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(🏁) . capitulo cinco.

Marli Mancini.
modelo.


Desde aquele Grande Prêmio em Mônaco, quando Alain levou a vitória e Ayrton cruzou a linha mesmo depois da corrida ter acabado, eu não o vi por quase um ano inteiro. A vida era assim, cheia de encontros que pareciam grandiosos no momento, mas que logo desapareciam na correria do tempo.

Mas, no fundo, algo nele ficou comigo. Talvez aquele sorriso rápido na multidão, ou a maneira como ele atravessou aquela linha como se o mundo todo pudesse parar. Não sei dizer ao certo. Só sei que, quando o vi novamente, um ano depois, em Portugal, comecei a acreditar no destino.

Eu estava lá por trabalho, numa temporada cheia de desfiles e compromissos. Ele estava lá pela Fórmula 1, claro. Nossas vidas eram diferentes, quase opostas, mas naquele instante, parecia que estávamos exatamente onde deveríamos estar.

Eu estava na praia, sentindo o calor do sol contra a pele, enquanto os fotógrafos ajustavam as lentes e discutiam ângulos. Estávamos no meio de uma sessão para a última coleção de verão, vestidos leves que dançavam com a brisa salgada.

——— Tudo bem, meia hora de descanso. ——— anunciou o fotógrafo, já distraído com os ajustes para o próximo clique.

Foi quando o vi. Ayrton estava com alguns amigos, jogando bola na areia Nossos olhos se encontraram por um instante. Não sei se fui eu quem sorriu primeiro ou se foi ele, mas ali estava ele, mais uma vez. O destino não parecia querer deixar nossas histórias se desenrolarem separadas.

E, então, em um movimento quase imperceptível, ele assumiu a liderança. Como se tivesse tomado uma decisão silenciosa, ele se afastou do grupo e caminhou em minha direção. O som das risadas e da bola batendo contra a areia parecia diminuir, enquanto a distância entre nós se encurtava com cada passo dele.

——— Olá, campeão de Portugal. ——— falei, quase sem pensar, como se fosse algo natural entre nós.

Ayrton sorriu, aquele sorriso que eu já conhecia, mas que parecia ainda mais cativante de perto.

——— Acho que esse sou eu. ——— ele respondeu, com um tom de brincadeira, mas também de uma leveza que só ele tinha.

Mesmo um ano depois, Ayrton parecia o mesmo.

——— Vai ficar muito tempo em Portugal? ——— ele perguntou, com o tom descontraído de quem já sabia a resposta, mas ainda assim queria ouvir de mim.

——— Só essa temporada de verão. ——— respondi, deixando o vento no meu cabelo e o som das ondas do mar preencherem o silêncio entre nós.

Ele sorriu, como se tivesse uma ideia de onde queria chegar.

——— Que tal algo então? Talvez, sair. ——— o convite saiu fácil, como se ele estivesse propondo uma simples ideia para passar o tempo.

——— Isso não é um encontro, Senna. ——— falei, sem perder a compostura, mas a curiosidade começando a brotar em mim.

Ayrton riu, aquele riso baixo e solto, que me fazia acreditar que ele realmente sabia o que fazia.

——— Claro que não! É só um jantar, entre amigos. ——— ele respondeu, dando ênfase à palavra "amigos", como se fosse algo muito simples.

( . . . )

Na primeira vez que eu e Ayrton comemos juntos, foi algo tão simples, mas pedimos uma macarronada, daquelas que fazem você se sentir em casa, com um molho cheio e aquele toque reconfortante que só uma comida caseira tem. Ele pediu um drink, algo com muito gelo e limão, e, para acompanhar, eu pedi o mesmo. A noite estava quente, o tipo de calor que parece se instalar na pele e não sair de jeito nenhum.

O lugar era simples, um restaurante à beira-mar, com a brisa suave tentando amenizar o calor.

Entre um gole e outro, começamos a falar sobre sonhos. Eu sabia que ele tinha uma paixão por velocidade, mas não esperava ouvir o que ele disse.

——— Sabia que meu sonho é ir pra Disney? ——— Ayrton disse, sorrindo de um jeito descontraído, quase como se fosse algo inusitado para um piloto de Fórmula 1 admitir. ——— Eu sempre quis ir, sabe? Parece loucura, mas é verdade.

Eu ri, achando a ideia um pouco inusitada para ele, mas ao mesmo tempo, de uma simplicidade que me cativava. ——— Disney? Aquele lugar do rato? ———  perguntei, levantando uma sobrancelha.

——— É, isso mesmo ——— ele respondeu, o sorriso nos lábios.

——— Eu também tenho um sonho ——— eu disse, depois de um tempo, olhando para ele. ——— Queria voltar para o Brasil, morar no Rio de Janeiro. De frente pro mar.

——— Parece um bom sonho ——— ele disse, e eu apenas assenti, com um sorriso leve nos lábios.

——— O seu também ——— respondi.

Ficamos ali, no silêncio, por um momento que pareceu durar uma eternidade. O som da conversa ao redor desapareceu, o barulho da cidade foi abafado, e o único som era o nosso respirar, quase como se o mundo tivesse dado uma pausa para que a gente pudesse se entender sem palavras.

O Ayrton me levou pra casa naquela noite e conversávamos o caminho todo. De repente, em um movimento abrupto, ele me puxou para perto, quase sem pensar. No instante seguinte, uma bicicleta passou a toda velocidade, os pneus raspando o asfalto.

Eu nem vi o ciclista se aproximando, tão envolvida na conversa e no momento com Ayrton. O impacto quase aconteceu, mas ele estava mais rápido. Meus pés perderam o chão por um segundo, mas ele me segurou com firmeza, meu corpo colado ao dele por um instante que pareceu suspenso no ar.

——— Quase você vira cenário de acidente ——— ele disse, rindo, mas com um toque de alívio na voz.

——— Obrigada ——— eu disse, um pouco embaraçada, com um sorriso tímido.

Ele ainda me segurava pela cintura, e o calor do seu corpo contra o meu fez o mundo ao redor desaparecer. O beijo de Ayrton foi suave e intenso, um momento que parecia ter sido escrito para acontecer.

Eu sempre sonhei com príncipes montados em cavalos brancos, mas o destino tinha uma forma diferente de realizar os meus sonhos. Ayrton, era um príncipe. Mas ao invés de um cavalo, seu meio de transporte era um carro de corrida que, de algum modo, parecia tão majestoso quanto um cavalo de batalha.

Quando ele se afastou, ainda com a respiração entrecortada, nossos olhos se encontraram, e eu soube que algo ali havia mudado para sempre. Ele, que parecia ser o rei de um mundo onde as pistas de corrida eram seu reino, acabava de conquistar mais uma vitória, mas não naquelas curvas desafiadoras. Ele me conquistou de uma forma que nenhum título poderia superar.

——— Eu sempre soube que os sonhos se realizam de maneiras inesperadas ——— disse ele, com um sorriso, ainda tocando suavemente meu rosto.

Voltamos a nos beijar, como se o mundo ao redor não existisse mais. Eu segurava com força a camisa dele, sentindo o tecido contra a pele e o calor do seu corpo, enquanto ele, com uma firmeza suave, segurava minha cintura, como se quisesse me prender ali, naquele instante, para sempre.

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