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Capítulo - 11

O ônibus havia acabado de parar bruscamente em frente ao Hospital Valencia, tal como eu havia previsto que faria.

Levantei ficando na reta do corredor que ainda estava cheio, mas aos poucos pessoas saiam pela porta apressadas.

— Sossega um pouco aí, espera as pessoas saírem e abrirem espaço no corredor. — escutei Carson dizer, sem me olhar.

Revirei os olhos com seu comentário desnecessário e inconveniente.

— Cuida da sua vida. — soltei.

Mudei minha atenção para a mulher grávida sentada duas cadeiras atrás do motorista que logo levantou indo até a mesma. A maioria das pessoas já haviam saído do ônibus e tomado seus rumos, elas estavam visivelmente irritadas com a rota tomada pelo motorista, a maioria não demonstrou nem um pouco de empatia pela mulher.

— Alguém aqui se disponibiliza a levar essa moça até dentro do hospital? — perguntou o motorista. — Alguém? — insistiu.

Todas as cinco pessoas que restaram no lugar se entreolharam sem responder.

A medida que os segundos se passavam a mulher se contorcia mais e mais, seus gemidos foram substituídos por gritos de dor.

— Eu posso ajudar. — ouvi Carson dizer, levantando em seguida.

Forcei a visão para ter certeza de que eu estava vendo certo, e que aquela pessoa que se disponibilizou para ajudar a mulher grávida se tratava mesmo de Carson Bennet.

Sorri de lado boquiaberta. Quem diria, Carson bancando o bom moço. Pensei.

— Ótimo, venha até aqui, por favor. — pediu o homem, e Carson foi de encontro a mulher grávida.

— Senhora, com licença. — disse, enquanto pegava a mulher nos braços.

Ele não pareceu está tendo dificuldade em pega-la como eu achei que teria posteriormente.

— Espere. — pediu uma outra mulher. — Moça, você poderia ficar responsável pela bolsa dela? — perguntou me olhando.

Eu queria negar seu pedido e sair de lá sem remorsos, mas eu não iria conseguir fazer tal coisa sem me sentir mal depois. E eu odiava me sentir assim, pois tirava meu foco de coisas verdadeiramente importantes na minha vida pessoal.

— Claro! — falei, forçando um sorriso.

Carson desceu primeiro com a mulher em seus braços, e eu desci em seguida com a bolsa dela em mãos.

Entramos no lugar e vimos de longe uma enfermeira se aproximar, trazendo consigo uma maca.

— Me ajude a colocá-la deitada aqui. — pediu a enfermeira, ao chegar perto de nós.

Carson com a ajuda da enfermeira, colocou a mulher deitada na maca, e eu apenas observei.

— Vocês dois esperem aqui, logo eu volto para pegar umas informações sobre a gestante com vocês. — alertou a enfermeira, antes de sair corredor adentro com a mulher que gritava de dor.

Eu não queria estar ali, muito menos com Carson como companhia, e eu tinha plena certeza de que ele também não me queria ao seu lado.

Sentamos em um sofá que havia ali no corredor e esperamos até que a enfermeira retornasse.

— Não vai pegar os documentos dela? — questionou ele, com sua cabeça encostada a parede, enquanto olhava para o teto, nitidamente entediado.

— Não precisa dizer duas vezes, eu já iria pegar. — falei revirando os olhos, abrindo a bolsa e pegando a carteira de cor vermelha que havia dentro.

Peguei seus documentos de maior importância e que possivelmente a enfermeira iria precisar, e segurei fechando a bolsa em seguida.

Vi quando a mulher se aproximava de longe e levantei com os documentos em mãos. Carson por sua vez continuou sentado de forma desleixada.

— Já fizemos o primeiro atendimento, a gestante está mais calma, ligamos para o médico e ele já está a caminho. — disse a enfermeira nos olhando. — E então, os documentos da paciente. — pediu.

Entreguei e esperei até que ela analisasse tudo.

— Certo, vocês são filhos ou irmãos da Srta Samantha? — questionou.

— Na verdade a gente não conhece ela, aconteceu que ela começou a sentir dores no ônibus que estávamos, e nós ficamos responsáveis por levá-la até aqui. — falei.

