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Capítulo 4 - Parte II

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Denis chegou exatamente no horário em que as grandes portas da igreja foram abertas. Na entrada, as freiras distribuíram um papel, onde se encontrava as letras das músicas e horários separando cada apresentação. Já se faziam anos que Denis não participava de nenhuma celebração de ano novo, e para ser sincero, não se arrependeu de não ter vindo antes. Queria ver se continuavam fazendo as mesmas coisas depois de tantos anos, pois ainda se lembrava das músicas e peças. Isso seria divertido de assistir.

— Denis, você por aqui! Que milagre! — disse Claire, chegando ao seu lado e o cumprimentando com um sorriso nos lábios. Ela o abraçou involuntariamente.

— Oi! — disse Denis um tanto surpreso. — Sim, me convidaram...

— Ah, que legal! Você pode me falar mais sobre isso e outras coisas amanhã no nosso horário... Não se atrase! — ela lhe aponta um dedo indicador.

— Não, nunca! — Denis lhe assegurou, balançando a cabeça com um leve sorriso.

— Está bem, divirta-se! — disse Claire, entrando e sentando-se com uma freira.

Pelo visto nada mudara. Claire sentava-se ao lado da sua amiga Benedite, ambas vestidas com roupas dos anos 80, fitas de cetim presas no cabelo e salto anabela. As outras freiras vestiam seus hábitos e algumas crianças ficavam no pequeno palco acima como um coro de louvor. Essas crianças, numa idade entre 9 a 13 anos, eram rostos conhecidos de Denis; conhecia cada menino e menina. Procurava a garota que viu chorando perto do chafariz do pátio principal, mas até agora, nada.

Virou-se para os bancos longos e pequenos assentos dianteiros, procurando por Emily. Ainda havia várias pessoas entrando na capela e muitas já foram pegando os seus assentos, dificultando a passagem. Felizmente, viu Emily conversando com outras garotas e foi até ela. Quando chegou perto, Emily o viu e exclamou:

— Denis! Oi! Aqui, sente aqui!

E então ele sorriu e aproximou-se. Sentou do lado esquerdo de Emily.

— Que bom que você veio!

— É... Faz tempo que eu não participava da celebração...

— Por quê? É tão bom! Faz um bem enorme pra alma!

— É... Não sei. Acho que foi por falta de vontade.

Emily assentiu. Não queria puxar assuntos desconfortáveis, pois parecia que Denis se sentia assim quando mencionava sobre a igreja ou os pais. Então, ela virou-se para o lado direito para conversar e cochichar com as amigas.

De repente, as luzes da capela foram ficando mais claras, e os músicos começaram a soltar leves sons de violão e bateria. As freiras juntaram-se na frente do palco e ligavam os dois microfones. A irmã Marie e a irmã Cinthia começaram a abertura.

"Agradecemos a presença de todos para a celebração de mais um ano junto!"anunciaram.

Exatamente como Denis se lembrava.

"Vamos cantar primeiramente um louvor de boas-vindas a todas as crianças novas que estão aqui conosco este ano."proclamou.

Denis também lembrava-se da canção, e elas começaram a cantar:

Sejam muito bem-vindos,

Meninos e meninas,

Um ano novo colorido

Deus sabe o que é melhor para todos,

Somos um lar de união e amor,

Deus sabe que precisamos de amor,

Paz e prosperidade

Pessoas de bom coração e amigos de verdade.

Denis empolgou-se e começou a sussurrar a letra da música. Não era muito de cantar.

Olha só quem está cantando... — disse Emily, brincando.

Denis sorriu. — Não, eu só sei a letra...

— É, eu também...

Então, Denis lembrou-se de perguntar à Emily sobre a menina que viu no chafariz.

— Ei...

Emily voltou toda sua atenção para ele.

— Esses dias, eu vi uma garota nova. Você sabe se entrou alguma garota no seu andar?

Emily pensou por alguns minutos.

— Não, acho que não. — respondeu.

— Engraçado... Deixa quieto, vi coisas.

Emily fica um pouco sem reação, mas não se importa tanto e volta a cantar também.

Denis continua olhando para todos que estão na capela, e reconhece o rosto que tanto procurava. Lola sentava perto do palco, atrás de Claire. Ela acabara de chegar, sem dúvidas. Por que senão, ele teria a visto sentada ali, mas o interessante percebeu apenas naquele momento. Seus cabelos que antes estavam com a ponta cor-de-rosa, agora estavam clareados, num tom castanho normal, assim como a raiz de seu cabelo.

"Ela é tão linda..." — pensou consigo mesmo.

Percebeu que seu coração acelerava quando a via. Era uma beleza diferente das demais, algo que o atraía, mas não sabia dizer o por quê. Nunca olhou para alguma garota e sentiu algo diferente e intrigante. Essa sensação o trazia um sentimento confuso, como se eles devessem se conhecer.

Minutos se passaram e quando a música que as freiras cantavam acabou, deram início a uma leitura da Bíblia.

