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Capítulo - 08

Depois de tanto chorar eu acabei por dormir. Acordei me sentindo ótima, o que me parecia estranho ao julgar pela noite passada na qual eu havia chorado litros.

Levantei sem pegar meu celular para vê as mensagens, e fui direto ao banheiro. Tomei um banho rápido e desci as escadas procurando meu pai.

- Bom dia, papai. - falei ao encontrá-lo na cozinha.

- Oi, filha, boa tarde para você também. - disse com um sorriso brincalhão no rosto.

Olhei para o relógio de parede e tomei um susto com o que vi. O relógio apontava exatas 13:57 da tarde.

- Caramba, eu dormi tanto assim? - questionei.

Por isso acordei tão bem.

Pensei comigo mesma.

- Eu tenho que ir na biblioteca, vou pegar meu celular. - anunciei, subindo as escadas apressada.

Eu costumava ir a biblioteca sempre as 13:00 nos finais de semana.

Sim, aquela havia sido a primeira vez que me atrasei, e o que mais me preocupava era o livro que eu havia encomendado com Susie, tinha medo de que levassem ele, caso eu não chegasse a tempo.

Susie havia feito o pedido de apenas dez daquele livro, o que me deixou ainda mais ansiosa.

Desci as escadas apressada e fui me despedir de meu pai. Eu pretendia ir de ônibus até a biblioteca que não ficava tão longe de minha casa. De ônibus eu chegaria em mais ou menos uns dez minutos.

- Posso te dar uma carona, filha. - sugeriu papai, com as chaves do carro já em mãos.

Sorri para ele aliviada e aceitei sem hesitar.

Não demorou para que chegássemos ao destino.

- Obrigada, papai, não precisa voltar para me buscar, vou pegar um ônibus. - agradeci, lhe dando um beijo rápido na bochecha e abrindo a porta do carona. - Cuidado na volta para casa. - alertei, antes de fechar a porta e acenar para meu pai após ele dar partida buzinando para mim.

Entrei na biblioteca e fui de imediato a encontro de Susie.

De longe pude vê-la conversando com um cara musculoso ao final do corredor. Caminhei em passos largos para alcança-la com rapidez. A biblioteca estava cheia naquela tarde, algo que não acontecia com frequência.

Cheguei próximo aos dois e pigarriei mostrando para Susie que eu havia chegado.

- Cassie, você chegou. - disse ao me ver.

Assenti, lhe lançando um sorriso.

- A gente se vê Bernardo, vou voltar ao trabalho. - disse para o homem que assentiu indo embora.

Olhei para o mesmo enquanto andava pelo corredor em direção a saída, e voltei minha atenção para Susie.

- Bernardo é? Quem é ele? - perguntei.

- Ele foi meu professor de educação física no ensino médio, veio porquê queria saber como eu estava, acredita? - indagou divertida.

Rimos juntas. É claro que ele não foi até Susie apenas para perguntar sobre como ela estava, ele queria algo mais, bem mais que só isso, se é que ele estava mesmo preocupado com como ela esteve todos esses anos.

Susie tinha dezenove anos e eu doze quando nos conhecemos, há cinco anos. Época em que a biblioteca foi inaugurada naquele bairro próximo a minha casa. Ela era neta da dona do lugar, e cuidava muito bem de cada livro e cantinho, ainda que ela não fosse nem de longe uma amante de livros, pelo contrário, mas isso nunca impediu de cuidar muito bem do lugar depois do falecimento de sua avó Catherine.

Susie era uma jovem que vivia sua vida da forma que ela achava melhor e conveniente. Prezava muito sua família, mas não deixava de lado os amigos e paqueras.

Ela, depois de meu pai e tia Amanda, foi a pessoa que mais sofreu em relacionamentos, durante esses cincos anos juntas, eu pude vivenciar ao seu lado vários de seus momentos tristes e amargurados. Ela dizia que tinha dedo podre para homem e me aconselhava a nunca me envolver emocionalmente com alguém.

Susie e eu não éramos melhores amigas inseparáveis.

"Nós somos amigas de biblioteca nos finais de semana da vida". Ela me disse uma vez enquanto chorava por sua décima primeira decepção amorosa.