— Oh, entendi, fizeram bem, fizeram muito bem. — disse, anotando algo em um bloco de notas que tinha em mãos. — Então, vocês dois são o que? Namorados, certo? — questionou, enquanto continuava a anotar.

— Não. — falamos em uníssono.

— Entendi. — disse, nos olhando torto. — A paciente disse que na bolsa dela havia o celular com o número de seu marido.

Peguei sua bolsa e abri procurando o celular, encontrei e entreguei para a enfermeira. A mulher agradeceu o pegando.

Não sabia porque exatamente, mas fiquei ali esperando ela ligar para o marido da mulher que descobri ser chamada por Samantha.

— Ela não tem saldo suficiente para completar a ligação. — anunciou a enfermeira, depois de tirar o aparelho de seu ouvido.

— Tenta ligar a cobrar. — sugeri.

— A mesma coisa, o marido dela também está sem créditos. — disse, depois de tentar mais uma vez sem resultados.

— Tenta o meu. — sugeriu Carson, levantando e entregando seu celular a mulher.

Olhei para ele o analisando desconfiada com sua atitude. O mesmo me olhou de volta com desdém, voltando a sentar.

— Ele atendeu, vou falar com ele, logo volto. — alertou a enfermeira indo até o final do corredor.

Continuei em pé a sua espera. Não demorou até que ela retornasse.

— Ele disse que está voltando de uma viagem a negócios. — fez uma pausa, meio cabisbaixa. — Pelo o que eu entendi, isso deve durar por volta de duas horas, o que me deixa triste é saber que a moça vai entrar em trabalho de parto a qualquer momento e não vai ter ninguém a esperando quando tudo acabar.

Concluiu, entregando o celular para Carson.

Olhei para a mulher cabisbaixa na minha frente e me pronunciei num impulso emocional. Fui levada pelo momento.

— Nós ficaremos até que ela tenha o bebê. — falei e vi quando Carson levantou no mesmo instante, me olhando com o cenho franzido.

— Isso é ótimo, ela ficará tão feliz em saber. — disse a mulher com um enorme sorriso de dentes brancos no rosto.

— Enfermeira Júlia, onde fica o quarto em que a paciente gestante está me esperando? - um homem mais velho parou do meu lado, se pronunciando a enfermeira que ali estava.

— Doutor Mário, venha, eu irei lhe conduzir até lá. — respondeu a mulher, caminhando lado a lado com o senhor, corredor adentro.

Já sozinhos no corredor, eu resolvi me sentar no sofá, ignorando completamente o olhar de reprovação de Carson sobre mim.

— Nós? — questionou ainda de pé, com suas mãos nos bolsos da jaqueta.

Não respondi e peguei uma revista qualquer que havia em uma mesinha ao lado do sofá.

Enquanto lia a revista de forma distraída, senti a mesma ser puxada de minhas mãos.

— Isso aqui fala sobre o que? — questionou Carson, com a revista em mãos e eu bufei irritada com seu ato idiota.

— Tão infanti! — falei, pegando outra revista qualquer na mesinha.

Havia se passado por volta de uma hora de espera, e nós continuávamos sentados no corredor enquanto líamos aquelas revistas.

A cada minuto que se passava eu pedia para que Carson me atualizasse da hora.

Coloquei a revista de volta na mesinha e suspirei entediada, olhando para Carson que mantinha sua atenção na revista que havia me roubado mais cedo. Fitei seu cabelo por um momento. O pouco que eu sabia sobre ele, era que sua mãe era asiática, para ser mais específica, ela era sul coreana. É claro que ele pegaria traços de sua mãe ao nascer. O idiota não era feio, isso eu tinha que admitir, mas esse é o tipo de coisa que eu nunca diria em voz alta. No colégio ele era o único "asiático", e as meninas viviam dando bola para ele, meio como se ele fosse a celebridade do lugar.

Houve uma vez no primeiro ano do ensino médio, em que uma garota o abordou no meio do pátio movimentado, lhe entregando um bilhete e uma caixa de chocolate em formato de coração. A menina estava nitidamente envergonhada, mas juntou todas suas forças para confessar seu "amor" para ele antes que outra o fizesse. Carson por sua vez, fez algo que me fez o odiar. Ele jogou a caixa de chocolate longe, fazendo o chocolate espatifar todo no chão, enquanto a carta, ele a rasgou de forma fria. Consequentemente depois daquele dia, nenhuma outra garota teve coragem suficiente para chegar perto dele, algumas por medo, outras por receio. Mas sempre tinha alguma garota estúpida o suficiente para insistir em ter algum tipo de contato com ele, mesmo com sua fama de valentão.

