pegar!"?

— Você faz parecer que eu só estou saindo para jogar algo no meu celular — Mateus disse guardando seu celular discretamente. — E por maaaais que realmente seja isso, eu também estarei caminhando, desde que larguei a polícia você tem tentado me engordar com suas mil e uma maneiras de fazer pão com manteiga, preciso lutar contra isso.

— Você só não quer ficar parecendo um daqueles Pokémon... Como é mesmo o nome? Snorunt? — O marido tentou uma referência arriscada por amor.

— Snorlax — Mateus corrigiu. — Mas achei fofo você ter aprendido o nome de outro Pokémon fora "Pikachu".

Os dois saíram de casa juntos, mas foram por caminhos diferentes assim que chegaram no portão. Mateus fazia suas "caminhadas" em um parque cerca de 15 minutos da casa deles todas as manhãs, a diferença é que ele sempre faz isso muito mais cedo do que dessa vez. Ele sempre encontrava um grande número de pessoas fazendo caminhada naquele local, mas nesse horário era como se todos já tivessem fugido do calor.

O local era bastante seguro, então o ex-policial não se importou de ficar com o celular em mãos a todo o momento caçando seus animais virtuais. Mesmo com todo o treinamento e todo o trabalho que ele teve na polícia, o sol estava muito mais punitivo. Era como se alguém, mais uma vez estivesse com uma lupa em Mateus.

Sem aguentar fazer nem duas voltas pelo parque, ele decidiu sentar em alguns bancos cobertos que ficavam no centro do parque. Tudo que Mateus precisava era lembrar que sombras existiam, porque aquele sol o fazia achar o contrário.

Aproveitando o tempo de descanso para organizar as coisas no seu jogo, como um sussurro de Sexto Paraíso, Mateus ouviu um barulho de papel vindo do seu lado. Preso por um pequeno canivete, uma folha de papel estava pendurada em uma árvore logo ao lado do ex-policial. Ele sentiu na hora que aquilo era algo muito maior do que qualquer coisa em sua vida, mesmo sem antes ler o conteúdo do bilhete.

Não havia ninguém por perto, parecia que até mesmo os pássaros que sempre voavam por ali haviam desaparecido para que aquele momento fosse apenas de Mateus. Sem retirar o bilhete da árvore, ele leu o conteúdo do bilhete com a mesma intensidade que uma criança leria a mais nova aventura dos Vingadores nos quadrinhos.

"Amanhã às 10h24, aqui mesmo, faremos justiça ao acabar com a vida daquele que é diferente de nós".

Assim que Mateus terminou de ler, o ex-policial procurou por alguém ao seu redor. Procurou pelo destinatário daquela mensagem. Ele sentiu no momento o peso daquela mensagem. Era um anúncio de um crime.

Mas seria mesmo?

Era difícil de imaginar alguém realmente fazendo aquilo como uma declaração de amor dos livros românticos de fantasia, mas aqui os abraços e beijos estavam sendo trocados por assassinato e sangue. A cabeça de Mateus estava uma bagunça com tudo que ele estava considerando, indo várias vezes até mesmo para o incomensurável, mas ele sabia o quanto sua cabeça infantilizada costumava o levar para mundos malucos e mais interessantes que o mundo real.

Só que o mundo real é esse.

Mateus percebeu que a folha que foi usada para escrever o bilhete era uma folha de caderno qualquer, coisa que qualquer aluno teria. Para aumentar ainda mais a teoria de ter sido escrita por um adolescente, e diminuir o interesse de Mateus, havia duas escolas bem próximas do parque, então era comum alunos de uma das escolas cabular aula naquele parque e a caligrafia da escrita era totalmente desleixada.

Com agora pouco interesse no bilhete, Mateus voltou a ser um treinador e decidiu enfrentar o calor mais uma vez. Por mais que o sol estivesse derretendo alguns dos neurônios do treinador, a curiosidade não parecia escapar da cabeça dele. Ele tinha noção de que aquilo não devia passar de uma brincadeira de jovens, mas ao mesmo tempo ele não conseguia parar de olhar para a árvore onde estava o bilhete.

— Um mistério igual dos livros que li quando mais novo... — Mateus ficava se recordando de tantos livros da Agatha Christie que ele leu e o quanto a sua situação poderia ser digna de uma publicação. — Quem sabe eu não escreva sobre isso um dia...

