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Capítulo 14.

Saímos do ônibus, a noite envolvendo-nos em um manto escuro e pontilhado de estrelas. O ar fresco fez meu estômago dar voltas, talvez pela ansiedade ou pelo caos que minha mente estava fazendo.

Os professores nos pediram para formar as duplas para montar as barracas. Eu e Jungwon, claro, seríamos uma dupla, como no papel estava. Sunghoon e Sunoo se entreolharam com uma mistura de resignação e diversão, enquanto Niki, com seu habitual olhar enigmático, juntou-se a Jaehyun que não parecia nada empolgado. O campo logo se encheu de risos e sons de tecidos sendo sacudidos, enquanto todos tentavam decifrar as instruções das barracas.

Jungwon e eu estávamos lutando com as estacas, tentando entender onde cada peça se encaixava. Ele olhou para mim com um sorriso meio torto, e eu sabia que estava se divertindo com o meu desespero.

— Não está tão difícil assim, Jay — ele disse, tentando controlar a risada.

— Fala isso porque você tem talento pra essas coisas! — retruquei, amarrando uma das cordas do jeito errado pela terceira vez. — Não consigo nem diferenciar o lado certo desse tecido.

Do outro lado, Sunghoon e Sunoo estavam claramente com o mesmo problema, mas em vez de frustração, eles pareciam estar se divertindo com o fracasso.

— Sunoo, isso é uma barraca, não um origami — provocou Sunghoon, enquanto Sunoo, com a cara mais blasé do mundo, tentava fazer as pontas se alinharem.

Jaehyun, por outro lado, parecia estar perdendo a paciência com Niki, que observava tudo de braços cruzados.

— Você vai me ajudar ou vai só ficar aí de espectador? — Jaehyun perguntou, o tom já carregado de frustração.

Niki sorriu minimamente, como sempre, e pegou uma estaca do chão com a calma de quem tinha todo o tempo do mundo.

Enquanto isso, a lua iluminava o campo com um brilho suave, e por um segundo, o caos ao nosso redor quase parecia harmonioso. Claro, até que uma das barracas desabou por completo, e os risos voltaram a encher o ar.

— Bem, pelo menos estamos juntos nessa, né? — disse Jungwon, dando-me um leve empurrão no ombro. Enquanto eu me questionava de onde surgiu toda essa intimidade, eu não achava ruim, mas também não conseguia me acostumar.

Enquanto tentávamos, sem muito sucesso, colocar a barraca de pé, um movimento do outro lado do campo chamou minha atenção. Seonjoon estava passando devagar, com seu único amigo ao lado, seus olhos fixos em Sunoo, que montava a barraca com Sunghoon. Por um instante, parecia que o tempo tinha parado. Seonjoon mantinha o olhar fixo em Sunoo, com uma expressão difícil de ler – uma mistura de frustração e algo mais que não consegui identificar. Eu fiquei em silêncio, observando de canto, sem querer chamar atenção.

— Ele não disfarça nem um pouco, né? — Jungwon comentou de repente, sua voz baixa chamando minha atenção.

— Como assim? — perguntei, fingindo não entender, mas já sabendo do que se tratava.

Jungwon deu de ombros, ainda ajustando as cordas da barraca, mas agora com um leve sorriso no rosto.

— Seonjoon claramente tem ciúmes de Sunoo com Sunghoon. Parece que ele nem tenta mais esconder — ele disse, sem olhar diretamente para mim, como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— Você diz como se frequentasse nossa escola a mais de um ano. — Falei.

— Ah, Jay, por favor — Jungwon riu, erguendo os olhos para mim pela primeira vez desde que começamos a conversar. — Me impressiona o fato de vocês nunca terem notado isso. E mais, ele odeia ver o Sunghoon e o Sunoo juntos. Eles fazem um belo casal, não acha?

Eu senti meu coração acelerar por um segundo, completamente pego de surpresa pela observação direta de Jungwon.

— Sunghoon e Sunoo... um casal? — disse negando com a cabeça.

A verdade é que eu já tinha pensado neles dessa forma, no dia em que Sunghoon me disse que gosta de Sunoo. Mas não tinha parado para analisar eles.

Jungwon me observava com um sorriso contido, talvez esperasse minha reação confusa.

— Eles têm uma química engraçada, não acha? — ele continuou, enquanto ajustava mais uma corda da barraca. — Mas sabe como é, a gente nunca sabe o que está realmente rolando.

Eu balancei a cabeça, ainda atordoado, enquanto o riso abafado de Sunghoon e Sunoo ecoava ao longe.

