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Capítulo 12 - Parte III

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Lola acordou naquele dia para ver seu mundo cair de repente. Denis sentiu-se tão arrependido que acordou e correu até a caixa de correio para retirar a carta, mas já era tarde demais. Assim que Lola viu a carta, não conseguiu pensar mais em nada e chorou como nunca. Não foi à escola nesse dia e sua mãe, e seu pai deram todo o apoio.  Seu coração estava partido ao meio por motivos que ela nem entendeu bem.

— Querida, posso ver a carta? — Antônio perguntou, enquanto a abraçava na cama.

— Não pai, ela é horrível. Ela é horrível! — Lola dizia aos prantos enquanto o abraçava com Ashley do outro lado da cama.

Ashley se afasta e arruma o cabelo de Lola. De repente, pergunta:

— É o mesmo garoto do qual você se referiu para mim no outro dia?

Lola balança a cabeça dizendo que sim.

— Pois então, deixe-me ver a carta e analisar bem, meu amor...

Lola deixa de abraçá-los e lhes dá a carta já amassada por debaixo do travesseiro. Lola deita no mesmo e pede para ficar sozinha. Os dois decidem ler a carta juntos no outro quarto.

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— Ah querido, isso é muito pessoal. Não devemos nos intrometer...

— Estou curioso. O rapaz parecia ser bem centrado e apaixonado por Lola.

— Sim... — a mulher concorda. — Estou tão curiosa quanto você.

— Então devemos dar nossa opinião como pais. É a primeira vez que ela tem seu coração partido.

— Certo. — e assim eles abriram a carta.

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Após lerem a carta sentiram-se mal em relação à Lola. Era realmente uma carta horrível.

— Ah querido, isso é tão triste. Agora também sabemos de coisas que nem ela gostaria que soubéssemos.

— Eu sei, mas ele pelo menos foi sensato, mas como homem, eu poderia dizer que se ele está mesmo apaixonado por Lola, não vai deixar esse pensamento ir adiante.

— Por quê?

— Vamos imaginar a situação ao contrário. Quer dizer, imagine se Lola fosse infértil. Será que ele teria coragem de abandoná-la só porque quer concluir seu sonho de ser pai?

— Ah, não sei...

— Veja por nós dois, Ashley. Podíamos ter filhos por conta. Eu e você somos saudáveis e não temos problemas reprodutivos, mas escolhemos adotar, pois pensamos que é uma ação mais altruísta, melhor. Ele pode pensar nisso também. Ter filhos biológicos não difere nada.

Ashley concordou. — Mas ele parece que não desistiria de ter um filho próprio. Algumas pessoas simplesmente não têm essa mentalidade.

— Então o que você acha que devemos dizer à Lola? — Antônio pergunta.

— Vamos dizer que ela um dia vai encontrar alguém com os mesmos pensamentos, vai se apaixonar de novo e que com o tempo os sentimentos que ela sente por ele vai embora.

Os dois concordam e caminham até o quarto dela novamente. De repente, Matt aparece no corredor saindo de seu quarto ao lado.

— Pai, mãe? Alguém ligou de um número estranho.

Os dois se entreolham. — Eu atendo. — disse Antônio.

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— Alô? — era a voz de Claire no telefone.

— Alô, quem fala?

— É a Claire do instituto Lar do Sol em Santa Monica, sou a psicóloga da instituição.

— Sim, sim, lembro. O que aconteceu?

— Parece que mandaram uma carta para Lola... Bem, eu já sei o conteúdo da carta e, eu só queria dizer que ele se sente muito arrependido por enviar.

Antônio suspirou. — Estamos falando do mesmo garoto que colocou os nomes de Lola nos papéis de adoção, certo?

Claire assentiu. — Vocês contaram isso à Lola?

— Não, e depois dessa carta, ele não é bem-vindo na nossa residência.

Ele desliga o telefone após a conversa ficar muda. Não tolerava desculpas esfarrapadas e não tolerava que alguém magoasse seus — agora — filhos.

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Lola escutava músicas no seu iPod velho — o mesmo que usava no dia em que foram à praia —, e não conseguia parar de pensar nos momentos bons que tiveram juntos. Agora, ela escutava uma música que sua mãe a indicara. A letra falava com ela. Era assim:

Quando você ama alguém tão profundamente

Eles se tornam parte de sua vida

E é fácil sucumbir a medos opressivos internos.

Cegamente eu imaginei

Que poderia te manter dentro de um vidro

Agora eu entendi que para ter você

Eu preciso abrir minhas mãos

E ver você subir

Abra suas asas e prepare-se para voar

Porque você se tornou uma borboleta

Oh, voe livremente rumo ao sol.

