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08- Como esquecer

— Você não acha que está fazendo demais por mim, Gabriel? — Lais perguntou, sua voz vacilante, cheia de uma mistura de gratidão e dúvida, enquanto o olhava com intensidade. Ela não sabia ao certo se merecia tudo o que ele estava fazendo, se era justo aceitar tanta generosidade.

Gabriel se recostou na poltrona, seus olhos fixos nela, como se pudesse enxergar o turbilhão de sentimentos que ela tentava esconder. Ele respondeu sem hesitação, com uma suavidade que transmitia a profundidade do que estava dizendo.

— Não acho, não, Lais. Quando meu avô faleceu, você estava ao meu lado, lembrando-me que não precisava enfrentar a dor sozinho. Agora é a minha vez de retribuir, de estar ao seu lado. Não é um favor, é o que se faz quando se se importa.

As palavras dele a atingiram com força, fazendo o nó na garganta de Lais apertar um pouco mais. Ela baixou o olhar, sentindo o peso das lembranças de outro tempo, de outro luto, que ela havia compartilhado com ele. Era difícil aceitar tanta bondade, mas também sabia que Gabriel não era alguém que fazia promessas vazias.

— Obrigada... de verdade, Gabriel — ela murmurou, a voz embargada.

Gabriel não disse mais nada. Em vez disso, se aproximou dela com a mesma suavidade que sempre demonstrava. Ele a envolveu em um abraço apertado, como se fosse possível transmitir tudo o que ele sentia por aquele gesto. Lais se aconchegou contra ele, deixando-se envolver pelo calor e pela segurança que emanavam dele. O mundo parecia diminuir ali, no espaço entre eles, onde o tempo se arrastava e o silêncio falava mais do que qualquer palavra.

O som das batidas do coração dele era um alicerce em meio à tempestade que ela enfrentava. E, por um momento, ela sentiu que talvez, apenas talvez, pudesse se permitir uma pausa de tanta dor.

Mas, como se o destino quisesse interromper aquele instante, o celular de Gabriel tocou, quebrando a quietude do momento. Ele deu um suspiro leve, quase resignado, antes de se afastar suavemente de Lais, com um olhar apologético.

— Desculpa, preciso atender — disse ele, levantando-se para pegar o telefone.

— Alô? — sua voz soou descontraída, mas ele esfregou os olhos, ainda meio sonolento. —

— E aí, cara, tudo bem? — a voz animada de Rafael surgiu do outro lado, descontraída. — Que voz é essa? Parece que você acabou de acordar!

Gabriel riu, balançando a cabeça enquanto se espreguiçava, já despertando.

— Sim, acabei de acordar. E você? Tá tudo bem por aí?

— Tudo tranquilo. Mas olha, eu e a Giovanna estamos indo almoçar no El Touro hoje, você é nosso convidado... vai topar? Queremos conversar sobre um assunto importante com você.

— Sobre o que é? — perguntou Gabriel, curioso, mas com um tom de brincadeira.

— Segredo — respondeu Rafael, rindo. — Mas não fure, hein? Você sabe como a Giovanna fica quando fica brava.

Gabriel soltou uma risada baixa, balançando a cabeça.

— Pode deixar, estarei lá. E vou levar alguém comigo.

— Alguém? Mulher? — a curiosidade na voz de Rafael era quase palpável.

— Sim, a Laís...

Do outro lado da linha, Rafael fez uma pausa, claramente surpreso.

— A mesma Lais que eu estou pensando?

Gabriel riu, com uma leve ironia no tom.

— Sim, essa mesma.

— Interessante... Então espero vocês dois para o almoço, hein? Não faltem, Gabriel, ou vai ser pior pra você...

— Pode ficar tranquilo, Rafa. Até daqui a pouco.

Gabriel desligou o telefone e voltou-se para Laís, que o observava com curiosidade, uma sobrancelha levantada, esperando explicações.

— Era meu primo, Rafael — ele começou, com um sorriso no rosto. — Ele me convidou para almoçar com ele e a esposa no El Touro. E, claro, você é minha convidada.

Lais hesitou, olhando-o de maneira desconfiada, como se estivesse pronta para recusar. Ela estava em um estado emocional frágil e a ideia de sair, de estar em público... não parecia o momento certo.

— Eu não posso, Gabriel — ela disse, mais por instinto do que por uma vontade real.

Ele a olhou com paciência, mas sua expressão se tornou mais firme.

— Pode sim, e não aceito um "não" como resposta. Além disso, eu queria conversar com você sobre algo importante.

— O que você quer conversar? — perguntou ela, desconfiada.

Gabriel respirou fundo antes de falar, sua voz mais séria agora.

— Eu quero que você fique na minha casa, Laís. Não faz sentido você continuar morando em uma pousada. A casa da Samyra fica em Gênova, e a minha fica em San Lorenzo, bem perto da padaria. Vai ser mais conveniente para você, pois, vai estar economizando tempo e dinheiro.

