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prolóngo. uma cidade mergulhada em pecado

prolóngo.... UMA CIDADE MERGULHADA EM PECADO

"Às vezes me preocupo em não ser o herói que todos acham que sou." - Mistborn.

GOTHAM...
UM DIA PARA O HALLOWEEN

Havia levado várias semanas para que o departamento de polícia de Gotham City terminasse o trabalho de investigação, trabalho esse que acabou junto de uma pilha de fichas e documentos com o selo "pendente" estampado nele, para em seguida ser jogado dentro de uma gaveta que cruelmente nunca mais seria aberta.

Muita coisa havia se passado entre a morte de Illina e o seu funeral excêntrico. Sienna Pelletier gostaria de dizer que havia sido um dia bonito e ensolarado, mas estaria mentindo dolorasamente.

O vento gélido batia forte contra seu rosto, as nuvens escuras cobriam completamente o sol e o ar áspero de Gotham enchia amargamente seus pulmões. Era bem no começo de Outubro, quando ela enterrou o que havia sobrado de Illina Pelletier. Os restos mortais da mulher não haviam sido enterrados no jazigo da família e nem em um cemitério remoto de Gotham, os Pelletier não possuiam dinheiro o suficiente para ter um jazigo ou para pagar por uma lápide. Até a morte da própria mãe, Sienna nem ao menos sabia que possuía outros familiares e a cova feita de maneira improvisada pela criança havia sido a melhor saída. Era realmente uma cena de horror observar a pequena garota enterrar o corpo da própria mãe, mas ainda assim, Sienna deu o seu melhor para achar um lugar apropriado. Um monte fresco de terra cobria o que havia sobrado do corpo de Illina, perto do muro de um terreno extenso, na parte mais úmida da encosta.

Por vários minutos, nada aconteceu.

Sienna ficou sentada ao lado do corpo enterrado. Com uma lentidão agonizante ela limpou o suor que escorria pela testa pálida e suja de terra. Eram memórias conturbadas e confusas e embora lembrasse de todos os detalhes do caminho que tinha percorrido e do processo torturoso que havia sido enterrar Illina, ainda era difícil lembrar-se em que momento ela decidiu levantar-se da terra úmida e deixar a cova da mãe para trás. Também não lembrava-se de caminhar até o apartamento precário em que morava com Illina, aonde Melina Pelletier agora morava. Mesmo sendo sua nova guardiã legal, a velha Pelletier não era uma mulher com dons para lidar com uma criança, principalmente com uma criança que tinha acabado de perder a mãe de uma forma enigmática.

Melina era uma mulher amargurada, calejada pelas complicações que só a pobreza extrema podia causar na vida de alguém. Ela era cruel na maior parte do tempo, e os dias de Sienna eram recheados de xingamentos, não apenas para ela, mas para o cadáver de sua mãe. Não era um segredo que Illina ganhava a vida de uma forma não convencional, a noite era seu espaço e os homens seus clientes. Embora fosse uma realidade penosa para uma criança presenciar, Illina deu o melhor que pode para permitir que sua filha ficasse o mais longe possível daquilo. Morar com a avó havia sido sem sombra de dúvidas a pior parte que Sienna tiverá que enfrentar, mas com esplendor ela havia dado o seu próprio jeito e escapado das garras perversas de Melina.

Sienna tinha sonhado com seu passado muitas vezes e de forma repentina, como se estivesse participando de um jogo sádico de roleta-russa, bastava fechar os olhos e descobrir se voltaria a reviver episódios de sua infância conturbada. A cova feita de maneira improvisada, o velho apartamento se erguendo diante de seus olhos e a voz estranhamente familiar - mesmo após anos sem escutá-la - de sua avó.

