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Capítulo 4 - O Sino Tocou

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"Hoje é o último dia de 2017" — Denis refletiu. "No próximo ano terei 17 anos... Mais um ano pela frente, e então vou fazer 18, e então, vou ter que sair daqui..."

"O que eu fiz nesse último ano? Do que posso me sentir orgulhoso por ter conquistado?" "Devo ir à igreja e agradecer por mais um ano?" "O que será que próximo ano me aguarda, e o que vai acontecer comigo quando eu for me mudar?" "Como será que isso vai acontecer?"

Eram tantas perguntas sem respostas...

"Talvez eu devesse mesmo ir para a igreja e perguntar a Deus, mesmo que minha fé sempre esteve abalada." — pensou.

Denis levantou-se da cama e tirou a roupa. As roupas sujas deixava em uma cesta de plástico e tinha que carregá-las até uma sala onde tinham as lavadoras de roupas e secadoras. Esse serviço todos aprendiam quando crianças. Os produtos sempre ficavam à espreita para serem usados, e Denis orgulhava-se de que conseguia deixar suas roupas mais cheirosas e macias do que as dos outros.

Pegou uma toalha de banho e pensou: "Tenho que ser rápido, a missa sempre começa às 20:00 e termina às 22:00, e se elas seguirem a tradição, logo terá a ceia de fim de ano e todos devem se cumprimentar e abraçar... Algo assim." — imaginava-se abraçando todos que não conhecia e cumprimentando freiras. Denis já teve amigos, mas estes foram adotados primeiro. Ficou magoado por ficar sozinho, pior ainda pelo fato de que nenhum deles voltou a se comunicar com ele, ou ao menos mandou uma carta. Por isso, pensava que não existiam amizades verdadeiras.

Foi até o último quarto do corredor, dedicado às roupas para lavar e deixou sua pilha de roupas jogadas em um canto, depois colocou uma ficha em cima, indicando o número do quarto dele e seu nome. Não iria lavar a roupa naquele momento e essa era uma regra para deixar a roupa ali sem lavar por um ou dois dias, no máximo. 

 Atravessando uma passagem na parede, chegava até uma sala apenas de porcelanato polido, parede e piso. Numa cor acinzentada, com algumas luzes fracas no teto. De todos os cômodos do orfanato, este era um lugar onde as freiras tinham um horário de limpeza rígido. Já eram 19:00 quando Denis se colocou no chuveiro. O horário de limpeza era sempre noturno, pois a maioria dos órfãos homens tinham que tomar banho cedo. As freiras apareciam entre às 19:00 até às 20:00. Denis sabia disso, porém sabia que se colocasse uma placa de "Em uso" do lado de fora da porta, quem estivesse entrando ficaria ciente de que não poderia limpar até que a última pessoa saísse do banheiro, porém, Denis esqueceu-se disso, e isso foi exatamente o que aconteceu. 

Denis empenhava-se para lavar-se depressa, mas a água estava quente e tirando todo o peso de suas costas, relaxando-o, aquecendo-o. O vapor da água embaçava os vidros de fora das pias próximas ao chuveiro. Seu roupão ficou ao lado do seu armário com o seu nome, que estava consideravelmente longe do chuveiro. Seu chinelo o impedia de escorregar no chuveiro, e era regra para que todos os usassem. Quando Denis terminou o banho, com muito sacrifício, desligou o chuveiro e abriu a cortina branca ao seu lado. Pegou com uma só mão a toalha e a trouxe para dentro do chuveiro agora desligado. Fechou as cortinas porque lá dentro continuava quente, e fora estava muito frio nessa época do ano. Depois que se enxugou, enrolou-se na toalha e a prendeu em sua cintura de maneira firme. Saiu, e dirigiu-se até o armário. Escutava barulhos estranhos como se fossem batidas, ou algo que vinha de dentro da sala. Mesmo que distante, tentou prestar atenção e deduziu que fosse algumas das freiras para arrumar o banheiro. Ele olhou para o relógio da parede que ficava no centro da sala. Eram 19:15.

"Ah não!" — pensou. "Por que isso tem que acontecer comigo? Justo agora?" Eu esqueci da placa, esqueci! Como pude? Vou ter que me esconder, pegar minhas roupas e sair de fininho..."

