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Chegar em casa

Disclaimer: Personagens originais de "Naruto" e "Boruto: Naruto Next Generation" pertencem a Masashi Kishimoto; história ficcional e não-oficial escrita sem fins lucrativos.

Midias disponibilizadas na capa e nos capítulos não pertencem a mim, total crédito aos artistas originais.

História ambientada no Brasil nos dias atuais.

Casal principal: Naruto X Sasuke

--*--

Sasuke estava atrasado. Muito atrasado.

Sua chefe o havia segurado, mais do que o habitual, na bendita reunião de equipe e agora Sasuke tinha pouquíssimos minutos para chegar em casa. Ainda tinha que passar em um lugar pra buscar comida (a qual, por sorte, já havia deixado encomendada) porque estava cansado e sem tempo de cozinhar algo e o marido estaria tão cansado quanto ele ao chegar em casa.

Bendita hora para sua moto estragar. Tinha deixado-a para consertar há uns 4 dias, mas o pessoal da loja estava o enrolando para devolver. Portanto fora obrigado a pegar uma carona com um de seus colegas. Colega esse que tinha saído mais cedo por problemas pessoais e deixado-o na mão, porque não conhecia mais alguém que morasse, minimamente, perto de sua casa. Ou seja, estava por conta própria.

Tudo parecia compactuar para que ele não chegasse a tempo.

Há pouco, tinha recebido uma mensagem do marido avisando que já havia buscado as crianças na escola, o que lhe aliviava um pouco. Mas ele ainda estava atrasado, terrivelmente atrasado.

Chamou um carro pelo aplicativo, dando o endereço de embarque para o restaurante perto de sua empresa, onde havia pedido seu jantar.

Segurando a mochila sobre os ombros, se pôs a correr meio desesperado, mas mantendo a classe, como só um Uchiha poderia fazer, ou tentar fazer.

Parou no estabelecimento e, pela primeira vez no dia, a sorte parecia sorrir para si, pois que as marmitas já estavam embaladas e só esperando por ele.

Pagou e agradeceu ao atendente, momentos antes de sair e esperar mais alguns minutos para que o carro chegasse.

O trânsito estava caótico, o que o estressou ainda mais, mas, pelo menos, significava que seu marido também demoraria para chegar em casa.

Deu graças a qualquer divindade superior- não que acreditasse muito nisso- quando o carro parou próximo ao portão de seu prédio, quase 20 minutos depois. Só torcia pra comida não estar muito fria.

Subiu as escadas correndo, porque, para complicar mais, o elevador estava em manutenção. A chave facilmente resgatável em seu bolso, onde a colocou quando ainda estava preso no trânsito, foi rápida até o fecho da porta, permitindo sua entrada, instantes depois.

A sala vazia o saudou, mas sabia que logo seria preenchida com as vozes de seus filhos, então Sasuke não tinha tempo para descansar agora.

Deixou a mochila e os sapatos perto da porta e foi tirando a parte de cima do terno enquanto caminhava até a cozinha.

Pendurou o blazer no encosto de uma das cadeiras, antes de pôr o jantar dentro do forno, para não esfriar mais, e buscar as travessas para servir a comida.

Deixou as coisas sobre a mesa e saiu pela sala recolhendo suas coisas e guardando-as em seu quarto.

Ainda conseguiu alguns minutos para limpar o suor, superficialmente, antes de voltar à cozinha e arrumar as coisas nas vasilhas certas. Mal terminou de montar a mesa e soube que tinha concluído seu objetivo no limite do prazo.

Sasuke ouviu a voz dos adolescentes antes mesmo da porta ser aberta. Os gêmeos, Boruto e Menma, vinham na frente discutindo sobre alguma coisa, que ele não prestou atenção, e Sarada parecia a ponto de bater nos dois pra ver se eles ficavam quietos.

Logo atrás, Naruto vinha rindo baixinho pra não acordar Himawari que estava adormecida em seu colo. Sasuke sequer podia repreendê-la, afinal, os braços de Naruto eram o melhor lugar do mundo para se aconchegar e dormir.

Estava exausto, mas a visão sempre enérgica de sua família pareceu, temporariamente, reestabelecer suas energias.

Com um sorriso raro para qualquer pessoa do mundo que não pertencesse ao seu diminuto circulo afetivo, assistiu seus filhos correrem para lavar as mãos e guardarem as coisas nos quartos, antes de se juntarem a ele para jantarem.

-Boa noite, Sas. O cheiro do jantar está muito bom - Naruto saudou o marido, se aproximando depois de deixar suas coisas perto da porta.

-Está mesmo, papai - o comentário veio de uma Himawari desperta demais para quem estava dormindo até segundos atrás.

-Você não estava dormindo? -perguntou à garota ainda abraçada ao pescoço do pai, se recusando a descer.

-Eu gosto do colo do papai -justificou com um biquinho fofo.

Os dois sorriram para a filha, antes dela ir pro chão e correr para lavar as mãos.

-Eu já devia ter me acostumado. Mais um moreno dengoso pra minha vida -Naruto brincou, se aproximando e dando um beijo leve no marido antes de ser enxotado para se limpar e poder jantar.

A refeição foi feita num clima extremamente animado, como era de costume. Os adolescentes contavam sobre algum evento que participaria no colégio e a bebê da família descrevia seu dia na escolinha. Os adultos se resignavam a fazer comentários curtos e sem desviar as histórias.