Enquanto criava o roteiro de sua mais nova desilusão, Mateus foi surpreendido por um Pokémon brilhante, o que era extremamente raro. A caminhada do ex-policial foi interrompida por completo, aquele era o momento que ele esperou por tantas semanas fazendo essa caminhada no parque. No momento em que ele finalmente foi arremessar a Pokébola, o vento de Sexto Paraíso trouxe algo até a frente de seu celular, o atrapalhando por completo.

— Que droga é essa logo agora?! — Mateus esbravejou sem se importar se havia alguém por perto.

Assim que ele pegou o pedaço de papel da frente de seu celular, percebeu do que aquilo se tratava.

"Amanhã às 10h24, aqui mesmo, faremos justiça ao acabar com a vida daquele que é diferente de nós".

O mesmo bilhete de antes agora estava em suas mãos mais uma vez. A árvore onde ele o encontrou a primeira vez ficava distante dali, era improvável achar que o vento, por coincidência, fez o bilhete voar por todo o parque e então cair bem na frente de Mateus novamente.

Era improvável, mas ainda não impossível.

A cabeça de Mateus explodia aos poucos toda vez que tentava compreender o que estava acontecendo. Tudo aquilo era realmente coincidência? Era mesmo possível um bilhete daqueles voar através do parque todo? E se tudo isso for mesmo real... Era possível que aquele bilhete não era só uma brincadeira de adolescentes?

— É isso! É só uma brincadeira de adolescentes! — o ex-policial esbravejou, dessa vez apenas na sua cabeça. — Algum aluno deve ter cabulado e está apenas zoando com a minha cara... Ele com certeza está escondido por aqui.

Com a ideia de ser apenas um trote presa em sua cabeça, Mateus fez questão de jogar o bilhete em um lago que havia no centro do parque, mesmo sabendo que era errado. Ele imaginou que sabe se lá quem estivesse fazendo aquilo, estava contando com que ele jogasse o bilhete no chão ou coisa do tipo, fazendo ele aparecer na frente de Mateus mais alguma vez.

Mentindo para si mesmo o caminho todo, Mateus decidiu dar apenas mais uma volta no parque antes de voltar para casa. A ideia era encontrar o adolescente que estava fazendo aquilo com ele e então dar uma bronca, mas ele não encontrou ninguém. Quando ele passou perto da árvore onde encontrou o bilhete pela primeira vez, ele decidiu fazer sua última pausa. No mesmo lugar de antes.

Antes mesmo de chegar na árvore ele percebeu o que temia, mas decidiu chegar mais perto só para ter certeza.

"Amanhã às 10h24, aqui mesmo, faremos justiça ao acabar com a vida daquele que é diferente de nós".

Mateus correu para a portaria do parque e perguntou para o guarda que ficava ali se ele havia visto mais alguém entrando no parque naquele horário.

— Depois que você entrou, a única pessoa que chegou foi o meu chefe, mas ele sequer caminhou no parque, só entrou na minha sala, conversamos um pouco e então ele saiu.

— Mas é possível que enquanto vocês conversavam alguém passou sem que você percebesse? — Mateus perguntou com um tom bastante preocupado.

— É impossível — o guarda respondeu de imediato. — Não passei tanto tempo conversando com o meu chefe, mas de todo modo eu assisti as gravações das câmeras de segurança nesse meio tempo.

— E elas estão funcionando perfeitamente?

— Mas é claro... Você sabe que eu cuido mais desse parque do que a polícia cuida de Sexto Paraíso toda — o guarda deu uma pausa, talvez por arrependimento de ter dito essa última parte. — Não tem problema eu falar mal da polícia agora que você largou eles, né?

— Não tem problema algum... — Mateus ainda estava pensativo. — É possível que alguém que entrou para fazer caminhada de manhã ainda esteja lá dentro, não é?

— Bem... Sim... É possível — o guarda deu de ombros. — Eu não sei porque está me fazendo todas essas perguntas, mas eu posso dobrar minha atenção por todas as vezes que você já me ajudou enquanto estava na polícia.

A única pessoa que não gostava que Mateus tivesse se tornado um policial era o próprio Mateus. Ele sempre foi extremamente gentil com todos ao seu redor e sempre que podia ajudar alguém, ele ajudava alguém. Todos com quem ele já teve algum contato durante os tempos de policial o admiravam por ser uma pessoa naturalmente boa. Ele não era bom porque queria algo em troca, ele era bom porque esse é o certo. Por isso ele acabou conseguindo diversos amigos em Sexto Paraíso que ficariam felizes em ajudá—lo com qualquer coisa.

Então porque alguém pregaria esse tipo de peça nele?