Na cama, ela lutou para se mexer. Logo depois de acordar seu corpo não pertencia a ninguém. Ela a olhava de cima, como uma pessoa em um funeral. Poucos tinham conhecimento sobre aquele lado silencioso da Pelletier e às vezes, Sienna achava que nunca conseguiria arrancar o cheiro e as marcas do passado que estava tão empregnados em sua pele. Em alguns momentos, ela acreditava que as pessoas ao seu redor conseguiriam desvendar sua história se parassem para observá-la, - se fizessem o mesmo que ela fazia com eles -, descobririam toda ruína que Sienna carregava em suas veias. De qualquer forma, seu passado havia deixado rastros e a falta de respostas a transformou em uma curiosa patológica.

Sienna Pelletier nem sempre quis ser uma jornalista. Na realidade, ela tinha um diploma universitário em algo completamente não relacionado em correr de um lado para o outro atrás de uma matéria inédita. Por mais prazer que a faculdade de letras a trouxesse, ela preferia um trabalho que pudesse realizar com a adrenalina que apenas investigar por conta própria os casos que se desenrolavam dentro de Gotham poderia proporcionar. Aqueles casos que muitas vezes era engavetados pela polícia e deixados de lado sem nenhuma resposta, os casos grotescos que ela sabia que daria uma excelente matéria. A cidade tinha esse efeito sobre as pessoas. Talvez estivesse no ar a peculiaridade e a hostilidade.

Sabia que com o dia das bruxas próximo, muitas coisas poderiam se desenrolar. Quando ela saiu da cama naquela manhã, estava determinada a preparar-se para o dia que faria seu nome dentro do meio jornalístico.

━ Já sabe que fantasia vai usar no Halloween ou vou ter que escolher por você?

Sentada no chão da cozinha, Sienna encarou a colega com quem dividia o alugou do apartamento, enquanto colocava a bota. Genevive pairava acima dela com uma calça extremamente apertada e uma camisa com uma abertura lateral que deixava parte de suas costelas expostas.

━ Irei frustrar seus planos se disser que estarei trabalhando? ━ Sienna levantou-se do chão, passando as mãos na calça jeans.

Ginevive era uma mulher bonita. Tinha um cabelo escuro volumoso, olhos castanhos e um corpo longo. Normalmente andava vestindo roupas muito menores que o seu tamanho sem se queixar do frio de Gotham.

Nem pensar ━ Genevive colocou as mãos na cintura fina, sua clássica pose de insatisfação. ━ Sei que você tem um fetiche em correr atrás desses crimes bizarros, e por mais estranho que seja, eu entendo. Mas estou aqui te pedindo uma noite para sair e beber algumas, enquanto veste uma roupa nada conservadora.

Sienna gostaria muito de não ser o tipo de pessoa que fica contente em estar em seu trabalho e gostaria mais ainda de prestar a devida atenção às reclamações da Tellini, mas provavelmente chegaria atrasada na Gazeta de Gotham se não saísse de casa naquele exato momento.

━ Eu realmente adoraria agir como uma tremenda vagabunda por uma noite, ━ disse pegando a bolsa e andando lentamente até a porta. ━ Mas não tenho tempo agora. ━ Ela saiu antes que Genevive pudesse insistir no assunto.

O prédio de Sienna Pelletier não era tão bonito quanto os outros prédios, mas ainda assim tinha a beleza que o seu pouco dinheiro podia comprar. Era um resquício dos anos 80, a porta da frente havia sido modificada por Sienna para impedir que qualquer maluco pudesse abri-la com facilidade. Ela poderia ser facilmente descrita como uma pessoa paranoica, mas se recusava a usar aquele termo para definir-se.

A Gazeta de Gotham ficava próximo de uma praça e longe o bastante para que Sienna precisasse de um carro para chegar. Seus passos eram sempre rápidos, fazendo com que sua respiração torna-se pesada e o percusso que ela normalmente faria em dez minutos foi reduzido para cinco.

Sienna entrou apressada na redação do gazeta, o coração pulsante do jornalismo investigativo da cidade. A sala estava cheia de repórteres digitando freneticamente, telefones tocando e editores discutindo as manchetes do dia. A Pelletier deixou que seus olhos passassem pelo grande escritório da redação, procurando por Anthony Hernández. E quase como se fosse magneticamente atraída, seus olhos pousam no corpo do homem. Sua cabeça está baixa e ele segurava um cantil. Se ele estivesse minimamente bêbado naquela manhã, Sienna poderia ter esperanças que o homem não notaria sua chegada tardia ao trabalho.

