Chào các bạn! Vì nhiều lý do từ nay Truyen2U chính thức đổi tên là Truyen247.Pro. Mong các bạn tiếp tục ủng hộ truy cập tên miền mới này nhé! Mãi yêu... ♥

O MISTÉRIO DE RÉQUIEM - conto vencedor do oitavo concurso.

Texto de ChrisFrance727

A investigadora Eleonor e seu marido, Heitor, aceitam um caso simples: encontrar a filha de um velho amigo, sequestrada na cidade de Réquiem. O caso aparentemente simples, torna-se um desafio para o casal quando as peças desse crime não se encaixam.

Acompanhando o ponto de vista de seu marido, embarcamos em um dos diversos casos resolvidos pela determinada Eleonor, em uma trama que mudou para a sempre os alicerces dessa pequena cidade.

PARTE I

— Neste mundo, o que vale não é o que se faz — retorquiu ele acerbamente —, mas o que os outros pensam que fizemos. (Sherlock Holmes, Um Estudo em Vermelho)

Quando me foi solicitado, viajar para local tão distante da capital, parecia uma ideia extremamente desagradável. A tal cidade, Réquiem, tão provinciana que não possuía sinal de internet seria nosso destino.

Fui avisado por nosso cliente, Sr. Augusto Franco, sobre a simplicidade de tal local. Isso não parecia afetar minha esposa, afoita pela curiosidade de resolver outro mistério incompreensível.

Meus olhos e o restante do corpo, treinados pelo meu tempo no exército, me renderam certas habilidades perceptivas, mas nada que se comparasse a habilidade de Eleonor.

Nos casamos no verão passado, eu já sabia sobre sua carreira de investigadora na polícia e sua súbita mudança para o setor particular, onde ela podia usar de seus próprios meios para resolver os crimes que sua carreira policial há limitavam de solucionar. Segundo seus superiores, Eleonor era muito "rápida", o que atrapalhava a burocracia e despendia uma eventual demanda excessiva de recursos.

O que não poderia prever, era a capacidade que ela tem de decifrar o ser humano, e sua curiosidade insaciável.

Quando o Sr. Franco foi até a nossa casa, policial aposentado e amigo próximo, pedir ajuda para encontrar sua neta, o desinteresse de Eleonor estava estampado em sua cara. Bastou que o velho homem discorresse sobre o ocorrido, para que despertasse o interesse dela, lembro bem:

— Heitor, Eleonor, obrigado por me receberem de última hora. Minha neta, ela tem treze anos de idade. Mora com os pais, o prefeito Jorge Alcântara e a madrasta Luiza Pertineri, além de seu irmão caçula, Mário. Desde que sua mãe, minha filha, morreu no ano passado vitima de uma doença cardíaca, a garota se apegou muito a madrasta. Na noite da última quinta-feira, aniversário da Cidade, a garota estava no quarto localizado no andar de cima.

— Suponho, que a casa do prefeito tenha uma localização no centro dessa pequena cidade, certo?— Interrompeu Eleonor.

— Exatamente, minha querida. A casa do meu genro localiza-se na rua principal da cidade, onde ocorriam às celebrações anuais da cidade, uma grande festa. Todos estavam lá. Quando de repente todos afirmaram ouvir um grito, que pertencia a minha neta. Alguns minutos depois um grito de socorro de Luiza, que lutou com o sequestrador, e diversas testemunhas viram um homem com roupas de jardineiro pulando a sacada e fugindo com a garota enrolada em um cobertor de seda.

— Todos viram o homem e a garota? — Dessa vez eu optei por interromper o senhor.

— Não exatamente, senhor Heitor. Estava escuro e ele fugiu rápido, mas o que aconteceu depois confirma todas as peças soltas do ocorrido, e me enche de esperanças de que minha neta está viva em algum lugar.

Eleonor abriu um sorriso contido, não poderia dizer se o semblante de minha esposa indicava afeto ou curiosidade. Com educação ela pediu ao velho:

— Por favor, senhor Augusto. Prossiga.