Lais ficou estupefata, o olhar de surpresa se espalhando pelo seu rosto. Ela não esperava aquilo.

— Você está brincando?

— Não!

— Como assim, Gabriel? Eu não posso aceitar isso... Não tem como eu te pagar aluguel, aquela casa é enorme e...

Ele sorriu suavemente, tentando dissipar a tensão no ar.

— Mi vita, você não vai me pagar nada, Lais. Eu nunca cobraria isso de você. Eu prometi à sua avó que cuidaria de você, e é isso que estou fazendo. Não estou fazendo por obrigação, mas por que me importo. Quero que você tenha um lugar seguro, um lar. E esse lar pode ser minha casa por enquanto.

Ela mordeu o lábio inferior, claramente dividida. Sabia que a oferta de Gabriel vinha do coração, mas isso significava muita coisa. Não era apenas uma questão de praticidade, era também um gesto de enorme confiança e generosidade, algo que ela não sabia se merecia.

— Eu preciso de tempo para pensar, Gabriel... — ela disse, finalmente, com uma respiração profunda. — 

Ele sorriu, satisfeito por ela ter cedido a um pequeno passo.

— Lais, você volta comigo hoje mesmo para San Lorenzo, e vai ficar na minha casa até resolvermos a questão da sua propriedade... E isso é um aviso bambina, não é um pedido Lais...

— Gabriel, isso não daria certo Gabriel.

— E por que não daria Lais?

— Você sabe muito bem o por que... Nós vivemos em pé de guerra a muito tempo... Nos vivíamos brigando e...

— Você é minha amiga Lais... Na verdade, já fomos bem mais que isso Lais... Você é importante para mim... E eu não aceito um não como resposta... Então por favor, facilite ás coisas para mim, por que eu não aceito outra opção...

— Gabriel...

—Lais, arrume suas coisas ok...  E  vamos nos apreçar.

A morena suspirou profundamente encarando o loiro a sua frente, ela sabia que era impossível ir contra a teimosia de Gabriel De Luca, principalmente quando ele colocava algo em sua cabeça.

— Tudo bem... — falou se dando por vencida.— Eu vou tomar um banho ok... E depois partimos...

A morena andou até uma de suas malas e retirou uma roupa e logo em seguida se dirigiu ao banheiro enquanto o loiro continuou parado no ambiente de forma pensativa...  o celular vibrou e ele pegou reconhecendo o numero de Rafael, seu primo e melhor amigo.

"O que está rolando entre você e Lais? "

   "Nada! Apenas estou ajudando uma amiga."

" Ajudando uma amiga... Sei!"

   " É serio... Não está rolando nada demais."

" Não quero te dar sermão nem nada... Mas estou feliz por vocês estarem se entendendo... Eu espero que dessa vez vocês possam ser feliz."

" para de viajar, ela é uma amiga."

" uma amiga que você sempre gostou... Não estou te julgando, nem pressionando a nada... Mas, vá com calma ok."

Gabriel ficou em silêncio, ainda com o celular nas mãos. As palavras de Rafael ecoaram em sua mente, como uma música repetitiva que ele não conseguia parar de ouvir. " Ajudando uma amiga... Sei!"

Ele se virou para a janela, deixando a luz suave da tarde entrar no ambiente, mas ainda sem conseguir afastar as dúvidas. Não queria admitir que Rafael pudesse estar certo. Não queria nem ao menos pensar nisso. Porque se ele começasse a pensar, talvez tudo fosse mudar. E ele não sabia se estava pronto para isso. Não agora, não quando as coisas entre eles ainda eram nebulosas, indefinidas. Talvez fosse melhor assim.

A porta do banheiro se abriu e Lais apareceu, com os cabelos úmidos e a expressão tranquila. Ela olhou para ele e sorriu, mas algo em seu sorriso fez Gabriel sentir que talvez ela soubesse o que ele estava pensando.

— Vamos? — ela perguntou suavemente, já pegando a mala ao lado da porta. E depois fechando a outra que estava aberta. 

Gabriel sorriu ajudando ela com á três malas e depois caminharam até a saída da pousada. Lais pagou a conta e logo depois ambos partiram em absoluto silêncio.

O silêncio entre eles enquanto caminhavam em direção à Lamborghini parecia pesado, carregado de pensamentos não ditos e sentimentos que ainda não encontravam palavras. Gabriel queria dizer algo, talvez quebrar aquele silêncio incômodo, mas não sabia o que dizer. As palavras que Rafael lhe mandara ainda ressoavam em sua mente, como um eco que não se calava.

Eles chegaram ao carro, e Gabriel abriu a porta para Lais, um gesto cortês, mas que parecia carregar uma delicadeza que ele não costumava demonstrar. Ela entrou no carro, e ele seguiu logo atrás, ligando o motor e deixando a máquina roncar suavemente.