— Como assim? — perguntei desconfiado.

— Vai me dizer que não sabe que Sunghoon gosta de Sunoo também? Você é um péssimo mentiroso, Jay.

Me aproximei de Jungwon com uma expressão desconfiada, minhas mãos ainda mexendo na barraca, mas minha atenção totalmente nele.

— E quem disse que você sabe tanto assim sobre mim? — perguntei, tentando manter a compostura. Meu coração estava disparado, e eu me perguntava até que ponto Jungwon conseguia ler nas entrelinhas.

Jungwon deu um pequeno sorriso, um daqueles que ele reservava para momentos em que sabia que tinha mais informações do que estava disposto a compartilhar. Ele continuou ajeitando a barraca, como se o comentário fosse algo casual, enquanto minha cabeça rodava.

— Eu observo, Jay. E bem, você não esconde muito bem o que pensa, sabia? — disse, finalmente parando de mexer nas cordas e me encarando de verdade.

— Tá... mas como você sabe tanto sobre isso? Não era pra você saber dessas coisas em tão pouco tempo — falei, cruzando os braços e o encarando, tentando, sem sucesso, parecer mais seguro do que estava.

Jungwon riu de leve, balançando a cabeça.

— Eu só sou bom em conectar pontos. — Ele olhou para o lado, onde Sunghoon e Sunoo estavam de costas para nós, rindo de algo que eu não consegui ouvir. — E entre você e eu... eles fazem mesmo um bom casal. Não sei se vão perceber isso logo, mas parece óbvio, não?

Eu ia responder, mas Jungwon continuou antes que eu tivesse chance de protestar.

— E se Sunghoon gosta do Sunoo, isso não quer dizer que as coisas vão ser fáceis. Eles têm que descobrir isso sozinhos.  — disse, jogando um olhar rápido para onde Seonjoon ainda estava observando de longe, a expressão fechada.

Eu engoli em seco, era estranho que ele, tão novo no grupo, já tivesse percebido tanto.

— Você tá falando como se já soubesse o desfecho de tudo — murmurei, tentando aliviar a tensão que estava crescendo dentro de mim.

— Não sei de tudo, mas gosto de pensar que sou bom em prever algumas coisas — disse ele, voltando a me dar um leve empurrão no ombro, como já tinha feito antes.

Jungwon tinha esse jeito de falar, como se soubesse mais do que os outros, mas sempre deixava algo no ar, um mistério a ser desvendado.

Meu celular vibrou, voltei minha atenção para ele e vi que Heeseung estava ligando, mas logo se tornou uma ligação perdida.

— Volto já. — disse me afastando para retornar, o professor me viu e alertou que não era pra ir tão longe e apenas concordei com a cabeça.

Meu celular vibrou de novo enquanto eu me afastava um pouco, ainda com a voz de Jungwon ecoando na minha cabeça. Quando vi o nome de Heeseung na tela, uma pequena onda de alívio me atingiu.

— Ei, já chegaram? Como foi a viagem? — Ele perguntou antes mesmo de eu ter a chance de cumprimentá-lo.

— Foi... interessante — respondi, rindo um pouco enquanto olhava para o caos das barracas que ainda estavam em processo de montagem. — Nada fora do comum, só... você sabe, aquela confusão básica.

Do outro lado da linha, Heeseung soltou uma risada suave.

— Parece que estou perdendo a diversão — ele comentou, a voz carregada de um tom que eu conhecia bem. Heeseung sempre tinha aquele jeito brincalhão, mas algo em sua ausência estava me incomodando.

— Tá se sentindo solitário aí? — perguntei, tentando não soar muito preocupado, mas não resisti em perguntar.

— Eu? Solitário? — Ele riu de novo, como se a ideia fosse absurda. — Não mesmo, Jay. Mas fico pensando em vocês. Só me certificando de que não vão fazer besteira sem mim.

Revirei os olhos, rindo.

— Ah, claro. Porque você é tão responsável quando está por perto. — Minha voz estava cheia de sarcasmo, mas eu sabia que ele estava apenas sendo o típico Heeseung.

— Toma cuidado, tá? E cuida dos outros também. — Ele disse, a voz mais séria agora. — Falei com o Niki mais cedo. Ele parece tranquilo, mas sabe como ele é... meio imprevisível.

— Falou com o Niki? — perguntei, intrigado. — Quando isso?

— Quando estavam no ônibus , liguei pra ele. Só queria garantir que ele estivesse de boa. Você sabe como ele consegue se isolar às vezes.

Eu olhei em volta, notando Niki do outro lado do campo, ainda parecendo distante, observando Jaehyun batalhar com as estacas.