— Sim. Quando as pessoas entraram na casa, acompanhadas de meu genro, que também estava na festa, encontraram o quarto de minha neta, revirado, a madrasta assustadíssima e machucada pelo confronto com o sequestrador.

Augusto ficou um pouco abalado ao descrever essa última parte, pegou a xícara de café que lhe oferecemos, e com as mãos trêmulas deu um gole seco.

— E então, o senhor quer que encontremos sua neta e o sequestrador? — Perguntei ao senhor.

Nesse momento o velho balançou a cabeça negativamente.

— Não. O homem já foi preso.

— Pode explicar melhor? — Indagou, Eleonor.

— O sequestrador foi preso na manhã seguinte. Era o jardineiro da família, um jovem chamado Guilherme. Ele é esquizofrênico, meu genro o empregou para cuidar das plantas de sua casa naquela semana, ele encarava a garota e a madrasta o tempo todo, estava para ser dispensado do serviço.

— Ele foi reconhecido pela polícia, com base nas testemunhas? — Minha esposa, questionou o velho.

— Exato, ele foi reconhecido por Luiza enquanto lutavam, e quando fugiu estava usando as roupas de trabalho. Ele se livrou das roupas e foi capturado na casa da mãe naquela manhã. Agora está preso sob custódia.

Aquilo me deixou confuso, não conseguia entender o motivo da visita do senhor se o crime já estava solucionado.

— Me desculpe, senhor Augusto, mas se o homem foi pego, por que você precisa da nossa ajuda?

— O homem se recusa a dizer o paradeiro da minha neta. Pensei que, enfim, conhecendo a capacidade de Eleonor, talvez...

— Você quer que eu interrogue o jardineiro Guilherme e descubra onde sua neta está, não?

O homem parecia deslocado e constrangido com a situação, obviamente éramos a última esperança daquele senhor cansado, sem filha e esposa, a neta era sua única família no mundo.

— Você acha que pode fazer alguma coisa, Eleonor? Você pode trazer minha neta?

Antes de responder ela me encarou com um olhar firme, esse olhar de confiança parecia indicar que estávamos em sintonia e ela confiava que de alguma forma eu poderia ajudá-la.

— Não posso prometer nada, meu velho amigo. Contudo, vou até essa cidade e esclarecerei tudo o que aconteceu naquela noite, inclusive o paradeiro de sua neta.

Apertamos as mãos do homem, em uma despedida e preparamos nossas malas ainda naquela tarde. Estaríamos em Réquiem ainda naquela madrugada.

PARTE II

Tive que dirigir por algumas horas, Eleonor aproveitou para pesquisar tudo que podia, ironicamente a estrada possuía sinal da operadora e internet. Chegamos na cidade, exatamente às 04:00.

A maior parte das pessoas do município morava no campo, a parte central da cidade dispunha de poucas ruas, paramos na central, uma via que terminava na frente da casa do prefeito: era uma casa bonita, tinha cor avermelhada e dois andares, nada muito extravagante, embora que se comparada às outras residências, tinha seu encanto.

Eleonor me pediu para parar o carro bem em frente a casa do prefeito. Aquilo me deixou curioso e um pouco decepcionado:

— Amor, não podemos bater na porta deles essa hora. Não seria melhor procurarmos uma pousada, ou algo assim?

— Me desculpe, eu sei que você dirigiu a noite toda, mas eu quero ir até lá assim que amanhecer,e preciso ver como é o movimento daqui. Durma um pouco, eu te acordo daqui a pouco, Heitor.

— Acho que não tenho alternativa, certo?

Ela abriu aquele sorriso, era a única pessoa no mundo que conseguia transmitir qualquer resposta através de um sorriso, de alegria a decepção. Quando a olhei tive a certeza que ficaríamos ali mesmo.

O banco do nosso Sedan não era o pior lugar em que já passamos uma noite, até porque, no exército já fui obrigado a dormir no chão de uma mata na companhia de mosquitos e outros insetos. Apaguei por três horas, até que fui acordado:

— Heitor, Heitor, acorda. Já amanheceu.— Ela me sacudiu levemente com a mão.