Aquele havia sido o Carson que conheci, o idiota frio e sem sentimentos que pisava nas pessoas sem nenhum tipo de remorso.

— O que foi? Meu cabelo está bagunçado? — questionou me olhando com o cenho franzido, ao me pegar o observando.

— Seu cabelo está sempre bagunçado, idiota. — falei.

Me aproximei dele no sofá e levei minhas mãos até seu cabelo numa tentativa de arruma-lo. O cabelo dele era típico de um asiático, era preto e liso, mas por vezes meio ondulado, meio rebelde, da altura das sobrancelhas que por vezes era composto de uma franja aberta ao meio e outras estilo índio. Acho que as poucas vezes que o via com a franja aberta ao meio, era as poucas vezes em quem ele o arrumava.

Com minhas mãos eu massagiei seu cabelo o alinhando e regulando sua franja que estava completamente rebelde.

— Pronto! — falei enquanto me afastava. — não aguentava mais olhar para sua cara com seu cabelo naquele estado.

— O que fez com meu cabelo? — perguntou, pegando seu celular e olhando pela tela. — Prefiro ele como estava. — disse usando uma de suas mãos para espalhar, o desalinhando quase que por completo.

O olhei boquiaberta.

— Ah não, você não vai arruinar o meu trabalho. - alertei, pulando ao seu lado no sofá e segurando suas mãos enquanto ele por sua vez continuava a tentar desalinhar sua franja.

Escutei alguém pigarriar, e abaixei meus braços rapidamente, me afastando de Carson e arrumando a postura no sofá. Vendo que Carson fez o mesmo, dei uma risada disfarçada.

— Parto realizado com sucesso. — anunciou a enfermeira a nossa frente, e nos levantamos no mesmo instante.

— E o bebê? — perguntamos em uníssono.

Olhei para Carson com reprovação, e o mesmo deu de ombros.

— Me acompanhem, por favor. — pediu a mulher e nós a seguimos sem hesitar.

Entramos no corredor a esquerda e paramos em frente a uma "sala de vidro", onde se podia ver vários bebês recém nascidos.

— Eu vou entrar, vocês fiquem aqui, vou lhes mostrar. — alertou a mulher.

— Qual desses bebês será que é? — pensei alto.

— Me pergunto o mesmo. — escutei Carson dizer e o olhei por breves segundos.

Afinal, que tipo de situação era aquela? Eu e Carson, juntos, em um hospital, acompanhando o nascimento de um bebê saído de uma completa desconhecida. Eu pensei.

Fui tirada de meu devaneio, quando Carson me cutucou o braço.

— O que foi? — perguntei, franzindo o cenho.

Ele apontava para dentro do lugar, sem me olhar.

Ao olhar para onde ele olhava, vi a enfermeira segurando dois bebês em seus braços, um de cada lado. Arregalei os olhos mesmo sem entender direito. A mulher se aproximou, ainda com os bebês nos braços, e balançou a cabeça em confirmação, como se tivesse entendido a nossa dúvida e estivesse nos dando uma resposta.

— São gêmeos? — questionou Carson boquiaberto.

— E-eu acho que sim. — falei, tropessando nas palavras.

Os bebês eram lindos. Era um casal. Eles dormiam feito dois anjos nos braços da enfermeira que os segurava com todo cuidado e delicadeza.

Fiquei encantada em pensar que há poucos minutos atrás, aqueles dois seres minúsculos nem existiam.

Saindo de meu devaneio, escutei quando a enfermeira abriu a porta, enquanto vinha ao nosso encontro.

— Então, o que acharam dos irmãos, não são umas gracinhas? — perguntou nos olhando e nós concordamos no mesmo instante com um largo sorriso. — Ah, e antes que eu esqueça, a mãe deles pediu para ver vocês. — anunciou a mulher.

Carson e eu nos entreolhamos surpresos.

O que será?

Pensei, e tenho quase certeza de que Carson pensou o mesmo.

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