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Capítulo 5 - Parte II

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— Você disse que falaria sobre o que vocês conversaram... — ele a lembrou.

Claire riu. Apontando-lhe o dedo indicador, ela exclama: — Viu como você é esperto!

Ele assentiu.

— Então, vou te dizer do meu ponto de vista profissional, pois não posso revelar todos os problemas pessoais e internos dos meus pacientes, mas entenda Denis, também não pode contar para ninguém sobre isso, — ela lhe aponta o dedo novamente — apenas confio em lhe dizer, porque te conheço desde que você era um menino, e sei que você não contaria um segredo a ninguém... — ela balança a cabeça positivamente para ver se ele fazia o mesmo em entendimento. — Enfim... — ela começou — Lola veio me ver dias atrás e falou sobre o ocorrido, de como te conheceu.

— Ela me disse. — Denis deixou escapar, mas não que fosse algo tão revelador, mesmo assim, esforçou-se para não dizer mais nada.

— Eu queria saber apenas se sua versão da história seria diferente da dela. — Claire continua com um suspiro. — Ela conta várias mentiras, várias mentiras para poder se proteger da verdade, porque a verdade Denis — ela olha ao teto e demonstra compaixão pensando na situação dela — é que ela foi uma garota muito triste. Passou cinco anos do lado do padrasto, o único homem que era da família e podia cuidar dela, mas aconteceu algo que é sigiloso, esta parte não poderei contar. — ela cruza os braços antes de continuar — O que realmente importa é que você consiga se aproximar, e qualquer um também, sabendo que Lola seria sincera.

Denis assente. Ele franze as sobrancelhas como quem tenta entender algo complicado, mas logo depois a olha de novo e lhe dá um sinal com a cabeça.

— Claire... — Denis a chamava assim — O que ela exatamente te falou... Sobre me conhecer?

— Bom, ela não disse que estava chorando. Disse que ambos se sentaram perto da fonte porque não havia mais lugar perto do pátio longe das brincadeiras das irmãs com os menores, e falou que começaram a conversar normalmente aquele dia.

— É... Ela não queria então que você soubesse que ela chorava.

— Sim, Denis, eu sei. Eu não a culpo por nada. Só gostaria que se abrisse mais comigo ou com alguém. Se você puder me ajudar, eu te agradeço. — ela se levanta e abre uma gaveta do lado de sua coxa esquerda. Dentro do mesmo, retira um livro pequeno. — Quero que leia este livro, talvez lhe sirva para essas situações.

O nome do livro era "Psicologia I". Denis o lê e mentalmente fala consigo mesmo. "Talvez isso sirva... Até que estou começando a me interessar por esses negócios de psicologia..."

— Obrigado. — ele diz, levantando-se da cadeira e indo em direção à porta.

Antes que ele saia, Claire o interrompe lhe perguntando:

— Mais uma coisa, Denis. Posso lhe fazer uma pergunta?

— Claro. — ele diz, apenas com a cabeça virada para trás.

— Você gosta dela? Por que senão, não precisa fazer nada para mim, não quero parecer exigente com você.

— Claro que não! Eu adoraria conversar e conhecer ela melhor... Se ela quiser.

Claire sorri, e lhe dá um aceno, e então, Denis deixa a sala finalmente.

Caminhando pelo corredor, ele tenta procurar Emily ou Lola. Qualquer uma das duas. Se encontrasse Emily primeiro, iria conversar com ela sobre Lola, e se a achasse, tentaria conversar com ela. Passeava pelos corredores do pátio, passando entre todas as colunas e salas, ao redor de outras crianças correndo absurdamente rápido e vendo as irmãs as repreendendo como sempre, Denis percebe que talvez todos ainda estão em férias. Não era um dia de se voltar a estudar. Haviam salas no começo do ano que ficavam lotadas de doações de todos os tipos, provenientes do Natal e Ano Novo.

Neste ano, havia um enorme bazar por volta do pátio, que continha produtos diferentes. Doações que pessoas de fora fizeram. Entre todas as coisas eram mais comuns as roupas femininas e masculinas de todas as idades, de bebês e crianças, assim como os adolescentes de 16 anos para mais. As crianças pegavam cestas plásticas e escolhiam as roupas que queriam, mas não era permitido que pegassem mais de cinco peças por vez. Denis não estava tão entusiasmado para pegar roupas novas; apenas pegaria se realmente precisasse, mas viu um rosto familiar em meio a tanta gente que reconheceu. Era Emily, e ela, estava adorando ficar escolhendo entre diversas blusas de calor e inverno, ao lado de suas amigas que ele conhecera na missa no dia anterior. Por um instante, sentiu-se culpado por tê-la deixado enquanto saía escondido com Lola. Contudo, se for parar para pensar, Emily ficou com as amigas e provavelmente não deveria tê-lo visto sair de fininho. Aliás, era até perigoso que ela contasse para uma das freiras.