Ela passou silenciosamente ao lado de Antônio e teve seus planos frustrados com sucesso.

Onde você estava, Pelletier? ━ Era uma idiotice muito grande subestimar o seu redator chefe.

━ O trânsito está um inferno, ━ um sorriso amarelo surgiu em seus lábios quandos os olhos escuros de Anthony a fitaram. ━ Preparativos para o Halloween.

━ Vou fingir que acredito, e você pode fingir que tem trabalhado em algo.

━ Estou trabalhando em algo. ━ afirmou, embora em partes fosse uma grande mentira.

━ Deixe isso de lado e foque em algo que realmente importe. ━ Anthony puxou de cima da mesa de Sienna um jornal estampado com uma manchete que questionava se o Homem Morcego causava mais dano do que ajuda em Gotham City.

A reportagem cobria uma entrevista com o prefeito e comentava sobre rumores do departamento de polícia de Gotham estar trabalhando com o vigilante mascarado. Não era nenhuma novidade que o Batman possuia ajuda do DP e muito menos os questionamentos sobre suas reais motivações. Anos haviam se passado desde o surgimento do vigilante - e obviamente outros passaram a surgir -, mas as dúvidas que permaneciam dentro da cabeça dos cidadãos ainda eram as mesmas.

O álcool está nublando sua visão, Hernández. ━ Sienna puxou o papel da mão do redator. ━ Imagina que furo esplêndido seria a identidade do vigilante mascarado ser revelada. Faria nossas carreiras, venderiamos tantos jornais que enloqueriamos.

━ Ele deve ser apenas mais um sociopata. ━ Anthony praguejou ━ Essa febre de bastardos mascarados que acham que podem acabar com os demônios dessa cidade infernal só tem piorado as coisas.

Anthony Hernández conseguia bater facilmente o recorde de pessoa mais ranzinza logo cedo. Sienna ainda não sabia com total certeza como ele havia chegado naquele cargo tendo uma personalidade tão difícil e um vício óbvio em álcool.

━ Se continuar dizendo essas coisas vou pensar que na verdade você que gostaria de sair por ai dando socos em alguns criminosos. ━ Sienna abriu um simples sorriso. ━ Esse lugar já era um inferno antes dele surgir, a diferença é que agora aqueles que causavam o caos em Gotham tem algo a temer.

A Pelletier sabia o quão irreal sua vontade poderia parecer. Entretanto, o Batman a atraía como um imã, ele não era apenas um vigilante mascarado, mais um homem que tentava salvar uma cidade condenada. O homem vestido de morcego era seu herói favorito e por mais que tivesse nascido e crescido em Gotham, Sienna nunca teve a oportunidade de conhecê-lo pessoalmente. A curiosidade era um de seus maiores defeitos e sempre à fazia cometer muitas insanidades para ter pelo menos uma pequena resposta.

MANSÃO WAYNE...
UM DIA ANTES DO HALLOWEEN


Dick Grayson parou em frente aos portões imponentes da Mansão Wayne. Era sempre difícil voltar para casa, mas nos primeiros dois anos, quando ele decidiu ir embora para encontrar seu próprio caminho, - longe da sombra do Batman -, parecia uma verdadeira tortura apenas o pensamento de estar novamente dentro daqueles portões. Haviam sido tempos turbulentos, mas agora, com a mensagem urgente de Bruce, Dick sabia que era hora de deixar a liga e voltar.

Os portões se abriram lentamente, e Dick dirigiu pela estrada que levava até a casa, parando o carro em frente a porta de entrada.

Conforme caminhava pelo chão de pedra, as luzes lançavam um brilho acolhedor sobre ele. Dick respirou fundo antes das portas se abrirem, sendo recebido por Alfred Pennyworth.

━ Bem-vindo de volta, Mestre Dick. É bom vê-lo novamente.