— Vou ficar de olho — respondi, sentindo uma pontada de responsabilidade me atingir.

— Valeu, Jay. Se cuida aí. Qualquer coisa, me liga, tá? — Ele disse, e eu pude ouvir o sorriso em sua voz.

— Pode deixar, Heeseung. A gente se fala.

Desliguei o celular e olhei para onde os alunos estavam, próximo do ônibus. Mesmo com todos ao redor, a presença de Heeseung fazia falta. Ele sempre sabia como manter tudo sob controle, mesmo nas situações mais caóticas.

Quando voltei, nossa barraca já estava pronta, Sunghoon se aproximou e vi que a maioria das barracas também já estavam prontas.

— Não é que o Wonie tem jeito mesmo pra isso? — ele falou observando a barraca.

Notei o tal apelido e revirei os olhos.

— Eu também ajudei se é que você percebeu. Ou estava muito ocupado fazendo seu amor impossível sorrir. — falei.

— Ah, impossível também não. — ele resmungou. — Vamos dividir a mesma barraca, isso é demais.

— Sim, é mesmo. Cadê o Jungwon? — perguntei e ele apontou para o ônibus.

— Foi atrás de um espelho, não me pergunte o porquê.

Niki se juntou a nós.

— É impressão minha ou você e o Jungwon estão mais próximos? — ele perguntou.

— Claro que estamos mais próximos, somos uma dupla, né? — respondi, tentando disfarçar o desconforto com a pergunta de Niki. Não que eu não tivesse notado, mas... o jeito que ele perguntou me fez sentir observado.

Niki deu de ombros, não insistindo no assunto, mas com aquele olhar afiado que ele sempre tinha quando estava analisando algo.

— Mudando de assunto... Heeseung me ligou — ele disse, casualmente.

— Sério? Eu acabei de falar com ele também — comentei, surpreso. — Ele mencionou que tinha falado com você no ônibus.

— Ah, então ele já te contou. — Niki sorriu minimamente, como sempre. — Parece que ele está mais preocupado do que está deixando transparecer, hein?

Antes que eu pudesse responder, algo passou pela minha mente. A janela do ônibus, o carro azul... Eu me lembrei daquela visão intrigante.

— Falando nisso... Quando estávamos no ônibus, vi o carro azul misterioso de novo. A janela estava aberta — disse, interrompendo a conversa casual. Isso fez com que tanto Niki quanto Sunghoon se virassem imediatamente para mim, atentos.

— Sério? Você viu quem estava dirigindo? — Niki perguntou, com mais interesse do que eu esperava.

Eu assenti, olhando para eles.

— Vi. Era o Jake, o amigo do Jungwon.

Sunghoon franziu a testa, claramente confuso.

— Por que o Jungwon não nos contou isso antes? Tipo, que o carro azul é do amigo dele? — Ele olhou na direção do ônibus, onde Jungwon havia desaparecido em busca de seu espelho, como Sunghoon havia mencionado antes.

Dei de ombros, sem saber o que responder.

— Não faço ideia. Achei estranho também, perguntei a ele, disse que achou que podia ser uma coincidência.

Niki cruzou os braços, parecendo pensar.

— Então o carro azul no prédio ontem, era ele.

Sunghoon ficou surpreso quando eu concordei com a fala de Niki.

— Do que estão fofocando sem mim? — Sunoo perguntou entrando no meio da conversa, se apoiando em Sunghoon. Vi o sorriso do meu amigo crescer a ponto de mostrar seus caninos.

— Do quanto foi injusto separarem os meninos das meninas, sério, porque a professora não deixa elas dormirem na mesma área que nós? — Niki falou deixando eu e Sunghoon perdidos.

— Ah, sim. — Sunoo sussurrou.

— Que papo é esse Niki? Não estávamos falando disso. — Sunghoon falou desconfiado. — E eu nem ligo pra isso, muito menos o Jay.

— Então não posso saber? — Sunoo perguntou.

— Vi o dono do carro azul, quando o ônibus saiu da escola. Vi o tal amigo do Jungwon dirigindo ele. — falei e Sunoo levou as mãos até a boca em choque.

— Faz sentido, Jungwon estava no prédio ontem! — Sunoo disse o óbvio e assenti com a cabeça. — Afinal, onde ele está? Quero perguntar porque ele não me contou, eu já tinha falado pra ele sobre nossa curiosidade e dei detalhes do carro.

— Pois é, Jay perguntou pra ele e ele disse que achou que era uma coincidência. Acho que ele não quer falar sobre isso. — Niki falou.

