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13- Patrimônio histórico

Todos estavam reunidos na sala, em torno das plantas e relatórios. O clima era pesado, carregado pela gravidade das palavras de Leonel, que havia acabado de avaliar a situação estrutural do prédio.

— Vai ser uma obra muito difícil. — Ele ajustou os óculos e olhou novamente para as plantas com uma expressão séria. — A estrutura está comprometida, Laís. A casa de cima foi a mais afetada pelo incêndio, e a qualquer momento pode ocorrer um colapso.

Laís ficou paralisada, os olhos fixos nas plantas diante dela. Não conseguiu processar imediatamente as palavras de Leonel.

— Colapso? — A voz dela saiu baixa, quase inaudível, como se estivesse tentando entender o que ele acabara de dizer. — Achei que seria um trabalho difícil, mas não imaginava que fosse tão grave assim...

Leonel suspirou, tentando ser direto, mas sem deixar de ser sensível.

— Infelizmente, sim. As chances de recuperação são pequenas. A madeira foi completamente comprometida, e a base não foi projetada para aguentar esse tipo de dano. Mesmo que tentássemos reforçar, ainda há o risco de acontecer algo ainda mais grave no futuro... A melhor solução é demolir e recriar a estrutura.

Ela olhou para ele, os olhos marejados, sem saber o que mais perguntar. Ela sentia como se o chão estivesse se abrindo sob seus pés.

— Demolir? — Ela perguntou, a voz vacilante. — Mas... essa padaria é a última coisa que tenho da minha avó. Ela esteve aqui por décadas... Não existe outra solução?

Leonel a olhou com gentileza, mas sem suavizar a realidade.

— Eu sei o quanto é difícil, Laís. Mas minha responsabilidade como engenheiro é garantir sua segurança e a dos futuros clientes e funcionários... O prédio é muito antigo, e o desgaste com o tempo foi imenso. A estrutura, infelizmente, não foi feita para aguentar o que aconteceu com ele.

Milena, que estava em silêncio até então, se aproximou de Laís com um olhar de compreensão. Ela sabia o quanto a decisão seria difícil, e as palavras dela foram suaves, mas firmes.

— Eu sei que não é o que você quer ouvir amiga, mas podemos preservar o que for possível. Talvez reaproveitar alguns elementos da arquitetura, como o painel da fachada, as portas, ou qualquer outro detalhe que tenha valor sentimental. Não estamos falando de apagar tudo, Laís, mas de criar algo novo que também possa carregar a memória da sua avó.

Laís olhou para Milena, tentando controlar as lágrimas que ameaçavam cair. Ela sentia um vazio imenso, como se estivesse sendo forçada a aceitar a perda de algo muito precioso.

— Mas... ainda seria uma demolição, não é? — Ela sussurrou, passando a mão no rosto, tentando se recompor. — Eu não sei se consigo lidar com isso.

Gabriel, que estava ao lado de Laís, finalmente falou, com uma voz mais suave, mas cheia de apoio e segurou a mão da morena.

— Laís, a propriedade é antiga... E está registrada como patrimônio histórico. Isso significa que qualquer mudança ou reparo feito aqui precisa ser aprovado pelo órgão responsável. E, dependendo da extensão das reformas, a papelada pode levar semanas... ou meses.

— Meses? — Ela arregalou os olhos, visivelmente nervosa. — Eu sabia que o prédio era antigo, mas não fazia ideia disso. Eu só quero reabrir a padaria da minha avó.  Isso vai sair caro, não vai?

— Depende. — Milena folheia algumas páginas da planta e sorri de maneira tranquilizadora. — Não é o fim do mundo amiga. Nós podemos criar um projeto que respeite o patrimônio histórico, mantendo a essência do lugar, e apresentar isso para aprovação. Vai exigir paciência, mas dá para fazer. Certo, tio Leonel?

— Dá, sim. Mas a aprovação pode ser demorada, ainda mais se for necessário reconstruir parte da estrutura que foi comprometida no incêndio. A infiltração também pode ter afetado as fundações.

— Lais, a fiação é antiga... Precisamos refazer tudo do zero, e isso inclui modernizar o sistema, mas respeitando as normas de preservação. Por exemplo, os interruptores e tomadas podem ter um design vintage, mas internamente devem atender aos padrões de segurança atuais. — Falou Gabriel para a morena.—

— Mais gastos... — Ela suspira, passando a mão pelo rosto. — Eu não sei como vou pagar por tudo isso. 

— Ei, calma. — Milena coloca uma mão no ombro de Laís. — Esse lugar tem um valor sentimental e histórico. A gente pode tentar um financiamento ou buscar incentivos para restauração de patrimônios históricos. Algumas prefeituras oferecem ajuda para casos assim.

— Milena tem razão. Além disso, como patrimônio histórico, você pode conseguir isenções fiscais ou até patrocínios. Algumas empresas adoram associar suas marcas a projetos assim. — Falou Leonel para a moça.—

— Eu só quero que isso acabe logo. Reabrir a padaria, ver as pessoas entrando, sentindo o cheiro do pão quentinho, e dos bolos e doces... Eu quero isso de volta.

— E você vai ter. Vamos planejar isso com cuidado. O tio Leonel, o Gabriel e eu, vamos dividir as responsabilidades. Você só precisa confiar em nós e focar em como quer que a padaria fique... E eu te garanto que a  "doce sonhos" vai voltar a brilhar, e ser a padaria mais linda de San Lorenzo.

Lais apenas assentiu com a cabeça em agradecimento por tudo que a amiga estava fazendo.