Denis parou por um momento analisando como deveria iniciar uma conversa. Antes de chegar até ela, sabia exatamente o que dizer:

— Oi, Emily! — diz se aproximando, com as mãos enfiadas nos bolsos da calça e os ombros arqueados de vergonha.

— Oi, Denis! Tudo bem? — ela pergunta, olhando alegremente, pegando alguns acessórios e os colocando na cesta.

— Tudo, e você? — ele pergunta, já se acostumando com o seu ânimo.

— Tudo ótimo.

Denis se encaixa ao seu lado esquerdo, e também acena para as amigas de Emily. Porém, por algum motivo, as amigas dela acabaram por se distanciar assim que Denis havia chegado. Agora, elas andavam na frente os deixando para trás.

— Então, fazendo muitas "compras"? — Emily pergunta, entusiasmada.

— Ah, não, que isso... — ele balança a cabeça. — Não preciso de roupas.

— Tem certeza? — ela lhe perguntou, arregalando um pouco os olhos.

— Sim. Estou bem. Então, queria falar sobre ontem...

Emily deixa a expressão um pouco mais assustada e acaba por abaixar a cabeça, olhando freneticamente os balcões cheios de roupa, tentando não encará-lo. Denis entende completamente, afinal, ela poderia ter se decepcionado um pouco com ele.

— Sobre o que você quer falar? — ela lhe pergunta, com um tom de voz baixo.

— Bom, não sei por onde começar. — ele dá uma pausa. — Bem, me desculpe se eu desapareci no final da festa. Eu gostaria de ter comemorado com você e as suas amigas.

— Tudo bem. — ela dá de ombros — Mas tenho certeza que se você ficasse, minhas amigas me abandonariam, então foi bom que você foi embora.

Ele estranhou. "Por que ela está dizendo isso?" — ele pensou.

— Quer dizer! — ela se altamente corrigiu — Bem, pra onde você foi?

Denis não queria dizer para muitas pessoas que saiu com Lola, principalmente que foram ao telhado onde é um local proibido à noite, ou sem a presença de um supervisor.

— Eu estava com outra pessoa, conversando, e acabei perdendo a hora de voltar.

— E aonde você estava? — ela virou para lhe perguntar, mas por medo que parecesse muito curiosa, se corrigiu novamente. — Quer dizer, se quiser me contar... Por que você veio me dizer algo, não é?

— Sim, sim. — ele concordou — E o que eu quero perguntar é... O que você gosta de fazer?

Ela se assustou com o que ele disse, e ficou ao mesmo tempo magoada que Denis não respondeu sua pergunta.

— Bom, — ela começa com a voz trêmula e depois limpa a garganta — eu gosto de ler livros, faço parte do clube de livros, e como eu já te disse, eu gosto de editar fotos e é assim que eu ganho um dinheiro ou outro. Sou freelancer, e tenho meu próprio website se quiser ver.

É claro! Como Denis poderia ter esquecido? Logo, sacudiu um pouco a cabeça e foi sincero à ela.

— Claro, eu me esqueci, mas acabei de lembrar! Então, você edita fotos? Como assim?

— Ah, você sabe... Instagram é um aplicativo que está em alta hoje em dia e as pessoas só querem ter uma foto de boa qualidade e mudar um pouco as feições de seus rostos, parecendo ser mais atraentes.

— Isso parece coisa de gente desesperada por atenção. — ele soltou um riso bobo. Ela devolveu o sorriso do mesmo jeito.

— É, eu não julgo. — ela torceu a feição e o queixo.

Denis acanhou-se pela sua falta de respeito.

— Digamos que se você tira uma foto e quer que ela aparente ser mais alegre ou mais verdadeira sem estragar o original, eu faço isso, e não cobro caro. A pessoa consegue melhorar a qualidade sem precisar ter uma câmera cara, mas não tenho muitos serviços ultimamente porque agora as pessoas compram aplicativos, sabe?