Se você voltar para mim,

Nós verdadeiramente éramos para ser

Então abra suas asas e voe

Borboleta

Eu aprendi que a beleza

Tem que florescer na luz.

Cavalos selvagens devem correr livres

Ou seus espíritos morrem.

Você deu-me a coragem

Para ser tudo aquilo que eu sempre quis

E sinceramente eu sinto que o seu coração irá

Conduzi-lo de volta para mim quando você

Estiver pronto para pousar

Abra suas asas e prepare-se para voar

Porque você se tornou uma borboleta

Oh, voe livremente rumo ao sol

Se você voltar para mim,

Nós verdadeiramente éramos para ser

Então abra suas asas e voe

Borboleta

Eu não posso fingir que estas lágrimas

não estão caindo sem parar

Eu não posso evitar essa dor

Que está me consumindo

Mas eu suportarei e direi adeus

Porque você nunca será meu

Até que você aprenda a voar.

Ela entendeu o sentido da música.

Era como Denis: deixou-a voar livremente e ficou esperando que ela retornasse à ele.

Mas foi diferente.

Ele não a queria mais de volta.

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Mesmo que as lágrimas não tivessem cessado ainda, ela pegou um casaco e saiu de casa. Seus pais deixaram-na sair sozinha. Sabiam que ela deveria ter seu tempo — não tirando os olhos dela — viram-na atravessar a rua cuidadosamente e ir em direção ao outro lado da calçada.

— Ela deve estar indo à praia. — Antonio disse.

Ashley assentiu.

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Levaram exatos dez minutos para que o ônibus chegasse e mais dez minutos para que parasse na praia de Seaport Village.

Quando finalmente chegou, ela seguiu o fluxo de turistas que caminhavam até o mar. O lugar era lindo e ela agradeceu a Deus por estar num lugar tão lindo. Califórnia também era — mesmo que a lembrasse das tragédias de sua vida —, mas vivera em Califórnia se isso significasse viver ao lado de quem ama. Ela não poderia dizer o mesmo sobre ter filhos. Olhava as pessoas em sua volta e crianças corriam por todos os lados. Isso a lembrava do orfanato. Então, pensou:

"Não quero colocar pessoas no mundo. Há vários motivos para isso, mas julgo que o principal motivo é por que todos vamos morrer um dia, e às vezes, nossa vida não é do jeito que queremos. Sofremos por doenças, perdas, fracassos ou amor. Por que ele quer tanto isso? Seu desejo egoísta é mais forte que o amor que sente por mim? Pelo menos ele estava certo. Não podemos nos mudar para agradar um ao outro, e nisso eu sei que não vou mudar. Eu teria filhos adotivos, mas o que posso escrever em seu retorno?"

No fundo, Lola sabia que seus pais estavam bravos e tristes. Não queriam mais conhecer Denis, mesmo que ele teria sido o único amor da vida de Lola. Ela sabia que não amaria outra pessoa do mesmo jeito, mais de uma vez na vida. O que tinham era mais que especial.

Por um tempo, contemplou a praia e conheceu a vila antes que pegasse o ônibus de volta. Passou em um parque, pensou mais um pouco e deitou-se na grama rala para chorar um pouco. Quando começou a chuviscar, ela sabia estar na hora de voltar para casa. Pensou em como Claire poderia ter reagido à isto — se sabia —, e se Denis falava sério.

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Denis acordou no próximo dia. Verificou o correio e nada. Então no dia seguinte, nada. Decidiu escrever a ela novamente, mas desistiu. Não sabia mais o que dizer. Precisava vê-la pessoalmente, mas Claire o proibiu e falou sobre o que Antônio disse ao telefone.

Denis pediu outra permissão para poder sair do orfanato que tinha sido aceite. Ele faria seu caminho para San Diego nem que fosse até lá de bicicleta.

Emily notou que Denis andava perturbado e distante, então decidiu falar com ele:

— Denis, você vai sair de novo do orfanato, certo?

— Como sabe? — ele perguntou, curioso.

— Claire me disse. Não fique bravo com ela, foi minha culpa...

Denis não pode evitar um rosto quase zangado.

— Eu gosto de você, Denis, mas não vou ficar no caminho entre você e Lola.

Os dois sentaram-se nos degraus do pátio com as salas ao lado.

— Emily... Você é uma boa amiga. Ainda bem que você pensa assim, porque eu amo a Lola. — ele disse, com um olhar sincero e marejado. — Eu torço para que um dia você tenha alguém assim, e que ele te ame muito.

Emily assentiu com os olhos lacrimejando. — Eu sei, obrigada por ser tão honesto.

Denis sorri com os lábios fechados. Ele pegou em sua mão e ela o abraçou em seguida, mas ele não fugiu. Deu seu apoio a ela e depois foi embora.