━ É bom estar de volta, Alfred, ━ respondeu Dick. ━ Bruce está aqui?

━ Sim, ele está na Batcaverna. Vou levá-lo até lá.

Enquanto caminhava pelos corredores familiares, Dick não pôde deixar de lembrar de todas as memórias que tinha daquele lugar. A Masão Wayne possuia uma arquitetura vitoriana, muito diferente do restante do prédio que havia passado por uma reforma a alguns anos. O estilo gótico era algo que ironicamente combinava com o proprietário, Bruce Wayne.

Alfred conduziu Dick até o relógio avô que escondia a entrada secreta para a Batcaverna. Com um movimento habilidoso, Alfred abriu a passagem e Dick desceu as escadas do ambiente subterrâneo. A Batcaverna era base de operações do Batman, ficava nas fundações da mansão.

Lá embaixo, Bruce Wayne estava de pé diante do computador, analisando dados e imagens no monitor. Ele se virou ao ouvir os passos de Dick.

━ Dick, ━ disse ele, com um aceno de cabeça. ━ Obrigado por vir.

━ Bruce, ━ respondeu Dick, aproximando-se. ━ Recebi sua mensagem. O que está acontecendo?

Bruce suspirou, indicando o monitor.

━ Sabemos onde Jason está, ━ era mais fácil do que devia ser notar a leve mudança de Bruce ao falar sobre Jason Todd. Mesmo depois de anos, o afastamento do filho adotivo ainda parecia mexer com o Wayne. ━ Ele foi visto em uma operação de rotina no porto de Gotham, ━ Bruce apontou para uma imagem no computador, onde Jason Todd aparecia com seu característico traje de Capuz Vermelho. ━ Não sei ainda o que ele quer com isso, mas tudo aponta para uma possível negociação de contrabando de armas amanhã a noite, essa pode ser uma rede de contrabando muito bem organizada.

Por mais que Bruce não admite-se, o Grayson sabia qual eram as preocupações do homem. Jason possuia métodos muito mais violentos e controversos do que os de Batman, e ele sabia mais do que ninguém que a violência só poderia piorar as coisas.

Jason Todd assim como Dick Grayson era apenas mais um órfão, antes de ser adotado por Bruce Wayne, que o treinou para ser o novo Robin. No entanto, Jason sempre foi diferente. Ele era impulsivo e imprudente e tudo tomou um rumo trágico quando ele foi brutalmente assassinado pelo Coringa, um evento que deixou uma marca profunda em Bruce Wayne e no restante da família. Anos depois, Jason foi ressuscitado e quando ele assumiu a identidade de Capuz Vermelho foi como se ele tivesse se perdido completamente. Jason tentou ir atrás de vingança por Batman nunca ter vingado sua morte matando o Coringa, mas aparentemente ele havia desistido de confrontar Bruce. Mesmo assim, com o mínimo que eles poderiam chamar de paz estabelecido, ainda era difícil que se encontrassem de forma amigável sem gerar nenhuma tensão entre os dois.

━ Precisamos de alguém em quem possamos confiar plenamente para se infiltrar e obter provas. Você tem a experiência e as habilidades necessárias para isso.

━ Vou investigar, ━ Dick assentiu, encarando os monitores. ━ Se realmente acontecer uma negociação e o Jason estiver lá para impedir, farei o possível para evitar que algo ruim aconteça.

Bruce colocou a mão no ombro de Dick, um gesto raro vindo dele.

━ É bom tê-lo de volta, Dick.

Eai o que acharam do primeiro capítulo de Antagonism? Espero que tenham gostado.

O capítulo foi mais curto do que eu imaginava que seria, mas finalmente nossos queridos personagens deram as caras aqui e estou bastante ansiosa para mostrar tudo o que venho preparando para eles.

Gostaria de dizer que Anthony é sim meu personagem favorito e embora vocês ainda não tenham visto nada desse querido, podem esperar muito caos desse personagem.

Enfim não esqueçam de comentar e votar para ajudar essa humilde escritora. Eu adoro ler os comentários e saber o que vocês estão achando da história.

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