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• capítulo 1 •

Presente

Chloe

Boston, Setembro de 2025


Existem duas versões de nós mesmos após um evento traumático.
Pensei nisso antes de entrar no avião que mudaria a minha vida. Como aeromoça, eu não deveria pensar muito sobre tragédias antes de viajar, mas era quase impossível não acontecer naquele dia. O céu estava cinza, um temporal estava previsto para algumas horas e caramba... eu não deveria estar ali.
Por quase cinco anos, fiz meu trabalho.
Eu não pisei em Boston. Nem aos arredores. E agora, eu estava ali, encarando o meu maior medo em uma lojinha de aeroporto. O vidro da loja mostrava dois manequins com regatas do time de basquete da cidade, o Boston Celtics. Um deles estava de frente, mostrando a nova regata da temporada e a outra, de costas. Mostrando o número e o nome de alguém que deveria ter ido embora dos meus pensamentos, e coração, há muito tempo.
Suspirei, e depois, bufei.
Chateada comigo mesma por não conseguir controlar as reações do meu corpo toda vez que algo me lembrava do que eu não deveria. Começava com um bolo na garganta, difícil de engolir. Então, eu tentava controlar minha mente e meu coração traiçoeiro. E o maldito aumentava a frequência, e eu sabia o quão perigoso isso era.
— A jersey deste ano é tão bonita — suspirou Jeremy, ao meu lado, cutucando meu braço eu seguida — Você não quer levar algo do Celtics? Seria bom para marcar sua última viagem.
Eu soprei uma risada curta, mas cheia de angústia, olhando de esgueira para o meu colega de escala.
— Não, obrigada.
Não deveria soar tão irônico, mas era.
A última coisa que eu queria, era mais algo para me fazer lembrar de Boston, ou de quem estava ali.
Durante aquela noite que passei na cidade, eu não saí do hotel. Para ser sincera, eu ao menos liguei a televisão. Afinal, faltava um mês para a temporada da NBA iniciar, e os noticiários estavam explodindo de reportagens sobre basquete. Principalmente porque nos últimos dois anos, foi o Boston Celtics quem levou não só a Conferência Leste, mas a taça da Liga.
Fiz meu trabalho de casa nestes quase cinco anos, me mantendo longe. Mesmo que nos piores momentos, eu acabara com uma garrafa de vinho assistindo algum jogo ou assistindo vídeos no Snapchat.
Queria acreditar que eu era uma mulher forte, então, levantei minha cabeça e segui o caminho até o portão do embarque, segurando firmemente na alça da mala de rodinhas.
— É muito estranho saber que é a última vez que você vai viajar conosco, cherry.
Revirei meus olhos para Jeremy e um sorriso muito sutil brotou nos meus lábios.
— Eu não estarei morta, sabia? Apenas preciso de novos ares.
— E onde mais você conseguiria novos ares, do que na profissão que está? Principalmente com suas escalas infinitas para fora do país.
Isso era verdade.
Desde que me candidatei ao curso de aeromoça, aos dezenove anos, meu objetivo sempre foram as escalas internacionais. Por isso, desde o início me dediquei ao máximo para subir de posição, usando meu tempo vago para aprender outras línguas.
Isso me garantiu uma vaga direta nas escalas para Dubai com a Emirates Airlines. Então, era muito estranho para mim fazer a última viagem em uma escala interna nos Estados Unidos.
No entanto, eu precisava estar no escritório da Emirates em Nova Iorque para assinar a papelada amanhã, e o melhor que a empresa conseguiu fazer por mim foi ajustar minha última viagem nesta escala em Boston.
Eu ainda sentia meus pés doerem da chegada em Boston ontem pela manhã, no vôo que durou mais de quatorze horas.
— Brincadeiras a parte, você sabe que vou sentir sua falta.
Sorri para Jeremy e continuamos caminhando até o portão do vôo. Eu não era boa com despedidas e merdas sentimentais, então engoli meu drama e ignorei o olhar amistoso do meu colega.
Quando chegamos, cumprimentei a equipe do vôo e entrei no finger. Jeremy seguiu na direção do avião e meus pés me obrigaram a parar.
Olhei para trás, uma sensação estranha alojada no peito. Meu coração ainda estava batendo depressa desde que encarei o nome da jersey do Celtics, e eu não conseguia identificar o que mais estava alojado no meu peito.
Eu acreditei que era apenas aquela confusão de sentimentos que eu costumava sentir sempre que pensava demais no meu passado na Georgia, mas existia mais algo ali.
Engoli em seco, meus olhos se prendendo no espaço com vidros do finger, onde eu podia ver os outros aviões estacionados e a pista de pouso do Aeroporto Internacional de Logan.
Era estranho pensar que o meu último voo como aeromoça seria exatamente em Boston, porque aqui, estava o pior término da minha vida. E aqui, encerraria também a minha carreira nesta companhia.
O pior, foi pensar no que eu faria no dia seguinte, após assinar os papéis da minha demissão.
Eu tinha um apartamento alugado em Jacksonville e o plano de conseguir um trabalho que não exigisse tanto do meu corpo. Mas tudo era tão vago...
Soltei o ar que nem sabia que segurava quando estreitei meus olhos para o horizonte, onde o sol estava se pondo.
Eu costumava gostar dos finais de tarde quando pequena. Depois que comecei a viajar, o nascer do sol se tornou meu momento mágico.
No fundo da minha mente, algo me lembrou que havia uma terceira preferencia guardada em um espaço proibido das minhas memórias. O espaço que eu tinha aberto desde que aceitei fazer essa escala em Boston, então, apenas por um feixe de espaço eu permiti me conectar aquela lembrança.
Se eu me concentrasse bem, eu ainda conseguia sentir o cheiro de terra molhada e a textura da madeira sob minhas costas. A brisa sutil que tocava em meu rosto e o som da floresta.
Meus dedos, automaticamente, tocaram o meu pulso.
"O seu coração está batendo rápido, Spikky." Lembrei do seu suspiro, do sorriso e dos seus olhos castanhos profundos me encarando como se a única coisa que importasse no seu mundo fosse eu, e em seguida, as palavras que colocaram o meu mundo aos seus pés pela primeira vez. "Se você quer saber a verdade, o meu coração também bate assim quando você está perto".
Abri meus olhos em um rompante, vendo tudo em um pequeno borrão de lágrimas. Talvez aquela viagem fosse sobre o fim, afinal de contas. Sobre encerrar ciclos e iniciar outros, por mais assustador que isso fosse.
Sorri para mim mesma, limpando o canto dos olhos com a ponta dos dedos. Inspirei fundo e segurei a alça da mala mais uma vez, indo na direção do avião.
Se eu soubesse que aquele vôo não era sobre finais, mas sim sobre inícios, talvez eu nunca tivesse permitido relaxar tanto antes de assinar minha sentença.

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