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(🏁) . capitulo trinta e cinco.

Marli Mancini.
modelo.

Era o dia do Grande Prêmio de Imola, e o ambiente estava carregado de tensão. No trailer de Ayrton, estávamos sentados um de frente para o outro, o cheiro do óleo e da borracha ainda impregnado na pele dele. Eu estava concentrada enquanto enfaixava suas mãos, que ainda estavam machucadas.

Ele havia me dito, semanas antes, que as feridas não cicatrizavam direito. Eu sabia que, por mais que ele fosse o maior piloto do mundo, havia algo ali que não se resolvia com velocidade ou técnica.

——— As feridas não saram, parece até que virou parte de você ——— eu disse, sem conseguir esconder o cansaço na minha voz.

Ele olhou para mim, com aquele sorriso cansado que só ele sabia dar, como se quisesse me tranquilizar, mas eu via a dor nos olhos dele, mesmo quando falava.

——— É, mexer no volante não mudou porra nenhuma. Minhas mãos ainda ficam raspando na lateral do cockpit ——— ele disse, seu tom desafiador como sempre, mas sem esconder o cansaço.

Enfaixei sua mão o mais delicadamente possível, sem dizer mais nada, porque sabia que não precisava. Ele entendia, mas talvez fosse mais fácil não falar sobre o que estava se passando em sua cabeça. Ele jamais iria desistir, nunca, e isso era o que eu mais amava nele.

——— Queria ter feito alguma coisa por ele ——— Ayrton disse, sua voz carregada de uma tristeza que só quem tinha a alma sensível poderia perceber.

Ayrton parecia perdido em seus próprios pensamentos, o olhar distante, como se ainda estivesse absorvendo a perda de Roland, refletindo sobre o quão vulneráveis eles eram, apesar de todo o talento, força e vitórias.

Eu o olhei e suspirei profundamente.

——— Eu sei, meu amor ——— respondi suavemente, tentando ser o consolo que ele tanto precisava.

Quando terminei de fazer o curativo, meus olhos se fixaram nos dele, e ele parecia distante, em algum lugar além das palavras que eu falava.

Eu suspirei, sentindo o peso daquele silêncio que se fazia tão presente entre nós.

——— Você já é tricampeão, e o piloto mais rápido da Fórmula 1, o que mais você precisa, Beco? ——— perguntei, procurando uma resposta que talvez ele não soubesse dar, mas sentia que a pergunta era mais para mim mesma do que para ele.

Ayrton ficou em silêncio por um momento, sua mente ainda presa nas corridas e nas perdas, mas eu sabia que ele estava escutando. Ele sempre me ouvia, mesmo quando parecia distante.

——— Vamos para casa ——— eu sugeri, tentando encontrar uma forma de aliviar aquela tensão que pairava no ar. ——— A gente pega um avião e vai para nossa casa no Rio. O que você acha?

A minha proposta estava ali, no ar, sem promessas ou grandes explicações, apenas uma oportunidade para nós dois nos afastarmos do momento. Eu queria mais do que nunca vê-lo sorrir de novo, sem a pressão, sem as expectativas, apenas nós dois.

——— A gente pode reformar o quarto do bebê, pegar o quarto com a maior varanda... ——— continuei, falando com o coração apertado, tentando dar uma visão mais doce do que ele estava vivendo.

Mas, ao invés de se perder nas minhas palavras, ele se aproximou com suavidade e segurou meu rosto, suas mãos calejadas de tanto correr, mas com uma ternura que só ele tinha.

——— Não posso parar, Marli. ——— Ele falou baixinho, como se fosse uma confissão.

Eu assenti com a cabeça, sentindo um peso no peito, mas compreendendo que ele não estava falando apenas sobre a Fórmula 1. Era algo mais profundo, algo que fazia parte de quem ele era.

Com um suspiro, me aproximei e o beijei com todo o amor que podia oferecer, como se esse beijo fosse um lembrete silencioso de que, independentemente do que acontecesse, nós sempre teríamos um ao outro.

——— Depois daqui, eu vou te levar para jantar ——— ele disse, com um sorriso no rosto que parecia um pouco mais leve. Ele sabia como eu adorava esses pequenos momentos, longe dos olhos do mundo, em que podíamos simplesmente ser nós mesmos.

Eu sorri de volta, ainda com uma ponta de preocupação, mas também com um sentimento de gratidão por ele estar ali, ao meu lado, querendo me fazer sentir especial em meio a toda a turbulência da vida.

Quando me levantei, pronta para sair do trailer com ele, uma sensação de insegurança me invadiu. A ansiedade que eu tentava esconder se apoderou de mim, e antes que pudesse dar o próximo passo, as palavras saíram com um tom mais suave do que eu queria.

——— Eu tenho medo... ——— confessei, olhando para ele, sabendo que, no fundo, não era só sobre o que acontecia nas pistas.

Era o medo do risco.

Ayrton, com aquele olhar focado que eu já conhecia bem, se aproximou mais uma vez, com a calma que ele sempre transmitia nos momentos mais difíceis. Ele me olhou com intensidade, como se fosse capaz de arrancar todo o meu medo só com a presença dele.

——— Eu vou ser corajoso por nós dois ——— ele respondeu, a voz firme, como uma promessa.

Sua mão tocou meu rosto de forma suave, mas segura, como se me lembrasse que, em qualquer situação, ele sempre estaria ali para me dar a força que eu não sabia que ainda precisava.

Sorri, sentindo um conforto naquele gesto, embora o medo ainda estivesse em mim.

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