— Droga! O Pokémon brilhante! — Mateus lembrou assim que voltou para o mundo real.

Diferente do papel que sempre voltava para ele, o Pokémon escapou e Mateus ficou arrasado mais uma vez. Ainda não era hora de voltar para casa, mas foi o que ele decidiu fazer para tentar se acalmar. Quem quer que estivesse fazendo aquilo com ele, não o seguiria até em casa e aquilo acabaria.

— Ah, você viu o que estão dizendo na TV? — o guarda perguntou assim que Mateus virou as costas. — Eu não acredito nesse tipo de besteira, mas você sabe como Sexto Paraíso é...

Mateus não fazia ideia do que seu amigo estava falando, então só fez um sinal negativo com a cabeça e continuou seu caminho para casa. Ignorando totalmente a parte da TV, Mateus parou para pensar na sua cidade. Sexto Paraíso era mesmo um lugar bastante "místico" devido às diversas lendas espalhadas pela cidade, e até mesmo parte de sua história até hoje está envolta de mistérios, possibilitando que a imaginação de seus moradores fossem em lugares jamais vistos.

— E se eu me tornar uma lenda também? — novamente preso na sua mente de criança, Mateus começou a considerar que aquele bilhete fosse mesmo algo maior do que talvez fosse.

Assim que abriu a porta de casa, Mateus se assustou ao perceber que seu marido já havia voltado para casa muitas horas antes do normal.

— O que houve? Esqueceu alguma coisa? — o tom de preocupação na voz de Mateus era aparente.

— Se esqueci alguma coisa? Está achando que eu sou você? — o marido riu. — Você não viu a TV, não é? Foi logo onde eu trabalho, que droga...

— Do que está falando? — o tom agora era de confusão.

— Do OVNI.

Era como se o tempo tivesse parado para Mateus. Como assim "OVNI"? Como assim um bilhete que o persegue para todo lado? Como assim uma vida com coisas realmente diferentes do cotidiano? Como assim Mateus estava, finalmente, tendo tudo que quis para sua vida?

— Mas é claro que é tudo mentira, né? — o marido dizia enquanto ligava a TV. — Nos liberaram porque vai ter equipes de TV lá na empresa o dia todo e não tem como ter paz trabalhando naquilo. Fora as perguntas e...

— Como assim "OVNI"? — Mateus ainda estava preso nessa parte.

— Não é nada demais, só encontraram um objeto parecido com uma "nave espacial" em um dos galpões de lá — o marido dizia como se fosse algo de uma segunda—feira qualquer. — Foi em um dos mais antigos, fazia tempo que não usávamos aquele, então é difícil saber quando e como colocaram aquilo ali. Olha, vai falar sobre isso na TV agora.

Na televisão mostrava uma repórter no local de trabalho do marido de Mateus, os olhos dela brilhavam, parecia ser uma matéria e tanto pra ela. Atrás dela era possível ver a ponta do "OVNI", parecia ser redondo, assim como todos os clichês.

— Em todos os meus anos de reportagem, eu jamais esperava falar de um "OVNI" encontrado em Sexto Paraíso — a repórter ria, talvez com desdém da situação. — Essa belezinha aqui foi encontrada pelo dono dessa empresa, não havia nenhum "ser" dentro da nave e nem rastros de que algo poderia ter saído de dentro da nave. Poderia nos falar mais sobre como foi chegar no trabalho e encontrar uma espaçonave alienígena?

A câmera virou para onde o dono da empresa estava e finalmente Mateus pôde ter uma vista melhor do "OVNI". Era um "disco voador" como em filmes dos anos 50, totalmente cinza, parecia ser feito de algum tipo de metal. Haviam luzes por fora, mas todas estavam desligadas. Não era tão grande quanto nos filmes, talvez pouco maior do que um caminhão de bombeiro, era difícil para Mateus saber pelo ângulo que era mostrado. Aquilo parecia ter saído do set de "A invasão dos discos voadores" de 1956. Aquele "OVNI" não parecia real de maneira alguma.

— Com certeza — o dono do local e chefe do marido de Mateus começou a falar. — Nós somos uma empresa que presta serviço para uma linha de lojas que possuem diversas unidades pelo Brasil todo...

— Chefe, não foi essa a pergunta... — o marido de Mateus disse suspirando.

— Mas sim, sobre o disco voador, digo, o "OVNI"... — o chefe continuou dizendo. — Não usamos esse galpão há alguns meses, ele precisa de algumas reformas e estávamos até achando melhor abandonar ele de vez. Hoje vim dar uma olhada para ver se havia algum material ou produto que havíamos esquecido de tirar...