"Os filhos são herança do Senhor, uma recompensa que ele dá. Como flechas nas mãos do guerreiro, são os filhos nascidos na juventude! Como é feliz o homem que tem a sua aljava cheia deles!" (Sl 127:3-5)

Esse versículo estendia-se em uma tela branca e grande que ficava do lado esquerdo da capela, acima dos músicos. Era um letreiro para as músicas também. Denis voltou a olhar o cronograma em suas mãos. No último horário, escreveram "Ceia de Final de Ano", e Denis não podia alegrar-se mais. Estava com fome, e perguntava-se o que as freiras prepararam de especial naquele ano.

Não muito longe do orfanato, tinha a cidade e sua vista noturna repleta de luzes de prédios, carros e ruas. Uma vista que podia ser guardada na memória como uma boa lembrança. Apesar de ser restrito a qualquer órfão por questão securitária, Denis gostava de subir até o telhado e contemplar a beleza da cidade. Tanto o céu estrelado, quanto o mundo à sua volta, apesar de ser frio. Talvez fosse por isso que Denis sempre andava de blusas de lã amarrotadas na calça. Uma ocasião perfeita para misturar o clima gelado do vento, com suas vestes quentes e macias.

Denis deixou-se levar pelos pensamentos aleatórios até que voltou a observar Lola novamente. Ela usava uma blusa abotoada rosa-bebê, cabelos castanhos soltos e longos, calça jeans apertada e clara e sapatilhas delicadas com laços brancos. Sua expressão estava normal; feliz, ele diria. Não parecia a garota triste que vira. Pensou em comentar sobre Lola com Emily novamente, mas era melhor deixar o assunto de lado.

Não gostaria de contar para Emily que a pobre garota chorava no pátio.

Por alguma razão que não conseguimos entender, Lola sentia-se observada por alguém, e quando olhou diretamente para Denis, ela o reconheceu. Ficou surpresa ao ver um homem que não aparentava ser mais adolescente, o homem que a encontrou chorando, olhando para ela. Seu coração ficou um pouco acelerado e talvez fosse a vergonha.

Vergonha de lembrar que ele a viu chorando e ela pediu para que não contasse a ninguém. Os dois trocaram olhares por bastante tempo, e Lola deixou sair um leve sorriso. Era uma forma de agradecê-lo por sua capacidade de manter o segredo — se assim o tivesse feito —, e de algum modo, sentia dever conhecê-lo e introduzir-se a ele, mas também sentia que se o fizesse, provavelmente ficaria sem jeito e nervosa. Aliás, só de pensar em falar com ele, sentiu o rosto quente e as mãos suando. Ela virou-se para a irmã Benedite que pegou o microfone e começou a proclamar a palavra de Deus, e assim, Denis parou de olhá-la, mas isso não o impedia de fazer o mesmo várias vezes depois disso.

No final de toda a programação — com duração de duas horas — todos se levantaram das cadeiras e começaram a abraçar um ao outro, proclamando:

"Que a paz do Senhor esteja sempre contigo."

Denis levantou-se. Logo, a primeira pessoa que veio até ele foi Emily.

"Que a paz do Senhor esteja sempre contigo, Denis." — ela disse baixinho, abraçando-o.

Era de costume que todos se abraçassem ao invés de simplesmente darem as mãos e apertar. Denis lhe disse o mesmo e logo após se abraçarem, os dois olharam-se e sorriram envergonhados. Então, as amigas de Emily também lhe deram um abraço e cumprimento, mas Denis não parava de pensar em cumprimentar Lola e Claire que estavam no palco. Consequentemente, logo após, andou furtivamente até o palco e quando chegou numa distância ainda consideravelmente longa, todos pararam de se abraçar e gradualmente se sentavam novamente. Denis percebeu rapidamente e dirigiu-se de volta ao seu assento, pois o momento de abraços havia chegado ao seu fim, e a irmã Marie caminhava até o microfone para dizer a todos que apreciassem o momento da ceia. Não por maldade, mas quando Lola percebe que Denis foi até o palco de modo a cumprimentar as irmãs — e talvez ela — e não conseguiu, deixou escapar um riso e o viu voltando para seu assento cabisbaixo.

Então, todos prestaram atenção à última proclamação da irmã Marie:

Primeiro, porém, revistam-se do amor, que é o elo perfeito. Que a paz de Cristo seja o juiz em seu coração, visto que vocês foram chamados para viver em paz, como membros de um só corpo, e sejam agradecidos. (Colossenses 3:14-15)

— E isso é tudo, meus caros. Agora, convido a todos para repartir a ceia de final de ano. — a irmã Marie terminava de dizer, com um sorriso no rosto caridoso e desligando o microfone.

Todos levantaram e dirigiram-se para fora da igreja, indo em direção ao refeitório que ficava no mesmo andar (térreo), em direção ao sul. Por mais que Denis tentou seguir Lola visualmente, ela saiu da igreja acompanhada de Claire, e Denis contentou-se, sendo acompanhado de Emily e suas amigas.

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