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(🏁) . capitulo um.

Ângelo Mancini.
engenhario automobilístico, irmão de Marli.


Eu me lembro bem, sabe? Quando éramos crianças, a Marli odiava Fórmula 1. Nossa família inteira era louca por isso, principalmente o papai. Ele sempre dizia que a velocidade corria no sangue dos Mancini, como se fosse uma regra. Assim que fizemos 10 ou 12 anos, ele nos colocou pra correr. Eu não consigo lembrar a idade exata, mas lembro de nós cinco lá, todos os domingos, com aquele cheiro de gasolina no ar e o som dos motores ensurdecendo qualquer outra coisa.

E a Marli... ela também estava lá, mesmo odiando. Acho que ela achava tudo aquilo barulhento, monótono, sem graça. Enquanto a gente mal via a hora de sentar num kart, ela ficava de canto, com aquele olhar dela que parecia dizer: 'Isso tudo é tão idiota.' Mas ela nunca reclamava em voz alta, sabe? Ela era assim, engolia o que não gostava, só pra ficar com a gente.

Hoje, é engraçado pensar nisso.

Eu lembro como se fosse ontem. O Carlos, sempre querendo ser o mais rápido, perdeu o controle do kart numa curva. Foi uma batida feia, daquelas que você sente no peito mesmo sem estar no lugar dele. Ele quebrou o braço, e mamãe... nossa, mamãe ficou furiosa com o papai. Acho que nunca tinha visto ela tão brava. Eles brigaram a noite inteira no hospital, e a gente escutava tudo, sem dizer uma palavra.

Nós ainda estávamos com os uniformes de segurança. Camisas brancas sujas de óleo, os tênis gastos de tanto correr pra lá e pra cá na pista. Ficamos todos juntos, espremidos num sofá pequeno ao lado do Carlos, que dormia na cama do hospital. Era estranho, sabe? Apesar do barulho da briga, nós cinco estávamos ali, num silêncio que falava tudo.

Eu lembro da Marli deitada com a cabeça no meu ombro. Mesmo pequena, ela já tinha esse jeito dela, de ficar forte quando a gente precisava. Mas, naquela noite, todo mundo estava exausto demais pra fingir que não estava com medo. Acho que foi a primeira vez que sentimos o quanto aquilo tudo era perigoso.

E o Carlos, coitado... no dia seguinte, quando acordou, ele só queria saber quando ia poder correr de novo. E o papai, mesmo depois da briga com a mamãe, sorriu. Porque, no fundo, ele sabia que nenhum de nós ia desistir tão fácil.

Papai sempre teve esse sonho, sabe? Ele queria que um de nós fosse piloto. Aquela ideia de ter um filho competindo nas pistas, disputando as grandes corridas, era o que ele mais desejava. E, até os 16, eu tentei, de verdade, tentar realizar isso por ele. Eu me esforçava, ia pros treinos, fazia tudo como ele queria, como ele sonhava. Mas, com o tempo, comecei a perceber que o que eu realmente gostava mesmo não era estar pilotando.

Eu gostava de ver o funcionamento de tudo, de entender como cada peça, cada detalhe, se encaixava. Eu gostava de engenharia, de automóveis, de ver os carros como máquinas que podiam ser melhoradas, aperfeiçoadas.

Quando eu tomei essa decisão, foi difícil, não vou negar. Era o sonho dele, e, de alguma forma, eu me sentia como se estivesse deixando ele na mão. Mas, ao mesmo tempo, sabia que aquilo não era pra mim. Eu queria estar por trás das pistas, não no meio delas.

Papai não se decepcionou na época. Pelo contrário, ele parecia entender. Ele tinha outros três filhos pra tentar, né? O sonho dele não ia morrer com um de nós. Eu vi ele colocar esperança nos outros, principalmente no Carlos, que sempre teve esse fogo dentro de si, esse desejo de ser o melhor. E eu, bem, continuei meu caminho na engenharia.

Acho que, no fim, todos nós fomos buscar aquilo que realmente amávamos. O papai sempre soube que a paixão pela velocidade estava na gente, mas cada um de uma maneira diferente.

Enquanto eu dava duro na faculdade de engenharia, tentando provar que eu estava seguindo o caminho certo, a Marli dava duro de um jeito bem diferente. Ela começava a fazer books de foto, escondida. Naquela época, ser modelo era uma profissão esquisita, algo meio sem futuro, sem respeito. Mamãe sempre dizia que todas aquelas mulheres acabariam nuas em alguma outra revista qualquer.

Agora, imagina como mamãe ficou quando descobriu as Playboy que eu e meus irmãos escondíamos no quarto. Ela quase teve um ataque. Eu nunca vou esquecer a expressão no rosto dela, o escândalo, o jeito que ela xingava papai, como se ele tivesse alguma culpa no cartório.

(...)

Eu me lembro bem do dia em que mamãe descobriu que a Marli estava mesmo seguindo a carreira de modelo, e foi lá, na passarela da França, que tudo mudou pra ela. Até então, ela achava que aquilo era só uma fase, uma vaidade qualquer que logo passaria. Mas quando ela viu a Marli desfilando, vestindo roupas bonitas de última moda, com aquela postura que só ela tinha, foi ali que mamãe se apaixonou pela profissão da filha.

Eu vi a expressão dela quando a Marli passou pela passarela. Era como se algo dentro dela tivesse clicado, como se ela finalmente entendesse o que a Marli tinha.

Foi na mesma época que papai tomou uma decisão que, na hora, parecia precipitada. Ele largou o escritório, onde estava estabelecido há anos, e se lançou no mundo da Fórmula 1, se tornando um dos empresários mais renomados do setor. A verdade é que, na época, estávamos no Brasil ainda, e a mudança parecia loucura.

Papai tinha um negócio consolidado, uma vida confortável, mas ele sempre acreditou que as grandes oportunidades vinham com riscos. E ele estava certo, de certa forma.

Mas, na hora, ninguém viu isso. Foi uma decisão difícil, principalmente porque estávamos tão longe do centro do mundo da Fórmula 1. A cidade da Fórmula 1, como ele dizia, era a Itália, e foi lá que ele sentiu que tinha que estar para fazer o que sempre sonhou. A Itália era onde as corridas aconteciam, onde as grandes equipes se formavam, onde ele poderia se tornar alguém de real influência nesse universo.

E, para mamãe, a ideia de se mudar para a terra natal fez todo o sentido. Ela sempre teve uma ligação especial com a Itália, e o pensamento de estar mais perto da família, do lugar de onde veio, foi um alívio para ela. Ela sempre teve esse apego às suas raízes, e, de repente, a ideia de viver na Itália parecia um sonho realizado.

Eu lembro da discussão entre eles, mas, no fundo, papai já tinha tomado sua decisão. Ele sabia que a Fórmula 1 não esperava, e se ele quisesse fazer história, tinha que agir rápido.

Na época, a Marli odiou a ideia de nos mudarmos para a Itália. Ela, que já estava começando a fazer seu nome em Paris, se viu, de repente, no meio de um lugar onde as modelos eram todas de sangue italiano, com a beleza e a presença que dominavam as passarelas. E, pra ela, foi um choque.

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