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(🏁) . capitulo trinta e dois.

Marli Mancini.
        modelo.

                                     O ambiente nos boxes da Mclaren era tenso, o som de ferramentas e vozes se misturava à pressão que pairava no ar. Caminhei até lá com passos hesitantes, notando o semblante sério de Ângelo, que rapidamente abandonou a conversa com os outros mecânicos e veio até mim.

Ele me puxou para um canto, longe de olhares e ouvidos atentos.

——— Tá muito perigoso correr, Marli. Tem que fazer o Ayrton não ir pra final.

Seus olhos estavam cheios de preocupação genuína, quase implorando por algo que ele sabia ser impossível.

——— Ângelo... você sabe que isso é impossível.

Minha voz saiu firme, mas havia um tremor que eu não consegui esconder. Ele colocou as mãos no rosto, frustrado, antes de encará-lo novamente.

——— Você é a mulher dele, Marli. Pega esse homem e prende ele no avião, não sei, mas pra segurança do seu casamento, não deixa ele correr.

As palavras bateram em mim como um alerta. Eu sabia que ele tinha razão em estar preocupado, mas também sabia que pedir ao Ayrton para desistir de uma corrida era pedir para ele deixar de ser quem ele era.

Suspirei, sentindo o peso da responsabilidade como uma rocha nas minhas costas.

——— Ângelo... eu entendo. Mas... como eu posso pedir isso pra ele? Ele não vai aceitar.

Ele balançou a cabeça, frustrado, mas não disse mais nada. Apenas se afastou, como se soubesse que nenhuma palavra mudaria o que estava prestes a acontecer.

O som da televisão pareceu explodir no ambiente. Meu corpo congelou no lugar, incapaz de se mover por um momento. O som de metal se retorcendo, seguido pela voz chocada de Galvão Bueno, preencheu os boxes.

——— Que batida terrível! Roland Ratzenberger bateu muito feio!

Ângelo parou ao meu lado, os olhos presos na tela, enquanto a imagem mostrava o carro de Roland destruído contra o muro. O silêncio mortal que se seguiu no ambiente foi quebrado apenas pelos murmúrios preocupados dos mecânicos e engenheiros ao nosso redor.

Senti um nó subir pela garganta, meu coração batendo forte e descompassado. Aquela sensação de medo, que vinha me acompanhando desde o início do final de semana, parecia se intensificar a cada segundo.

——— Tá vendo, Marli? Isso... isso tá errado.

Não consegui responder. Meus olhos estavam fixos na tela, tentando processar o que tinha acabado de acontecer. Lá fora, Ayrton provavelmente já sabia. A adrenalina que ele sentia antes de cada corrida devia ter sido substituída por algo muito mais sombrio.

Apenas respirei fundo e me virei, decidida a encontrar Ayrton. Precisava vê-lo. Precisava saber que ele estava bem.

( . . . )

O caos ao redor era sufocante. A confusão de paramédicos e oficiais tentando conter a situação deixava o ar pesado, quase irrespirável. Meu corpo congelou quando percebi a gravidade do que estava acontecendo. Roland estava imóvel, cercado por pessoas tentando desesperadamente fazer algo, mas no fundo, todos pareciam saber.

Ayrton me viu antes que eu pudesse me aproximar mais. Ele veio em minha direção com passos rápidos e firmes, o rosto tenso, os olhos carregados de uma tristeza que ele tentava esconder. Assim que chegou perto, me segurou pelos ombros e me virou, afastando-me da cena.

——— Não olha, tá horrível.

Sua voz era firme, mas havia um tremor ali, algo que ele raramente deixava transparecer. Ele me puxou para longe, mantendo o braço em volta de mim, como se quisesse me proteger não apenas do que eu pudesse ver, mas de todo o peso daquela situação.

Eu queria perguntar algo, mas as palavras não saíam.

Quando voltamos para os boxes, Ayrton parecia uma sombra. Sua postura estava rígida, mas havia algo no olhar dele que me partia o coração: uma mistura de tristeza e frustração, como se ele carregasse o peso do mundo nos ombros.

Parei ao lado dele, segurando sua mão, tentando puxá-lo para perto de mim. Ele mal olhou na minha direção, como se estivesse preso em um lugar distante dentro de sua mente.

——— Vai pra casa, Marli. Eu te encontro depois.

A voz dele era baixa, quase sem emoção, mas firme. Ele queria me afastar, como se estivesse tentando me proteger de algo que nem ele conseguia controlar.

——— Não.

Ele levantou o olhar, surpreso com a minha resposta, mas eu não recuei. Segurei os dois lados do rosto dele com as mãos, forçando-o a me encarar.

——— Você vem comigo.

Ele respirou fundo, mas não respondeu.

——— Por favor, Beco. Hoje, você precisa de mim tanto quanto eu preciso de você.

Ayrton finalmente cedeu, baixando os ombros e me puxando para um abraço apertado. Naquele momento, ele não era o tricampeão mundial nem o ícone que todos esperavam que fosse. Ele era apenas Ayrton, meu marido, lutando com os próprios medos.

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