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(🏁) . capitulo seis.

Marli Mancini
         modelo.

                          Foi só um beijo, mas parecia muito mais. Uma noite inteira onde eu e Ayrton compartilhamos beijos que diziam mais do que qualquer palavra. Não falamos sobre o futuro, não fizemos promessas. Acho que, no fundo, sabíamos que nossa história não precisava ser apressada, que ela teria seu próprio tempo.

Um mês depois, deixei Portugal. Meu próximo destino era a Bélgica, outra temporada, outra coleção, outra praia. Não trocamos números de telefone, nem endereço, nem fax, nem mesmo uma despedida formal.

Simplesmente deixamos as coisas como estavam, sem amarras. Foi um adeus que parecia mais um até logo

Um ano depois, recebi um fax de Ângelo, que estava no Japão por conta dos negócios com a Honda. Era típico dele, sempre direto e eficiente, mas com aquele toque informal que fazia questão de manter nas mensagens para a família.

Marli ele escreveu. Você não vai acreditar, mas conheci o Senna hoje. Ele está aqui para a temporada de corridas. Conversamos um pouco, e, acredite ou não, ele perguntou sobre você.

Li a frase repetidamente, como se cada leitura pudesse revelar um detalhe escondido. Ayrton perguntou sobre mim? Meu coração deu um salto involuntário. Eu estava em casa pós o trabalho, uma sessão de fotos exaustiva, e, mesmo assim, aquele detalhe tão pequeno conseguiu iluminar o meu dia.

Pensei em respondê-lo, pedir que mandasse um recado ou algum contato de Ayrton, mas algo em mim hesitou.

Um mês depois, a notícia veio como um trovão em céu limpo: papai estava com câncer. Ninguém estava preparado para aquilo, e, de repente, a vida dos Mancini virou de cabeça para baixo.

A casa, que já era grande e cheia de histórias, agora transbordava de gente. As visitas se tornaram constantes, não só por preocupação, mas porque todos queriam estar perto dele. Netos brincavam nos corredores, mulheres ocupavam a cozinha e a sala de estar, enquanto os homens mais velhos da família, sempre tão estoicos, agora pareciam um pouco mais frágeis.

Mamãe era quem mais sofria, mas, ao mesmo tempo, era quem mantinha tudo funcionando. Ela organizava as consultas, cuidava dos horários dos remédios e fazia questão de continuar servindo os almoços da maneira que papai gostava. Parecia que ela estava lutando contra o tempo, tentando criar mais momentos que pudéssemos guardar.

(. . . )

Encostei-me na porta do quarto dos meus pais, observando meu pai em frente ao espelho. Ele estava colocando a gravata formal, a mesma que usava em dias de reuniões importantes.

——— Vai sair? ——— perguntei, cruzando os braços, tentando não demonstrar a preocupação que me corroía por dentro.

——— Pra McLaren ——— respondeu, ajustando o nó da gravata com cuidado. ——— Vamos fechar contrato com o Senna.

Dei um passo à frente, franzindo a testa.
——— Pai... você não devia trabalhar hoje. Tem que descansar.

Ele parou por um momento, olhando para o reflexo no espelho, e então virou-se para mim com aquele sorriso teimoso que sempre trazia.

——— Meu último contrato com o melhor do mundo. Preciso estar lá pessoalmente.

Aproximando-me, toquei sua gravata e comecei a ajustá-la, como fazia quando era pequena. Quando terminei, olhei nos olhos dele e sorri.

——— Eu vou começar a ir nas viagens com você ——— declarei com firmeza. ——— Pra garantir que você esteja bem.

Ele sorriu daquele jeito que só meu pai sabia, misturando orgulho e teimosia. ——— Você é igualzinha à sua mãe, sabia? Sempre dando um jeito de mandar em mim.

Soltei uma risada, mas por dentro meu coração apertava. Era difícil vê-lo fingir que estava tudo bem quando a gravata tremia em suas mãos cansadas.

——— Alguém tem que cuidar do rei dos Mancini, não é?

——— O rei nunca deixa o trono, Marli. E ele sempre cuida dos seus. ——— ele completou.

Terminei de ajeitar a gravata e dei um passo para trás, cruzando os braços. Ele olhou para o espelho, ajustando a postura como se quisesse lembrar a si mesmo de quem ele era.

Foi nesse instante que tomei a decisão mais difícil da minha vida. Deixei minha carreira de lado, sem hesitar. Parei de modelar, abandonei os flashes e as capas de revista que haviam me transformado em um nome conhecido. A partir daquele dia, meu foco seria a McLaren e, mais importante, o meu pai.

Tornei-me a cara da equipe. Todas as reuniões, todas as corridas, eu estava lá. Não importava se era um jantar formal com empresários ou um briefing técnico antes de uma prova, eu estava ao lado dele. Aprendi sobre motores, estratégias e negociações, mesmo quando não fazia ideia do que estavam falando.

Não era fácil. Eu sentia falta das passarelas, dos estúdios fotográficos e da liberdade que minha carreira me dava. Mas, no fundo, eu sabia que aquilo era maior do que qualquer sonho que eu pudesse ter.

Era sobre família.

Na família Mancini, existia uma tradição. O filho que ainda não tivesse se casado e formado sua própria família assumiria a responsabilidade de cuidar dos negócios do pai até segunda ordem. Era uma espécie de código de honra que atravessava gerações, um compromisso não dito, mas entendido por todos.

Naquele momento, Malthus, Marcello e Ângelo já tinham seguido seus caminhos como pais e chefes de suas próprias famílias. Até mesmo Carlos, o mais próximo de mim em idade, já estava noivo. Com todos eles fora da equação, restava apenas uma opção; eu.

Não houve discussão nem resistência. A tradição não permitia dúvidas, e, para ser sincera, nem eu queria lutar contra ela. Sempre soube que o nome Mancini era maior do que qualquer um de nós individualmente. Meu pai precisava de alguém para carregar o peso de seus negócios e sua visão. E esse alguém seria eu.

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