Ele assente. — Mas acho que é um ótimo passatempo. — ele pensou que talvez nada disso interessasse Lola, afinal, estava apenas conversando com Emily pois Claire queria que Lola se enturmasse com ela. Ele logo voltou para sua linha de raciocínio e a perguntou novamente:

— Mas fora os trabalhos e os livros, o que você gosta de fazer nas horas vagas?

— Hm, acho que gosto de viajar. Quer dizer, viajaria para a praia se pudesse. Adoro quando a freira Benedite me leva até lá.

— Como assim? — ele franziu a testa.

Emily ficou corada e quase deu a si mesma um tapa na cara.

— Ah, não que ela tenha me levado lá alguma vez... É que... — ela olha para Denis mas já não consegue mais disfarçar a culpa em seus olhos. Ela bufa. — Argh, está bem! Eu conto! — ela diz, pegando fortemente na cesta de roupas novas.

Denis ri. — Cuidado para não amassar a cesta com as roupas.

Emily o empurra com uma só mão. — Pegue! Segure isto! Estou cansada! — ela lhe joga a cesta e Denis segura-os pela alça enquanto caminham e Emily vai parando de pouco em pouco para colocar mais uma blusa ou roupa dentro da cesta. Denis ri de sua atitude, e como a acha legal, ele segura sem reclamar.

— Então, vou te contar, mas não conte isso para ninguém! Só você e minhas amigas sabem. — ela o encara.

— Sim, eu prometo. — ele fala normalmente. Não teria razões para contar para alguém.

— Bem, eu tinha uns 8 anos quando a irmã Benedite queria me adotar, porém, poxa, ela virou irmã antes disso acontecer. — Denis a olha entusiasmado. — Eu sei, eu sei. — ela continua. — Trágica história. Enfim, Benedite se sentiu tão culpada que a cada aniversário meu, se sente na obrigação de me levar até a praia, meu lugar favorito e me deixa nadar entre as ondas mais legais de todo o mundo! — ela afirma, sorrindo, e o olha de relance no final. Ele também sorria.

— Mas então, quando é seu próximo aniversário? — Denis pergunta.

— É dia 14 de março. Ainda vai demorar um pouco...

— Mais três meses daqui? Não está tão longe... — ele lhe afirma.

Ela faz as contas mentalmente e também concorda. — Sim, é verdade, mas de qualquer jeito, este é o meu melhor hobbie... Me divertir na praia.

Por um momento Denis para, e algo que vem de dentro dele lhe diz que isso é um bom sinal.

— Como que eu faço para também ser levado até lá? — Denis pergunta, curioso.

— Creio que você precisa de uma permissão, e pelo o que eu soube, é muito difícil ter uma.

— Por que, será?

— Dizem que todos que crescem num orfanato são mal-vistos pelas pessoas de fora, ou então, que as crianças aqui dentro iriam querer fugir, ou sabe-se lá o quê. — ela solta uma risada. — Matar, roubar, tudo o que as freiras mais temem.

Denis riu. — Isso é ridículo... — ele joga o cabelo para o lado esquerdo.

— Eu sei! E é! Se souber como essa burocracia funciona, por favor, me avise. — ela lhe olha lhe dando um sorriso sincero.

— Pode deixar, eu te aviso. — ele lhe dá uma piscada com o olho direito.

Isso foi capaz de deixá-la sem fôlego, e então ela agarrou o cesto de roupas de volta.

— Tem certeza de que não vai querer nada do bazar?

— Tenho. — ele afirmou.

— Está bem.

Isso foi tudo que aconteceu entre eles naquele dia. Denis entusiasmou-se com a ideia de que poderia levar Lola ou até mesmo ir sozinho para a praia e captar o ar das ondas e do mar. Só de pensar nisso, o seu braço começava a se arrepiar. Ele sabia com quem deveria falar, mas a conversa poderia ser um tremendo desrespeito, em vista da irmã Freya — uma das irmãs fundadoras do orfanato — que estabelecia novas regras de comportamento, assim como regras de afazeres, ou, em geral. Denis não conhecia as regras que eram impostas aos órfãos em relação de saírem do orfanato de modo a se divertirem, afinal, poderia ter crescido no orfanato, mas sempre havia uma excursão ou outra afora. Infelizmente, nunca parou para pensar que talvez nunca foi para uma praia antes, apenas lugares sociais e de estudo, como museus e escolas de cursos. Talvez esta fosse a tarefa mais difícil de todas, mas sentia do fundo do coração que deveria fazê-la.


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