Seu coração estava a mil. Ele nunca foi tão descuidado e avoado assim, mas já escutara histórias similares que aconteceram com outros do orfanato em relação ao horário de tomar banho. Pensou que provavelmente nunca acontecera nada de mais. Seria vergonhoso dizer que uma freira viu um dos órfãos pelados, mas isso só acontecia quando o órfão era bebê. Agora, tinha que fazer seu caminho até o armário. Quando estava para virar no corredor de seu armário, ele escutou os passos da freira vindo em direção ao chuveiro o qual usou pelo lado direito. Então, rapidamente virou-se para o lado esquerdo, caminhando rapidamente pelo corredor até chegar em seu armário. Quando a freira chegou no chuveiro recém-usado, ela parou. Denis imaginou que ela estivesse pensando, e então, ela perguntou em voz alta:

— Tem alguém aqui?

Denis podia dizer estar ali, mas a adrenalina foi tão grande, que simplesmente abriu seu armário e sacou suas roupas de dentro, virando para trás e saindo pelos fundos, dando uma volta enorme para chegar até a porta da saída principal.

Quando havia fechado a porta, a madeira estalou, deixando a freira assustada, e a resposta para o ocorrido foi correr em direção ao som.

Denis já saíra da sala de banho, mas semi-nu. Esqueceu de colocar o roupão ou trazê-lo consigo. Por outro lado, segurava suas roupas limpas e secas próximas ao seu corpo, e tampando as partes mais importantes. Agora, voltara para a sala da lavanderia novamente, e havia um pequeno garoto ali.

— Meu Deus, um homem pelado! Um homem pelado! — o menino falava alto.

— Pare, pare. Não fale alto! — Denis sussurrou e gesticulou com uma mão só, enquanto a outra segurava suas roupas encostadas entre as pernas.

O menino o olhou assustado. — Por que você está pelado? — ele não parecia ter mais que 10 anos e tinha sardinhas por todo o rosto, vestia uma blusa do Hulk, e também vestia shorts com estampa de exército.

— Garoto, você está na sala errada, seu andar não é aqui, e eu não estou pelado! — protestou Denis, aos sussurros.

— Vim acompanhar a freira D'Claire.

"A Sra. D'Claire" — Denis pensou. "Tenho mesmo que sair daqui..." e então, num piscar de olhos, Denis viu-se correndo até o seu quarto, deixando quase tudo à mostra, pois não havia mais tempo para discutir com o garoto e a freira que era uma das mais curiosas e rígidas, agora poderia pegá-lo no flagra. Saiu correndo pelo corredor até chegar no seu quarto, e por sua sorte, não havia pessoas por lá. Quando chegou, fechou a porta e soltou um suspiro de alívio. Então, vestiu-se.

Assim que terminou, não levou muito tempo para baterem em sua porta. Ele atendeu rapidamente.

— O senhor esqueceu isto no banheiro... — a freira D'Claire estende sua mão, mostrando-lhe sua toalha e roupão.

Ele dá uma risada sem jeito. — Ah, muito obrigado...

— Da próxima vez que estiver tomando banho em um horário inapropriado, pelo menos coloque a placa avisando que está em uso. — ela enfatiza, com uma voz rouca e rabugenta, porque já era uma idosa de 50 anos que adorava fazer faxina em tudo, e era realmente muito rígida com as regras.

— Me desculpe, Sra. D'Claire... Eu me...

— Você não pode esquecer, são regras! — ela respondeu áspera, cortando suas desculpas. — Mas, creio que nunca havia esquecido antes, correto?

— Não, suponho que essa foi a minha primeira vez. Me desculpe, não vai se repetir.

— Tudo bem. Não esqueça de conversar sobre isso com Claire. Isso não é normal de você, Denis.

Denis assentiu, mas não pensava ser tão anormal a ponto de ter que falar sobre isso com sua psicóloga. Mesmo assim, os dois abaixaram a cabeça um para o outro em forma de respeito e ele fechou a porta. Antes que fechasse, olhou de relance o relógio e viu que já eram 19:45. Quinze minutos para às 20:00, horário que começava a missa. Apressou-se e arrumou-se. Colocou um casaco xadrez bem afofado por cima da blusa comum cinza e seu jeans por cima. Melhorou o visual do cabelo e espirrou um pequeno frasco de perfume que guardava dentro de sua cabeceira da cama. O frasco estava quase ao fim e ele o ganhara quando tinha apenas 14 anos, mas possuía um cheiro muito gostoso de brisa do mar. Assim, deixou seu quarto, e foi direto à missa.

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