— Cadê ele, afinal? — Sunoo perguntou.

— Foi até o ônibus ver se acha um espelho. — respondi.

— Quê? Droga! O Seonjoon foi pra lá ainda pouco. — Sunoo disse e sua feição tornou-se medrosa.

— Porque eu tenho a sensação que vem merda por aí? — Niki disse e seguiu andando rápido em direção ao ônibus.

Não entendi o motivo da reação do mais novo, mas o segui apressado, deixando Sunoo e Sunghoon para trás.

Corri atrás de Niki, que já estava quase chegando no ônibus. Ele parou de repente e olhou para mim por cima do ombro.

— Anda logo, Jay — disse ele, sua expressão agora séria. Aquele Niki que brincava e provocava estava sumindo rapidamente, substituído por alguém que parecia saber mais do que nós.

— Calma, o que você acha que está acontecendo? — perguntei, ainda ofegante da corrida. Meus olhos se voltaram para o ônibus, e de repente, a tensão no ar era palpável. Niki não respondeu de imediato, mas o jeito que ele apertou os punhos me disse que ele também não tinha certeza. Só sabia que algo estava errado.

Quando chegamos na frente do ônibus, vimos Jungwon de costas, parado em frente à porta, como se estivesse congelado. Ao lado dele, a figura familiar de Seonjoon, que parecia tenso. O que estava acontecendo ali?

Niki foi o primeiro a falar, se aproximando com cuidado.

— Jungwon, tá tudo bem? — Sua voz era calma, mas carregava um peso que fez até eu prender a respiração.

Jungwon se virou lentamente, um espelho pequeno em uma das mãos e uma expressão estranha no rosto. Ele olhou para nós e depois para Seonjoon, como se estivesse calculando suas próximas palavras.

— Tá... tudo bem — disse ele, mas sua voz estava baixa demais, quase um sussurro. Era óbvio que algo estava fora do normal.

— Sério? Porque parece que vocês estavam prestes a resolver algo — Niki disse, direto ao ponto, cruzando os braços. Seus olhos estavam fixos em Seonjoon agora, que não fazia questão de disfarçar seu desconforto.

Seonjoon deu um passo para trás, como se estivesse pensando em se afastar dali, mas Jungwon colocou uma mão no braço dele, de forma sutil, quase imperceptível.

— Eu já disse que não foi nada — Jungwon insistiu, agora com um sorriso forçado. Mas aquele toque, a tensão no ar, tudo aquilo gritava que algo estava acontecendo. E claro, nós não éramos os únicos a notar.

Ouvi passos leves atrás de nós e me virei a tempo de ver Sunoo se aproximando, a preocupação clara em seus olhos. Sunghoon o seguiu de perto, parecendo confuso com toda a situação.

— O que está acontecendo aqui? — Sunoo perguntou, sua voz hesitante enquanto olhava de Jungwon para Seonjoon e depois para nós. — Porque vocês estão todos parados como se tivessem visto um fantasma?

Seonjoon balançou a cabeça, tentando sair da sombra do ônibus, mas Jungwon não o soltava. Isso fez com que Sunoo desse mais um passo em direção a ele, o que me deixou ainda mais nervoso. Estava claro que alguma coisa séria estava acontecendo entre eles, e eu não queria que Sunoo se metesse no meio disso sem saber.

— Porque não fala a verdade? — Niki perguntou e eu fiquei confuso. 

— Que verdade? — Sunoo perguntou, agora claramente alarmado.

Ele não estava se referindo a Seonjoon dizer seus sentimentos por Sunghoon, estava?

Jungwon olhou para todos nós e, por um segundo, achei que ele ia desmoronar. Mas ele respirou fundo e soltou o braço de Seonjoon, virando-se para encarar Niki e eu diretamente.

— Já disse que não aconteceu nada. — Ele disse, sua voz firme, embora seus olhos traíssem um certo nervosismo.

Eu abri a boca para responder, mas fui interrompido por Seonjoon, que finalmente decidiu se manifestar.

— Eu vou sair daqui. —  Parecia que ele estava implorando para que parássemos de questionar, o que não era de seu feitio.

Sem mais nem menos, ele se afastou voltando para onde estavam armadas as barracas. Apenas neguei com a cabeça e fiz o mesmo deixando meus amigos e Jungwon ali.

Minha cabeça girava com as perguntas que ficavam sem resposta, tinha que parar de pensar nisso, se não iria enlouquecer. Logo, avistei o professor se aproximando, o olhar sério como sempre.

