Ângelo Mancini.
       engenheiro automobilístico.

                                    Quando a notícia do casamento entre Marli Mancini e Ayrton Senna chegou à mídia, parecia que o mundo inteiro tinha algo a dizer. Foi, sem dúvida, um dos momentos de maior especulação da vida deles.

Muita gente dizia que o relacionamento era uma fachada de fama. Alguns insinuavam que Marli queria usar o nome do Ayrton para ganhar mais destaque, enquanto outros diziam que ele, tão reservado e focado na carreira, tinha perdido o juízo por uma mulher.

Eu, como irmão da Marli, ouvia isso tudo e apenas balançava a cabeça. Quem conhece a Marli de verdade sabia que ela nunca precisou de ninguém para brilhar. Ela já era uma estrela antes de o Ayrton aparecer na vida dela. E quanto ao Ayrton? O cara tinha tudo, mas parecia incompleto sem ela.

Enquanto todo mundo especulava sobre o relacionamento deles, achando que o noivado era só fachada ou estratégia de marketing, a verdade é que eles já estavam casados.

O primeiro casamento foi algo que parecia muito com eles: íntimo, simples, e cheio de significado. Uma capela na beira da praia, só com o som do mar e duas testemunhas de cada lado. Eu lembro da Marli contar depois que ela nunca tinha visto o Ayrton tão nervoso quanto naquele dia.

O segundo casamento foi outra história. Na Itália, com toda a pompa que se esperava de um bicampeão mundial e uma das modelos mais famosas do mundo. Era o casamento que o mundo queria ver, com convidados importantes, flashes e manchetes. Para a mídia, era a oficialização do romance mais comentado da época.

O que mais me marcou é que, mesmo com toda essa grandiosidade no segundo casamento, a Marli sempre falava que era o primeiro que importava.

Ela dizia que, na capela, ela sentiu que tinha encontrado o amor de sua vida de verdade.

1991, Angra dos Reis.

( arquivo pessoal de Marli Mancini "casamento em Angra)

1993, Imola na Itália.

(arquivo pessoal de Marli Mancini "casamento na itália" )