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07- chore por favor

O céu estava coberto por nuvens cinzentas, e uma garoa fina caía delicadamente, como se o próprio dia estivesse chorando em despedida. O som das gotas que atingiam as folhas criava uma melodia triste, perfeita para aquele momento de luto.

O enterro foi um evento íntimo, restrito aos amigos mais próximos. Não havia grandes discursos ou aglomerações, apenas rostos familiares que compartilhavam o peso da perda. Gabriel permaneceu ao lado de Lais o tempo todo, como uma sombra protetora. Seu olhar atento captava cada movimento da morena, pronto para apoiá-la caso precisasse.

Lais manteve-se ereta e composta, com os braços cruzados sob o casaco preto, como se aquilo fosse seu escudo contra a vulnerabilidade. Ela não chorou. Apenas ouvia as palavras de conforto e os pêsames que ecoavam ao seu redor. Seus olhos fitavam o caixão que descia lentamente à terra, mas seu pensamento parecia longe, perdido em um turbilhão de memórias e dores que ela não sabia como processar.

Quando a cerimônia terminou, as pessoas começaram a se dispersar, deixando flores sobre o túmulo recém coberto. Lais permaneceu ali por mais alguns minutos, imóvel. Gabriel, ao seu lado, não disse nada. Ele sabia que, às vezes, o silêncio era a maior forma de apoio.

— Obrigada por estar aqui — murmurou Lais de repente, quebrando o silêncio. Sua voz estava baixa, quase inaudível.

Gabriel inclinou ligeiramente a cabeça, como se considerasse suas palavras.

— Você não precisa me agradecer. Estou aqui porque quero, não porque preciso — respondeu ele, com sinceridade.

Lais o encarou por um instante, e algo no olhar de Gabriel parecia transmitir força. Ele não oferecia apenas condolências, mas a promessa de que ela não enfrentaria tudo sozinha.

— Vamos? — perguntou ele, gentilmente.

Lais assentiu e, juntos, eles caminharam de volta para o carro. A chuva havia diminuído, mas a melancolia do dia ainda pairava no ar.

Enquanto Gabriel dirigia pela estrada molhada, Lais finalmente falou:

— Não sei o que vou fazer agora. Parece que o chão sumiu debaixo dos meus pés.

Gabriel manteve os olhos na estrada, mas sua voz foi firme quando respondeu:

— Você vai descobrir. E, até lá, eu estarei aqui. Não importa quanto tempo leve... 

Lais olhou pela janela, observando as gotas de chuva escorrendo pelo vidro. Pela primeira vez em dias, sentiu que havia uma fagulha de esperança, pequena, mas suficiente para seguir em frente. Mesmo com toda a dor que estava sentindo naquele momento.
****

A estrada parecia interminável, com a paisagem borrada pela chuva e o céu cinza refletindo a melancolia de tudo o que havia acontecido. Gabriel mantinha os olhos fixos no caminho à frente, as mãos firmes no volante, mas seus pensamentos estavam com Laís, observando-a em silêncio. Ele sabia que palavras não poderiam curar a dor que ela sentia, mas seu silêncio ao lado dela era uma forma de transmitir que ela não estava sozinha nesse vazio.

Laís continuava olhando pela janela, a vista embaçada pelas gotas de chuva que escorriam. Ela não tinha palavras, mas havia algo no fundo de sua mente que ainda não conseguia processar completamente. Era como se sua vida, de repente, tivesse perdido uma direção clara, como se o futuro fosse um mistério nebuloso e distante. As pessoas diziam que o tempo curava, mas, naquele momento, ela não acreditava que o tempo fosse suficiente. A dor parecia ser algo muito mais profundo, algo que ela não sabia como lidar.

O silêncio no carro não era desconfortável, mas preenchia o espaço com uma sensação de reflexão mútua. Ambos estavam ali, em suas próprias introspecções, buscando algum tipo de sentido em um cenário de dor e incerteza. Laís respirou fundo e, finalmente, olhou para Gabriel, como se ele fosse a única coisa sólida no meio daquele caos.

— Eu sei que você está aqui por mim, Gabriel... Pela promessa que você fez a minha avó... Não se sinta obrigado a nada.

Gabriel olhou para ela, seus olhos suaves, mas carregados de uma compreensão que ela sentiu atravessar sua alma. Ele não respondeu imediatamente. Em vez disso, ele ajustou um pouco a direção do carro e, por um breve momento, a estrada se abriu à frente deles, como se o próprio mundo estivesse lhe oferecendo uma pequena pausa. Ele sabia que o que Laís mais precisava agora era o espaço para entender seus próprios sentimentos, para dar um passo de cada vez.