— Então estamos combinados? Primeiro, vamos finalizar o relatório estrutural e levar para aprovação. Enquanto isso, Milena pode trabalhar no projeto arquitetônico, e Gabriel começa a planejar a parte elétrica. — Falou Leonel fechando as plantas para guardar na prateleira.—

— Combinado. — Ela inspira profundamente, tentando aliviar a ansiedade. — Obrigada por me ajudarem. Acho que, com vocês, minha avó ficaria mesmo orgulhosa.

O ambiente na sala estava mais calmo agora, mas a tensão ainda pairava no ar. Milena se levantou primeiro, colocando as plantas de lado e olhando para Laís com um sorriso suave.

— Eu preciso ir... Meu marido deve estar me esperando.

— Eu vou te acompanhar até a porta, amiga. — Milena disse, com a voz mais tranquila. Ela sabia que a amiga precisava de apoio, e seria bom dar a ela um pouco de tempo para digerir todas as informações que acabaram de ser compartilhadas.

Laís, com os olhos marejados, assentiu silenciosamente. Não sabia o que esperar para o futuro, mas sentia que, com Milena ao seu lado, ela teria forças para enfrentar o que estava por vir.

— Obrigada por estar aqui, Milena. Eu não sei como vou dar conta disso tudo... — Laís falou, a voz embargada, enquanto se levantava.

— Vai dar certo, eu te prometo. Sua avó sempre dizia que a padaria era a alma do bairro, e vamos fazer com que ela continue sendo. Só precisamos de um pouco de paciência e planejamento. Vai ser uma linda homenagem a ela. — Milena respondeu, tentando transmitir a tranquilidade que Laís precisava ouvir. Elas caminharam juntas até a porta, onde Milena deu um abraço apertado na amiga. — Vai dar tudo certo, Laís. Eu estarei aqui, ok? — Milena sorriu e, com um último olhar, saiu pela porta, deixando Laís sozinha por um momento, com seus pensamentos.

Dentro da sala, Gabriel e Leonel continuavam a conversar sobre os próximos passos do projeto. O engenheiro elétrico estava examinando alguns detalhes do plano enquanto seu pai, Leonel, falava sobre a importância da estrutura. O pai de Gabriel estava demonstrando preocupação com os prazos e como o projeto precisava ser seguido à risca para garantir a segurança e a preservação do prédio.

— A parte estrutural é delicada, Gabriel. Vamos precisar de muito mais tempo do que imaginamos para estabilizar tudo isso. — Leonel comentou, mexendo nas anotações com uma expressão preocupada.

— Eu sei, pai. Mas a parte elétrica também vai exigir um trabalho considerável. A fiação está toda comprometida, e precisamos garantir que a padaria tenha um sistema eficiente e seguro, sem perder o charme antigo do lugar. — Gabriel respondeu, a voz séria, absorvendo cada detalhe das complexas questões técnicas.

Leonel olhou para o filho, pensativo.

— Você tem razão. Mas a questão da fachada também é um problema. Os danos foram graves demais, e eu não vejo outra alternativa senão demolir e recriar a estrutura. E se isso acontecer, não sei se a prefeitura vai querer financiar a restauração ou ajudar com algum tipo de incentivo.

Gabriel respirou fundo antes de responder, a ideia que estava amadurecendo na sua mente há dias agora tomando forma.

— Era exatamente sobre isso que eu queria falar, pai. — Leonel o observou, desconfiado, ainda não entendendo o que o filho estava sugerindo.— Eu quero pagar todas as despesas do projeto. — Gabriel falou com firmeza. — Vou financiar tudo. Cada etapa, cada custo. Vai ser por minha conta.

Leonel olhou para ele, surpreso e um pouco cético.

— Como é? Você está falando sério?

Gabriel assentiu, com uma determinação visível.

— Sim, pai. Eu vou bancar o projeto inteiro. Não quero que Laís precise se preocupar com mais nada. Sei que ela está com dificuldades financeiras desde o incêndio, e a última coisa que ela precisa agora é de mais uma dívida. Isso vai ser minha contribuição para que a padaria da avó dela seja restaurada. Quero que isso aconteça do jeito certo.

Leonel ficou em silêncio por alguns segundos, processando a decisão do filho. Ele sabia o quanto Gabriel estava envolvido emocionalmente com Laís, mas também sabia que ele poderia estar colocando muito em risco. A relação deles sempre fora marcada por altos e baixos, e ele não queria que Gabriel se arriscasse tanto, sem pensar nas consequências.

— Filho... você tem certeza disso? É um investimento muito grande, e sem contar o risco de imprevistos... Eu não sei se Lais vai aceitar isso...

Gabriel o olhou com confiança.

— Eu sei, pai. Mas eu estou comprometido com isso. Eu não quero que Laís passe por mais dificuldades. Não posso ver ela tomando esse peso sozinha. Não se preocupe, eu me entendo com ela.

Leonel olhou para o filho por um momento, como se quisesse dizer algo mais, mas sabia que Gabriel já tinha tomado a decisão. Por fim, ele apenas assentiu.

— Se você está dizendo... vou te apoiar nisso, Gabriel. Mas seja cauteloso. É uma grande responsabilidade, e eu sei que você tem a intenção de ajudar, mas cuidado para não se perder no processo... Nem se magoar, ou magoar a Lais... Ela é uma boa moça e merece ser feliz... Então seja cauteloso filho...

Gabriel sorriu, com um brilho nos olhos.

— Obrigado, pai. Eu prometo que vou fazer isso com cuidado. Vou cuidar de tudo.

Com essas palavras, pai e filho continuaram a revisar os planos, cientes de que o caminho à frente não seria fácil, mas, de alguma forma, juntos, poderiam superar qualquer desafio que surgisse.

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Oi meus amores, não deixem de curtir e comentar... Esse é o sexto livro da serie Amor na Itália com a família de Luca. Beijinhos, e até o próximo capitulo.

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