Esfreguei a cara, saímos do carro e batemos na porta da casa do prefeito, a residência dos Alcântara. Uma mulher loira, muito bonita e jovem, na casa de seus vinte e cinco anos, nos recebeu na porta. Não sou um investigador tão experiente, mas deduzi que era Luíza, a esposa do prefeito e madrasta da garota desaparecida. Ela usava uma roupa bem cotidiana, camisa e jeans, provavelmente estava de saída. O braço tinha um arranhão, parecia superficial.

— Bom dia, vocês devem ser a Eleonor e Heitor. O senhor Augusto me disse que vocês chegariam hoje para nos ajudar. Estava saindo para comprar algo que vocês pudessem comer, com tudo que tem acontecido não tivemos tempo de ir ao mercado.

Dissemos que entendemos e que não queríamos incomodá-la. Ela nos convidou para entrar e tomar um café da manhã.

— Senhora Luíza. Prometemos ao senhor Augusto, que seriamos objetivos. Você se incomodaria se darmos uma olhada em sua casa? — Disse Eleonor, com um semblante firme.

— Nossa, por favor, só Luíza, moça. Pode sim, fiquem à vontade. Tudo que eu puder fazer pra ajudar a achar a Agatha, eu faço. Aquele homem é um desgraçado.

Sacudimos a cabeça positivamente, e entramos na casa. Luíza apresentou todos os cômodos do primeiro andar, a ampla sala de estar e cozinha, os locais que poderiam ter sido a entrada e a saída do sequestrador, nenhum deles despertou o interesse de minha esposa.

Subimos as escadas de madeira e chegamos ao quarto da garota desaparecida. Nada inesperado, uma mesa robusta de mogno, madeira nobre e sofisticada. Uma cama de solteiro com um criado mudo, rosa, ao lado e um armário de duas portas.

— Você pode me contar o que aconteceu, Luíza? — Perguntou, Eleonor.

—Sim, claro. Eu estava na cozinha quando escutei um grito. Quando cheguei no quarto o Guilherme estava segurando a garota pelo braço, tentando tirá-la da cama. Eu pulei em cima dele tentando afastá-lo dela. Ele era muito forte, não dava pra fazer nada.

— Ele machucou você? Por isso você tem um arranhão no braço? — Perguntei o que queria desde que entramos.

— Sim, senhor Heitor. Ele me arranhou e me empurrou no chão. Ele bateu na garota, bateu muito, até que ela desmaiou. Quando consegui levantar ela estava enrolada no lençol da cama. Ele a carregou correndo pra fora da casa. Eu cheguei na janela e comecei a gritar pedindo socorro. Mas por causa do barulho da festa, que estava acontecendo na rua, demoraram a me escutar. Puderam ver ele correndo, mas ninguém conseguiu alcançá-lo quando ele se meteu no meio da mata.

— Entendo, existe mais algum detalhe, Luíza?

— Isso foi tudo, moça. A policia não demorou, tinha algumas viaturas na cidade. Eu disse que era o Guilherme e contei tudo que falei pra vocês. Eles o pegaram na casa da mãe, tá preso desde então. O problema é que ele não quer dizer nada.

— Tudo bem, acho que temos o suficiente. Eu só preciso dar uma olhada no lado de fora casa, tudo bem?— Completou, Eleonor.

A moça não parecia satisfeita, provavelmente esperava mais de dois investigadores da capital, talvez um diagnostico como um médico após uma consulta. Fomos interrompidos quando o bebê acordou, era o filho de Luíza, Mario Alcântara. Deixamos que ela fosse até o filho enquanto nos dirigíamos para fora da casa.

Do lado de fora, Eleonor analisava o quintal, ele estava cercado com uma tela de arame, provavelmente Guilherme isolou a área para ninguém pisar no jardim enquanto trabalhava. Além de toda aquela bagunça com instrumentos de trabalho, notamos um grande saco de adubo e algumas orquídeas pisoteadas, aparentemente nada promissor. Nos dirigimos para a entrada da casa para esperar por Luíza que ainda estava lá em cima com o bebê. enquanto esperávamos, Eleonor me questionou:

— E então, o que você achou da esposa do prefeito?