Éramos aquilo mesmo. Não nos falavamos fora da biblioteca, com exceção das vezes em que ela terminava um relacionamento e me chamava para fazer companhia a ela em uma lanchonete próximo a biblioteca, enquanto ela chorava por alguns minutos.

Nós sabíamos onde nos encontrar quando batia saudade de uma conversa sobre assuntos aleatórios.

Ela era como uma irmã mais velha para mim, e nossa conexão ia além de qualquer rótulo.

- E o livro? chegou? - perguntei ansiosa.

- Sim, sim, chegou essa manhã, mais cedo do que o habitual. E outra coisa, eu não sabia que esse livro era tão querido assim, veio gente até de Marte atrás dele. - respondeu enquanto ia até a estufa me mandando segui-la e assim eu fiz.

- Como assim? Muita gente procurou por ele? - questionei curiosa.

- Sim, inclusive o último do estoque acabou de ser levado por um gatinho que eu nunca havia visto por aqui antes, sorte que você me pediu pra guardar o seu em lugar separado, caso contrário teria ido no embalo. - respondeu me entregando o livro em seguida.

Agradeci minha amiga e abracei meu precioso sobre o peito.

- Vamo sair daqui, esse lugar me dá crise de pânico. - pediu dramática e saímos enquanto eu guardava o livro em minha bolsa de lado.

A estufa que geralmente era usada para organizar os livros que chegavam antes de irem para as prateleiras, não era pequena, era grande e espaçosa, minha amiga que fazia drama por demais.

- Lembrei o que eu tinha para que te pedir. - disse fazendo uma pausa e me puxando para o corredor de livros categoria sci-fi. - Você precisa me ajudar a recomendar um livro pra um gatinho. - concluiu ao pararmos.

- Que gatinho? - questionei confusa.

- Aquele que eu mencionei agora há pouco, a carne nova no pedaço. - respondeu eufórica.

- Certo, mas primeiro eu preciso saber quem é ele e que tipo de livros ele curte ler. - falei.

- Eu não sei, não conversamos, ele parecia ser um cara de poucas palavras, mas se isso serve de ajuda, ele levou um dos livros que chegaram, o mesmo que você tanto me pediu. - disse.

- Entendi. - falei, pensando por um momento.

As categorias de meu livro eram ficção científica, sci-fi, aventura e drama. O que precisava fazer era procurar um livro que tivesse ao menos uma dessas categorias e que parecesse interessante tanto quanto a amostra que li do livro que tanto ansiei encontrar.

Dei uma olhada rápida naquele corredor sci-fi e não encontrei algo que fisgasse.

Vale ressaltar que grande parte daqueles livros eu já havia lido há um tempo atrás.

Fui até o corredor ficção científica, e um dos sete livros que peguei me chamou a atenção. Além dessa categoria, havia mais duas, drama e aventura. Perfeito.

- Encontrei. - falei vitoriosa e Susie pegou de minhas mãos apressada indo até o início do corredor.

Não entendi o porque daquilo, até vê que ela estava conversando com um cara e deu o livro para o mesmo.

Susie era alta, ela e o cara com quem ela estava conversando tinham o mesmo tamanho, o que dificultou na hora de eu vê de quem se tratava. Esperei até que minha amiga voltasse e optei por ler a capa de um livro que estava na prateleira ao meu lado.

Escutei quando minha amiga se aproximava conversando, mas mantive minha cabeça baixa enquanto ainda lia em voz baixa o que estava escrito na capa do livro.

- Essa é a minha amiga Cassie. - ouvi Susie dizer já na minha frente ali no corredor.

- Cassie? Cassandra Taft? - questionou uma voz familiar, familiar até demais eu diria.

Levantei a cabeça com cautela e não disfarcei nem um pouco a minha surpresa ao ver Nicholas Kahn em minha frente, frequentando a biblioteca que eu frequentava desde que me entendia por gente.

Eu não tinha nem se quer digerido o fato de ele estar morando na casa ao lado da minha ainda, quem dirá frequentando o mesmo lugar que eu.

- O-oi, Nicholas. - falei, quase sem voz e me amaldiçoei mentalmente por aquilo.

E lá vamos nós para mais um episódio vergonhoso da minha vida.

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