A viagem começou sem grandes conversas. As ruas de San Lorenzo passavam rapidamente pela janela, e a paisagem ao redor parecia mais uma pintura em movimento, tranquila e serena. No entanto, dentro do carro, a tensão parecia mais forte a cada quilômetro percorrido.

Lais olhou pela janela, mas sua mente estava em outro lugar. Ela sabia que Gabriel estava em conflito, algo que ela conseguia perceber até mesmo em seu silêncio. Ele estava se distanciando, como se tentasse colocar alguma distância entre eles. Talvez ele estivesse lidando com algo que ela não entendia, ou talvez fosse o reflexo do que ele realmente sentia, mas ainda não queria admitir.

Ela não sabia se devia falar algo ou deixar as palavras suspensas no ar, esperando o momento certo. Sabia que ele ainda estava pensando no que Rafael lhe dissera, mas também sabia que ele nunca seria do tipo que se abriria facilmente.

Depois de algum tempo, Gabriel quebrou o silêncio, a voz baixa, quase hesitante.

— Então... — Ele fez uma pausa, como se estivesse buscando as palavras certas. — Eu sei que você é cabeça dura, mas eu realmente gostaria que ficasse na minha casa... Ela anda meio largada, e eu não gostaria de alugar para algum estranho.

Lais virou a cabeça, olhando para ele com uma expressão suave, mas curiosa.

— Eu não quero ser um peso para você. — Ela respondeu com calma, tentando transmitir um pouco de conforto, embora sua própria inquietação estivesse à flor da pele.

Gabriel olhou para a estrada à frente, mas agora ele parecia mais atento, como se estivesse finalmente começando a se permitir refletir sobre o que estava acontecendo entre eles.

— Lais... — Ele suspirou, sem conseguir completar a frase de imediato. — Você não é um peso... Eu não quero que pense dessa forma...

Lais manteve os olhos nele por um momento, tentando entender o que ele realmente queria dizer. Ela sabia que estava no meio de algo delicado, mas não queria pressioná-lo. Ela, também, não estava certa de onde aquele vínculo entre os dois poderia levar.

—Mas, ainda assim, eu não posso te pagar um aluguel pelo valor que aquela casa vale...

Gabriel a olhou rapidamente, um pouco surpreso com a maturidade em suas palavras. Ele não esperava que Lais fosse tão sensata. Mas, ao mesmo tempo, aquilo fez ele se sentir um pouco mais aliviado, como se pudesse respirar mais facilmente.

—Eu já falei que não precisa me pagar... Pare de ser orgulhosa, e aceite a minha ajuda. — Ele parou, sentindo a dificuldade de expor o que sentia. — 

Lais olhou para ele e, pela primeira vez, a complexidade de seus sentimentos parecia estar se alinhando de alguma forma. Ela entendeu que, por trás da fachada de segurança e confiança, Gabriel também carregava suas próprias inseguranças.

— Se eu aceitar a sua ajuda, eu vou ficar te devendo mais um favor...— Ela disse com um sorriso suave. —

— Como assim? 

— Eu sei o que você fez no passado... Você ajudou a minha avó a tirar a padaria do vermelho naquela época de crise...

— Do que está falando?

— Não adianta negar Gabriel De Luca... Eu sei que você trocou com a Luna de lugar, para fazer o trabalho voluntario na "doce sonhos". E pagava para ás meninas ir tomar café todos os dias na padaria.

— Quem te falou isso? Foi a Luna não foi? Ou foi a Milena?

Lais não disse nada, apenas respirou fundo e, pela primeira vez desde que ela entrou no carro, sentiu que as coisas estavam começando a se acalmar, pelo menos dentro dela. 

— Não interessa quem me falou... Eu só não tenho como pagar tudo o que você fez no passado, e tudo o que você está fazendo agora.

— Eu nunca te pedi que você fizesse isso... Se eu fiz o que fiz, era por que me importava com você e com a vovó... Aquela padaria era tudo para ela... E eu não podia deixar tudo ser destruído... Não quando você vivia dizendo que queria transformar aquela padaria na maior confeitaria de San Lorenzo. —  Ele deu um pequeno sorriso, mais genuíno, e voltou a olhar para a estrada à frente, sem pressa de chegar a lugar nenhum, e Lais sentiu os olhos marejar com o comentário do loiro.—

— Você ainda se lembra disso?

— Como não se lembrar do maior sonho da garota que sempre foi importante para mim.

O comentário, pegou Lais mais uma vez de surpresa, e ela se limitou a não dizer mais nada... Talvez fosse melhor permanecer em absoluto silêncio.

A viagem continuou tranquila, agora com uma leve sensação de compreensão silenciosa entre os dois. Eles ainda tinham muito a descobrir, mas, de alguma forma, a jornada parecia menos assustadora agora.

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