Ele estava indo até San Diego. Caminhando pelo portão, Claire o repreende.

— Aonde pensa que está indo?

— Ahn... — ele disse meio embaraçoso.

— Eu sabia que quando você disse à Freya que queria ir sozinho para a praia para pensar, era mentira. Ela deveria saber também, mas acho estar com pena. Eu sei para onde você vai, Denis. Vou te dar uma carona até lá.

Denis assustou-se. — Você vai me ajudar? Depois do que eu fiz?

— Sim. Você teve um momento difícil, assim como todos nós.

Ele mal conseguia acreditar em sua boa atitude, mas alegrou-se e a seguiu até seu carro. Os dois foram até San Diego naquele momento — pois o expediente de Claire já acabara —, e chegariam à noite.

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Quando chegaram, Claire sabia exatamente qual era a residência deles.

— Leve isto! — ela deu-lhe o arranjo de flores que compraram no meio do caminho.

Denis pegou-as e foi até a porta. Deu uma rápida olhada na casa, nas frestas da cortina. Ashley, Antônio e Matt assistiam tv. Lola deveria estar no quarto. Foi ao lado da casa e viu uma janela com luzes acesas por dentro. O que Denis fez em seguida foi surpreendente. Escalou as plantas trepadeiras do local até pisar na pequena sacada de seu quarto.

Bateu no vidro de seu quarto duas vezes.

Lola estava deitada em sua cama e escutou o barulho. Quando ela levantou o mesmo som se repetiu mais duas vezes. Vinha da janela. Com medo, Lola dirigiu-se até a mesma e quando abriu a cortina, não havia ninguém. Ela rapidamente abriu a sacada e olhou em volta.

Não havia ninguém, mas algo estava no chão. Era um ramo de flores e uma carta. Lola as trouxe para dentro. Colocou as flores na escrivaninha, sentou-se na beirada da cama com a carta na mão e a abriu rapidamente, com o coração pulando e chorando de felicidade.

"Lola, sinto muito por escrever todas aquelas coisas.

Preciso de tempo para refletir em minhas próprias ações e minhas atitudes.

Quero você mais do que qualquer pessoa nesse mundo. Então, eu deixaria de lado todas as nossas diferenças.

Tenho muitas responsabilidades das quais, preciso me concentrar em primeiro lugar, e tenho certeza que você também tem as suas.

Por isso, não se preocupe se eu não lhe mandar nenhuma carta, mas saiba que eu sempre estarei cuidando de você, por mais longe que eu estiver.

Com amor, Denis."

Ela pôs as mãos na boca e começou a chorar. Releu mais uma vez e segurou a carta como sua própria vida.

Um barulho veio novamente de seu vidro. Não podia ser coincidência! Lola correu e abriu as cortinas.

— Denis! — ela abriu a janela e pulou em seus braços.

Ele a trouxe para dentro levantando-a sob o chão e a rodopiou no ar. Ficaram um tempo abraçando um ao outro. Lágrimas corriam no rosto de Lola.

— Você não pode se distanciar desse jeito, não pode!

Ele a apertou forte quebrando toda a saudade de seu peito. Quando olharam um ao outro, viram lágrimas caindo do rosto de ambos e deram um pequeno sorriso.

— Tenho que ir, Lola, me desculpe. Eu não posso te atrapalhar.

— Não, espere! Fique um pouco. Conheça a minha família!

— Tenho quase certeza que eles não querem mais me ver. — Denis disse abaixando a cabeça.

— Num segundo eu lhes digo que você se arrependeu e eles vão me entender... — ela olhou-o levantando seu rosto com uma mão. — Fica comigo, por favor.

Ele evitou olhá-la, e quando fez, disse por fim: — Claire está me esperando lá embaixo.

— Claire também veio? — ela lhe dá um sorriso.

— Sim, mas está me esperando...

Lola volta com sua expressão triste e lhe dá um último abraço.

— Me desculpe por tudo que te fiz, Lola.

Eles se olham e ele enxuga suas lágrimas.

— Eu te desculpo, Denis. Eu te perdoo.

Então ela se aproxima de seu rosto — ele apoia uma mão em sua cintura e outra em suas costas, deixando-a levemente inclinada —, e selam a noite com um beijo rápido e molhado, proveniente das lágrimas derramadas.

Denis lhe dá as costas e começa a descer de sua janela. Lola o acompanha visualmente entrando no carro e acaba por acenar para Claire em retorno. Ela os observa se tornarem pequenos à luz do luar, fazendo seus caminhos ao norte daquela rua escura.

Com pequenas lágrimas rolando em seu rosto, ela coloca a carta em seu coração e faz um pedido ao luar que se assemelhou com o pedido de Denis em seu aniversário.

"No futuro, quero me casar com ele."

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