— Eu não acho que vocês trabalham com "discos voadores", né? — a repórter se divertia com a situação, talvez um pouco mais do que devia.

— Não, hahaha, claro que não — o chefe ficou sem graça. — O local estava exatamente assim como está agora. É como se o disco tivesse aparecido diretamente dentro do galpão, as prateleiras estão todas no chão como se tivessem sido empurradas do meio. De início achei que eu estava vendo errado, que talvez era o sono ou efeito da cerveja que tomei ontem, então chamei um dos meus empregados.

— E esse foi eu, muito obrigado — o marido de Mateus disse com um tom bastante pomposo.

— Aposto que ele se assustou quando viu — a repórter disse.

— Na verdade, não, eu chamei o mais cético deles — o chefe descreveu o marido de Mateus bem. — Assim que ele viu e entendeu o que estava acontecendo, ele riu e disse que devia ser uma pegadinha muito bem elaborada. Depois conversei com todos os empregados e procuramos por vestígios de que algo ou alguém tinha passado por aqui, mas assim que percebemos que não havia nada, os liberei.

— Eu estou do lado desse seu empregado, também acho que seja algum tipo de pegadinha complexa — a repórter deixou o sorriso bem claro para todos que assistiam. — Talvez até mesmo algum tipo de obra de arte, como aquelas placas de metal que encontraram ao redor do mundo há algum tempo.

— Mas então como explica o jeito que esse disco está aqui? — o chefe começou a perder a compostura. — Como ele veio parar aqui, sendo que ele nem sequer consegue passar por essa porta e o teto está inteiro?

— O senhor já conferiu as câmeras de segurança?

— Nós... nós não temos mais câmeras vigiando esse galpão desde que paramos de usá—lo — o chefe disse cabisbaixo.

— E essa é a nossa situação do "OVNI" de Sexto Paraíso — a repórter agora falava direto para a câmera. — Real? Pegadinha? Obra—de—arte? Marketing? Podemos sequer chamar de "OVNI" um objeto que não voa? De volta para vocês no estúdio.

— É difícil mesmo de acreditar que algo assim é um "OVNI" — disse o âncora, agora dentro do estúdio. — Não houveram relatos de pessoas dizendo ter visto algo assim nos céus de Sexto Paraíso nas últimas semanas, ainda não foram feitos estudos sobre a "nave" até o momento, mas não acho que será necessário.

— É muito conveniente ter um galpão sem produtos, do tamanho perfeito para essa "espaçonave" e sem supervisão alguma — a outra âncora dizia com um pouco mais de indignação. — Sem contar o visual que escolheram para o tal disco voador, eu tenho certeza que vi um igual à esse em algum VHS que assisti com meus pais.

— Não apenas isso, mas a rede de lojas para quem essa empresa presta serviços se chama "Sideral", nos fazendo imaginar que tudo isso é só uma jogada de marketing — o primeiro âncora parecia um pouco decepcionado. — Mas é algo divertido, né? Talvez vire um ponto turístico de Sexto Paraíso.

O marido de Mateus desligou a TV. A cabeça de Mateus ainda estava uma bagunça. Mesmo com tudo dizendo que aquela nave é algo falso, assim como o bordão de um programa de televisão: ele queria acreditar. Era a segunda coisa "inacreditável" do dia, mas também era a segunda vez que ele se decepcionava com a chata vida real.

— Aposto que você gostaria que fosse real, mas eu vi de perto e, mesmo sendo bem legal de perto, é claramente falso — o marido abraçou Mateus ao ver que o marido parecia chocado com o que viu na TV. — Ah, tem algo caindo do seu bolso, o que é?

O marido leu o bilhete que pegou no bolso de Mateus.

"Amanhã às 10h24, aqui mesmo, faremos justiça ao acabar com a vida daquele que é diferente de nós".

Mateus quase caiu da cadeira ao ouvir o que o marido acabara de ler. Ele tinha certeza que havia jogado o bilhete no lago e mesmo o que viu depois, o deixou preso na árvore antes de vir embora.

— Onde achou isso? — o marido agora sério, uma feição que era difícil vê—lo fazer.

— Eu estava caminhando no parque e...

Antes que Mateus pudesse terminar de falar, o marido tirou algo do bolso e mostrou para ele.

"Amanhã às 10h24, aqui mesmo, faremos justiça ao acabar com a vida daquele que é diferente de nós".

— Eu achei isso no lugar onde o OVNI está.

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