— Não é apenas a promessa Lais... Eu estou aqui, por que me importo com você.

Laís engoliu em seco, e, pela primeira vez em muito tempo, sentiu uma leve onda de alívio. Não sabia se acreditava completamente nas palavras dele, mas a maneira como Gabriel as disse trouxe uma sensação reconfortante, como se ele realmente soubesse o que ela estava enfrentando. Era um alicerce que ela não sabia que precisava, mas agora, ao ser oferecido, a fazia sentir um pouco mais forte.

— Eu sei que eu ainda tenho muito a processar... — ela murmurou, olhando novamente pela janela, mas desta vez não era só a chuva que preenchia seus olhos. Havia uma centelha de algo mais, algo que se sentia distante, mas que começava a ganhar forma.

Gabriel assentiu, sem pressa, sem pressa de curar a dor dela ou de apressar o que quer que estivesse por vir. Ele sabia que, naquele momento, tudo o que ela precisava era de paciência, e ele estava disposto a dar-lhe isso, sem expectativas.

A estrada continuava a se estender diante deles, e o carro seguiu seu caminho, a chuva diminuindo aos poucos, mas o silêncio confortável entre eles permanecia, como um sinal silencioso de que Laís não estava mais sozinha.

O percurso até a pequena pousada onde Lais estava hospedada foi silencioso e rápido. As ruas estavam molhadas pela chuva e o som dos pneus na estrada era o único ruído no carro. Gabriel não disse nada durante o trajeto, mas seus olhos ocasionalmente se desviavam para a morena, preocupado com o vazio em seu olhar.

Quando perceberam, já estavam estacionando em frente ao local. Gabriel desligou o motor e saiu do carro, indo até a porta do passageiro para ajudá-la. Sem dizer nada, ele a acompanhou até a entrada.

— Obrigada por tudo, Gabriel — disse Lais, em um tom baixo, mas sincero.

Ele olhou para ela, seus olhos cheios de uma preocupação genuína.

— Lais, você tá bem? — perguntou ele, inclinando a cabeça ligeiramente para encontrar seu olhar.

Ela hesitou, olhando para o chão antes de responder.

— Eu... eu não sei dizer — confessou, sua voz trêmula.

Gabriel deu um passo mais perto, sua presença transmitindo um tipo de segurança que ela não sabia que precisava.

— Você não precisa tentar ser forte o tempo todo — disse ele, sua voz firme, mas suave. — Pode chorar.

Os olhos de Lais se encheram de lágrimas instantaneamente. Era como se aquelas palavras tivessem quebrado a barreira que ela havia erguido dentro de si. Antes que pudesse evitar, as lágrimas começaram a escorrer pelo seu rosto, quentes e libertadoras.

Gabriel não hesitou. Ele a puxou para um abraço firme, permitindo que ela desabasse em seu peito.

— Vai ficar tudo bem — murmurou ele, passando a mão suavemente pelas costas dela.— Eu estou aqui com você mi vita!

Lais soluçou, deixando toda a dor, o medo e a solidão saírem. E ali, naquele abraço, no meio da chuva que ainda caía levemente, ela sentiu que talvez pudesse enfrentar o amanhã. Com Gabriel ao seu lado, havia, ao menos, um pouco de luz na escuridão.

Gabriel não soube dizer quanto tempo ficaram ali, mas não importava. O importante era que, aos poucos, Lais parecia estar colocando para fora a dor que havia segurado dentro de si por tanto tempo. Ele a amparou com paciência, permitindo que ela chorasse sem pressa, até que os soluços se transformaram em respirações mais leves.

Quando ela finalmente parou, parecia exausta. Seus olhos estavam vermelhos e inchados, mas sua expressão tinha um traço de alívio, mesmo que pequeno. Gabriel enxugou delicadamente as lágrimas que ainda restavam em seu rosto com os dedos, sem dizer uma palavra, apenas oferecendo o conforto de sua presença.

— Vamos descansar um pouco, você precisa disso — disse ele, em um tom suave enquanto acompanhava ela até o aposento da pousada que ela estava hospedada.