— Todos vocês! — Ele chamou, reunindo a atenção dos alunos que ainda estavam por perto. — Já está tarde, e amanhã teremos um dia longo. Precisamos que vocês se preparem para dormir.

O tom firme de sua voz deixava claro que não havia espaço para discussões. O murmúrio entre os alunos aumentou, misturando descontentamento e cansaço.

— Amanhã pela manhã, vamos para o local dos jogos. Quero todos prontos e descansados — continuou o professor, enquanto gesticulava para indicar que devíamos nos separar. — Lembrem-se de que temos competições contra outras escolas, e precisamos estar preparados.

Sunghoon, Niki e Sunoo se aproximaram de mim, com expressões que refletiam a confusão e a curiosidade que ainda pairava no ar. 

— Vamos para as barracas? — Sunoo sugeriu, tentando quebrar o clima estranho.

— Vamos — concordei, embora minha mente estivesse longe, ainda pensando no que acabara de presenciar.

Assim que nos dirigimos para onde as barracas estavam armadas, a conversa continuava baixa. Niki lançou um olhar na direção de Jungwon, que ainda permanecia parado ao lado do ônibus, enquanto falava com alguém no celular.

— Eu vou me deitar — disse Niki, bocejando dramaticamente. Logo as vozes se calaram à medida que a noite avançava.

Com um último olhar para os outros, me despedi de Sunghoon e Sunoo e entrei na barraca. O espaço era pequeno, um tanto apertado e escuro, mas a familiaridade de estar ali, longe de casa, deveria ser confortante. 

Enquanto me ajeitava no meu lugar, o silêncio da barraca começou a me engolir. O barulho do exterior gradualmente se dissipou, e a única coisa que eu podia ouvir era a minha própria respiração. Depois de um tempo, os sons da noite se tornaram um pano de fundo tranquilo, mas meu cérebro continuava a trabalhar.

O tempo passou e, de repente, a sombra de Jungwon apareceu na abertura da barraca. Ele estava de pé, olhando para dentro, e sua expressão era um misto de insegurança e determinação.

— Você está acordado? — ele sussurrou, a voz suave, como se não quisesse perturbar o silêncio da noite.

Jungwon se deitou um pouco longe de mim, seus movimentos cuidadosos e silenciosos. Ele parecia mais distante do que o habitual, como se uma barreira invisível nos separasse, mesmo dentro da barraca apertada.

— Você está bem? — finalmente perguntei, a curiosidade me forçando a quebrar o silêncio que pairou entre nós. A escuridão envolvia tudo, mas eu podia sentir a tensão crescente.

Ele assentiu, mas não disse nada. O silêncio continuou, pesado e denso, enquanto ambos olhávamos para o teto da barraca, as lonas brancas balançando suavemente com a brisa da noite. A única luz vinha de uma lanterna que um dos outros alunos havia deixado acesa do lado de fora, criando um padrão de sombras que dançavam ao nosso redor.

Os minutos pareciam se arrastar, e eu me perdi em meus pensamentos. Jungwon, sempre tão expressivo, agora parecia preso em seus próprios pensamentos. Eu queria saber o que o perturbava, mas não sabia como perguntar sem quebrar o delicado silêncio que havia se estabelecido.

— Você ainda está pensando no que aconteceu mais cedo? — resolvi arriscar, minha voz um sussurro quase tímido no espaço confinado.

Ele hesitou antes de responder. A tensão no ar parecia aumentar. Finalmente, Jungwon respirou fundo e murmurou:

— Na verdade não.

Eu me virei um pouco para ele. — Se você diz.

Ele passou a mão pelo cabelo, uma expressão de frustração surgindo em seu rosto. — Sério, Seojoon é de longe o meu menor problema.

A sinceridade nas palavras dele me atingiu. Eu queria alcançá-lo, mas sabia que não poderia forçá-lo a abrir-se. — Se você precisar conversar, estou aqui.

Jungwon se virou levemente para me encarar, e, por um instante, nossos olhares se cruzaram. Eu vi uma mistura de alívio e medo em seus olhos, como se ele estivesse considerando a ideia de se abrir, mas hesitasse em dar o passo.

O silêncio se estendeu novamente, mas agora estava carregado de um entendimento silencioso. Estávamos juntos naquela barraca, cercados pela escuridão, e mesmo que não trocássemos muitas palavras, a presença dele era confortante.

Continuamos a olhar para o teto, o silêncio se transformando em um espaço seguro. O mundo exterior parecia distante, e dentro daquela barraca, estávamos apenas nós dois, perdidos em nossos próprios pensamentos e nas sombras da noite.

Até que ouvir ele chamar meu nome. — Jay?

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