No fim, a louça foi retirada e os gêmeos ficaram responsáveis por arrumar a cozinha, enquanto Sarada ia pra sala fazer seus deveres e Naruto levou a filha mais nova para se arrumar para dormir.

Sasuke deitou a cabeça na mesa da sala, depois de se certificar que os filhos fariam o trabalho e não se matariam. Agora que a adrenalina tinha baixado, ele estava, finalmente, sentindo a exaustão pesar sobre seu corpo.

O trabalho já havia sido cansativo e ainda teve toda a pressão para voltar pra casa antes do marido. Enfim, ele estava bastante cansado. Mas ainda tinha que aguentar algumas horas, antes de poder se deitar nos braços de seu amado e relaxar por completo, sabendo que seu dia estava completo, mais uma vez.

-Pai -Sarada chamou -O senhor tá bem?

-Só um pouco cansado. Eu corri um pouco pra chegar em casa -respondeu se endireitando na cadeira, antes que acabasse dormindo ali mesmo. Só mais um pouco e poderia ir pra cama, ele podia aguentar até lá.

-Eu acho que nunca tive a oportunidade de perguntar e, na verdade, eu achava que era só coincidência, mas por que o senhor sempre parece estar em casa antes do pai Naru? -a garota perguntou, se ajeitando melhor na cadeira oposta à de seu pai para poder analisar sua resposta. A atitude acabou por fazer Sasuke sorrir de leve, sua filha era parecida demais consigo, não havia nem argumentos para contestar.

-Uma vez, quando éramos mais novos, eu ouvi seu pai dizer que nunca tinha pressa de chegar em casa, porque não tinha ninguém esperando por ele. Aquilo me marcou bastante, porque me fez entender um pouco mais o que se passava na mente daquele projeto de gente, que tava sempre caçando encrenca comigo. Desde que viemos morar juntos, acabei tomando como minha função estar em casa antes dele, para que ele soubesse que sempre há alguém esperando por ele e que não há mais necessidade de procurar refúgio na rua como ele fazia -respondeu com ares nostálgicos, lembrar da época em que fez a promessa a si mesmo, sempre o deixava assim.

Eram outros tempos, outras pessoas. Os dois ainda eram muito jovens e imaturos. Sasuke sempre tivera uma visão de Naruto que o marcava, unicamente, como um moleque mimado e encrenqueiro. Ouvir aquelas palavras, que expunham uma solidão latente, ditas em um tom tão descartável -como se a informação fosse velha o suficiente para nem machucar mais- fez o jovem Uchiha perceber que talvez estivesse julgando o outro cedo demais.

Aquele foi um dos marcos do relacionamento dos dois, pois as coisas mudaram de forma a partir dali. Não que Naruto tenha deixado de ser "mimado e encrenqueiro", mas Sasuke começou a tratá-lo de modo tão diferente, que não demorou para que o outro garoto mudasse também.

Preso em seu próprio mundo, Sasuke não percebeu o olhar de admiração de sua filha ou a presença de mais alguém no cômodo, um alguém que saiu antes mesmo do momento contemplativo acabar.

A movimentação na casa não se prolongou por mais do que duas horas, antes que a cozinha estivesse limpa, as tarefas feitas e todos de banhos tomados e reclusos em seus respectivos quartos.

Deitado na cama, Sasuke fazia um cafuné suave nas madeixas loiras do marido que estava deitado em seu peito, abraçado à sua cintura, quando percebeu Naruto se remexer inquieto, como se quisesse lhe dizer algo.

Com toda paciência que acumulou ao longo dos anos convivendo com a peça, continuou o carinho, dando o tempo que o outro precisava para falar o que lhe incomodava.

-Dizem que nossa casa é onde nos sentimos seguros -começou um tanto inseguro sobre por onde ir -Onde vamos quando precisamos descansar os ossos, sabe? E, tipo, desde que eu me lembro, você se tornou minha casa, sabe? E... Eu tô me enrolando e eu sei que você já percebeu que eu escutei a conversa entre você e a Sarada -começou a resmungar frustrado, antes de apertar o abraço e levantar a cabeça para olhar nos olhos que o haviam apaixonado tantos anos atrás -O que eu tô tentando dizer é que você e nossos filhos são minha casa, meu lar, e, independente, de estarmos juntos ou não, eu sei que vocês sempre estarão comigo, por isso eu não me sinto mais sozinho. Por isso eu sei que eu tenho um lugar pra voltar e que vocês sempre estarão me esperando -finalizou com um sorriso radiante que fez o coração de Sasuke palpitar um pouco mais rápido -Eu te amo muito. Obrigado por fazer esse esforço por mim.

Sasuke o respondeu com um sorriso pequeno e um carinho no rosto, antes de puxá-lo pra voltar pra mesma posição de antes, ainda sem palavras pra responder a declaração do marido.

Sasuke não era alguém de dizer "eu te amo", ou qualquer melosidade do gênero, mas aquela atitude era a mais clara declaração/demonstração de amor que ele podia fazer para alguém como Naruto, que estava sozinho desde que se entendia por gente e nunca teve alguém que se importasse de fazer um sacrifício tão grande por ele.

Coincidentemente, depois daquele dia, Naruto passou sempre ter algum trabalho extra que o fazia demorar um pouquinho mais pra chegar em casa e Sasuke, dificilmente, passou por algum perrengue que o fez se desesperar para estar em casa antes do marido.

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