— Parece uma boa moça, apesar de ser madrasta a pouco tempo, teve coragem de enfrentar um homem forte para tentar salvar a Agatha.

Eleonor consentiu com a cabeça.

— Você achou ela bonita, certo?— Me perguntou com um sorriso de canto de boca.

Fiquei extremamente encabulado com a naturalidade da pergunta.

— Como assim, Eleonor? Ela parece ser uma mulher jovem e atraente, mas não faz muito meu tipo, eu prefiro você.— Esse tipo de bajulação não atraia minha esposa, mas fazia parte da minha educação.

— Aham, sei.— Ela sorriu.

— Você está com ciúmes ou só me provocando?

Ela deu uma risada sútil, estava apenas me provocando. Ela sabia que eu me sentia desconfortável quando me analisava com suas habilidades, e por isso volta e meia ela fazia essa brincadeira de perguntar algo que me deixasse encabulado.

— Bem, se um dia você resolver ter um caso, espero que seja criativo. Não quero que seja um daqueles problemas fáceis de resolver. — Concluiu com um leve ar de irônia.

— Eleonor, você pode falar sério agora? Estou cansado.—Implorei.

Ela mudou a expressão, voltou a ser a investigadora determinada de sempre, com um tom enigmático:

— O que você achou dela? Agora é serio.

Passei a mão por minha barba, que estava por fazer, e refleti um pouco.

— Ela parece ser uma boa pessoa, não acho que tenha escondido alguma coisa, se é isso que você quer dizer.

— É mesmo? Curioso — ela torceu os lábios.

— Como assim? Por que você diz isso?

— Porque ela é culpada e a garota morreu. Ela matou a menina.

Fiquei perplexo, realmente não esperava que ela dissesse algo assim.

PARTE III

Apesar de confiar em minha esposa, precisava cobrar explicações:

— Amor, isso é uma acusação muito grave. Você tem certeza?

— Claro, eu tenho certeza. Vou ter a chance de explicar tudo agora. O delegado do distrito está chegando com o prefeito, em breve.

— Como assim? Como você sabe que eles estão chegando?

Ela apontou para uma picape que acabara de despontar na rua, em nossa direção.

— Simples, enquanto você dormia, fui até o mercado da esquina e dei um telefonema para a delegacia dizendo que era amiga do senhor Augusto Franco. Disse também que tinha encontrado provas definitivas que solucionariam o caso.— Ela disse tudo isso com extrema tranquilidade.

— Por quê?

— Porque meu celular não funciona aqui.

— Não, não isso. Por que você disse que solucionou o caso?

Antes que ela pudesse me responder, o carro parou na frente da casa. Saíram dele um homem com uma arma na cintura, o delegado, um senhor de terno, o prefeito, e quem nós não esperávamos: o senhor Augusto.

— Isso é mau. Não queria que o Augusto chegasse tão rápido na cidade. — Lamentou, Eleonor.

Nesse meio tempo, enquanto cumprimentávamos todos, Luíza também apareceu. Augusto parecia ansioso, não podia esperar nem que entrássemos na casa.

— Heitor, Eleonor. O que aconteceu? Cheguei na cidade e fui falar com o Jorge, saber se vocês estavam na cidade, quando o delegado Silva apareceu e disse que tínhamos que correr pra cá.

— Mas é exatamente isso, meu amigo. Eu solucionei tudo. — Minha esposa estava séria.— Luíza matou a garota e o prefeito a ajudou com tudo que aconteceu naquela noite.

Todos ficaram atônitos, uma grande balburdia tomou o lugar. Todos falavam ao mesmo tempo com ar de raiva, até que o delegado pedisse calma e desse a palavra de volta a Eleonor:

— Pois bem, na noite de quinta durante a festa, Luíza e Agatha tiveram um desentendimento que resultou na morte da garota, tudo indica que por asfixia já que não existe sangue no local do crime.