Lais não protestou. Gabriel a ajudou a entrar no quarto, e a conduziu até a cama simples da pousada. Ela se deitou lentamente, ainda com um olhar distante e triste. Gabriel sentou-se ao lado dela e começou a fazer cafuné em seus cabelos, os dedos passando suavemente por entre os fios escuros.

— Não precisa ser forte o tempo todo, Lais. Tá tudo bem, coloque para fora tudo o que está preso ai dentro.— murmurou ele, quase como se estivesse falando com ela e consigo mesmo. Ela fechou os olhos, deixando o cansaço tomar conta. Gabriel continuou o movimento suave em seus cabelos, observando enquanto suas respirações ficavam mais lentas e regulares. Em poucos minutos, Lais estava profundamente adormecida, suas feições finalmente relaxadas depois de tanto chorar.

Gabriel ficou ali por um momento, observando-a. Algo dentro dele o fazia querer protegê-la, cuidar para que ela encontrasse um pouco de paz em meio à dor. Levantou-se devagar, ajeitando uma manta sobre ela, antes de se afastar em silêncio.

Caminhou até a janela e observou a chuva que ainda caía do lado de fora, fina e constante. Ele suspirou, sentindo um peso estranho no peito. Não sabia ao certo o que viria depois, mas uma coisa era certa: ele não a deixaria enfrentar aquilo sozinha. 

Gabriel suspirou profundamente, sentindo o cansaço acumulado finalmente o atingir. Andou até a pequena sala, onde um sofá simples o esperava. Ele retirou a gravata e o terno, desabotoou os primeiros botões da camisa, deixando-se respirar livremente, e então se jogou no sofá pequeno, que mal comportava seu corpo. O desconforto não foi suficiente para mantê-lo acordado; em questão de minutos, ele apagou completamente.

******

A manhã seguinte trouxe um contraste completo. O céu estava limpo, o sol brilhava, e os pássaros cantavam do lado de fora. O dia nostálgico de chuva tinha ido embora, cedendo lugar a uma nova promessa de recomeço.

Lais despertou devagar, como se seu corpo ainda carregasse o peso emocional da noite anterior. Espreguiçou-se, sentindo os músculos tensos, e, mesmo com a luz do dia, a sensação de confusão e solidão ainda pairava sobre ela... Ela não fazia ideia de quantas horas tinha dormido, mas sabia que já era bem tarde.

Ela se levantou, lavou o rosto com água fria e escovou os dentes, tentando clarear os pensamentos. Depois, saiu em direção à sala, seguindo o som suave de passos de alguém se movendo. Ao chegar lá, encontrou Gabriel.

Ele estava deitado no sofá pequeno, em uma posição completamente desconfortável. Sua camisa continuava parcialmente aberta, revelando parte do peito, e seu cabelo estava levemente bagunçado.

Lais parou na porta, observando-o por um momento. Apesar da noite desconfortável que ele claramente havia passado, ele parecia... lindo. Um sorriso suave surgiu em seus lábios, a primeira expressão genuína de leveza que ela havia tido em dias.

Era difícil ignorar o que Gabriel estava fazendo por ela, mesmo que ele não dissesse muito. Ele a apoiava de forma silenciosa e constante, como uma âncora em meio à tempestade.

Ela deu um passo à frente, hesitando um pouco antes de chamá-lo.

— Gabriel? — Sua voz era suave, quase como se não quisesse interromper aquele momento de paz.

Ele se mexeu lentamente, afastando o braço dos olhos e piscando para ajustar-se à luz. Quando seus olhos encontraram os dela, um sorriso leve surgiu em seus lábios.

— Bom dia!— murmurou ele, com a voz rouca de sono.

— Bom dia! — respondeu ela, ainda com o pequeno sorriso no rosto. — Você... dormiu aqui?

— Eu achei melhor ficar por perto, caso você precisasse de algo. Não foi tão ruim quanto parece — respondeu ele, sentando-se no sofá e esticando o pescoço para aliviar a rigidez.

Lais se aproximou, cruzando os braços e olhando para ele com um brilho de gratidão no olhar.

— Obrigada, de verdade. Eu não sei o que faria sem você aqui.

Gabriel a encarou por um momento, seus olhos sérios, mas gentis.

— Você não precisa me agradecer, Lais. Eu só quero ter certeza de que você vai ficar bem.

As palavras dele a tocaram profundamente, e, por um instante, o vazio dentro dela pareceu um pouco menos pesado.

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Não deixem de curtir e comentar caso estejam gostando da historia... Esse é o sexto livro da serie Amor na Itália com a família De Luca.

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