— Isso é um absurdo, ela brigou com o Guilherme, todos viram ele correndo.— Bradava o prefeito, sendo segurado pelo delegado.

— Não, Guilherme não esteve aqui naquela noite.— Eleonor afirmou, então destacou o braço machucado de Luíza.— Isso é um arranhão, homens furiosos e fortes não fazem isso, eles agridem com socos e chutes. Quem arranha desse jeito é uma adolescente desesperada, tentando se livrar de alguém mais forte.

— Eleonor, o prefeito estava na festa, como ele participaria disso?— Interrompi minha esposa.

— Não exatamente, o que disseram é que ele estava na festa quando Luíza gritou por socorro na janela — respondeu, Eleonor.

— O que você está insinuando, Eleonor?— Questionou, Augusto.

— Prosseguindo, ele estava na entrada de casa, escutou alguma coisa e quando subiu Agatha estava morta. Então eles tiveram o plano: Acusar o jardineiro. O prefeito vestiu a roupa que Guilherme deixara em sua casa para trabalhar no jardim, enrolou um saco de terra no lençol da filha e correu em meio ao escuro da mata, quando Luíza gritou pela janela, já era impossível que o alcançassem.

— Por que terra? Por que ele não levaria o corpo para longe na picape ou algo assim?— Observou o delegado.

— Bem observado, ele não podia sair com a picape no meio da festa sem chamar a atenção e não podia correr com o corpo para mata, pois não teria aonde esconder a garota. Então ele simplesmente fugiu, jogou a terra em qualquer lugar com a roupa do jardineiro. Feito isso, se bem me lembro demoraram alguns minutos para que entrassem na casa, certo? Tempo suficiente para que ele voltasse a festa e Luiza escondesse o corpo da garota. Corpo ocultado, testemunhas e um sequestrador confirmado, tudo perfeito demais.

— Isso é besteira, essa mulher é uma maluca!— Gritou o prefeito.— Ela não tem como provar essas coisas!

Até ai já estávamos cercados de vários moradores que escutavam aflitos tudo que Eleonor dizia, todos desconfiados de nós dois.

— O prefeito tem razão, dona. Se você não pode dizer onde está a garota, nada disso pode ser provado.— O delegado parecia sem paciência.

— Mas quem falou que eu não posso dizer onde está a garota?

CONCLUSÃO

Ficamos novamente horrorizados, ela encarava com um semblante sério na direção de Augusto, juro que de alguma forma tinha piedade e tristeza naquele olhar. Aquela pausa estava nos enlouquecendo.

— Eleonor! Fala logo, cadê a garota?— Não aguentei, tive que apressá-la.

Ela suspirou por um momento, e então deu a resposta:

— Eles enterraram o corpo da garota no quintal. A área está cercada, é grande e não despertou o interesse da polícia, era o lugar perfeito para manter o corpo sem suspeitas até a poeira baixar.

Naquele momento Luíza começou a chorar desesperadamente. O prefeito ficou pálido, e todos estavam chocados. Correram para o quintal, arrancaram a tela e começaram a cavar, não demorou para que tudo se confirmasse, encontraram o corpo de Agatha. A prova cabal do crime estava ali, não existindo mais nada para ser escondido Luíza admitiu, ao delegado e os presentes:

— Eu não queria, juro. Estávamos brigando, ela não quis participar da festa, disse que me odiava, que eu tinha matado a mãe dela! Eu nunca sequer conversei com a mãe dela. O Mário chorava e ela começou a me chamar de puta diversas vezes, quis assustar com o travesseiro, calá-la, algo deu errado e ela ficou muito quieta. Tentei acordá-la mas estava gelada.

Nós nunca duvidamos que Luíza não teve a intenção, mas para a justiça isso não importa tanto: Luíza foi presa, Guilherme foi solto, Mário ficou sem os pais e o senhor Augusto sem família. Empresas cancelaram contratos com a cidade, após a prisão do prefeito.

Eleonor me confessou, algum tempo depois, que esse foi o único caso que ela gostaria de não ter solucionado.

Bạn đang đọc truyện trên: Truyen247.Pro